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Objetivo da Aula
Apresentação
Nesta aula detalharemos sobre a origem dos Três Poderes, modelo definido pelos autores
iluministas John Locke e Montesquieu para impedir a concentração de poderes em uma
só pessoa, ou governo, evitando o autoritarismo e permitindo o equilíbrio e controle entre
os poderes.
No Brasil, além da divisão das funções estatais em três poderes, muito se confunde
sobre as funções essenciais da justiça, conceito que para alguns seria uma forma de quarto
poder, porém inexistente. Aliás, para alguns autores contemporâneos e modernos, o quarto
poder seria o poder exercido pela sociedade, para outros, o poder decorrente das parcerias
internacionais e acordos.
1. Poder Executivo
Poder Executivo, previsto na Constituição Federal, a partir do Art. 76, é exercido pelo
Presidente da República, auxiliado pelos ministros.
As eleições federais ocorrem a cada quatro anos e são coincidentes com as eleições
estaduais e distritais. O primeiro turno ocorre, a cada quatro anos, no primeiro domingo de
outubro e o segundo turno no último domingo de outubro e são coincidentes com ano de
Copa do Mundo.
A política pública pode ser entendida, resumidamente, como a solução aos problemas do
país em educação, saúde, segurança, infraestrutura, dentre outros.
O Poder Executivo, por ter em sua estrutura, os ministérios, terá auxílio dos Ministros de
Estado em suas atribuições, forma de desconcentrar as ações necessárias ao país conforme
o tema: segurança, educação etc.
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2. Poder Legislativo
Quanto aos dois órgãos que compõem o Congresso Nacional, Senado e Câmara, temos a
relação de representação dos Estados pelo Senado e representação do povo pela Câmara, por
isso a expressão de que a Câmara dos Deputados é a casa do povo. São várias as competências,
desde aprovação de normas nas duas casas como a aprovação de Magistrados indicados.
Uma curiosidade é sobre Governador de Território, atualmente inexistente, que compete ao
Senado Federal a aprovação. Algumas leis iniciam no Senado e outras na Câmara. O fato de
termos duas unidades responsáveis por discutir e aprovar leis, quando iniciado o projeto de
lei ou o trâmite na Câmara, seguirá ao Senado posteriormente, e quando iniciado no Senado,
seguirá para a Câmara posteriormente. Caso haja alguma alteração em umas das casas,
retornará para debates e aprovações, ou não, na casa que iniciou o projeto de lei.
As leis são definidas como parâmetros de autorização daquilo que poderá ser feito pelo
Poder Executivo. Caso deseje se tornar algum deputado ou senado, haverá trabalho a contar
de 2 de fevereiro até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre 17 de julho a 1º de agosto. Por
haver dois períodos, o ano é chamado de sessão legislativa e os semestres de períodos, ou
seja, primeiro e segundo período da sessão legislativa. No Congresso, assim como no Senado
e na Câmara, há comissões temáticas que discutem determinados assuntos (leis), como a
Comissão do Orçamento, que irá se reunir para discutir a proposta orçamentária, composta
por deputados e senadores, por ser um tema de aprovação no Congresso Nacional.
O Legislativo conta com um órgão auxiliar de controle externo, pois, é o Legislativo que
recebe a prestação de contas dos demais Poderes e desta forma o Tribunal de Contas da
União é o órgão auxiliar de controle externo exercido pelo Legislativo. Como o termo induz,
o TCU – Tribunal de Contas da União avalia e julga contas de todos os Órgãos e Poderes
da União, salvo as contas do Presidente da República, que tem o julgamento realizado no
Senado Federal.
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3. Poder Judiciário
Ainda que não tenha conquistado a vitaliciedade, goza de autonomia como se estivesse,
para que tenha autonomia em suas atribuições. O magistrado poderá acumular sua atividade
judicante com a de magistério (professor), vedadas outras atividades. Como dito, cada órgão
do judiciário é organizado em temas, áreas, e assim, cada magistrado se especializa em um
segmento da justiça.
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Funções Essenciais à Justiça não pode ser confundida como um quarto poder, cuidado.
As funções essenciais contemplam de autonomia funcional e administrativa para que possam
realizar suas funções sem a interferência de outro Poder.
O primeiro tem a função defender os interesses coletivos na aplicação da lei, ou seja, zelar
pelo respeito aos Poderes e às normas. O segundo tem a função de garantir que todo indivíduo
tenha defesa perante o Judiciário. O último defende os interesses do Estado, quando lesado
por alguma norma ou ação de terceiros.
Vamos contextualizar. Imagine que um indivíduo esteja sendo processado por crime
contra a fazenda pública, ou seja, sonegação de impostos. A Advocacia Pública irá defender
o interesse do Estado por ter sido lesado no tocante às suas receitas. Caso o indivíduo não
tenha como se defender, poderá solicitar um defensor público, para que seja assistido e
auxiliado. O representante do Ministério Público estará presente para verificar se o trâmite
jurídico está conforme as normas e interesses coletivos e o magistrado será o responsável
pelo julgamento.
Nesse cenário, além do juiz, podemos visualizar o Promotor Público (Ministério Público),
o Advogado Público (Advocacia Pública) e o Advogado de Defesa (Defensoria Pública).
Não será em todos os cenários que encontraremos todos esses agentes públicos, pois
o Defensor Público apenas atuará quando o cidadão não tiver condições de contratar um
advogado particular. No caso da Advocacia Pública, só iremos presenciar seu representante
quando o Estado fizer parte da ação, o Estado por meio de algum órgão público. O juiz e o
promotor são agentes presentes nos julgamentos, independentemente de qual seja a ação.
Algumas estruturas podem parecer estranhas, como a do Tribunal de Contas da União, que
é parte integrante do Poder Legislativo e conta com a representação do Ministério Público de
Contas, pois, por haver o julgamento de contas, terá também um representante do Ministério
Público. Essa estrutura foi criada com o Tribunal de Contas, que no caso da União se deu em
1892 por meio do Decreto n. 1.166.
Considerações Finais
Conseguimos até aqui conhecer as funções finalísticas de cada poder e das funções
essenciais à justiça. Essa estrutura de tripartição de poderes apresentada por Montesquieu
auxilia a Administração no conceito de freios e contrapesos, que é justamente quando um
poder fiscaliza o outro poder ou tem algumas funções compartilhadas, pois, na prática, todos
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Suas principais atribuições são previstas na Constituição Federal, porém, algumas leis de
criação e regulação podem detalhar ainda mais. A Constituição Federal é considerada extensa
por esse motivo, pois além dos direitos e garantias fundamentais conta com muitos detalhes
sobre estrutura e temas específicos, como orçamento, seguridade, dentre outros, mas quando
estudada por capítulos torna-se uma norma mais suscinta e objetiva.
Materiais Complementares
Assista ao novo Vídeo institucional do Superior Tribunal Militar. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=rNOHiSgiSGY.
Referências
BERWIG, Aldemir. Direito Administrativo. Rio Grande do Sul: Unijuí da Universidade Regional
do Noroeste, 2019.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 37ª edição. São Paulo: Atlas, 2021.
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