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THAÍSA HABER FALEIROS

TEORIA JUSNATURALISTA – Ordem superior (por inspiração divina


posteriormente como fruto da razão humana, como proposto pelos defensores
da secularização), natural, universal e imutável, destarte, de cunho teológico e
metafísico. Esta teoria forneceu o substrato filosófico e discursivo para as
revoluções liberais burguesas do século XVIII e os textos constitucionais
posteriores.
TEORIA POSITIVISTA – Normatização dos direitos humanos, ou seja,
originariamente positivados pela ordem jurídica estatal, na lei positiva de cada
Estado. Assim não são considerados direitos inerentes ao homem mas
concedidos pelo Estado. Nega a existência de direitos antes da força coativa.
TEORIA MORALISTA (PERELMAN) – Consciência moral do povo,
conscientização popular, ou seja são direitos morais e, dessa forma, não
aferem a sua validade por normas positivas, mas diretamente dos valores
morais da coletividade humana. Visando à máxima efetividade dos direitos
humanos, as três teorias devem ser aplicadas em conjunto.
UNIVERSALIDADE
RELATIVIDADE
IRRENUNCIABILIDADE
INALIENABILIDADE
IMPRESCRITIBILIDADE
HISTORICIDADE
INDIVISIBILIDADE
DOIS SENTIDOS

1)Esses direitos se destinam a todas as


pessoas sem qualquer tipo de
discriminação;
2) Abrangência territorial universal; de
validade territorial universal
• D.H deixa de ser uma questão interna de cada Estado;
• Demanda a atuação da comunidade internacional com o surgimento de documentos
internacionais protetivos dos direitos humanos;
• Pode ser ilustrada pela Declaração Dos Direitos Humanos da ONU de 1948 que enuncia
direitos comuns a todos os homens pela simples condição humana;
• Costuma ser confrontada com o relativismo cultural (vicissitudes culturais de cada país
seria um entrave à afirmação da validade de um mesmo grupo de direitos e todos os
Estados) – dificuldade de afirmar uma concepção de sociedade que seja universal, com
os mesmos padrões culturais.
• QUESTÃO CENTRAL: até que ponto o relativismo cultural pode justificar práticas
internas que sob a ótica internacional, sejam lesivas aos direitos humanos?
• Prevalece a ideia de forte proteção aos direitos humanos e fraco relativismo cultural –
universalidade seria compreendida como universalidade da ideia de que toda pessoa é
titular de determinados direitos, sendo merecedora de consideração e respeito pela ordem
jurídica do Estado.
 D. H. podem sofrer limitações/ não são
absolutos/necessidade de de adequá-los a
outros valores coexistentes na ordem
jurídica/harmonizar;
 Direitos de caráter absoluto: proibição da
tortura e da escravidão (art. 2º. da “Convenção
contra a tortura e outros tratamentos ou penas
cruéis, desumanas ou degradantes” da ONU.
 Não são objeto de comércio e, portanto, não
podem ser alienados
 As pessoas não têm poder de dispor sobre a
proteção à sua dignidade; não possuindo a
faculdade de renunciar à proteção inerente à
dignidade;
 Manifestação de vontade da pessoa em abdicar
de sua dignidade não tem valor jurídico;
 A pretensão de respeito e concretização de
direitos humanos não se esgota pelo passar dos
anos;
 Diferente da prescritibilidade da reparação
econômica decorrente da violação dos direitos
humanos
 Por terem surgido em épocas distintas e por evoluírem com o
passar do tempo;
 Característica apontada principalmente por positivistas, como
Norberto Bobbio.
 A característica da historicidade, todavia, afasta a classificação
jusnaturalista.
 Se os direitos fundamentais vão surgindo através de lutas
sociais, se eles foram conquistados com as revoluções sociais,
em épocas distintas e de acordo com as demandas, como eles
nascem com o homem, sendo apenas reconhecidos pelo Estado?
 Para os positivistas, a historicidade afasta a fundamentação
jusnaturalista.
 Os direitos humanos devem ser compreendidos
como um conjunto, como um bloco único,
indivisível e interdependente de direitos;
 Afasta a ideia de hierarquia entre os direitos;
 Todos são exigíveis

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