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Os Direitos Humanos e a
Globalização
 
 

Índice
Introdução

    - O que são os direitos Humanos?

    - Porque surgiram os Direitos Humanos?

    - Os direitos Humanos são apenas algo abstracto, que não se aplica ?

    - Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos ?

    - Existe ainda algum tipo de relutância contra estes Direitos?

Globalização

    - O que é a Globalização?

    - Quais as consequências da Globalização ?

Conclusão

Bibliografia

 
Introdução
Para uma melhor compreensão e organização, decidimos dividir este

trabalho em duas partes: Os Direitos Humanos e A Globalização, porque apesar

dos dois assuntos estarem interligados, existem diferenças entre eles.

Ambos foram sendo reivindicados ao longo dos tempos, e contribuem

para  existência de melhores condições de vida para todos os seres humanos,

para que possam ter a sua própria dignidade, e possam ser indivíduos cultos e

bem informados.

Quanto à verdadeira origem destes assuntos, é ainda incerto, pois


algumas pessoas, como por exemplo Guy Haarcher, defendem que desde
os tempos de Sócrates que se tenta adquirir os Direitos do Homem, e
eliminar certos poderes do Estado. Não há nenhuma data específica que
possamos dizer: ”Foi a partir deste dia que se reivindicou do direitos do
Homem”, mas podemos imaginar que desde sempre os indivíduos
quiseram evoluir, ser dignos e ter os mesmos direitos que o outros, mas
podemos afirmar as primeiras manifestações, e este é um dos pontos que
neste trabalho vamos focar e desenvolver.   
 

Direitos Humanos
O que são os direitos Humanos?
Os Direitos Humanos são um conjunto de leis, vantagens e prerrogativas que

devem ser reconhecidas como essências pelo indivíduo para que este possa ter uma

vida digna, ou seja, que não seja inferior ou superior aos outros porque é de um sexo

diferente, porque pertencem a uma etnia diferente, ou religião, ou até mesmo por

pertencerem a um determinado grupo social. São importantes para que se tenha uma

convivência em paz.

São também um conjunto de regras pelas quais não só o Estado deve seguir e

respeitar, como também todos os cidadãos a ele pertencentes.

A função dos Direitos Humanos é proteger os indivíduos das arbitrariedades,

do autoritarismo, da prepotência e dos abusos de poder. Eles representam a

liberdade dos seres humanos, e o seu nascimento está ligado ao individualismo das

sociedades que se foi criando ao longo dos tempos, e por consequência levou á
necessidade de limitar o poder do Estado sobre os indivíduos, fazendo com que o

respeitasse e aos seus interesses. Desta formas estão associados a uma ideia de

civilização, de democracia, que em conjunto reflectem uma ideia de igualdade e de

dignidade para todos os seres humanos.

A História dos Direitos Humanos já vem desde há algum tempo, pois eles

começaram e ter alguma importância no final do Séc. XVIII, pelos filósofos Hobbes

e Locke e depois mais tarde por Montesquieu, Voltaire e Rousseau. Estes filósofos

cimentaram a existência de direitos naturais inalienáveis, tais como a existência, a

liberdade, a posse de bens, e deram uma nova concepção de obediência, limitando

desta maneira a domínio do Estado. A partir daí, os direitos humanos começaram a

evoluir a começaram também a ter uma carga diferente nos programas dos governos

e passaram a traduzir-se em declarações dos direitos fundamentais comuns a toda a

Humanidade. Existem diversos valores desses direitos particulares, individuais,

naturais, inalienáveis e intransferíveis, que ainda hoje estão longe de ser adquiridos

por todos os seres humanos.

Uma das grandes referências de todas as constituições políticas dos estados

liberais é o articulado da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789,

que deu uma influencia ao garantir a liberdade pessoal, a igualdade em direitos, a

propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Valores como a dignidade humana, a igualdade perante a lei, a liberdade de

pensamento, e de um governo democrático são hoje considerados os princípios

básicos da ética política e social, pois estes valores, de origem judaico-cristã,

representam os ideais político-júridicos e filosóficos duma sociedade que se está a

transformar e a transformar o mundo.

A II Guerra Mundial foi um acontecimento até o qual muitos dos direitos

Humanos não foram respeitados, e foi quando houve, como que uma revolta para que

esses direitos fossem aplicados a todos os indivíduos a quem não tinham sido

aplicados até então. Após este acontecimento foi criada uma declaração (Declaração

Universal dos Direitos do Homem) que visa estabelecer a paz entre as nações e o

consenso entre os povos.

Há quem se refira a esta declaração como a maior prova dada até hoje

do consenso entre os povos, como por exemplo Norberto Bobio.


Ele argumenta que desde que a declaração acima referida foi aprovada

em quarenta e oito estados, foi considerada como inspiração e orientação para

o crescimento da comunidade internacional, com o objectivo de tornar a

comunidade num Estado, e de tornar também os indivíduos livres e iguais, o que

representa um facto novo na história, pois, pelas primeira vez, um sistema de

princípios fundamentais da conduta humana foi livremente aceite pelas maioria

dos habitantes da Terra e é universal pois a sua validade e a sua capacidade

para comandar o futuro dos Homens foi expressamente declarado.

Porque surgiram os Direitos Humanos?


Sendo assim, podemos considerar, que numa primeira circunstância os

Direitos Humanos surgiram devido à necessidade de protecção da população

perante a acção e a prepotência do Estado sobre eles, ou seja, era uma maneira

de afirmar a estabilidade e a segurança perante os abusos de poder, sendo

estes direitos designados por “direitos de”.

