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Pontifícia universidade católica de São Paulo

Faculdade de economia, administração, contábeis e atuariais


Curso de administração

Direitos Humanos

Professora: Sandra Mara Ribeiro Muradi


Grupo:
Julio Segall
Bruno Okada
Diego Pacifico
Guilherme do Amaral Marcicano

São paulo - SP
Setembro de 2023
Sumário

1. Introdução
2. Desenvolvimento
3. Conclusão
4. Referencial Teórico
1. Introdução

O trabalho desenvolvido aborda como tema principal os direitos


humanos, buscando responder questões de como se deu origem aos direitos
humanos até os dias atuais, suas características e funções. O estudo busca
relacionar os direitos humanos com o cotidiano da sociedade atual, junto de
sua importância.
2. Desenvolvimento

2.1 Como surgiram os direitos humanos?


Os direitos humanos têm uma história longa e complexa que se
desenvolveu ao longo de séculos e foi moldada por diversas influências
culturais, filosóficas, políticas e sociais. Não existindo um único evento ou
momento em que os direitos humanos tenham surgido, mas sim uma
evolução gradual ao longo do tempo. Sendo importante salientar que regras
são oriundas de quem detenha a autoridade; segundo, são mantidas por
meio do poder (por vezes coercitivo), e, terceiro, têm que ser legitimadas pelo
grupo. Levando tudo isso em consideração abaixo está citado alguns
acontecimentos históricos que deram origem aos direitos humanos
instaurado nos dia atuais:

● Filosofia Antiga: As ideias que sustentam os direitos humanos têm


raízes na filosofia antiga, com filósofos como Sócrates, Platão e
Aristóteles discutindo a natureza da justiça, da dignidade humana e da
igualdade.

● Carta Magna (1215): A Magna Carta, assinada na Inglaterra em 1215,


é frequentemente considerada um dos primeiros documentos a limitar
o poder do governo e a estabelecer princípios de governança que mais
tarde influenciaram o desenvolvimento dos direitos individuais.

● Revolução Americana (1775-1783) e Declaração de Independência


dos Estados Unidos (1776): A Declaração de Independência dos
Estados Unidos, escrita por Thomas Jefferson, proclamou que "todos
os homens são criados iguais" e têm direitos inalienáveis, incluindo
vida, liberdade e busca da felicidade.

● Revolução Francesa (1789-1799) e Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão (1789): A Revolução Francesa resultou na
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que proclamava a
igualdade, liberdade e fraternidade como direitos fundamentais.

● Carta das Nações Unidas (1945) e Declaração Universal dos Direitos


Humanos (1948): Após a Segunda Guerra Mundial, a comunidade
internacional procurou evitar futuros conflitos e promover a paz e a
dignidade humana. A Carta das Nações Unidas estabeleceu os
princípios básicos da organização, e a Declaração Universal dos
Direitos Humanos foi adotada em 1948, definindo os direitos
fundamentais que todos os seres humanos devem desfrutar,
independentemente de sua raça, religião, sexo, nacionalidade, etc.

● Desenvolvimento contínuo: Desde então, os direitos humanos


continuaram a se desenvolver, com tratados internacionais,
convenções e organizações dedicadas à promoção e proteção desses
direitos em todo o mundo. Organizações como a Anistia Internacional
e a Human Rights Watch desempenham um papel crucial na defesa
dos direitos humanos em diversas áreas.

É importante notar que a história dos direitos humanos não é uma


narrativa linear, e os desafios na promoção e proteção desses direitos ainda
existem em muitos lugares. No entanto, os direitos humanos são agora
considerados um princípio fundamental do direito internacional e têm um
lugar central na governança global e na luta pela justiça e igualdade em todo
o mundo.

2.2 O que são os direitos humanos e quais são as suas características.


Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos,
independentemente de sua raça, nacionalidade, sexo, origem étnica, religião,
orientação sexual, ou qualquer outra característica pessoal. Eles são
considerados fundamentais para a dignidade e o valor de cada indivíduo e
são reconhecidos como universais, inalienáveis e indivisíveis.
● Universais: Os direitos humanos se aplicam a todas as pessoas, sem
discriminação, e em todos os lugares, em todos os momentos. Eles
não estão sujeitos a restrições geográficas, culturais ou políticas.

● Inalienáveis: Os direitos humanos não podem ser tirados nem


renunciados por ninguém. Isso significa que ninguém tem o direito de
privar outra pessoa de seus direitos fundamentais.

● Indivisíveis: Os direitos humanos são interdependentes e indivisíveis, o


que significa que todos os direitos são igualmente importantes.
Incluindo direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.

