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Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;
Letra (a):
Regime estatutário ou legal: é aquele em que o conjunto de regras reguladoras do servidor com a Administração está
inserida em lei específica, conhecidas como estatuto. O vínculo estabelecido não é contratual e sim legal (Com a lei, por
exemplo: Lei. 8.112/90).
Este regime é próprio das pesooas jurídicas de direito público, assim, é adminitido na administração direta, nas autarquias
e nas fundações com regime de direito público. Não é possível sua adoção nas pessoas jurídicas de direito privado
(empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas com regime de direito privado. Nas pessoas de
direito público, o regime estatutário (legal) é registro aos ocupantes da cargo público, não servindo aos empregados
públicos (celetista).
Não é apenas uma lei que regula os servidores estatutários, há diversas leis, posi cabe a cada ente político legislar a
respeito, ou seja, cada Munícipio, cada Estado. (Ex.: Lei estadual 10.261/79 do Servidores do RJ). Isso não significa que
os entes podem desrespeitar a CF
Letra (b):
Processo envolvento estatutário ou temporário (Outra forma de Ag. Administrativos) serão processados e julgados pela
justiça comum, federal ou estadual, conforme o caso
Quanto ao celetista (empregado público), estes serão julgados pels Justiça Federal. Ou seja, Justiça do Trabalho.
Letra (c)
Função pode existir sem cargo público ou emprego público (Jurado. Exerce função público, mas não pois emprego ou
cargo), mas o inverso não é verdadeiro, quer dizer, todo cargo público e todo emprego público possuem atribuições que
devem ser desempregadas por seus ocupantes.
Letra (e)Letra (a)
Conforme prescreve a letra “a” do inciso dois do parágrafo primeiro do art. 61 da CF, cabe ao presidente (privativamente)
dispor sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração. Veja:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;
Comentário:
a) nas autarquias, a lei cria diretamente a entidade (não há lei autorizativa). Além isso, é uma
entidade de direito público, cujo capital não é dividido em quotas. Seu patrimônio é formado a
partir da transferência de bens do ente federado que a criar – ERRADA;
b) as fundações se caracterizam por ser uma personificação de um patrimônio, não se falando em
capital dividido em quotas – ERRADA;
c) as associações públicas também não têm capital social divido em quotas, tendo em vista seu
caráter público (natureza autárquica) – ERRADA;
d) as empresas públicas são constituídas sob qualquer forma societária, de forma que seu capital
social pode ser dividido conforme as várias formas admitidas em direito, incluindo as quotas ou as
ações – CORRETA;
e) já as SEM são criadas sob a forma de sociedade anônima, de forma que seu capital será dividido
necessariamente em ações, e não em quotas – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
Gabarito: alternativa C.
Comentário:
a) não há essa previsão. A criação das empresas estatais deve ocorrer a partir de autorização
legislativa, com o posterior registro dos atos constitutivos no cartório competente – ERRADA;
b) o regime a ser seguido pelas empresas estatais é de direito privado, e as normas de licitação e
contratos devem seguir o disposto na legislação de regência (Lei 13.303/16), havendo possibilidade
de dispensa ou inexigibilidade – ERRADA;
c) não há necessidade de audiência pública para a criação de empresas estatais – ERRADA;
d) exatamente. A personalidade jurídica das EP e SEM é de direito privado, observando a legislação
quanto ao regime das entidades privadas, sendo que seu objeto pode ser a prestação de serviços
públicos ou a exploração de atividade econômica – CORRETA;
e) a criação das EP e SEM não é feita diretamente pela lei, mas sim através de autorização
legislativa, dependendo de atos subsequentes para conclusão – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
Comentário:
a) os órgãos públicos, via de regra, são criados e extintos por lei – ERRADA;
b) a manifestação emanada de um órgão – e materializada pelo respectivo agente público – é
atribuída externamente à pessoa jurídica a cuja estrutura organizacional pertença. Dessa forma,
