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2018 - TJ/SC - Avaliador [Q997594]

José, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, visando ao


incremento de sua renda mensal, se submeteu e foi aprovado em concurso público
para o cargo efetivo de professor municipal, com carga horária de 20 horas semanais.
De acordo com a jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal, no caso em tela:
a) é possível a acumulação dos dois cargos públicos, e a soma das remunerações de
ambos os cargos não está sujeita ao teto remuneratório do servidor;
b) é possível a acumulação dos dois cargos públicos, eis que se trata de cargo técnico
e de professor, desde que haja compatibilidade de horários;
c) é possível a acumulação dos dois cargos públicos, mas José terá que optar pela
remuneração integral de um deles mais a metade do outro;
d) não é possível a acumulação dos dois cargos públicos, diante da expressa vedação
constitucional;
e) não é possível a acumulação dos dois cargos públicos, exceto se ambos forem do
mesmo ente federativo.
Art. 37. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público;
2018 - TJ/SC - Avaliador [Q997598]

A Lei Estadual XX dispôs que os ocupantes do cargo de provimento efetivo de oficial de


justiça de primeiro grau, inserido em carreira própria, subdividida em três classes,
poderiam optar pela transposição para o cargo de oficial de justiça junto ao tribunal,
inserido em carreira subdividida em quatro classes. Ambos os cargos estão vinculados ao
Tribunal de Justiça e observam os mesmos requisitos de investidura, mas o segundo
desses cargos tem remuneração superior em 10 % (dez por cento) e é provido a partir de
concurso público distinto. À luz da sistemática constitucional, a Lei Estadual XX é:
a) constitucional, pois a transposição entre cargos sempre é possível no âmbito da mesma
estrutura estatal de poder;
b) inconstitucional, apenas porque as carreiras não são subdivididas no mesmo número de
classes;
c) inconstitucional, porque não é possível a transposição entre cargos vinculados a
carreiras diversas;
d) constitucional, pois os requisitos para a investidura em ambos os cargos são os
mesmos;
e) inconstitucional, apenas porque a remuneração entre os cargos não é a mesma.
art. 37, II: “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego”.
“é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-
se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.” (súmula
vinculante 43).
(...) Estão, pois, banidas das formas de investidura admitidas pela CF/1988 a
ascensão e a transferência, que são formas de ingresso em carreira diversa daquela
para a qual o servidor público ingressou por concurso e que não são, por isso
mesmo, ínsitas ao sistema de provimento em carreira (...)
[ADI 231, rel. min. Moreira Alves, P, j. 5-8-1992, DJ de 13-11-1992.]
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997189]

Determinado Estado da federação editou a Lei no 123/2018, dispondo sobre os


requisitos a serem observados para a conversão da união estável em casamento.
Considerando a divisão de competências adotada pela federação brasileira, é
correto afirmar que a Lei no 123/2018 é
a) constitucional, pois todos os entes da federação têm competência concorrente
para legislar sobre a matéria.
b) inconstitucional, pois, por se tratar de interesse local, somente os Municípios
podem legislar sobre a matéria.
c) constitucional, pois os Estados têm competência concorrente com a União para
legislar sobre a matéria.
d) constitucional, pois os Estados têm competência privativa para legislar sobre a
matéria.
e) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997190]

Ednaldo, servidor público estadual, durante o horário de expediente, deixou que um


objeto caísse da janela da repartição pública em que trabalhava. Esse objeto caiu
sobre a cabeça de Pedro e lhe causou danos. Considerando as normas
constitucionais que dispõem sobre o dever de reparar os danos causados, assinale
a afirmativa correta.
a) Somente Eraldo pode ser responsabilizado, mas é necessário demonstrar a sua
culpa.
b) O Estado pode ser responsabilizado, ainda que não demonstrada a culpa de
Eraldo.
c) Nem Eraldo nem o Estado podem ser responsabilizados, pois ocorreu um mero
acidente.
d) Somente Eraldo pode ser responsabilizado, mesmo que não demonstrada a sua
culpa.
e) O Estado pode ser responsabilizado, mas é necessário provar a culpa de Eraldo.
Art. 37, § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997191]