Outra observação importante é de que os direitos humanos podem ser


agrupados em várias categorias, incluindo:

● Direitos Civis e Políticos: Estes incluem o direito à vida, liberdade,


igualdade perante a lei, liberdade de expressão, liberdade de religião,
direito a um julgamento justo, entre outros.

● Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: Estes englobam o direito a


um padrão de vida adequado, à educação, à saúde, ao trabalho digno,
à alimentação, à moradia, entre outros.

● Direitos Coletivos e de Solidariedade: Isso inclui o direito à


autodeterminação, o direito ao desenvolvimento, o direito à paz, entre
outros.

2.3 Para que servem os direitos humanos


Os direitos humanos servem a diversos propósitos fundamentais e
desempenham um papel crucial na sociedade em várias áreas. Aqui estão
alguns dos principais propósitos e funções dos direitos humanos:

● Proteção da Dignidade Humana: Os direitos humanos garantem a


dignidade intrínseca de todos os seres humanos, independentemente
de sua origem, raça, gênero, religião, orientação sexual ou qualquer
outra característica pessoal. Eles afirmam que todos merecem respeito
e tratamento justo.

● Limitação do Poder do Estado: Os direitos humanos estabelecem


limites ao poder do governo, impedindo que ele interfira de maneira
arbitrária na vida das pessoas. Eles garantem que o Estado não possa
violar a liberdade, a segurança e os direitos dos cidadãos sem justa
causa.

● Promoção da Igualdade e Não Discriminação: Os direitos humanos


proíbem a discriminação com base em características como raça,
gênero, religião, orientação sexual e deficiência. Eles promovem a
igualdade perante a lei e oportunidades iguais para todos.

● Garantia de Liberdades Fundamentais: Os direitos humanos incluem


liberdades fundamentais, como a liberdade de expressão, a liberdade
de religião, a liberdade de reunião pacífica e a liberdade de
associação. Essas liberdades são essenciais para o exercício da
democracia e da participação cívica.

● Acesso à Justiça: Os direitos humanos garantem o acesso à justiça e


a um julgamento justo. Eles permitem que as pessoas busquem
reparação quando seus direitos são violados, independentemente de
sua origem ou status social.

● Proteção dos Vulneráveis: Os direitos humanos também têm um papel


importante na proteção de grupos vulneráveis, como crianças, idosos,
refugiados, pessoas com deficiência e minorias étnicas. Eles garantem
que essas pessoas tenham proteção legal e igualdade de
oportunidades.

● Paz e Estabilidade: A promoção dos direitos humanos está


relacionada à paz e à estabilidade. Sociedades onde os direitos
humanos são respeitados têm menos probabilidade de enfrentar
conflitos internos e violência.

● Desenvolvimento Sustentável: Os direitos econômicos, sociais e


culturais, como o direito à educação, à saúde e ao trabalho digno,
desempenham um papel importante no desenvolvimento humano e na
erradicação da pobreza. Eles contribuem para a construção de
sociedades mais justas e equitativas.

● Normas Internacionais: Os direitos humanos estabelecem normas


internacionais que servem como um padrão comum para todos os
países. Isso facilita a cooperação internacional e a responsabilização
por violações de direitos humanos em nível global.

Em resumo, os direitos humanos têm como objetivo principal proteger


a dignidade, a liberdade e o bem-estar de todos os seres humanos,
garantindo que eles sejam tratados com justiça, igualdade e respeito. Eles
desempenham um papel central na construção de sociedades justas,
democráticas e inclusivas.

2.4 Qual a importância da ONU


A importância da ONU é grande, pois ela é uma organização
internacional que busca a paz e o desenvolvimento mundial por meio da
cooperação entre os países. Ela foi criada em 1945, após a Segunda Guerra
Mundial, como uma resposta aos conflitos e violações que ocorreram nesse
período. A ONU tem como objetivos:
● Manter a paz e a segurança no mundo, prevenindo e resolvendo
disputas, impondo sanções ou autorizando intervenções militares
quando necessário;
● Fomentar relações cordiais entre as nações, baseadas no respeito aos
princípios de igualdade e autodeterminação dos povos;
● Promover o progresso social, melhores padrões de vida e direitos
humanos, através de programas e agências especializadas que atuam
em diversas áreas, como saúde, educação, cultura, meio ambiente,
entre outras;
● Cooperar na solução de problemas internacionais de caráter
econômico, social, cultural ou humanitário, facilitando a assistência e o
auxílio aos países necessitados;
● Harmonizar as ações dos países para a consecução desses objetivos
comuns.

