Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O que é conservadorismo?
O conservadorismo pode ser entendido como uma filosofia de
vida que orienta a ação política, econômica e social de
determinados indivíduos ou grupos. Está intimamente ligado
aos valores tradicionais. Opõe-se às mudanças radicais ou
violentas e defende a permanência de instituições que geraram
bons frutos ao longo do tempo.
Exemplos de instituições tradicionais que os conservadores em
geral defendem: a família, a Igreja e a comunidade local, além
de seus usos e costumes.
Templo de Atenas.
É comum que os conservadores ocidentais valorizem as
instituições mais antigas de sua própria cultura e que
conseguiram produzir sociedades sólidas.
Nesse caso, valorizam uma ordem social e moral baseadas no
transcendente, representado pela filosofia grega, pelo direito
romano e pelo cristianismo. Estes são os pilares do
conservadorismo.
Em cada exemplo desses, nota-se que a liberdade do indivíduo
é essencial para o funcionamento das instituições econômicas.
Ainda nesses exemplos, os corpos intermédios da sociedade
são a família, a Igreja e as comunidades locais, que se juntam
de modo autônomo.
Em um determinado modelo de construção política e
econômica, a liberdade desses grupos é essencial, além de
dever pautar-se nos valores corretos.
O ataque aos corpos intermédios e à liberdade irrestrita pode
ser visto como o caminho para o autoritarismo, estatismo e
totalitarismo.
Ordem e moral
O conservadorismo político é visto como sinônimo de política
da prudência. Nem as mudanças e nem o progresso são
descartados. Embora entendidos como elementos necessários,
espera-se que ocorram de forma lenta, pensada e trabalhada.
Outro aspecto dessa visão é o racionalismo político. As
mudanças e reformas vêm após uma comparação com os
valores fundamentais, com um estudo do que a tradição
oferece de experiência.
O desejo de manutenção do essencial e do que funciona
permanece. A política é a arte do possível, não um laboratório
de testes para alcançar as projeções do pensamento humano.
Racionalidade e tradição
Os conservadores buscam guardar a lei natural e tudo o que é
duradouro. Esta lei significa que há princípios e valores
universais inscritos no próprio homem.
Quando a lei natural é entendida como universal para todos os
homens, isso significa que estes valores devem se tornar guias
naturais das posições morais e éticas para uma boa vivência
humana.
No Ocidente, por exemplo, a lei natural está firmada na tradição
da filosofia grega, do direito romano e da religião cristã. A
experiência ao longo da história humana também contribuiu
para essa concepção.
Não há fórmula nem forma certa para ser conservador. Coisas
essenciais devem ser preservadas, mas se, vez por outra,
alguma mudança não trouxer riscos para a sociedade como um
todo, ela pode ser analisada e discutida.
Roger Scruton, pensador conservador contemporâneo, chama
isso de “ordem social contínua”, que é uma sabedoria natural
da civilização humana, construída através de erros e acertos.
Essas sucessões vão aprimorando as experiências humanas,
suas éticas, artes, constituições e leis; fazendo com que o
tempo seja um mestre eficaz e verdadeiro consultor dos
homens prudentes.
Para Gilbert Keith Chesterton, jornalista inglês, o nome dessa
experiência é “democracia dos mortos”. Essa continuidade é a
construção de uma sociedade inteligente, onde colaboram
aqueles que viveram, que vivem e que viverão.
A tradição não é algo estático e inalterável, mas formou-se ao
longo dos anos e permaneceu através das mudanças.
As origens do conservadorismo
O conservadorismo na economia
A economia é o principal ponto onde não há consenso entre as
distintas correntes do pensamento conservador. Porém, como
na política, há alguns pontos que são comuns.
A economia deve também ser pautada nos valores imutáveis
da lei natural. Portanto, há uma moralidade a ser respeitada
também no campo econômico.
Os principais aspectos que defendem são:
propriedade privada;
protecionismo alfandegário;
desenvolvimentismo;
nacionalismo.
Autores conservadores
Dentre as referências dos autores conservadores, destacam-
se: