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Introdução
As questões que emergem são: é possível definir padrões universais numa sociedade
mundial tão plural do ponto de vista econômico, social e cultural? A perspectiva ocidental tem
caráter impositivo frente a outras perspectivas diferentes? A relativização poderia resultar na
legitimação de práticas desumanas?
Estas são algumas das muitas indagações que permeiam o debate entre universalistas e
relativistas. A dialética entre essas duas posições é sempre saudável diante da imensa
incógnita em que se assenta o processo de globalização.
Não se espera, nas linhas seguintes, esgotar o tema, tampouco apontar solução, mas
sim expor os conceitos de Universalismo e Relativismo Cultural, bem como seus pontos de
vista no que tange a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) o marco mais
significativo da internacionalização dos direitos humanos.
UNIVERSALISMO
O cerne do pensamento da corrente relativista é que uma vez que há diversas culturas,
há de se ter também diversos sistemas morais e não um principio moral de validade universal.
A cultura seria, portanto, a fonte válida da moral e do direito, permitindo assim que cada
cultura produzisse seu particular entendimento sobre quais seriam seus direitos fundamentais.
Para Boaventura os direitos humanos precisam ser revisados sob uma ótica
multicultural para que sejam pré-requisito de uma relação de equilíbrio entre a competência
global e a legitimidade local. Ou seja, a transformação de um “localismo globalizado num
projeto cosmopolita”
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história da filosofia e das ciências é marcada desde a antiguidade pelo choque entre
paradigmas, ou seja, entre formas de se compreender a realidade. O universalismo e o
relativismo são dois desses paradigmas que inflamam as divergências entre o Ocidente e ouras
civilizações na temática da implementação dos direitos positivados por documentos jurídicos
internacionais sobre a temática dos direitos humanos.
REFERÊNCIAS