Numa segunda circunstância, em que a preocupação e o combate pelos

direitos humanos atendem uma visão mais positiva da governação do Estado e

do cumprimento das suas funções, que eram agora de assegurar as condições e

os recursos necessários para que cada um se torne indivíduo e membro da

comunidade, e é neste sentido que nos referimos quando lutamos pelo direito á

educação, ao trabalho e à assistência médica. São por isso designados como

“direitos a” ou “direitos-créditos”.

Os Direitos Humanos são apenas algo abstracto, que não se


aplica?
Não, os direitos são também aplicados no quotidiano das nações e das

comunidades, e estão todos emanados na ONU, que confirmam os direitos de

minorias ou de grupos mais desfavorecidos. Um exemplo disso é a Convenção

Europeia dos Direitos do Homem-1950, declaração sobre a Concessão da

Independência aos Países e Povos Colonizados-1963, entre outros.


Na maioria das nações, tal como acontece em Portugal, os textos

constitucionais estabelecem as protecções mínimas que possibilitam ao

indivíduo viver uma vida digna, ou seja, consta um conjunto dos direitos

essências que todas as autoridades devem de respeitar. Assenta-se assim um

principio de legitimação para que o cidadão tenha uma reconhecimento jurídicos

junto das instituições sociais. Deste modo, são deliberados o direito á

satisfação das necessidades vitais (alimentação, habitação, assistência na

doença e na educação); o direito a usufruir de liberdades políticas e civis

(liberdade de pensamento, religião e associação); respeito pela integridade do

indivíduo como um só; a igualdade perante a lei; entre outros.

Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos?


Hoje em dia sim, existe uma grande unanimidade no que diz respeito ao

reconhecimento dos Direitos Humanos, mas nem sempre assim foi, pois nos

países ditos civilizados, o processo em nada foi pacifico e isento de conflitos, e

só muito lentamente esses estados foram reconhecendo a dignidade a que

todos merecem, independentemente dos pais, raça, cor, etc..

E também por aqueles países que seguem uma religião cujas regras

estão bem definidas e veiculadas, também foi (e ainda é) difícil de

reconhecerem estes direitos a que a todos deveriam de ser aplicados, pois

estes países seguem, de certo modo, o fundamentalismo (regresso á pureza das

tradições de uma cultura, à origem, àquilo que suporta a identidade cultural

ameaçada).

Existe ainda alguma relutância contra estes Direitos?


Em muitas regiões do planeta não são ainda cumpridos os direitos do

Homem, pois estes vão contra a tradição, a religião e o comportamento social, o

que impede os indivíduos de obterem o que lhes é devido, pondo em causa a

validade universal destes mesmos direitos.

Na verdade, o que foi decretado nas Declarações acima referidas não

são praticadas, não passando assim, em muitas ocasiões, de frases escritas num
papel. Podemos comprovar isso com os constantes casos de torturas, prisões,

invasões de domicílio, etc.

O que acontece em muitos casos é que são denunciadas essas situações

que ocorrem em determinados países, mas depois não há quem queira julgar

esses actos. Todos o vêem, todos o sentem, mas ninguém é capaz de punir os

culpados e de proteger quem não se sabe defender.

A Globalização
O que é a globalização?
Globalização significa basicamente que , hoje mais do que nunca , os

grupos e as pessoas interagem directamente através das fronteiras , sem que

isso envolva necessariamente os Estados . Isto acontece devido á nova

tecnologia e ainda porque os estados descobriram que se promove mais a

prosperidade soltando as energias criadoras das pessoas do que acorrentando-

as ,pretendendo assim o desenvolvimento tecnológico das vias e meios de

comunicação. 

Quais as consequências da globalização?


Este fenómeno mudou radicalmente a vida de toda a humanidade.

Do ponto de vista dos direitos humanos , um aspecto positivo é a força

de comunicação global ao actuar como um despertador da consciência cívica e

política internacional. Muitos dos casos de violação dos direitos humanos , são

hoje resolvidos graças à denúncia mediática . A comunicação social tem aqui um

lugar  de relevo ,pode ser o factor de maior pressão a nível governamental na

tentativa de correção ou intervenção em situações de ameaça desses mesmos

direitos. É importante referir também que a globalização nem sempre é

sinónimo de progresso social ,países há (por exemplo nos nórdicos) são motivo

de opressão ,pois aí os canais televisivos retratam um pais que não tem nada a
ver com aqueles onde a população vive, o que prejudica a luta pelos seus

direitos.

Do ponto de vista cultural a partilha de informação foi melhorada, no

entanto a aldeia global teve um impacto negativo ,pois verifica-se que tal

poderá levar a uma massificação e standardização , e a um mundo cada vez

uniformizado.

As tecnologias pelo mundo estão mal “divididas”. Existem zonas onde

ainda não chegaram ,outras onde só as pessoas de maior importância lhe têm

acesso e outras ainda onde embora existindo grande parte da população não

tem conhecimento disso.

No entanto ,existem países que pelo facto de serem muitos

desenvolvidos no que diz respeito ás tecnologias ,a maioria da sua população e

também em termos de informação e comunicação têm fácil acesso ás mesmas.

Outro aspecto negativo da globalização é a dependência que temos dos

“gigantes” americanos ,pois se para estes a crise chegar, por arrastamento ,

todos os outros sofrerão também.