2.5 O que é o sistema internacional de proteção aos direitos humanos


O sistema internacional de proteção aos direitos humanos é o conjunto
de normas, órgãos e mecanismos internacionais que têm como objetivo
promover e garantir o respeito e a realização dos direitos humanos em todo o
mundo. Esse sistema surgiu após a Segunda Guerra Mundial, como uma
resposta aos horrores do conflito e aos crimes contra a humanidade
cometidos pelos regimes totalitários. A partir de 1945, com a criação da
Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados começaram a elaborar e
assinar diversos tratados internacionais de direitos humanos, que
estabelecem os direitos e deveres dos indivíduos e dos governos, bem como
os mecanismos de monitoramento e fiscalização do cumprimento desses
tratados. Alguns exemplos de tratados internacionais de direitos humanos
são a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Políticos, o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher, a Convenção sobre os Direitos da Criança,
entre outros.

2.6 Como os direitos humanos surgiram no Brasil:


Os direitos humanos surgiram no Brasil como uma resposta aos
abusos e violações cometidos durante o período da ditadura militar
(1964-1985) que restringiu as liberdades individuais e coletivas, torturou e
matou opositores políticos, censurou a imprensa e a cultura, entre outras
atrocidades.
Essas respostas se deram através de movimentos que politizaram o
cotidiano em locais de trabalho e moradia, que lutavam por melhores
condições de vida e democracia. Somada a essas respostas a economia, nos
anos 80, apresentava quedas sem antecedentes. Até que em 1984 teve início
a “Campanha da Diretas Já” para as eleições democráticas para presidente
da república. Entretanto, apesar da enorme mobilização da sociedade, as
eleições continuaram indiretas. Mais uma vez, em nossa história, o pacto
entre as elites se fez e garantiu-se, como pretendiam os militares, uma
transição “lenta, gradual e segura”. Mantinha-se o poder em mãos
conservadoras preservando-se a impunidade e esquecendo-se de toda nossa
história recente. Somente em 1989, ocorreu a primeira eleição direta para
Presidente.
Durante a transição para a redemocratização, os movimentos lutaram
pela incorporação de direitos na nova Constituição Federal. A causa de
direitos humanos no Brasil foi constituída ainda sob a égide da ditadura
militar, tendo como marca a luta contra o regime autoritário e suas frequentes
violações às garantias fundamentais, é no retorno ao regime democrático que
assume, progressivamente, um viés de “causa de Estado”.
A Constituição de 1988, conhecida como a “Constituição Cidadã”, foi o
marco mais importante dos direitos humanos no Brasil, pois garantiu os
direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais dos cidadãos
brasileiros. Ela foi inspirada nos princípios da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, da qual o Brasil é signatário.
A Constituição de 1988 estabeleceu, entre outros direitos:
● O princípio da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos
valores sociais do trabalho;
● O direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade;
● O direito à saúde, à educação, à previdência, à assistência social, à
cultura e ao desporto;
● O direito à participação política, ao voto e à representação;
2.7 Como os direitos humanos fazem parte do nosso cotidiano

Os direitos humanos fazem parte do nosso cotidiano de diversas


formas, pois eles estão relacionados com as nossas necessidades,
aspirações e valores como seres humanos. Os direitos humanos garantem
que possamos viver com dignidade, liberdade, igualdade e justiça,
respeitando a nossa diversidade e a dos outros. Alguns exemplos de como
os direitos humanos estão presentes no nosso dia a dia são:
● O direito à vida: é o direito fundamental de existir e de ter as condições
necessárias para preservar a nossa integridade física e mental. Esse
direito implica que ninguém pode ser submetido à pena de morte, à
tortura, ao desaparecimento forçado ou a qualquer forma de violência
que atente contra a nossa vida.
● O direito à educação: é o direito de ter acesso a um ensino de
qualidade, gratuito e universal, que nos permita desenvolver as nossas
capacidades, conhecimentos e habilidades. A educação também é um
meio para promover os valores democráticos, o respeito aos direitos
humanos e a diversidade cultural. Esse direito implica que o Estado
deve garantir a oferta de vagas escolares, a formação de professores,
a infraestrutura adequada e os recursos pedagógicos necessários para
uma educação de qualidade.
● O direito à saúde: é o direito de ter acesso a serviços de saúde
públicos, gratuitos e de qualidade, que nos permitam prevenir, tratar e
curar as doenças que afetam a nossa saúde. A saúde também envolve
o bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de
enfermidades. Esse direito implica que o Estado deve garantir o
financiamento, a gestão e a fiscalização do sistema de saúde, bem
como a disponibilidade de profissionais, medicamentos, equipamentos
e insumos necessários para uma assistência integral à saúde.
● O direito à liberdade de expressão: é o direito de manifestar livremente
as nossas opiniões, ideias, informações e sentimentos, por qualquer
meio e sem censura ou interferência. A liberdade de expressão
também envolve o direito de buscar, receber e difundir informações
sobre assuntos de interesse público. Esse direito implica que ninguém
pode ser perseguido, preso ou punido por expressar o seu
pensamento, desde que não viole os direitos humanos ou incite à
violência ou ao ódio.
● O direito à participação política: é o direito de exercer a cidadania
ativa, por meio do voto, da candidatura, da filiação partidária, da
associação em movimentos sociais ou organizações da sociedade
civil, da fiscalização das autoridades públicas ou da reivindicação dos
nossos direitos. A participação política também envolve o direito de ser
informado sobre os assuntos políticos e de ter acesso aos meios de
comunicação social. Esse direito implica que o Estado deve garantir a
realização de eleições periódicas, livres e justas, bem como o respeito
à pluralidade de opiniões e à representatividade dos diferentes
segmentos da população