Pedro, servidor público estadual, que contava com dois anos de contribuição
previdenciária, sofreu sério acidente automobilístico e ficou permanentemente inválido.
Em razão da total impossibilidade de exercer suas funções, requereu sua
aposentadoria por invalidez permanente. À luz da sistemática constitucional, o
requerimento de Pedro deve ser
a) indeferido – a aposentadoria por invalidez permanente dos servidores públicos
pressupõe três anos de contribuição.
b) indeferido – a aposentadoria por invalidez permanente dos servidores públicos
pressupõe o acidente em serviço.
c) deferido – os proventos devidos a Pedro devem ser proporcionais ao tempo de
contribuição.
d) indeferido – os servidores públicos não têm direito à aposentadoria por invalidez
permanente.
e) deferido – a Pedro deve ser assegurado o direito à percepção de proventos
integrais.
Art. 40. § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será
aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando
insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações
periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da
aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta)
anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei
complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) (Vide Lei
Complementar nº 152, de 2015)
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas,
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do
respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997193]

O Governador de determinado Estado solicitou informações à sua assessoria a


respeito do órgão competente para julgar suas contas de governo anuais.
Considerando a sistemática estabelecida na Constituição da República, a
assessoria respondeu corretamente que esse órgão é o
a) Tribunal de Contas, com recurso para a Assembleia Legislativa.
b) Assembleia Legislativa, com recurso para o Tribunal de Justiça.
c) Tribunal de Contas, com recurso para o Tribunal de Justiça.
d) Assembleia Legislativa, que julga em caráter definitivo.
e) Tribunal de Contas, que julga em caráter definitivo.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta
dias a contar de seu recebimento;

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e


apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997197]

Após regular apuração, o Ministério Público constatou que o prefeito do Município


Alfa divulgara um informativo, pago com recursos públicos, contendo nomes,
símbolos e imagens de sua gestão com o nítido objetivo de promover sua imagem
para as próximas eleições. Considerando a conduta do prefeito municipal, é correto
afirmar que ela afronta, de modo mais intenso, o princípio administrativo da
a) impessoalidade.
b) publicidade.
c) humildade.
d) autotutela.
e) eficiência.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
2018 - MPE - AL - Técnico do Ministério Público [Q997204]

O prefeito do Município Alfa nomeou, para funções de confiança, diversas pessoas


que tinham larga experiência na iniciativa privada, mas que jamais haviam atuado
no serviço público. Suas atribuições seriam de direção e de chefia. Sobre o ato do
Prefeito, à luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta.
a) É regular, pois as funções de confiança, a exemplo dos cargos em comissão,
destinam-se às atribuições de direção e chefia.
b) É regular, pois as funções de confiança, diversamente dos cargos em comissão,
são de livre nomeação pelo prefeito.
c) É irregular, pois as funções de confiança somente podem ser exercidas pelos
ocupantes de cargos em comissão.
d) É irregular, pois as funções de confiança somente podem ser exercidas pelos
detentores de mandato eletivo.
e) É irregular, pois as funções de confiança são privativas dos servidores ocupantes
de cargo efetivo.
Art. 37. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
2018 - MPE - AL - Analista do Ministério Público - Jurídica [Q996779]

O Município de Quebradinho edita lei determinando que estabelecimentos que


vendam bebidas alcoólicas somente podem funcionar até às 00.30h. Inconformado,
o proprietário de um bar questiona judicialmente o ato normativo. Sobre o caso
narrado, assinale a afirmativa correta.
a) A lei é válida, ainda que tal determinação não conste do Plano Diretor Municipal.
b) A lei é válida, mas sua eficácia depende de prévio zoneamento e demarcação
urbanística das áreas atingidas pela restrição.
c) A lei é inválida, uma vez que é competência da União editar norma geral de
direito urbanístico.
d) A lei é inválida, uma vez que ela viola os princípios da livre iniciativa e da livre
concorrência.
e) A lei é inválida, uma vez que os proprietários de estabelecimentos já instalados
possuem direito adquirido à manutenção dos horários praticados.
Art. 30. Compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;


Súmula Vinculante nº 38: “É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de
estabelecimento comercial." Este enunciado tem como base justamente a competência municipal
para legislar sobre assuntos de interesse local (art. 30, inciso I). O conteúdo desse enunciado já
era previsto também na Súmula 645 do STF.