Conclusão
Por todos os argumentos acima referidos, podemos concluir que cabe-

nos a nós, cidadãos de todo o mundo denunciar o que achamos que está mal,

mesmo que não lucremos nada com isso, nem que não seja para nosso beneficio,

não podemos pensar apenas em nós, devemos pensar também nas outras

pessoas que estão para nascer, e que vão viver no mundo que nós recriamos,

eles não podem ser sacrificados pelos erros que nós cometemos, eles não têm a

culpa dos nossos actos.

Em suma, a globalização tanto pode promover os Homenns, a sua

dominação, o esgotamento da diferença e a uniformalização cultural, como

aproximar os Homens e as culturas entre si.

 
“Só saberemos que a Globalização está de facto a promover a inclusão

a e permitir que todos partilhem as oportunidades que oferece, quando os

homens, mulheres e crianças comuns das cidades e aldeias do mundo inteiro

puderem melhorar a sua vida. E é essa a chave para eliminar a pobreza do

mundo.”

Kofi

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/
direitoshumanos.htm

O que são Direitos Humanos?

Mudam com os tempos mas permanecem dinâmicos Ex. abolição da escravidão, direitos
das mulheres

São naturais

Essenciais à pessoa humana, mesmo na ausência de legislação especifica

São indivisíveis e interdependente

Não se pode defender apenas alguns direitos em detrimento de outros

São Universais

Independem de fronteiras e leis nacionais

Conceito e Características

O conjunto dos Direitos Humanos Fundamentais visam garantir ao ser humano, entre outros, o
respeito ao seu direito à vida, à liberdade, à igualdade e à dignidade; bem como ao pleno
desenvolvimento da sua personalidade. Eles garantem a não ingerência do estado na esfera
individual, e consagram a dignidade humana. Sua proteção deve ser reconhecida
positivamente pelos ordenamentos jurídicos nacionais e internacionais. 

As principais características dos direitos fundamentais são: 


Imprescritibilidade: os direitos humanos fundamentais não se perdem pelo decurso de prazo.
Eles são permanentes; Inalienabilidade: não se transferem de uma para outra pessoa os
direitos fundamentais, seja gratuitamente, seja mediante pagamento; Irrenunciabilidade: os
direitos humanos fundamentais não são renunciáveis. Não se pode exigir de ninguém que
renuncie à vida (não se pode pedir a um doente terminal que aceite a eutanásia, por exemplo)
ou à liberdade (não se pode pedir a alguém que vá para a prisão no lugar de outro) em favor de
outra pessoa. 

Inviolabilidade: nenhuma lei infraconstitucional nem nenhuma autoridade pode desrespeitar


os direitos fundamentais de outrem, sob pena de responsabilização civil, administrativa e
criminal; 

Universalidade: os direitos fundamentais aplicam-se a todos os indivíduos,


independentemente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica; 

Efetividade: o Poder Público deve atuar de modo a garantir a efetivação dos direitos e
garantias fundamentais, usando inclusive mecanismos coercitivos quando necessário, porque
esses direitos não se satisfazem com o simples reconhecimento abstrato; Interdependência: as
várias previsões constitucionais e infraconstitucionais não podem se chocar com os direitos
fundamentais; antes, devem se relacionar de modo a atingirem suas finalidades;
Complementaridade: os direitos humanos fundamentais não devem ser interpretados
isoladamente, mas sim de forma conjunta, com a finalidade da sua plena realização. 

http://www.dhnet.org.br/direitos/textos/oquee/fundam.html

Direitos, Cidadania
O que são Direitos Humanos?
Os Direitos Humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são
considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de
participar plenamente da vida.

O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre


expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais.

Não existe um direito mais importante que o outro. Para o pleno exercício da cidadania, é
preciso a garantia do conjunto dos Direitos Humanos. Cada cidadão deve ter garantido todos
os Direitos Humanos, nenhum deve ser esquecido.

Respeitar os Direitos Humanos é promover a vida em sociedade, sem discriminação de classe


social, de cultura, de religião, de raça, de etnia, de orientação sexual. Para que exista a
igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.

A igualdade racial e entre homens e mulheres são fundamentais para o desenvolvimento da


humanidade e para tornar real os Direitos Humanos.

http://www.adolec.br/sleitura/index.php?action=artikel&cat=1&id=27&artlang=pt-br

Direitos humanos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Direitos do homem - Pintura mural em Saint-Josse-ten-Noode (Bélgica). O texto resume os
artigos 18 e 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos.


Normalmente o conceito de direitos humanos tem a idéia também de liberdade de
pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem da Organização das Nações Unidas


afirma:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.


Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em

espírito de fraternidade. Artigo

[1]

A idéia de direitos humanos tem origem no conceito filosófico de direitos naturais que
seriam atribuídos por Deus[2]; alguns sustentam que não haveria nenhuma diferença
entre os direitos humanos e os direitos naturais e vêem na distinta nomenclatura
etiquetas para uma mesma idéia. Outros argumentam ser necessário manter termos
separadas para eliminar a associação com características normalmente relacionadas com
os direitos naturais.[3], sendo John Locke talvez o mais importante filósofo a
desenvolver esta teoria[4].