2.8 Como os direitos humanos são garantidos


Os direitos humanos são garantidos por meio de um conjunto de
mecanismos e instituições em níveis nacionais e internacionais. Aqui estão
algumas das principais maneiras pelas quais os direitos humanos são
protegidos:

1. Legislação Nacional A maioria dos países possui constituições, leis e


regulamentos que reconhecem e protegem os direitos humanos. Isso inclui
leis que proíbem a discriminação, estabelecem direitos civis e políticos,
garantem direitos econômicos e sociais, e assim por diante. Os tribunais
nacionais desempenham um papel importante na aplicação dessas leis e na
proteção dos direitos individuais.

2. Sistemas Judiciais: Os indivíduos podem recorrer aos tribunais para fazer


valer seus direitos humanos. Os tribunais nacionais, regionais e
internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e a Corte Internacional
de Justiça Criminal, têm jurisdição sobre casos de violações de direitos
humanos. Além disso, em muitos países, existe a possibilidade de recorrer a
tribunais de direitos humanos regionais, como a Corte Interamericana de
Direitos Humanos ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
3. Mecanismos de Denúncia: Muitas nações estabelecem órgãos de
supervisão, como comissões de direitos humanos, para receber denúncias de
violações de direitos humanos e investigá-las. Essas comissões
desempenham um papel importante na responsabilização das autoridades
governamentais e na proteção dos direitos dos cidadãos.

4. Organizações Não Governamentais (ONGs): ONGs de direitos humanos,


como a Anistia Internacional, a Human Rights Watch e muitas outras,
monitoram a situação dos direitos humanos em todo o mundo, denunciam
violações e pressionam os governos e a comunidade internacional para agir.

5. Sistemas de Monitoramento Internacional: Acordos e tratados


internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e
convenções específicas (por exemplo, a Convenção contra a Tortura e outros
Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes), estabelecem
padrões globais de direitos humanos. Os Estados que ratificam esses
tratados concordam em respeitar e proteger os direitos estipulados neles, e
relatórios periódicos são submetidos a comitês de monitoramento para
avaliar o cumprimento.

6. Sistemas Internacionais de Justiça: Além dos tribunais internacionais


mencionados anteriormente, existem também cortes internacionais
especializadas, como a Corte Penal Internacional, que tem jurisdição sobre
casos de crimes graves, como genocídio, crimes de guerra e crimes contra a
humanidade.

7. Diplomacia e Pressão Internacional: A comunidade internacional, por meio


de organizações como as Nações Unidas, pode exercer pressão diplomática
e econômica sobre os Estados para que cumpram seus compromissos de
direitos humanos. Isso pode incluir sanções, resoluções da Assembleia Geral
da ONU e outros meios diplomáticos.
É importante observar que, apesar da existência de todos esses
mecanismos, a proteção e a promoção dos direitos humanos podem
enfrentar desafios e limitações em muitas partes do mundo. A eficácia desses
mecanismos depende da vontade política dos Estados e da conscientização
e ação da sociedade civil e da comunidade internacional para responsabilizar
os infratores e garantir o respeito pelos direitos humanos em todos os
lugares.

2.9 É importante a defesa dos direitos humanos?

