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Em 1948, pós segundo guerra mundial, foi promulgado pela ONU a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Sendo ela a maior conquista da humanidade.
Tais direitos fazem com que o indivíduo possa vivenciar plenamente sua
condição biológica, psicológica, econômica, social, cultural e política. Os direitos
humanos se aplicam a todos os homens e servem como instrumento de proteção
contra qualquer ato de violência que possa negar sua condição humana. Tendo um
caráter universal, devem ser reconhecidos e respeitados por todos os homens, em
todos os tempos e sociedades.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
(https://www.youtube.com/watch?v=p-nP87rE2n4&list=WL&index=9)
https://www.youtube.com/watch?v=E-QVggVFKD0
O termo GERAÇÃO, não faz com que uma se exclua da outra. Todas as
gerações (ou chamadas de dimensões) são cumulativas.
https://www.youtube.com/watch?v=p-nP87rE2n4&list=WL&index=9
DIREITO NATURAL
São direitos decorrentes de sua própria natureza. Nasceu com a humanidade. É inerente
a existência humana.
A atribuição de direitos naturais ao indivíduo se inspira na ideia de que o homem é um
ser provido de sensibilidade e razão, capaz de se relacionar com o seu semelhante e de constituir
as bases do seu próprio viver.
DIGNIDADE HUMANA
https://www.youtube.com/watch?v=aO-tdxH5Vy4
“Eis por que o homem deve ser considerado como um fim em si mesmo, jamais
como um meio ou instrumento para a realização de algo (Kant, 1980). O homem é um
ser cuja existência constitui um valor absoluto - nada do que existe no mundo lhe é
superior ou equivalente.”
A dignidade possui um valor intrínseco, por isso uma pessoa não pode ter mais
dignidade do que outra. Quando colocamos um valor em alguém estamos a
objetificando, logo, retirando sua dignidade.
É difícil e gera muitos debates definir dignidade, todavia, ainda que esta noção
pareça confusa, complexa ou imprecisa, sempre é possível perceber quando ela é
negada, violada e esquecida. O sofrimento de pacientes em filas de hospitais públicos,
a condição de exclusão a que são submetidos os mendigos e crianças em situação de
risco, o drama dos desempregados e outros marginalizados sociais, estes são apenas
alguns exemplos da negligencia do homem perante o outro, assim sendo, quando se
defende os direitos desses indivíduos, é sempre em nome de uma dignidade que foi
negada/violada.
Mesmo sem uma definição, não a torna menos relevante. Devemos reconhecer
que esta existe como uma marca fundamental do sujeito.
Racionalidade como fator diferenciador:
Na antiguidade acreditava-se na criação divina, em que o homem era imagem
e semelhança de Deus, por isso a dignidade é fruto de uma ordem divina.
Contudo, há quem acredita na natureza racional do homem. O homem é
detentor da razão, o torna essencialmente único e, portanto, diferente dos demais
seres. Assim, com ela, fomos capazes de criar a cultura, moral, direito e a dignidade
que lhe serve como fundamento.
Portanto, a dignidade é justificada pelo atributo que nos difere de outros seres,
a razão. Além de:
- Autonomia da sua vontade;
- Liberdade;
- Responsabilidade.
FUNDAMENTAÇÃO JUSNATURALISTA
A dignidade humana nasce, não quando é reconhecido pelo direito (Positivados nas
Declarações de Direitos e Constituições), mas sim com o próprio homem, intrinsecamente
relacionada com a própria existência da humanidade e de seu desenvolvimento histórico,
político, econômico e social.
Sendo:
- Universais;
- Inalienáveis;
- Imprescritíveis.
Conclusão: A origem dos direitos naturais não é de Direito Positivo, mas sim do Direito
Natural; É natureza humana é comum e universal para todos os homens; direitos humanos
existem independentemente do seu reconhecimento ou não por determinada ordem jurídica.
FUNDAMENTAÇÃO ILUMINISTA:
Culminou com a aprovação, no pós 2.ª Guerra, da DHDH de 1848, pela Assembleia das
Nações Unidas.
Seu fundamento é a racionalidade (razão e ciência)
O fim da Segunda Guerra Mundial significou uma total ruptura com o Positivismo
Jurídico, considerado o grande responsável por dar legitimidade às atrocidades do Nazismo.
Houve uma reconstrução do que achávamos ser direitos humano.
