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Objetivo:
• Conhecer os argumentos que justificam e fundamentam os direitos humanos,
buscando as bases históricas e ético-filosóficas, a fim de qualificar o
posicionamento com subsídios críticos.
Conteúdo programático:
• Uma breve história social dos direitos humanos;
• Elementos para uma história dos direitos humanos no Brasil;
• Bases ético-filosóficas dos direitos humanos;
• É impossível fundamentar os direitos humanos;
• Não é necessário fundamentar os direitos humanos;
• É possível e necessário fundamentar os direitos humanos;
• Algumas referências contemporâneas.
2 BASES HISTÓRICAS
Os direitos humanos nascem e se afirmam no processo histórico. É nas lutas
populares que nascem os direitos humanos. É porque os que não têm direitos exigem
reconhecimento, maior liberdade e distribuição equitativa dos bens públicos que os
direitos humanos, fazem lutas, “põem a boca no mundo”, que direitos passam a ser
garantidos. É porque as vítimas de violações dos direitos humanos reclamam reparação
que os direitos precisam ser efetivados. É porque continuam na luta, mesmo contra
todo tipo de “dono” e todo tipo de “cerca”, enfrentando todo tipo de adversidade e
repressão, que a sociedade toda passa a ter direitos. Por isso que os direitos humanos
são construção histórica que nasce das lutas populares. Por isso que são afirmados
historicamente na luta permanente dos povos, das pessoas, das vítimas, contra a
exploração, o domínio, a vitimização, a exclusão e todas as formas que reduzem o
ser humano.
Direitos Humanos não nascem das Declarações, dos Tratados, dos Pactos, em
suma, das leis, sejam elas internacionais ou nacionais. A positivação dos direitos gera
condições, instrumentos e mecanismos para que possam ser exigidos publicamente,
o que é muito importante, mas também tende a enfraquecer sua força constitutiva
e instituinte, como processo permanente de geração de novos conteúdos, de novos
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“E eles não conhecem nenhuma seita nem idolatria, excetuando que todos
acreditam que o poder e o bem estão no céu, e tinham a firme crença que eu,
com estes navios e pessoas, vinha do céu, e nesta suposição me recebiam em
todos os cantos, depois de terem perdido o medo” (Colombo, 2009, p. 61). Mais
de 50 anos depois, na Disputa de Valiadollid, posição semelhante foi sustentada
por Ginés de Sepúlveda contra Bartolomé de Las Casas. Em Democrates Alter,
assim diz Sepúlveda: “[...] estes homúnculos nos quais apenas encontrarás
vestígios de humanidade, que não somente não possuem ciência alguma, senão
que nem sequer conhecem as letras, e nem conservam qualquer monumento
de sua história, senão que vaga lembrança de algumas coisas consignadas em
certas pinturas, e tampouco têm leis escritas, senão instituições e costumes
bárbaros” (Sepúlveda, 1892, p. 309).
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Conheça mais sobre as diversas lutas por direitos humanos no Brasil e no mundo.
Disponível em www.dhnet.org.br
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REFERÊNCIAS
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