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Direitos Humanos

Construção histórica
•Para quem são os Direitos Humanos?
•Os Direitos Humanos pertencem à categoria de direitos essenciais à
pessoa humana. Em um regime democrático, toda e qualquer pessoa
deve ter a sua dignidade respeitada independentemente de sua origem,
etnia, raça, convicção econômica/política/social, idade, identidade
sexual, orientação ou credo religioso.
•Segundo Flávia Piovesan: “Os direitos humanos são inerentes à
existência humana e objeto de regulação internacional”
••O jusnaturalismo assenta-se na ideia da existência de um direito natural, em valores que
vão além do direito positivo. Trata-se de uma concepção universalista, em que limites ao
Estado são impostos. No entanto, há outras vertentes como o jusnaturalismo moderno,
responsável por influenciar revoluções. Dois grandes exemplos são a revolução francesa e
a revolução americana.
•O pós-positivismo teve como proposta retomar uma reaproximação entre Direito e ética,
focando na importância do ordenamento positivo no que tange aos direitos humanos, a
separação do legalismo acrítico e a almejada volta aos valores e a reafirmação da
dignidade como fundamento de Direito e dos direitos humanos. Há, por outro lado, o
reconhecimento da normatividade dos princípios, ou seja, uma nova hermenêutica
constitucional, de uma pluralidade política e jurídica e da essencialidade dos direitos
fundamentais
•Universalidade: Todo ser humano é sujeito ativo de direitos humanos. Podem pleitear
os mesmos em qualquer foro, seja nacional ou internacional.
• Indivisibilidade: Único conjunto de direitos.
• Interdependência: A eficácia de um direito humano depende da eficácia dos
demais.
• Interrelacionariedade: Existe uma relação não hierárquica entre os direitos
humanos e entre seus sistemas de proteção.
• Individualidade: Os direitos humanos são exercidos pelo indivíduo.
• Complementariedade: Os direitos humanos abarcam aspectos distintos e
complementares da proteção da dignidade da pessoa humana.
• Inviolabilidade: Os direitos humanos não podem ser descumpridos por qualquer
pessoa e/ou autoridade.
• Indisponibilidade: Não se pode renunciar ou abrir mão dos direitos humanos
••Inalienabilidade: Os direitos humanos estão fora do comércio.
• Historicidade: Os direitos humanos são afirmados historicamente.
•Vedação do retrocesso/Efeito Cliquet/Efeito ampliativo: Uma vez estabelecido, os direitos humanos não podem ser
limitados. Se determinado direito foi afirmado, não pode ser retirado.
• Inerência: Os direitos humanos são inatos/naturais, ou seja, inerentes ao ser humano.
• Efetividade: Os direitos humanos constituem-se como dever do Estado. Prestações positivas (obrigações de fazer) e
prestações negativas (obrigações de não-fazer).
• Limitabilidade: Os direitos humanos podem ser limitados em situações exepcionais, pois não são absolutos. Ex: a prisão
limita o direito de ir e vir. O estado de defesa e o estado de sítio (art. 136 e 138, CRFB). Limite ao direito de reunião (art.
136, §1º, I, CRFB).
• Caráter principiológico: Os direitos humanos são vistos como normas jurídicas que são cumpridas como mandados de
otimização, isto é, no maior grau possível. Isto viabiliza o reconhecimento da possibilidade de colisões entre direitos
humanos e direitos fundamentais na configuração do que Ronald Dworkin nomeou de “hard cases” (casos difíceis), em
que há legítima batalha principiológica.
•Inesgotabilidade: Os direitos humanos fazem parte de um rol não-taxativo, ou seja, não fechado. A inesgotabilidade
fortalece o reconhecimento da historicidade – baseada na construção e reconstrução – e acaba por negar uma concepção
eurocêntrica de direitos humanos.
•••Inerência: Os direitos humanos são inatos/naturais, ou seja, inerentes ao ser humano.
• Efetividade: Os direitos humanos constituem-se como dever do Estado. Prestações positivas
(obrigações de fazer) e prestações negativas (obrigações de não-fazer).
• Limitabilidade: Os direitos humanos podem ser limitados em situações exepcionais, pois não são
absolutos. Ex: a prisão limita o direito de ir e vir. O estado de defesa e o estado de sítio (art. 136 e 138,
CRFB). Limite ao direito de reunião (art. 136, §1º, I, CRFB).
• Caráter principiológico: Os direitos humanos são vistos como normas jurídicas que são cumpridas
como mandados de otimização, isto é, no maior grau possível. Isto viabiliza o reconhecimento da
possibilidade de colisões entre direitos humanos e direitos fundamentais na configuração do que Ronald
Dworkin nomeou de “hard cases” (casos difíceis), em que há legítima batalha principiológica.
• Inesgotabilidade: Os direitos humanos fazem parte de um rol não-taxativo, ou seja, não fechado. A
inesgotabilidade fortalece o reconhecimento da historicidade – baseada na construção e reconstrução –
e acaba por negar uma concepção eurocêntrica de direitos humanos.