“O Supremo Tribunal Federal já decidiu positivamente acerca da competência do


Município, e não do Estado, para legislar a respeito de horário de funcionamento de
estabelecimento comercial, inclusive para aqueles que comercializam bebidas alcoólicas,
por ser matéria de interesse local, nos termos do art. 30, I, da Constituição Federal. (...) 5.
Cabe ressaltar, ademais, que o Supremo Tribunal Federal, na sessão plenária de 11-3-2015,
reafirmou o entendimento consagrado na Súmula 645/STF ao editar a Súmula Vinculante 38.
(RE 852.233 AgR, voto do rel. min. Roberto Barroso, 1ª T, j. 26-8-2016, DJE 206 de 27-9-2016).
2018 - MPE - AL - Analista do Ministério Público - Jurídica [Q996761]

Determinada Constituição Estadual, com o objetivo de uniformizar as boas práticas legislativas nos
Municípios, estatuiu uma série de normas dispondo sobre os deveres funcionais dos Vereadores, no
exercício de sua atividade legislativa, que não foram objeto de referência na Constituição da
República. Por entender que essas normas da Constituição Estadual destoavam dos balizamentos
oferecidos pela Constituição da República, certo partido político solicitou que sua assessoria jurídica
analisasse a matéria. Após análise da sistemática constitucional, a assessoria respondeu que as
referidas normas eram
a) inconstitucionais, pois, pelo federalismo brasileiro, os Municípios são regidos apenas por sua lei
orgânica, sem influência das Constituições do Estado e da República.
b) constitucionais, pois os vereadores, por simetria, devem observar deveres similares aos dos
Deputados Estaduais, os quais estão previstos na Constituição Estadual.
c) inconstitucionais, pois a Constituição Estadual não pode desconsiderar a autonomia dos
Municípios, avançando em seara que lhes é própria.
d) constitucionais, pois os Municípios devem observar os princípios estabelecidos na Constituição da
República e na Constituição Estadual.
e) inconstitucionais, pois as Constituições Estaduais, em nenhuma hipótese, projetam a sua força
normativa sobre os Municípios.
“Os edis, ao contrário do que ocorre com os membros do Congresso Nacional e os
deputados estaduais não gozam da denominada incoercibilidade pessoal relativa
(freedom from arrest), ainda que algumas Constituições estaduais lhes assegurem
prerrogativa de foro" .( STF, HC 94.059/GO, rel. min. Ricardo Lewandowski, julg.
6/5/2008)".
2018 - MPE - AL - Analista do Ministério Público - Jurídica [Q996763]

A Lei estadual X34, de iniciativa do Governador do Estado, alterou a sistemática de


cálculo das gratificações devidas aos servidores públicos vinculados ao Poder
Executivo, o que afetou as projeções de ganhos futuros. Apesar disso, não houve
qualquer redução de vencimentos, pois os valores pagos à época foram
incorporados. À luz dos balizamentos estabelecidos pela Constituição da
República, é correto afirmar que a Lei estadual X34 é
a) inconstitucional, por vício de iniciativa e afronta à garantia do direito adquirido.
b) inconstitucional, por afronta ao princípio da irredutibilidade das gratificações.
c) constitucional, pois não há direito adquirido a regime jurídico.
d) inconstitucional, por afronta à garantia do direito adquirido.
e) inconstitucional, por vício de iniciativa.
“O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que não há
direito adquirido à regime jurídico-funcional pertinente à composição dos
vencimentos ou à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, desde
que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente
preserve o montante global da remuneração, não acarretando decesso de
caráter pecuniário. Precedentes."
(RE 593.304 AgR, rel. min. Eros Grau, 2ª T, j. 29-9-2009, DJE 200 de 23-10-
2009).
2018 - TJ/SC - Enfermeiro [Q995986]

Maria, ocupante de cargo de provimento efetivo de natureza técnica na Administração Pública


municipal, foi aprovada em concurso público de provas e títulos, organizado pelo Estado, para o
provimento de um cargo igualmente de natureza técnica. Ao dirigir-se ao departamento de recursos
humanos do Estado para apresentar os documentos necessários à posse, foi informada que a
ordem constitucional vedava a acumulação de cargos públicos nas circunstâncias em que se
encontrava. À luz da sistemática constitucional, a informação prestada a Maria está:
a) errada, pois é possível a acumulação dos referidos cargos desde que Maria opte pela
remuneração de um deles;
b) errada, pois é possível a acumulação dos referidos cargos, desde que seja observado o teto
remuneratório;
c) errada, pois é possível a acumulação dos referidos cargos, desde que haja compatibilidade de
horários;
d) certa, pois a Constituição da República veda a acumulação de cargos públicos de natureza
técnica;
e) certa, pois a Constituição da República veda a acumulação de quaisquer cargos públicos.
Art. 37. XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o
disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.
2018 - MPE - AL - Analista do Ministério Público - Gestão Pública [Q994271]