quando um órgão externa a vontade, é a própria entidade, sob o ponto de vista jurídico, que a
manifesta de forma a produzir os efeitos jurídicos. É a chamada teoria da imputação volitiva –
CORRETA;
c) os órgãos públicos não têm personalidade jurídica, e atuam em nome da entidade política ou
administrativa que integram – ERRADA;
d) a regra geral é que os órgãos não possuem capacidade processual, uma vez que são figuras
despersonalizadas. Mas determinados órgãos públicos, de natureza constitucional, podem
impetrar mandado de segurança, na defesa de suas competências, quando violado por outro órgão
– ERRADA;
e) os órgãos públicos podem ser criados tanto no âmbito da administração direta, quanto da
indireta, quando vão compor a estrutura das entidades administrativas – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
Comentário: empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado da administração indireta. Conselhos consultivos e organizações sociais não compõem a
administração indireta. As organizações sociais são entidades do terceiro setor que firma, com o
poder público, o contrato de gestão. Já a expressão “conselho consultivo” possui vários sentidos,
como por exemplo de um conselho consultivo que emite opiniões sobre a gestão de determinada
empresa ou sobre a atuação da Administração Pública (neste último caso, eles teriam um papel de
apoio à participação social). Em qualquer caso, eles não compõem a Administração.
Vale lembrar que a Administração indireta é composta pelas seguintes entidades administrativas:
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Dentre elas,
somente as autarquias e as fundações públicas de direito público é que tem regime jurídico de
direito público. Das opções apresentadas pela questão, então, temos que a entidade mencionada
no enunciado é uma autarquia, conforme alternativa C.
Gabarito: alternativa C.
Comentário:
a) a competência para edição de atos normativos pode alcançar várias autoridades administrativas,
não se limitando ao Chefe do Poder Executivo. Com efeito, as agências reguladoras e outros órgãos
de caráter técnico costumam ter competência para editar atos normativos técnicos, por
intermédio dos denominados regulamentos autorizados. Assim, as entidades da Administração
Indireta podem exercer, em algum aspecto, o poder normativo – ERRADA;
b) as agências reguladoras possuem competência regulatória dentro do seu setor de atuação. É
muito comum, inclusive, falar em regulamento autorizado para justificar a elaboração de atos
normativos específicos e técnicos editados por tais entidades. Ademais, lembramos que as
agências reguladoras são organizadas como autarquias. Logo, o item está perfeito – CORRETO;
c) quando delegada a competência para editar uma norma, a autoridade que receberá a delegação
não editará um decreto, mas outro tipo de ato normativo. Por exemplo, quando uma agência
reguladora edita uma norma do seu setor, não o faz por decreto, já que este ato é a forma dos atos
editados pelo Chefe do Executivo, apenas. Ademais, a competência regulatória seria exercida
apenas por entidades de direito público, já que envolve o poder de império do Estado, não
alcançando toda a Administração Indireta – ERRADA.
d) a competência para edição das matérias relativas aos decretos autônomos é passível de
delegação para os ministros de Estado, Advogado Geral da União e para o Procurador Geral da
República (CF, art. 84, VI e parágrafo único). No entanto, não existe previsão de delegação para a
Administração Indireta – ERRADA;
e) em regra, o poder normativo é subordinado à lei, viabilizando a edição de normas de caráter
secundário. Com efeito, a doutrina fala justamente da utilização dos regulamentos para
estabelecer o procedimento para aplicação da lei. Porém, o item está incorreto por dois motivos:
(i) alguns atos normativos efetivamente inovam na ordem jurídica, não dependendo de lei prévia. É
o caso dos decretos autônomos. Com isso, por generalizar o caso, a questão estaria errada; (ii)
nem sempre o Executivo seria obrigado a regulamentar, mas somente quando a lei dependesse da
regulamentação para produzir efeitos – ERRADA;
Gabarito: alternativa B.