•• GERAÇÕES/DIMENSÕES DE DIREITOS HUMANOS
• A divisão dos direitos humanos é fortemente difundida e criticada pela doutrina. Por isso, serve
apenas como um facilitador didático, uma vez que tais direitos são universais. Os grupos foram criados a
partir de gerações/dimensões distintas em função de suas características e do momento histórico em
que sua afirmação se deu de modo mais intenso.
• Para Antônio Augusto Cançado Trindade, jurista brasileiro e membro do Tribunal Internacional de
Justiça:
“O fenômeno que testemunhamos em nossos dias, em meu entendimento, não é o de uma fantasiosa e
indemonstrável sucessão ´generacional´ de direitos (que poderia inclusive ser invocada para tentar
justificar restrições indevidas ao exercício de alguns deles, como já ocorreu na prática), mas
antes o da expansão, cumulação e fortalecimento dos direitos humanos consagrad
DIREITOS HUMANOS E CF/88
•A Constituição brasileira adota a concepção contemporânea de direitos humanos, ou
seja, eles são concebidos como unidade indivisível, interdependente e inter-
relacionada, na qual os valores da igualdade e liberdade se fundem.
•Marco na processo de redemocratização brasileira
•Os Direitos Humanos são uma construção nacional e internacional
DIREITOS HUMANOS E CF/88
•A consolidação das liberdades fundamentais e as transformações internas pós regime militar,
possibilita um significativo progresso no reconhecimento de obrigações internacionais na
temática de direitos humanos.
•Dentre os fundamentos que dão base ao Estado Democrático de Direito Brasileiro, destacam-se
a cidadania e a dignidade da pessoa humana. Assim, os direitos fundamentais são um elemento
básico para a realização do princípio democrático.
•Construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que quer garantir o desenvolvimento
nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, bem como qualquer tipo de discriminação.
DIREITOS HUMANOS E CF/88
••Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
•I - a soberania;
•II - a cidadania;
•III - a dignidade da pessoa humana;
•IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
•V - o pluralismo político
DIREITOS HUMANOS E CF/88
•Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa: A CF/88 destaca a interpendência dos direitos humanos e que a
efetivação dos mesmos exige a inclusão socioeconômica. • Pluralismo político: Pluralismo de ideias políticas,
que significa um contraponto à adesão de teses universalistas. Ideias de liberdade serão sempre discutidas,
afinal de contas, fazem parte de processos históricos e são frutos de revoluções
•DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
•Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
• I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
• II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
•III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
•(...)
DIREITO HUMANOS E
DEMOCRACIA
Relação intrínseca ou objetos separados?
A falta de um senso comum de democracia devido ao autoritarismo remanescente e
ao crescente populismo dificulta a eficácia da cláusula democrática na América Latina.

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