Artur, ocupante de cargo de provimento efetivo na administração pública federal,


cujas atribuições eram direcionadas ao desenvolvimento de projetos tecnológicos
na área nuclear, foi aprovado em outro concurso público. Seu objetivo era o de
permanecer em ambos os cargos, de modo a aumentar sua renda. À luz da
sistemática constitucional, o segundo cargo passível de ser ocupado por Artur é o
de
a) membro do Ministério Público.
b) profissional da área de saúde.
c) caráter técnico ou científico.
d) magistrado.
e) professor.
Art. 37 da CRFB

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando


houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto
no inciso XI:

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

"a conceituação de cargo técnico ou científico, para fins da acumulação


permitida pelo texto constitucional, abrange os cargos de nível superior e os
cargos de nível médio cujo provimento exige a habilitação específica para
o exercício de determinada atividade profissional, a exemplo do técnico
em enfermagem, do técnico em contabilidade, entre outros."
2018 - TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal [Q978884]

Em matéria de remuneração de servidores públicos, a Constituição da República de


1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal asseguram que:
a) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário devem ser
iguais ou superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
b) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias é permitida,
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;
c) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e
acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
d) não cabe ao Poder Legislativo interferir, de qualquer forma, na fixação ou
alteração do subsídio de membros do Poder Judiciário, garantida a revisão geral
anual;
e) não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos, sob o fundamento de isonomia.
2018 - TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal [Q978891]

A Constituição da República de 1988 dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios para sua admissão. De
acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as pessoas com deficiência têm direito
a um mínimo das vagas ofertadas em concurso público e:
a) caso o candidato seja portador de visão monocular, não tem direito de concorrer, em concurso
público, às vagas reservadas aos deficientes;
b) caso o candidato seja portador de surdez unilateral, se qualifica como pessoa com deficiência
para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos;
c) é vedado ao Legislador fixar limite máximo das vagas a serem oferecidas em reserva às pessoas
com deficiência, pois o administrador público que publica o edital do concurso público deve ter
liberdade de aferir a quantidade;
d) caso a aplicação do percentual mínimo resulte em número fracionado, este deverá ser elevado
até o primeiro número inteiro subsequente, desde que respeitado o limite máximo do percentual
legal das vagas oferecidas no certame;
e) é vedado ao Legislador e ao Judiciário fixar limite mínimo das vagas a serem oferecidas em
reserva às pessoas com deficiência, em respeito à discricionariedade do administrador público que
publica o edital do concurso.
Súmula n.º 377. O portador de visão monocular tem direito de concorrer,
em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes.

Súmula 552. O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa


com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos
públicos.
EMENTA: ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO
PÚBLICO.CANDIDATO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS. RESERVA DE VAGAS.LIMITES
ESTABELECIDOS NO ART. 37, §§ 1º E 2º, DO DECRETO 3.298/99 ENO ART. 5º, § 2º, DA LEI 8.112/90.
PERCENTUAL MÍNIMO DE 5% DAS VAGAS.NÚMERO FRACIONADO. ARREDONDAMENTO PARA O
PRIMEIRO NÚMERO INTEIRO SUBSEQUENTE. OBSERVÂNCIA DO LIMITE MÁXIMO DE 20% DAS VAGAS
OFERECIDAS.
1. Trata-se, na origem, de mandado de segurança impetrado com o objetivo de obter nomeação e posse
em razão de aprovação em primeiro lugar como Portador de Necessidades Especiais (PNE) no concurso
para provimento do cargo de Analista Judiciário, Subseção Judiciária de Foz do Iguaçu, do Quadro
Permanente de Pessoal da Seção Judiciária do Paraná.

2. A partir da análise do art. 37, §§ 1º e 2º, do Decreto 3298/99 e do art. 5º, § 2º, da Lei nº 8112/90,
conclui-se que deverá ser reservado, no mínimo, 5% das vagas ofertadas em concurso público aos
portadores de necessidades especiais e, caso a aplicação do referido percentual resulte em número
fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente, desde que
respeitado o limite máximo de 20% das vagas ofertadas.
3. O edital do certame estabeleceu reserva de 5% (cinco por cento) das vagas existentes, das que vierem a
surgir ou das que forem criadas no prazo de validade do concurso, destinando a 10ª, a 30ª, a50ª vagas e
assim sucessivamente aos Portadores de Necessidades Especiais. Assim, a nomeação do candidato
portador de deficiência após nove nomeações da classificação geral obedece os limites legalmente
previstos (máximo de 20% e mínimo de 5%), motivo pelo qual não vislumbro qualquer ilegalidade no
critério estabelecido pelo edital. É que destinando-se a 10ª vaga ao recorrente, estaria sendo reservada
10% do número de vagas aos portadores de necessidades especiais.