Existe um importante debate sobre a origem cultural dos direitos humanos. Geralmente
se considera que tenham sua raiz na cultura ocidental moderna, mas existem ao menos
duas posturas principais mais. Alguns afirmam que todas as culturas possuem visões de
dignidade que se são uma forma de direitos humanos, e fazem referência a
proclamações como a Carta de Mandén, de 1222, declaração fundacional do Império de
Malí. Não obstante, nem em japonês nem em sânscrito clássico, por exemplo, existiu o
termo direito até que se produziram contatos com a cultura ocidental, já que estas
culturas colocaram tradicionalmente um peso nos deveres. Existem também quem
consideram que Ocidente não criou a idéia nem o conceito do direitos humanos, ainda
que se uma maneira concreta de sistematizá-los, uma discussão progressiva e o projeto
de uma filosofia dos direitos humanos.

As teorias que defendem o universalismo dos direitos humanos se contrapõem ao


relativismo cultural, que afirma a validez de todos os sistemas culturais e a
impossibilidade de qualquer valorização absoluta desde um marco externo, que neste
caso seriam os direitos humanos universais. Entre estas duas posturas extremas se situa
uma gama de posições intermediárias. Muitas declarações de direitos humanos emitidas
por organizações internacionais regionais põem um acento maior ou menor no aspecto
cultural e dão mais importância a determinados direitos de acordo com sua trajetória
histórica. A Organização da Unidade Africana proclamou em 1981 a Carta Africana de
Direitos Humanos e de Povos[1], que reconhecia princípios da Declaração Universal
dos Direitos Humanos de 1948 e adicionava outros que tradicionalmente se tinham
negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever dos Estados de
eliminar todas as formas de exploração econômica estrangeira. Mais tarde, os Estados
africanos que acordaram a Declaração de Túnez, em 6 de novembro de 1992, afirmaram
que não se pode prescrever um modelo determinado a nível universal, já que não podem
se desvincular as realidades históricas e culturais de cada nação e aas tradições, normas
e valores de cada povo. Em uma linha similar se pronunciam a Declaração de Bangkok,
emitida por países asiáticos em 23 de abril de 1993, e de Cairo, firmada pela
Organização da Conferência Islâmica em 5 de agosto de 1990.

Também a visão ocidental-capitalista dos direitos humanos, centrada nos direitos civis e
políticos, se opôs um pouco durante a Guerra Fria, destacando no seio das Nações
Unidas, ao do bloco socialista, que privilegiava os direitos econômicos, sociais e
culturais e a satisfação das necessidades elementais.

Índice
[esconder]

 1 História
 2 Evolução histórica
o 2.1 Antecedentes remotos
o 2.2 Confirmação do conceito
 3 Dia Nacional dos Direitos Humanos (Portugal)
 4 Referências
 5 Ver também
 6 Ligações externas

[editar] História
Os direitos humanos são o resultado de uma longa história, foram debatidos ao longo
dos séculos por filósofos e juristas. O início desta caminhada , remete-nos para a área da
religião, quando o Cristianismo, durante a Idade Média, é a afirmação da defesa da
igualdade de todos os homens numa mesma dignidade a defesa da igualdade de todos os
homens numa mesma dignidade, foi também durante esta época que os filósofos
cristãos recolheram e desenvolveram a teoria do direito natural, em que o indivíduo esta
no centro de uma ordem social e jurídica justa, mas a lei divina tem prevalência sobre o
direito laico tal como é definido pelo imperador, o rei ou o príncipe.

Mais tarde, a Escola do direito natural, defendeu a existência de direitos que pertencem
essencialmente ao homem, que são inerentes à natureza, que ele goza pelo simples facto
de ser homem. Com a idade moderna, os racionalistas dos séculos XVII e XVIII,
reformulam as teorias do direito natural, deixando de estar submetido a uma ordem
divina. Para os racionalistas todos os homens são por natureza livres e têm certos
direitos inatos de que não podem ser despojados quando entram em sociedade. Foi esta
corrente de pensamento que acabou por inspirar o atual sistema internacional de
proteção dos direitos do homem.

A evolução destas correntes veio a dar frutos pela primeira vez m Inglaterra, e depois
nos Estados Unidos. A Magna Carta (1215) deu garantias contra a arbitrariedade da
Coroa, e influencio diversos documentos, como por exemplo o Acto Habeas Corpus
(1679), que foi a primeira tentativa para impedir as detenções ilegais. A Declaração
Americana da Independência surgiu a 4 de Julho de 1776, onde constavam os direitos
naturais do ser humano que o poder político deve respeitar, esta declaração teve como
base a Declaração de Virgínia proclamada a 12 de Junho de 1776, onde estava expressa
a noção de direitos individuais.

A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em Franca em 1789, e


as reivindicações ao longo dos séculos XIV e XV em prol das liberdades, alargou o
campo dos direitos humanos e definiu os direitos econômicos e sociais.

Mas o momento mais importante, na história dos Direitos do Homem, é durante 1945-
1948. Em 1945, os Estados tomam consciência das tragédias e atrocidades vividas
durante a 2º Guerra Mundial, o que os levou a criar a Organização das Nações Unidas
em prol de estabelecer e manter a paz no mundo. Foi através da Carta das Nações
Unidas, assinada a 20 de Junho de 1945, que os povos exprimiram a sua determinação
« em preservar as gerações futuras do flagelo da guerra; proclamar a fé nos direitos
fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa humana, na igualdade de
direitos entre homens e mulheres, assim como das nações, grande e pequenas; em
promover o progresso social e instaurar melhores condições de vida numa maior
liberdade.». A criação das Nações Unidas simboliza a necessidade de um mundo de
tolerância, de paz, de solidariedade entre as nações, que faça avançar o progesso social e
econômico de todos os povos.