Comentário:
a) essas são duas hipóteses clássicas de atuação do poder de polícia de forma repressiva. Podemos
perceber que ambos os casos decorrem da constatação de um problema, possivelmente uma
infração, mas têm um objetivo principal acautelatório, pois pretendem evitar ou reduzir danos à
coletividade. Assim, restringem a esfera de particulares considerando o interesse público –
CORRETA;
b) a permissão de uso de bem público é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário,
gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa de bem
público, para fins de interesse público. Esse ato não decorre do poder de polícia, mas pode
caracterizar, por exemplo, atividade de fomento da Administração. Veja um exemplo: podem ser
destinados recursos orçamentários e bens públicos às organizações sociais, mediante permissão de
uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão – ERRADA;
c) a sanção de declaração de inidoneidade decorre do vínculo específico firmado entre a
Administração na relação de um contrato administrativo (Lei 8.666/93, art. 87, IV). Logo, decorre
do poder disciplinar. A doutrina não é clara se este “vínculo” também surge desde o processo
licitatório, já que aqui já haverá algum tipo de relação especial. Porém, em qualquer caso, o
fundamento da sanção não decorre do poder de polícia – ERRADA;
d) a concessão de serviço público, como o próprio nome revela, relaciona-se a outra atividade
típica da administração, que é exatamente a prestação de serviços públicos – ERRADA;
e) a aplicação de penalidades a servidores públicos decorre de forma mediata do poder
hierárquico e de forma imediata do poder disciplinar, não havendo relação com o poder de polícia
– ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
Comentário: são elementos do ato administrativo: (i) competência (ou sujeito); (ii) finalidade; (iii)
forma; (iv) motivo; e (v) objeto. Ainda, são atributos: (i) presunção de legitimidade ou veracidade;
(ii) imperatividade; (iii) autoexecutoriedade; e (iv) tipicidade (Di Pietro). Os elementos sempre
estão presentes, pois são requisitos de validade. Em relação aos atributos, apenas a presunção de
legitimidade e de veracidade e a tipicidade estão presentes em todos os atos. Por outro lado, a
autoexecutoriedade e a imperatividade não estão presentes em todos os atos administrativos.
Assim, vamos justificar as assertivas, tomando por base aqueles que são imprescindíveis ao ato
administrativo:
a) sujeito e autoexecutoriedade – a autoexecutoriedade é observável somente em situações de
emergência ou quando expressamente determinado em lei – ERRADA;
b) finalidade e autoexecutoriedade – como visto acima, a autoexecutoriedade não é um elemento
imprescindível ao ato administrativo – ERRADA;
c) motivação e presunção de veracidade – a motivação não se confunde com o motivo. Este é
elemento (portanto, imprescindível). Já a motivação compõe a forma do ato, mas não está
presente em todos os atos administrativos. Por exemplo, a exoneração de ocupante de cargo em
comissão prescinde de motivação – ERRADA;
d) presunção de veracidade e forma solene - nem todo ato tem forma solene. Alguns atos têm
forma livre, podendo ser realizados até mesmo por comandos verbais ou gestuais – ERRADA;
e) objeto e presunção de veracidade – o objeto é elemento de todo ato administrativo, e a
presunção de veracidade também está presente em todos os atos administrativos, uma vez que
todos os atos presumem-se legítimos (praticados conforme a lei) e os seus fatos presumem-se
verdadeiros – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
Comentário:
a) não é apenas o vício de finalidade que enseja o controle judicial ao ato administrativo, sendo
válido, também, quando algum de seus elementos como a competência, a forma, o motivo e o
objeto contiver vício de legalidade. Vale lembrar que os atos discricionários submetem-se a
controle judicial, só não sendo possível invadir o seu mérito – ERRADA;
b) e c) a conveniência e a oportunidade são provenientes do mérito administrativo; assim,
sabemos que o controle judicial não adentra nessa seara – ERRADAS;
d) quando o ato administrativo contiver vício de legalidade, caberá a intervenção do controle
judicial. Quanto à ''falsidade dos motivos declinados'' a alternativa fez menção à teoria dos
motivos determinantes. Em poucas linhas, essa teoria significa que a validade do ato fica adstrita a
veracidade dos motivos alegados para a sua prática, ou seja, se a autoridade motivar o ato, este
será válido apenas se os motivos indicados forem verdadeiros. Logo, mesmo nos atos
discricionários, será possível realizar o controle de legalidade, o que inclui a avaliação de motivo
falto ou inexistente – CORRETA;
e) o vício de competência não é o único elemento que pode ensejar controle judicial, conforme
descrito na alternativa ‘a’. No mais, a convalidação não pode ser realizada pelo Poder Judiciário –
ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
a) O controle administrativo visa, simultaneamente, ao controle da legitimidade e da legalidade, não havendo diferença
entre os agentes desse controle, haja vista ambas as formas dirigirem-se indistintamente a todo e qualquer ente, órgão ou
agente da administração pública, quer extroversa, quer introversamente, com predominância, contudo, desse último modo.