4. Ressalta-se que, caso se entendesse que todas as frações deveriam ser arredondadas "para cima", a
cada vaga disponibilizada à ampla concorrência, outra deveria ser reservada aos portadores de
necessidades especiais, o que afrontaria o princípio da igualdade, norteador de todos os concursos
públicos.

5. Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, buscando garantir a regra do


arredondamento, decidiu que as frações mencionadas no art. 37, § 2º, do Decreto 3.298/99 deverão
ser arredondadas para o primeiro número subsequente, desde que respeitado limite máximo de
20% das vagas oferecidas no certame (art. 5º, § 2º, da Lei 8.112/90).
2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Auditor Municipal de Controle Interno - Controladoria [Q976730]

O Município XYZ, situado no Estado ABC, enfrenta, neste momento, grave situação de
insegurança, devido a diários conflitos envolvendo traficantes fortemente armados. Tais conflitos
já deixaram dezenas de mortos em um período de duas semanas, e as tentativas de resposta
da polícia foram objeto de retaliação por parte de bandidos, aterrorizando a população local.
Nesse caso,
a) a União ou o Estado ABC podem intervir no Município XYZ, com o fim de ver restabelecida a
ordem pública, gravemente comprometida pelos eventos descritos.
b) pode o Estado ABC intervir no Município XYZ, com o propósito de fazer cessar ameaça à
segurança pública e à ordem constitucional estabelecida.
c) a União pode intervir no Estado ABC para pôr fim ao grave comprometimento da ordem
pública, mas o Estado ABC não pode intervir no Município XYZ nessa hipótese.
d) a União pode intervir no Município XYZ para o restabelecimento da ordem pública
gravemente comprometida, devendo submeter o decreto de intervenção à apreciação do
Congresso Nacional.
e) não está configurada hipótese de intervenção federal ou estadual, uma vez que esta requer,
nos termos da Constituição da República, atuação dolosa por parte do Estado ou do Município.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Auditor Municipal de Controle Interno - Controladoria [Q976734]

A Lei XX do Município Alfa dispôs sobre o horário limite de funcionamento dos


estabelecimentos comerciais, o que foi justificado pela necessidade de ser
disciplinada a circulação de pessoas e veículos, que tende a ser maior quando
esses estabelecimentos estão abertos ao público. À luz da sistemática estabelecida
pela Constituição da República, é correto afirmar que a Lei XX é
a) constitucional, pois o Município é competente para legislar sobre interesse local,
e o comando legal é razoável.
b) inconstitucional, pois, embora o Município possa legislar sobre a matéria, o
comando legal ofende a livre concorrência.
c) constitucional, pois o Município está autorizado a legislar concorrentemente com
a União sobre direito comercial.
d) inconstitucional, pois o Município não possui competência legislativa para legislar
sobre direito comercial.
e) constitucional, pois o Município pode legislar em caráter suplementar sobre
Súmula Vinculante nº38:

"É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de


estabelecimento comercial.“
2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Auditor Municipal de Controle Interno - Controladoria [Q976736]

Em edital de concurso público para o provimento de cargos de auxiliar administrativo, o Município


Alfa informou que existiam dez vagas disponíveis. Apesar disso, somente foram nomeados os nove
primeiros colocados no concurso. João, o décimo colocado, insatisfeito com a sua não nomeação,
procurou um advogado e solicitou orientação a respeito do procedimento do Município Alfa. À luz da
sistemática constitucional, o advogado deve informar que João tem
a) direito subjetivo à nomeação apenas se for preterida a ordem de classificação, podendo exigi- la
na Justiça.
b) o vínculo funcional constituído por força de lei, tendo direito à remuneração enquanto for proibido
de trabalhar.
c) um ato jurídico perfeito ao seu favor, mas o Poder Judiciário não pode compelir o Município a
nomeá-lo.
d) mera expectativa de ser nomeado, de modo que o Poder Judiciário não pode compelir o Município
a fazê-lo.
e) direito subjetivo à nomeação, de modo que o Poder Judiciário pode compelir o Município a fazê-
lo.
"Em 2007, o Supremo Tribunal Federal proferiu uma decisão que se tornou leading
case da nova posição adotada pela jurisprudência dominante no Brasil de que o
candidato que for aprovado, em concurso público, dentro do número de vagas
previamente definido no instrumento convocatório, terá direito subjetivo à
nomeação. A argumentação se fundamenta no princípio da vinculação ao
instrumento convocatório e se justifica pelos abusos cometidos historicamente pela
Administração Pública em relação ao tema".
2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Analista de Políticas Públicas - Gestão Governamental [Q975095]