Os principais objetivos das nações unidas, passam por manter a paz, a segurança
internacional, desenvolver relações amigáveis entre as nações, realizar a cooperação
internacional resolvendo problemas internacionais do cariz econômico, social,
intelectual e humanitário, desenvolver e encorajar o respeito pelos direitos humanos e
pelas liberdades fundamentais sem qualquer tipo de distinção.

Assim, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a


Declaração Universal dos Direitos do Homem. A Declaração Universal dos Direitos do
Homem é fundamental na nossa Sociedade, quase todos os documentos relativos aos
direitos humanos tem como referência esta Declaração, e alguns Estados fazem
referência direta nas suas constituições nacionais. A Declaração Universal dos Direitos
do Homem, ganhou uma importância extraordinária contudo não obriga juridicamente
que todos os Estados a respeitem e, devido a isso, a partir do momento em que foi
promulgada, foi necessário a preparação de inúmeros documentos que especificassem
os direitos presentes na declaração e assim força-se os Estados a cumpri-la. Foi nesse
contexto que, no período entre 1945-1966 nasceram vários documentos.

Assim, a junção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, os dois pactos


efetuados em 1966, nomeadamente O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, sócias e Culturais, bem como os dois
protocolos facultativos do Pacto dos Direitos Civis e Políticos ( que em 1989 aboliu a
pena de morte), constituem A Carta Internacional dos Direitos do Homem.

[editar] Evolução histórica


Muitos filósofos e historiadores do Direito consideram que não se pode falar de direitos
humanos até a modernidade no Ocidente. Até então, as normas da comunidade,
concebidas na relação com a ordem cósmica, não deixavam espaço para o ser humano
como sujeito singular, se concebendo o direito primariamente como a ordem objetivo da
sociedade. A sociedade estamental tem seu centro em grupos como a família, a
linhagem ou as corporações profissionais ou laborais, o que implica que não se
concebem faculdades próprias do ser humano enquanto tal. Pelo contrário, se entende
que toda faculdade atribuível ao indivíduo deriva de um duplo status: o do sujeito no
seio da família e o desta na sociedade. Fora do status não há direitos.

A existência dos direitos subjetivos, tal e como se pensam na atualidade, será objeto de
debate durante os séculos XVI, XVII e XVIII, o que é relevante porque habitualmente
se diz que os direitos humanos são produto da afirmação progressiva da individualidade
e que, de acordo com ele, a idéia de direitos do homem apareceu pela primeira vez
durante a luta burguesa contra o sistema do Antigo Regime. Sendo esta a consideração
mais estendida, outros autores consideram que os direitos humanos são uma constante
na História e tem suas raízes no mundo clássico; também sua origem se encontra na
afirmãção do cristianismo da dignidade moral do homem enquanto pessoa.
[editar] Antecedentes remotos

O Cilindro de Ciro hoje no British Museum, a primeira declaração dos direitos humanos.

Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos é o Cilindro de


Ciro, que contêm uma declaração do rei persa (antigo Irã) CiroII depois de sua
conquista da Babilônia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em
1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser resultado de uma tradição mesopotâmica
centrada na figura do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido é o rei Urukagina, de
Lagash, que reinou durante o século XXIV aC, e de onde cabe destacar também
Hammurabi da Babilônia e seu famoso Código de Hammurabi, que data do século
XVIII aC. O Cilindro de Ciro apresentava características inovadoras, especialmente em
relação a religião. Nele era declarada a liberdade de religião e abolição da escravatura.
Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito
como a primeira declaração de direitos humanos.

Documentos muito posteriores, como a Carta Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de


Mandén, de 1222, se tem associado também aos direitos humanos. Na Roma antiga
havia o conceito de direito na cidadania romana a todos romanos.

[editar] Confirmação do conceito

A conquista da América no século XVI pelos espanhóis resultou em um debate pelos


direitos humanos na Espanha. Isto marcou a primeira vez que se discutiu o assunto na
Europa.

Durante a Revolução inglesa, a burguesia conseguiu satisfazer suas exigências de ter


alguma classe de seguridade contra os abusos da coroa e limitou o poder dos reis sobre
seus súditos, proclamando a Lei de Habeas corpus em 1679, em 1689 o Parlamento
impôs a Guilhermo III da Inglaterra na Carta de Direitos (ou Declaração de direitos)
uma série de princípios sobre os quais os monarcas não podiam legislar ou decidir.

No século XVII e XVIII, filósofos europeus, destacando-se John Locke, desenvolveram


o conceito do direito natural. Os direitos naturais, para Locke, não dependiam da
cidadania nem das leis de um Estado, nem estavam necessariamente limitadas a um
grupo étnico, cultural ou religioso em particular. A teoria do contrato social, de acordo
com seus três principais formuladores, o já citado Locke, Thomas Hobbes e Jean-
Jacques Rousseau, se baseia em que os direitos do indivíduo são naturais e que, no
estado de natureza, todos os homens são titulares de todos os direitos.

A primeira declaração dos direitos humanos da época moderna é a Declaração dos


Direitos da Virgínia de 12 de junho de 1776, escrita por George Mason e proclamada
pela Convenção da Virgínia. Esta grande medida influenciou Thomas Jefferson na
declaração dos direitos humanos que se existe na Declaração da Independência dos
Estados Unidos da América de 4 de julho de 1776, assim como também influênciou a
Assembléia Nacional francesa em sua declaração, a Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão de 1789 esta última definia o direito individual e coletivo das pessoas.