b) O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle apresentadas.
c) O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle apresentadas.
d) Salvo nos âmbitos legislativo e judicial, é vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, declarem-
se inválidas situações plenamente constituídas.
e) Enquanto, precipuamente, o controle interno e o controle externo visam à fiscalização e à correção dos atos
administrativos, ao controle judicial incumbe, sobremaneira, a respectiva correção e, excepcionalmente, fiscalização.
Gab: B.
A) ERRADA – Há SIM diferença entre os agentes do controle administrativo. Somente nos casos previstos em lei é
possível o exercício do controle externo dos atos administrativos, de modo que um ente somente pode fiscalizar outro com
expressa autorização legal, embora esta seja prescindível para fins de fiscalização interna.
B) CORRETA – O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle
apresentadas. Conceitualmente, controle administrativo é a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para
fiscalizar e corrigir, a partir dos critérios de legalidade ou de mérito, a sua própria atuação. Divide-se em controle interno
(autotutela) e controle interno-externo. O controle administrativo interno independe de previsão legal e é exercido por
determinada entidade administrativa sobre seus próprios órgãos. Já o controle interno-externo (tutela
administrativa) depende de previsão legal expressa e corresponde ao controle exercido pela Administração Direta sobre
os atos da Administração Indireta.
C) ERRADA – O controle legislativo NÃO está necessariamente restrito às autorizações constitucionais de
admissibilidade. Há duas formas de controle legislativo: (1) o controle dos próprios atos legislativos em seu âmbito interno;
e (2) o controle dos atos normativos do poder executivo, a fiscalização geral (art. 49, V e X, da CF). O segundo caso, de
fato, está restrito às autorizações constitucionais de admissibilidade, pois envolve a separação dos poderes e o pacto
federativo, mas o primeiro caso, não.
D) ERRADA – Salvo APENAS no âmbito judicial, é vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral,
declarem-se inválidas situações plenamente constituídas. No âmbito legislativo, assim como no Executivo, é vedada
aplicação retroativa de nova interpretação da norma administrativa (art. 2º, XIII, da Lei nº 9.784/99).
E) ERRADA – Ao controle judicial incumbe a fiscalização e a correção (controle posterior, repressivo) dos atos
administrativos dos demais Poderes. Não há uma relação de predominância entre fiscalização e correção, são formas
distintas de classificação de controle dos atos administrativos. O controle administrativo pode ser classificado, quanto ao
aspecto controlado, como de mérito ou de legalidade ou legitimidade (fiscalização); e, quanto ao momento, como
preventivo, concomitante ou corretivo (repressivo, subsequente). O controle judicial do ato administrativo é sempre
excepcional, porém, quando exercido, é normalmente de forma corretiva e jamais de mérito.