A Lei X do Estado Delta dispôs sobre os requisitos a serem observados na celebração de


contratos de transporte no seu território. A Associação das Empresas de Transporte,
insatisfeita com os efeitos práticos da Lei X, procurou um advogado e solicitou que fosse
esclarecido se o Estado teria competência para legislar sobre essa matéria. À luz da
sistemática constitucional, a Lei X
a) foi corretamente editada pelo Estado Delta, que pode legislar concorrentemente com a
União sobre Direito Civil.
b) jamais poderia ter sido editada pelo Estado Delta, pois compete privativamente à União
legislar sobre a matéria.
c) somente poderia ser editada pelo Estado Delta se existisse lei complementar da União
autorizando.
d) foi corretamente editada pelo Estado Delta, nos limites de sua competência legislativa
suplementar.
e) poderia ser editada pelo Estado Delta, mas sua eficácia cessaria com a superveniência
de lei federal em sentido diverso.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XI - trânsito e transporte;

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre


questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
2018 - Prefeitura de Niterói - RJ - Analista de Políticas Públicas - Gestão Governamental [Q975096]

O Art. 100 da Constituição do Estado Beta foi emendado há poucos dias e passou a dispor que
o subsídio de todos os agentes públicos do Estado e dos Municípios nele localizados
observaria, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal
de Justiça. À luz da sistemática afeta ao regime de subsídios, tal qual estabelecido na
Constituição da República Federativa do Brasil, o Art. 100 da Constituição do Estado Beta é
a) inconstitucional, pois a Constituição do Estado não pode dispor que o subsídio mensal dos
desembargadores deve ser o limite único a ser observado.
b) constitucional, pois a Constituição do Estado, em observância à isonomia, deve estabelecer
limite único para todos os servidores estaduais e municipais.
c) parcialmente inconstitucional, pois a Constituição Estadual não pode estabelecer o referido
limite único para os municípios localizados no Estado Beta.
d) constitucional, desde que o referido subsídio único tenha sido estabelecido a partir de
proposta de iniciativa legislativa do Poder Judiciário.
e) parcialmente inconstitucional, pois a Constituição do Estado Beta não pode estender o
referido limite único aos deputados estaduais e àqueles que possuem vínculo com os
municípios.
Art. 37, § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica
facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como
limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento
(90.25%) do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais
e Distritais e dos Vereadores.
2018 - SEPLAG - RJ - Analista de Gestão Governamental [Q974059]

A população do norte do estado Alfa, insatisfeita com a grave crise econômica e a notória
incompetência do governador do estado, aprovou, em plebiscito, o desmembramento do
referido território do estado Alfa e sua incorporação ao estado Beta, o que também foi aprovado
pela população deste último. Ato contínuo, os governadores dos estados Alfa e Beta editaram
ato conjunto sacramentando o desmembramento e a correlata incorporação. À luz da
sistemática constitucional, o referido procedimento está
a) incorreto, pois o princípio da indissolubilidade da Federação afasta qualquer mobilidade
interna, de ordem territorial, entre os estados.
b) correto, pois as populações interessadas foram ouvidas, e sua vontade foi chancelada por
agentes democraticamente legitimados.
c) incorreto, pois a questão federativa é estranha à vontade popular e deve ser integralmente
resolvida no âmbito do Senado, que conta com representação paritária dos estados.
d) correto, desde que, após a aprovação pelas populações interessadas e a edição do ato
conjunto, cada Assembleia Legislativa edite a lei de sua competência.
e) incorreto, pois, além da aprovação pela população diretamente interessada, é necessária a
aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar, não dos governadores.
Art. 18, § 3º CF: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou
Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.