A noção de direitos humanos não experimentou grandes mudanças até o século seguinte
com o início das lutas operárias, surgiram novos direitos que pretendiam dar solução a
determinados problemas sociais através da intervenção do Estado. Neste processo são
importantes a Revolução Russa e a Revolução Mexicana.

Desde o nascimento da Organização das Nações Unidas em 1945, o conceito de direitos


humanos se tem universalizado, alcançando uma grande importância na cultura jurídica
internacional. Em 10 de dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direitos
Humanos foi adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em sua
Resolução 217 A (III), como resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial e como
intento de sentar as bases da nova ordem internacional que surgia atrás do armistício.
Coincidência ou não, foi proclamada no mesmo ano da proclamação do estado de Israel.

Posteriormente foram aprovados numerosos tratados internacionais sobre a matéria,


entre os quais se destacam os Pactos Internacionais de Direitos Humanos de 1966, e
foram criados numerosos dispositivos para sua promoção e garantia.

[editar] Dia Nacional dos Direitos Humanos (Portugal)


A Assembleia da República de Portugal, reconhecendo a importância da Declaração
Universal dos Direitos do Homem, aprovou em 1998 uma Resolução na qual institui
que o dia 10 de Dezembro passa a ser considerado o Dia Nacional dos Direitos
Humanos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos

Globalização
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa

A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica,


social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação
dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno
gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que
permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados
internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os
países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em
consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a
fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir
seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e
emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a
comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como
conseqüência o aumento acirrado da concorrência.

Índice
[esconder]

 1 História
 2 Impacto
o 2.1 Comunicação
o 2.2 Qualidade de vida
o 2.3 Efeitos na indústria e serviços
 3 Teorias da Globalização
o 3.1 Antonio Negri
o 3.2 Benjamin Barber
o 3.3 Daniele Conversi
o 3.4 Samuel P. Huntington
 4 Antiglobalização
 5 Referências
 6 Bibliografia
 7 Ver também
 8 Ligações externas

História
A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos
Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu
conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a
globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da
Revolução Tecnológica.

Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no


século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte
marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas européias durante o
período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e
continentes, particularmente nas novas colônias européias.

Já em meio à Segunda Guerra Mundial surgiu, em 1941, um dos primeiros sintomas da


globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos Estados Unidos incluia
várias edições diárias de O Repórter Esso , uma síntese noticiosa de cinco minutos
rigidamente cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do
continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede
radiofônica mundial [1].

É tido como início da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a


vontade de impedir que uma mostruosidade como ela ocorresse novamente no futuro,
sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a
conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de
mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das
outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de
bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Européia do Carvão
e do Aço - CECA.

A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos começarem a se


abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica
do liberalismo.

Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes,


especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado interno
e cada vez maior presença mundial[2]. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da
globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar
ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de
1970[3].

Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima européia como um caminho


pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a globalização, Maria da Conceição
Tavares aposta o seu surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o
surgimento de novos produtos financeiros.

Impacto

A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais

A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação,


comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade
dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

Comunicação

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial
de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades
privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de
troca de idéias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma
pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da
imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de
limitação a barreira lingüística.

Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização


do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos,
principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da
cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma
inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos
dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a
informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados [4], e
um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 80,
ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.

Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande


impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso,
alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro,
desde NHK do Japão até Cartoon Network americana.

Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela
globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte
conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de
radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a
elas como o mundo é e se comporta[5]

Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para
determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto
enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem
acesso.

Na China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular, já contando com 136
milhões de usuários [6] graças à evolução, iniciada em 1978, de uma economia
centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado [7] , é outro
exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos
considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em
1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados,
incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso
e sites de defesa da independência do Tibete. O número de pessoas presas na China por
"ação subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais
de 40 ao ano. A própria Wikipédia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo
chinês[8].

No Irã, Arábia Saudita e outros países islâmicos com grande influência da religião nas
esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tenta
implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como
bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio
de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.
Qualidade de vida

Londres, a cidade mais globalizada do planeta.

O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos


equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento
no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da
longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de
pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1,5 bilhão de pessoas para 1,1
bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e
abertos a globalização[9].

Na China, após a flexibilização de sua economia comunista centralmente planejada para


uma nova economia socialista de mercado [7], e uma relativa abertura de alguns de seus
mercados, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50,1%, contra
um aumento de 2,2% na África sub-saariana. Na América Latina, houve redução de
22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002[10].

Embora alguns estudos sugiram que atualmente a distribuição de renda ou está estável
ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta
liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica[11], outros estudos mais
recentes da ONU indicam que "a 'globalização' e 'liberalização', como motores do
crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as
desigualdades e a pobreza nas últimas décadas" [12].

Para o prêmio nobel em economia Stiglitz, a globalização, que poderia ser uma força
propulsora de desenvolvimento e da redução das desigualdades internacionais, está
sendo corrompida por um comportamento hipócrita que não contribui para a construção
de uma ordem econômica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é, em
síntese, a tese defendida em seu livro A globalização e seus malefícios: a promessa
não-cumprida de benefícios globais [13]. Críticos argumentam que a globalização
fracassou em alguns países, exatamente por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz:
Porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na
reforma tributária [1].