Segundo Bobbio:” O problema grave do nosso tempo, com relação aos direitos
humanos, não é mais o de fundamentá-los e sim o de protegê-los”. Portanto, estamos diante de
uma crise, não mais sociológica ou filosófica, mas sim político.
O Estado e o Direto (ordenamento jurídico, normas) deve ser construído a fim de
respeitar e garantir os Direitos Fundamentais. O homem como ser racional nunca deve ser
objetificado (utilizado como meio - Instrumento), mas sim, o fim
Obs.: Se algo não tem preço, tem dignidade.
Para ser um cidadão peno é preciso ter nossos Direitos Fundamentais
garantidos.
FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA:
FUNDAMENTAÇÃO ÉTICA:
Os direitos humanos não podem ser apenas jurídicos, mas baseada em VALORES, em
uma fundamentação ética ou axiológica.
Direitos Humanos = Direitos Morais
Os homens possuem pelo fato de serem homens e portanto, um direito igual a seu
reconhecimento, proteção e garantia por parte do poder político e jurídico, independentemente
de qualquer contingência histórica ou cultural, característica física ou intelectual, poder político
ou classe social.
Somente os direitos que tem a ver intrinsecamente com a ideia de dignidade humana,
podem ser considerados como direitos humanos fundamentais.
Partindo deste prisma, e tendo por base como um dos valores fundantes, o da
dignidade da pessoa humana, pode-se chegar à conclusão que não existe uma única
fundamentação, senão diversas fundamentações para os direitos humanos.
Multiculturalismo: Vive-se uma era onde tudo pode ser relativo e nada absoluto. Um
simples caso jurídico pode tornar-se complexo na medida em que as partes demonstrem as
peculiaridades por trás dos acontecimentos. Com os direitos humanos não é diferente. É
necessário conhecê-los, muito além da tradição jurídica, respeitado a multiplicidade de
conceitos e posicionamentos progressistas, e desconstruindo os pensamentos discriminatórios.
Em meio a dificuldade metodológica de definir um fundamento universal, o relativismo
é a forma mais adequada de enxergar os direitos humanos como produtos de uma cultura,
todavia, não deve ser utilizado de forma intransigente, sob pena de torna-se, subjetivista e
contraditório.
O Relativismo se pauta, por tanto, no respeito à diferença, à diversidade e às
identidades culturais.
A mais forte crítica feita contra os argumentos relativistas diz respeito à utilização de
tais instrumentos como máscara a atos atentatórios aos Direitos Humanos. O mais claro
exemplo a ser dado de tais situações se dá no continente Africano e se caracteriza como a
chamada “mutilação genital feminina” ou “circuncisão feminina”.
O discurso relativista seria legitimador de práticas consideradas desumanas? Visto que
preza pelo multiculturalismo...
Não, em todas as culturas e sociedades, os indivíduos possuem valores comuns: De que
todo ser humano é igualmente digno de consideração e respeito.
Artigo 27. 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida
cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e
de seus benefícios.”
Sabe-se que em vários países, como por ex., na Índia, há casamentos arranjados entre as
famílias.
A conclusão a que se chega é a de que a Declaração dos Direitos Humanos não serve
para nada mais do que enumerar quais seriam os direitos a serem respeitados caso todas as
sociedades fossem justas, igualitárias, com um bom nível de desenvolvimento social e
econômico, ou seja, idealmente perfeitas.
Mesmo neste contexto de diversidade cultural, os direitos humanos podem ser
universalizáveis, desde que respeitadas as especificidades de cada cultura.
Existem valores que são comuns e válidos para todas as culturas = princípios comuns
éticos para toda a humanidade.
É possível a universalização de direitos humanos sem que isso se apresente como uma
imposição de uma cultura sobre a outra, reconhecendo os direitos válidos para todos os seres
humanos, sem um discurso dominante.
Nota-se que as correntes universalista e relativista devem unir-se, tendo como objetivo
alcançar de forma efetiva e concreta o maior número possível de cidadãos mundiais. Tal
objetivo será, então, alcançado se o universalismo conceituar direitos básicos (que sirvam de
base para que os relativistas desenvolvam direitos culturais, de forma a gerar o reconhecimento
e o acolhimento de tais direitos em todos os lugares do mundo.
Os direitos humanos não devem igualar, mas – ao contrário – devem assegurar a
individualidade de cada um e do grupo social ao qual pertence.