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Surge a separação dos poderes como uma forma de acabar com o absolutismo. Poder
nas mãos de uma única pessoa.
Princípio fundamental e cláusula pétrea (art. 60, § 4.º) da ordem constitucional do
Estado Democrático de Direito:
Art. 2.º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Não pode ser abolido, a menos que uma nova constituição seja criada.
A separação de poder é considerada um sistema de freios. Visando a atuação de forma
harmônica.
Temos:
- Poder Legislativo, para fazer as leis para sempre ou para determinada época, bem
como, aperfeiçoar ou revogar as existentes;
- Executivo que se ocupa da paz e da guerra, estabelecer a segurança e prevenir
invasões. Executar as leis;
- Judiciário, com competência de punir os crimes ou julgar os litígios.
Nessa tese, Montesquieu pensa em não deixar em uma única mão as tarefas de legislar,
administrar e julgar, pois a experiência eterna (do Estado Absolutista) mostra que todo o homem
que tem o poder sem encontrar limites, tende a abusar dele.
A transição do Estado Absolutista para o Estado Liberal, foi caracterizado pela
separação dos poderes.
A separação dos poderes, com a Revolução Francesa, tornou-se um dogma
constitucional reconhecido. A passagem do Estado Absolutista para o Estado Liberal
caracterizou-se justamente pela separação de Poderes, denominada Tripartição dos Poderes
Políticos (na verdade, “divisão funcional do poder”). Posteriormente, foi prevista na Declaração
Universal dos Direitos do Homem (DUDH) como essencial para a garantia dos direitos
humanos.
https://www.politize.com.br/assembleia-legislativa-o-que-e/
Competências:
Antes de falar das competências, é importante lembrar que a Norma de
Obediência/Reprodução Obrigatória, é quando uma competência está prevista para um dos
Entes da Federação, mas se estende aos demais.
Ao contemplar tal princípio, o legislador constituinte de 1988 teve por objetivo evitar
que um dos poderes arrogue o direito de intervir nas competências alheias.
Ex., O executivo passe a legislar e julgar ou que o legislativo, que tem por competência
a produção normativa, aplique a lei ao caso concreto.
Esta matéria está consolidada a nível imutável, ou seja, não sujeita ao exercício do
Poder Constituinte reformador.
- Os entes podem somente interferir (Intervenção Federal) quando expressamente
previsto na Constituição Federal.
1-) Executivo:
Exerce atos de chefia de Estado nas relações internacionais e de atos de governo, nas
relações políticas e econômicas no plano interno, observadas as normas constitucionais.
Responsável direto por executar as leis, observando as normas vigentes no país, além de
propor planos de ação e administrar os interesses públicos.
2-) Legislativo:
Cabe as funções típicas de legislar e fiscalizar, sendo ambas igualmente importantes.
Responsável por elaborar e aprovar leis, além de fiscalizar a execução das mesmas pelo
executivo.
3-) Judiciário:
cabe tipicamente a função jurisdicional, que consiste na aplicação da lei a um caso
concreto, que lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.
Interpreta a lei e julga os casos de acordo com as regras constitucionais.
INDELEGABILIDADE DE ATRIBUIÇÕES
A função de um poder não pode ser atribuída a outro, a menos que, esteja previsto na
Constituição Federal.
Em regra, as atribuições de um órgão não poderão, ser delegadas a outro. Mas
pode ocorrer nas hipóteses previstas na CF.
No entanto, a separação dos Poderes não impede que, além de sua função típica
(preponderante), cada um dos Poderes exerça atipicamente (de forma secundária) funções
aparentemente atribuídas com exclusividade a outro, como exceção e com previsão
constitucional expressa.
A indelegabilidade não está prevista expressamente na CF/88, mas é a materialização do
sistema de freios e contrapesos.
Todo homem que detém o poder tende a abusar dele, afirma Montesquieu. Seguindo o
pensamento dessa corrente, tudo estaria perdido se o poder de fazer as leis, o de executar as
resoluções públicas e o de punir crimes ou solver pendências entre particulares se
reunissem num só homem ou associação de homens.
A separação dos poderes, portanto, é uma forma de descentralizar o poder e evitar
abusos, fazendo com que um poder controle o outro ou, ao menos, seja um contrapeso.
Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo uma
independência harmônica nas relações de governança.
2-) Juízes e Tribunais não podem influir no Poder Legislativo, em compensação são
autorizados a declarar a inconstitucionalidade das leis, não as aplicando no caso concreto. No
entanto, uma vez declarada inconstitucional uma lei, somente o Senado pode suspender sua
execução (art. 52, inc. X).