Efeitos na indústria e serviços

Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da


modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para
execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída
entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma
parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e
ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.

O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como "Era Cognitiva",
onde a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que
sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças a automação,
também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era industrial
para a era pós-industrial[14].

Nicholas A. Ashford, acadêmico do MIT, conclui que a globalização aumenta o ritmo


das mudanças disruptivas nos meios de produção, tendendo a um aumento de
tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que isto irá requerer uma mudança de atitude
por parte dos governos se este quiser continuar relevante mundialmente, com aumento
da qualidade da educação, agir como evangelista do uso de novas tecnologias e investir
em pesquisa e desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como
nanotecnologia ou fusão nuclear. O acadêmico, nota porém, que a globalização por si só
não traz estes benefícios sem um governo pró-ativo nestes questões, exemplificando o
cada vez mais globalizado mercados EUA, com aumento das disparidades de salários
cada vez maior, e os Países Baixos, integrante da UE, que se foca no comércio dentro da
própria UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução[15].

Teorias da Globalização
A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado
capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui várias linhas
teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.

A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da


História, acelerado pela época dos Descobrimentos. Mas o processo histórico a que se
denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da
interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre
1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de
1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.

No geral a globalização é vista por alguns cientistas políticos como o movimento sob o
qual se constrói o processo de ampliação da hegemonia econômica, política e cultural
ocidental sobre as demais nações. Ou ainda que a globalização é a reinvenção do
processo expansionista americano no período pós guerra-fria (esta reinvenção tardaria
quase 10 anos para ganhar forma) com a imposição (forçosa ou não) dos modelos
políticos (democracia), ideológico (liberalismo, hedonismo e individualismo) e
econômico (abertura de mercados e livre competição).

Vale ressaltar que este projeto não é uma criação exclusiva do estado norte-americano e
que tampouco atende exclusivamente aos interesses deste mas também é um projeto das
empresas, em especial das grandes empresas transnacionais, e governos do mundo
inteiro. Neste ponta surge a interelação entre a Globalização e o Consenso de
Washington.
Antonio Negri

O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova
realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de organização diferente da
hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um
tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta
nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as
relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de
força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações,
ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de
sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade
(como o Estado, partidos e empresas tradicionais).

Benjamin Barber

Em seu artigo “Jihad vs. McWorld”, Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a
organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga
— não apenas como possíveis, mas também prováveis — são o do McMundo e o da
Jihad. Mesmo que se utilizando de um termo específico da religião islâmica (cujo
significado, segundo ele, é genericamente “luta”, geralmente a “luta da alma contra o
mal”, e por extensão “guerra santa”), Barber não vê como exclusivamente muçulmana a
tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele classifica nesta
corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação globalizante, inclusive ocidentais,
como os zapatistas e outras guerrilhas latino-americanas.

Está claro que a democracia, como regime de governo particular do modo de produção
da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade contemporânea. Nem se aplicará
tampouco a quaisquer dos futuros econômicos pretendidos pelas duas tendências
apontadas por Barber: ou o pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo
globalizado. Os modos de produção de ambos exigem outros tipos de organização
política cujas demandas o sistema democrático não é capaz de atender.

Daniele Conversi

Para Conversi, os acadêmicos ainda não chegaram a um acordo sobre o real significado
do termo globalização, para o qual ainda não há uma definição coerente e universal:
alguns autores se concentram nos aspectos econômicos, outros nos efeitos políticos e
legislativos, e assim por diante. Para Conversi, a 'globalização cultural' é,
possivelmente, sua forma mais visível e efetiva enquanto "ela caminha na sua
trajetória letal de destruição global, removendo todas as seguranças e barreiras
tradicionais em seu caminho. É também a forma de globalização que pode ser mais
facilmente identificada com uma dominação pelos Estados Unidos. Conversi vê uma
correlação entre a globalização cultural e seu conceito gêmeo de 'segurança cultural', tal
como desenvolvido por Jean Tardiff, e outros [16]

Conversi propõe a análise da 'globalização cultural' em três linhas principais: a primeira


se concentra nos efeitos políticos da alterações sócio-culturais, que se identificam com a
'ínsegurança social'. A segunda, paradoxalmente chamada de 'falha de comunicação' [16],
tem como seu argumento principal o fato de que a 'ordem mundial' atual tem uma
estrutura vertical, na realidade piramidal, onde os diversos grupos sociais têm cada vez
menos oportunidades de se intercomunicar, ou interagir de maneira relevante e
consoante suas tradições; de acordo com essa teoria não estaria havendo uma
'globalização' propriamente dita, mas, ao contrário, estariam sendo construídas ligações-
ponte, e estaria ocorrendo uma erosão do entendimento, sob a fachada de uma
homogenização global causando o colapso da comunicação interétnica e internacional,
em consequência direta de uma 'americanização' superficial [16]. A terceira linha de
análise se concentra numa forma mais real e concreta de globalização: a importância
crescente da diáspora na política internacional e no nascimento do que se chamou de
'nacionalismo de e-mail" - uma expressão criada por Benedict Anderson (1992).[17] "A
expansão da Internet propiciou a criação de redes etnopolíticas que só podem ser
limitadas pelas fronteiras nacionais às custas de violações de direitos humanos" [16].