Art. 48 CF:. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da


República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor
sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: (...) VI -
incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou
Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas (...)
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963678]

Maria, Deputada Estadual, consultou sua assessoria sobre a competência do


Estado para legislar sobre direito financeiro. Em resposta, foi informada de que
essa competência era exercida em caráter concorrente com a União. À luz da
sistemática constitucional, a informação fornecida pela assessoria de Maria indica
que:
a) a União e o Estado podem legislar livremente sobre a matéria;
b) o Estado somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto a União não o
fizer;
c) a União somente pode legislar sobre direito financeiro enquanto o Estado não o
fizer;
d) a União deve limitar-se à edição de normas gerais sobre a matéria;
e) a União e o Estado devem editar as leis sobre a matéria em caráter conjunto.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963681]

O Governador do Estado Alfa convocou reunião com os presidentes das autarquias,


das sociedades de economia mista e das empresas públicas, bem como com
representantes das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da
Casa Civil, e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela data, os entes
da Administração Pública indireta com personalidade jurídica de direito público
deveriam apresentar dados quinzenais a respeito da atuação do respectivo ente. À
luz da sistemática constitucional, dentre os participantes da reunião, somente são
alcançadas pela determinação do Governador do Estado:
a) as autarquias;
b) as sociedades de economia mista e as empresas públicas;
c) as Secretarias de Estado;
d) as estruturas da Chefia de Gabinete da Casa Civil;
e) as empresas públicas.
Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963685]

Ao final do exercício financeiro, o Governador do Estado Alfa elaborou a sua


prestação de contas e solicitou à sua assessoria jurídica que informasse qual seria
o órgão responsável por julgá-las, aprovando-as ou rejeitando-as. À luz da
sistemática constitucional, o referido órgão é:
a) o Tribunal de Justiça do Estado Alfa;
b) a Assembleia Legislativa do Estado Alfa;
c) o Congresso Nacional;
d) o Superior Tribunal de Justiça;
e) o Tribunal de Contas do Estado Alfa.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e


apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963648]

A Constituição da República de 1988 tem como regra geral a vedação de


acumulação remunerada de cargos públicos. Ocorre que o texto constitucional
autoriza tal acumulação em casos excepcionais, quando houver compatibilidade de
horários, como na hipótese de:
a) dois cargos de nível técnico ou científico;
b) dois cargos da área de educação;
c) dois cargos da área jurídica;
d) um cargo de magistrado estadual com um cargo de professor;
e) um cargo de professor com outro de prestador de serviço público.
Nos termos do art. 95, parágrafo único, I, CF: "Aos juízes é vedado: exercer, ainda
que em disponibilidade, outro cargo ou função, saldo uma de magistério."
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963422]

O Estado Alfa ingressou com ação judicial em face da União, postulando que fosse
reconhecido que, entre os bens do Estado, figuravam as terras devolutas situadas
em seu território, tidas como indispensáveis à defesa das fronteiras. À luz da
sistemática constitucional, o referido pedido deve ser julgado:
a) procedente, pois todas as terras devolutas pertencem aos Estados;
b) improcedente, pois todas as terras devolutas pertencem aos Municípios;
c) procedente, pois somente as terras devolutas situadas em ilhas pertencem à
União;
d) improcedente, pois as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras
pertencem à União;
e) procedente, pois somente as terras devolutas situadas em capitais pertencem à
União e aos Municípios.
Art. 20. São bens da União:

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e


construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, definidas em lei;

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.


2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963423]

João, após sucessivas tentativas, não logrou êxito em ser aprovado em concurso público. No
entanto, como Pedro, seu amigo, foi eleito e tomou posse no cargo de Prefeito Municipal, João veio
a ser nomeado para função de confiança junto a uma secretaria municipal. Por entender que a
nomeação foi irregular, o Ministério Público ingressou com ação judicial para que tal fosse
reconhecido. À luz da sistemática constitucional, a ação ajuizada pelo Ministério Público, observados
os demais requisitos exigidos:
a) não deve ser acolhida, pois, apesar de as funções de confiança serem privativas dos titulares de
cargos de provimento efetivo, o Ministério Público não pode propor a ação;
b) deve ser acolhida, pois as funções de confiança são privativas dos titulares de cargos de
provimento efetivo e o Ministério Público pode propor a ação;
c) não deve ser acolhida, pois as funções de confiança não são privativas dos titulares de cargos de
provimento efetivo, embora o Ministério Público pudesse propor a ação;
d) deve ser acolhida, pois não podem existir funções de confiança no plano estadual e o Ministério
Público pode propor a ação;
e) não deve ser acolhida, pois as funções de confiança não são privativas dos titulares de cargos de
provimento efetivo e o Ministério Público não pode propor a ação.
Súmula Vinculante nº 13

