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Bacharel em Direito pela Faculdade Quirinópolis (FAQUI). Pós-graduando em Educação e Diversidade
pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Pós-Graduando em Direito Penal e Processo Penal pelo
Instituto Elpidio Donizetti (IED). Pós-Graduando em Direito Constitucional pelo Instituto Elpidio
Donizetti (IED). Graduando do curso de Teatro pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). End.
Eletrônico: marcieldominguesferreirajunior@gmail.com
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Sobre a autora, ela é socióloga, especializada na área do Direito e da Ciência
Política, como, em temas da Educação e da História Política no Brasil. É mestre e
doutora pela USP, e tem pós-doutorado pela Social Sciences Research Counsil.
Desde 1996 é professora titular da Faculdade de Educação da USP, onde leciona
Sociologia, e, como cidadã e acadêmica, é participativa em debates públicos e
campanhas sobre a reforma política relativa a implementação de mecanismos
institucionais de democracia direta, o qual é objeto de estudos dela há vários anos.
Enquanto Militante dos Direitos Humanos, também tem participação ativa em órgãos
públicos e entidades da sociedade civil voltados para essa área.
Assim, a autora relaciona esses fatores com o período de regime militar, pondo
em evidência a relação política dos Direitos Humanos, e, ainda, ressaltando a
hipocrisia e ignorância sociocultural de grande parte da sociedade. Porquanto, em
tempos de repressão generalizada a direitos fundamentais, todos reivindicavam por
aqueles direitos (enquanto instrumento universal para salvaguardar a integridade do
ser humano), entretanto, a partir do momento que houve um relaxamento da
repressão militar, a ideia de que, independentemente da classe social, todos seriam
merecedores da garantia dos direitos fundamentais, restou infrutífera, tendo, como
efeito, a associação desse direito a defesa de marginais que pertencem, na maioria
das vezes, às classes populares.
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Nessa perspectiva, a autora elucida que, entender sobre a questão do que seja
direitos humanos (e suas funções) não é o problema em si, pois, de certo modo, todos
têm ciência de que não se deve discriminar ninguém em decorrência das diferenças
dela, sejam elas quais forem. Contudo, o problema reside na aceitação em não-
discriminar alguém, por julgamento moral, por mais difícil que seja de aceitar. Assim,
é exatamente o reconhecimento da humanidade em qualquer pessoa (ainda que seja
o pior dos criminosos), que tem sido o fator para a incompreensão e introspecção
social dessas condutas discriminatórias da sociedade.
Nesse caso, não é razoável a justificativa de uma percepção moral sobre uma
questão que ultrapassa a fronteira do social, vez que, não é pelo fato de cada um
poder ter um julgamento moral, que o leva a estigmatizar outrem e considerá-lo
merecedor das punições mais severas do ordenamento jurídico, que significa que
esse indivíduo estigmatizado deva ser excluído da vida humana. Portanto, o núcleo
fundamental dos Direitos Humanos se pauta justamente no direito à vida, até porque,
seria irrelevante os demais Direitos Humanos se, antes, não valesse o direito à vida.
Nesse ponto, a autora infere que, considerando o direito à vida como o núcleo
fundamental e, por isso, pressuposto de todo o resto, trata-se de um direito que evoluiu
com o decorrer do tempo e que, nos dias de hoje, ainda pode ser contestado em
função de especificidades culturais. Desse modo, no momento que se admite, por
exemplo, a escravidão de um semelhante, está, automaticamente, colocando em
xeque o direito à vida desse semelhante. Porquanto, a pessoa que tem o direito de
propriedade sobre outrem, tem, também, a decisão de vida dessa outra pessoa.
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geração é a dos direitos sociais, ligados tanto ao mundo do trabalho - direito ao salário,
à seguridade social, a férias, a horário, à previdência etc -, como outros de cunho
sociais - direito a educação, à saúde, à habitação. A terceira geração, por último,
refere-se aos direitos coletivos da humanidade - ao meio ambiente, à defesa
ecológica, à paz, ao desenvolvimento, à autodeterminação dos povos, etc.
Por fim, considerando toda essa evolução dos Direitos Humanos, ora exposta,
a autora defende que a igualdade não é o mesmo que uniformidade e/ou
homogeneidade. Porque o direito à igualdade pressupõe o direito à diferença,
enquanto direito de cada um poder ser tal como é. Logo, a diferença não pode ser
considerada com o mesmo sentido de desigualdade, pois, assim, estaria presumido
uma valoração de polos opostos (inferior e superior, positiva ou negativa etc). Nisso,
a igualdade significa a isonomia perante a lei e a justiça, e das oportunidades na
sociedade. Por isso, todos devem ser considerados igualmente portadores do direito
à diversidade cultural e da diferença de ordem cultural, de livre escolha e afins.