Samuel P. Huntington

O cientista político Samuel P. Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-


americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do
sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que
conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".

http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o

                      O QUE É GLOBALIZAÇÃO


Antes de entender como os países se adaptaram ao processo de globalização, faz-se
necessário definir globalização. Não há consenso sobre um conceito fechado do que
seja a globalização e sua origem. Pode-se analisar os fatos que colaboraram para os
seu desenvolvimento e discutir conceitos defendidos por alguns autores.

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Há uma grande discussão que defende que a globalização teve seu início e começou
a desenvolver-se de fato, com a empreitada européia em direção aos outros
continentes. Outros defendem que começou ainda antes com a expansão do império
romano por Alexandre, o Grande.
O Autor Thomas L. Friedman no livro Os Lexos da Oliveira, denomina a globalização
como uma vertente da fragmentação da política, que teve seu auge a partir do ano de
1945, com o final da Segunda Guerra Mundial, até 1989, com a queda do muro de
Berlim, o que simbolizou o insucesso do Socialismo. O processo de finalização da
política bipolar ocorreu em função do final da Segunda Guerra Mundial, que teve seu
desenvolvimento baseado em argumentos ideológicos onde havia apenas “um inimigo”
a quem se opor. Dessa maneira, a política externa mundial era baseada em princípios
e disputas estabelecidas pelos países líderes dos divergentes sistemas econômicos
vigentes naquele momento.
A popularização do termo globalização ocorreu em meados de 1980, e rapidamente
passou a ser associado aos aspectos financeiros inerentes a esse processo. Dessa
forma, o processo de globalização passou a ser considerado como uma constante no
mundo moderno. Há que ressaltar que esse fenômeno não se restringe apenas às
transações comerciais e termos econômicos, mesmo sendo esses aspectos os
principais focos do processo de globalização. Porém, é fato que, além das relações
econômicas, esse processo envolve as demais áreas que integram as sociedades,
como os âmbitos cultural, social e político.
A globalização é um fenômeno amplamente debatido, porém a compreensão das
entradas que esse processo oferece às sociedades não pode ser definida, interpretada
ou compreendida sem uma profunda reflexão, uma vez que, de acordo com David
Held e Antony McGrew:
“Não existe uma definição única e universalmente aceita para a globalização.
Como acontece com todos os conceitos nucleares das ciências, seu sentido
exato é contestável. A globalização tem sido (quando os altos dos agentes
sociais de um lugar podem ter conseqüências significativas para “terceiros
distantes”; como compreensão espaço temporal (numa referencia ao modo
como a comunicação instantânea vem desgastando as limitações da distância e
do tempo na organização e na interação social); como interdependência
acelerada entendida como a intensificação do entrelaçamento entre economias e
sociedades nacionais, de tal modo que os acontecimentos de um país têm
impacto direto em outros; como um mundo em processo de encolhimento
(erosão das fronteiras e das barreiras geográficas a atividade socioeconômica);
e, entre outros conceitos, como integração global, reordenação das relações de
poder inter-regionais, consciência da situação global e intensificação da
interligação inter-regional.”*
A globalização caracteriza-se por um processo de integração global que induz ao
crescimento da interdependência entre as nações, objetivando um claro entendimento
quanto aos princípios desse processo, concordando com a perspectiva de David Held
e Anthony McGrew, para uma clara compreensão o seguinte conceito de globalização
será adotado:
“É o conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial que
vem acontecendo nas últimas décadas. O ponto de mudanças é a integração dos
mercados numa “aldeia-global”, explorada pelas grandes corporações
internacionais. Os Estados abandonam gradativamente as barreiras tarifárias
para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros e
abrem-se ao comércio e ao capital internacional.
Esse processo tem sido acompanhado de uma
intensa revolução nas tecnologias de informação — telefones, computadores e
televisão. As fontes de informação também se uniformizam devido ao alcance
mundial e à crescente popularização dos canais de televisão por assinatura e da
lnternet. Isso faz com que os desdobramentos da globalização ultrapassem os
limites da economia e comecem a provocar uma certa homogeneização cultural
entre os países.” *
Uma das nítidas conseqüências do processo de globalização foi o impulso dado a uma
transformação nos padrões de interligação mundial, dessa maneira:

“O conceito de globalização denota muito mais do que a ampliação de relações


e atividades sociais atravessando regiões e fronteiras. E que ele sugere uma
magnitude ou intensidade crescente de fluxos globais, de tal monta que Estados
e sociedades ficam cada vez mais enredados em sistemas mundiais e redes de
interação. Em conseqüência disso, ocorrências e fenômenos distantes podem
passar a ter sérios impactos internos, enquanto os acontecimentos locais
podem gerar repercussões globais de peso. Em outras palavras, a globalização
representa uma mudança significativa no alcance espacial da ação e da
organização social, que passa para uma escala inter-regional ou
intercontinental.”*
Esse fenômeno proporciona maior visibilidade à política interna dos países em um
cenário global, com maior velocidade na interação social, passando os acontecimentos
a ter um impacto não apenas local, mas mundial em um efeito imediato. De acordo
com Nestor Garcia Canclini “a globalização denota a escala crescente, a
magnitude progressiva, a aceleração e o aprofundamento do impacto dos fluxos
e padrões inter-regionais de interação social.” *
A partir disso, todas as esferas da sociedade passam a sofrer influencias oriundas
desse processo, integrando aspectos que não possuia na sua gênese.
*Citação do citado autor

http://pt.shvoong.com/social-sciences/political-science/1626460-que-%C3%A9-globaliza
%C3%A7%C3%A3o/

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