"A nomeação do cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral


ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção,
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta
e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal".
AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ILEGITIMIDADE DE PARTE. PROPOSITURA
PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE CONTRADITÓRIO
E AMPLA DEFESA. NÃO CONFIGURAÇÃO. INTIMAÇÃO NÃO PREVISTA NO DIPLOMA
LEGAL DE REGÊNCIA DA ÉPOCA EM QUE PROPOSTA A AÇÃO. NEPOTISMO. EXISTÊNCIA
DE SUBORDINAÇÃO TÉCNICA OU HIERÁRQUICA CONFIGURADA. SÚMULA
VINCULANTE 13. A AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. É pacífico o
entendimento desta Corte no sentido de possuir o Ministério Público Estadual
legitimidade para a propositura de reclamação, sem a necessidade de ratificação do
Procurador-Geral da República. 2. Ajuizada a reclamação antes da entrada em vigor do
novo Código de Processo Civil, não há falar em ofensa ao princípio do contraditório e
ampla defesa. 3. Inconteste a existência de subordinação técnica ou jurídica entre a
servidora e seus familiares, desnecessário demonstrar a configuração objetiva do
nepotismo. 4. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de aplicação
de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC.
2018 - TJ/AL - Técnico Judiciário [Q963408]

Em matéria de responsabilidade administrativa por falta funcional de servidor


público, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Superior
Tribunal de Justiça:
a) o termo inicial do prazo prescricional em processo administrativo disciplinar
começa a correr necessariamente da data do fato;
b) a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição da República de 1988;
c) a utilização de prova emprestada produzida no processo criminal para o
processo administrativo disciplinar é vedada, em qualquer hipótese;
d) as instâncias administrativa e penal são independentes entre si, inclusive quando
reconhecida a inexistência do fato ou a negativa de autoria na esfera criminal;
e) o excesso de prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar gera
sua nulidade automática, independentemente da demonstração do prejuízo para a
defesa.
2018 - Câmara de Salvador - BA - Assistente Legislativo Municipal [Q962938]

A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,


mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal. Nesse sentido, a Constituição da República de 1988 dispõe que o
parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve
anualmente prestar:
a) vinculará o julgamento pela Câmara Municipal, exceto se os vereadores
apontarem vício de legalidade;
b) deverá ser aprovado pela maioria simples dos membros da Câmara Municipal;
c) poderá deixar de prevalecer por decisão da maioria absoluta dos membros da
Câmara Municipal;
d) apenas será afastado pela Câmara Municipal por decisão do Tribunal de Contas;
e) só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal,
mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo
Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
2018 - Câmara de Salvador - BA - Assistente Legislativo Municipal [Q962930]

A Constituição da República de 1988 estabelece que o servidor público estável só


perderá o cargo nas hipóteses lá elencadas, dentre elas, em virtude de:
a) sentença judicial recorrível, em que tenham sido assegurados o contraditório e a
ampla defesa;
b) procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada a ampla defesa;
c) sindicância sumária disciplinar, em que tenham sido assegurados o contraditório
e a ampla defesa;
d) processo administrativo de que tenha resultado condenação por ato de
improbidade administrativa aplicada pelo chefe do Poder Executivo;
e) inquérito policial do qual tenha resultado relatório final assinado pelo Delegado
de Polícia apontando prática de crime.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla


defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
2018 - Câmara de Salvador - BA - Assistente Legislativo Municipal [Q962937]

Determinado Município do Estado da Bahia tem população de dois milhões,


seiscentos e setenta e cinco mil habitantes e ocupa uma área territorial de
seiscentos e noventa e três quilômetros quadrados. Em tema de organização do
Poder Legislativo Municipal, a Constituição da República de 1988 estabelece que a
Câmara do citado Município deve observar o limite máximo de:
a) vinte e um Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão
territorial;
b) vinte e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes;
c) trinta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua extensão
territorial;
d) quarenta e três Vereadores, diante de seu número de habitantes;
e) cinquenta e cinco Vereadores, diante de seu número de habitantes e de sua
extensão territorial.
Art. 29. IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o
limite máximo de:

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois


milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de
habitantes;

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