Sim, é muito importante a defesa dos direitos humanos, pois eles são
os princípios básicos que garantem a dignidade, a liberdade e a igualdade de
todas as pessoas, independentemente de sua origem, cor, gênero, idade,
religião, opinião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos são
universais, indivisíveis e interdependentes, o que significa que todos os
direitos devem ser respeitados e protegidos em todas as partes do mundo,
que nenhum direito é mais importante do que outro e que a realização de um
direito depende da realização dos demais. A defesa dos direitos humanos é
essencial para prevenir e combater as violações desses direitos, como a
tortura, o genocídio, a escravidão, a discriminação, a censura, entre outras
formas de opressão e injustiça. A defesa dos direitos humanos também é
fundamental para promover o desenvolvimento humano sustentável, a
democracia participativa, a paz e a cooperação entre os povos e as nações.
A defesa dos direitos humanos é uma responsabilidade de todos os
indivíduos e grupos sociais, que devem se informar, se conscientizar, se
mobilizar e se organizar para exigir o respeito e a garantia dos seus direitos e
dos direitos dos outros. A defesa dos direitos humanos é uma forma de
expressar a solidariedade e o compromisso com a construção de um mundo
mais justo, livre e fraterno.
2.10 A relação dos direitos humanos com a democracia
Os direitos humanos e a democracia são conceitos que estão
profundamente relacionados, pois ambos visam garantir a dignidade, a
liberdade e a participação de todos os seres humanos na vida política, social,
econômica e cultural. A Organização das Nações Unidas (ONU) defende que
a democracia é um valor universal baseado na vontade do povo de
determinar o seu próprio sistema político, e que a democracia apresenta o
quadro natural para a proteção e a realização efetiva dos direitos humanos. A
ONU também estabelece uma série de elementos essenciais à democracia,
como o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, a
realização de eleições honestas e periódicas, um sistema pluralista de
partidos e organizações políticas, a separação de poderes, a independência
da justiça, a transparência e a responsabilidade da administração pública, e
os meios de comunicação social livres, independentes e pluralistas.
3. Conclusão
Portanto, a defesa e a promoção dos direitos humanos desempenham um
papel fundamental na construção e na manutenção de democracias saudáveis e
inclusivas. O respeito aos direitos humanos não apenas protege os indivíduos
contra abusos de poder, mas também fortalece os fundamentos da democracia,
criando sociedades mais justas, igualitárias e respeitosas.
Os direitos humanos servem como um conjunto de princípios e valores que
orientam a democracia, garantindo que a participação política seja igualitária e que
as decisões tomadas respeitem os direitos e as liberdades individuais. Eles atuam
como um contrapeso contra a tirania da maioria e garantem que mesmo minorias
sejam protegidas contra discriminação e opressão.
4. Referências
[1] Castilho, Ricardo. Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo. Disponivel em:
<https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=myJrDwAAQBAJ&oi=fn
d&pg=PT2&dq=direitos+humanos&ots=Wpyq2yTXQf&sig=YdrL12V5xvaOdn5
CGUwqgcEZwgQ#v=onepage&q=direitos%20humanos&f=false>. Acesso em
11 de setembro de 2023.

[2] Barreto, Rafael. Direitos Humanos. 12. ed São Paulo. Disponivel em:
<https://www.editorajuspodivm.com.br/media/juspodivm_material/material/file/
JUS2657-Degustacao.pdf>. Acesso em 11 de setembro de 2023.

[3] Piovesan, C. F. Sistema internacional de proteção dos direitos


humanos. Disponivel em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7640273/mod_resource/content/1/pi
ovesan_sip.pdf>. Acesso em 12 de setembro de 2023.

[4] Engelman, F.; Madeira, M. L. A causa e as políticas de direitos


humanos no Brasil. Disponivel em:
<https://www.scielo.br/j/ccrh/a/RqhXtbz8Kwg6MwTKqZyMfFR/#>. Acesso em
15 de setembro de 2023.

[5] Patto, S. H. M. Direitos humanos e desigualdades sociais. Disponível


em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062017
000100014>. Acesso em 15 de setembro de 2023.

[6] Mello, A. C. L. Direitos Humanos: concepções por estudantes de


psicologia em uma universidade pública brasileira. Disponivel em:
<http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2011-30802022
000200080>. Acesso em 15 de setembro de 2023.

[7] Borges, A. C. D. ; Tsunoda, S. F. Direitos humanos e democracia no


Brasil, perspectivas para a segurança pública. Disponivel em:
<https://books.scielo.org/id/7yddh/pdf/souza-9788579830198-05.pdf>. Acesso
em 20 de setembro de 2023.

[8] Piovesan, Flavia. Direitos humanos: Desafios e perspectivas


contemporâneas. Disponivel em:
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/6566/010_piovesan
.pdf>. Acesso em 21 de setembro de 2023.

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