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SIMULADO DIREITO ADMINISTRATIVO – AGEPEN (ASP) - GOIÁS

NEW LOGIC- Prof, Carlos Machado

1) TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Sobre os agentes públicos, é lícito afirmar que


 a) o exame psicotécnico em concurso para cargo público pode ser instituído pelo edital.
 b) a nomeação de primo para cargo em comissão não ofende diretamente o texto da Súmula Vinculante 13 do STF, que
veda o nepotismo
 c) o salário–base do servidor público não pode ser inferior ao salário–mínimo.
 d) a falta de defesa técnica, por advogado, em processo administrativo disciplinar, torna inválido todo o procedimento.

O erro da A foi a palavra instituído.


c) O salário-base do servidor público pode ser inferior ao salário-mínimo, o que não pode é a remuneração do servidor
público ser menor do que o salário-mínimo (Súmula Vinculante 16).

2) SPTrans - Advogado Pleno - Administrativo

Sobre servidores e cargos públicos, é correto afirmar que


 a) a relação jurídica existente entre o servidor público estatutário e o poder público para o qual presta seus serviços é de
natureza contratual.
 b) pelas normas atuais vigentes, os litígios relativos a direitos dos servidores públicos, seja estatutário seja celetista,
suscitados contra a Administração Pública, devem ser dirimidos perante a Justiça comum, estadual ou federal.
 c) todo cargo público corresponde a uma função e toda função pública pressupõe a existência de um cargo
correspondente.
 d) o cargo de juiz em primeira instância garante a vitaliciedade após dois anos de exercício, e, no caso de assunção ao
Tribunal pelo quinto constitucional, a vitaliciedade é adquirida com a posse no cargo
 e) a lei é o instrumento de criação de cargos públicos, podendo esta, no entanto, deferir ao Chefe do Executivo
autorização para expedir decreto com essa finalidade.

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;

Letra (a):
Regime estatutário ou legal: é aquele em que o conjunto de regras reguladoras do servidor com a Administração está
inserida em lei específica, conhecidas como estatuto. O vínculo estabelecido não é contratual e sim legal (Com a lei, por
exemplo: Lei. 8.112/90).
Este regime é próprio das pesooas jurídicas de direito público, assim, é adminitido na administração direta, nas autarquias
e nas fundações com regime de direito público. Não é possível sua adoção nas pessoas jurídicas de direito privado
(empresas públicas, sociedade de economia mista e fundações públicas com regime de direito privado. Nas pessoas de
direito público, o regime estatutário (legal) é registro aos ocupantes da cargo público, não servindo aos empregados
públicos (celetista).
Não é apenas uma lei que regula os servidores estatutários, há diversas leis, posi cabe a cada ente político legislar a
respeito, ou seja, cada Munícipio, cada Estado. (Ex.: Lei estadual 10.261/79 do Servidores do RJ). Isso não significa que
os entes podem desrespeitar a CF
Letra (b):
Processo envolvento estatutário ou temporário (Outra forma de Ag. Administrativos) serão processados e julgados pela
justiça comum, federal ou estadual, conforme o caso
Quanto ao celetista (empregado público), estes serão julgados pels Justiça Federal. Ou seja, Justiça do Trabalho.
Letra (c)
Função pode existir sem cargo público ou emprego público (Jurado. Exerce função público, mas não pois emprego ou
cargo), mas o inverso não é verdadeiro, quer dizer, todo cargo público e todo emprego público possuem atribuições que
devem ser desempregadas por seus ocupantes.
Letra (e)Letra (a)
Conforme prescreve a letra “a” do inciso dois do parágrafo primeiro do art. 61 da CF, cabe ao presidente (privativamente)
dispor sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração. Veja:
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua
remuneração;

a) a natureza é legal, decorre da lei


b) servidor sujeito ao regime estatutário: competência da justiça comum (federal ou estadual)
    empregado público (regime da CLT): competência da justiça do trabalho

a) É de natureza estatutária regido pela lei 8112/90.


b)Não sei fundamentar essa.
c)Pode haver função sem cargo, pois função corresponde a um conjunto de deveres e atribuições que não correspondem
necessariamente a um cargo ou emprego. 
d)certo
e)É de competência do Congresso Nacional a criação ou extinção de cargos públicos, exercida por meio de lei de
iniciativa privativa do Presidente da República.

1. (FCC – Procurador/PGE TO/2018)


O Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar serviços
relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto
de lei autorizativa. Sabe-se que tal entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo
estadual criará uma
a) autarquia.
b) fundação de direito privado.
c) associação pública.
d) empresa pública.
e) sociedade de economia mista.

Comentário:
a) nas autarquias, a lei cria diretamente a entidade (não há lei autorizativa). Além isso, é uma
entidade de direito público, cujo capital não é dividido em quotas. Seu patrimônio é formado a
partir da transferência de bens do ente federado que a criar – ERRADA;
b) as fundações se caracterizam por ser uma personificação de um patrimônio, não se falando em
capital dividido em quotas – ERRADA;
c) as associações públicas também não têm capital social divido em quotas, tendo em vista seu
caráter público (natureza autárquica) – ERRADA;
d) as empresas públicas são constituídas sob qualquer forma societária, de forma que seu capital
social pode ser dividido conforme as várias formas admitidas em direito, incluindo as quotas ou as
ações – CORRETA;
e) já as SEM são criadas sob a forma de sociedade anônima, de forma que seu capital será dividido
necessariamente em ações, e não em quotas – ERRADA.

Gabarito: alternativa D.

2. (FCC – Analista em Gestão/DPE AM/2018)


As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes características e
contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto
cometido a cada uma. Nesse sentido, as
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se submetendo
às regras do Código Civil.
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a
depender da atividade desempenhada.
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no
mercado, integram a Administração indireta.
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público, seja
na atividade meio ou na atividade fim.
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão
passam a integrar a Administração indireta.
Comentário:
a) as fundações públicas podem ter tanto personalidade jurídica de direito público quanto de
direito privado – ERRADA;
b) as autarquias são pessoas de direito público, que prestam serviços típicos da administração
pública – ERRADA;
c) as sociedades de economia mista e as empresas públicas, sejam prestadoras de serviços
públicos, sejam exploradoras de atividade econômica integram a Administração Indireta –
CORRETA;
d) as empresas públicas se submetem a um regime jurídico de direito privado, mas não
integralmente, pois deve obedecer a algumas regras de direito público, como a necessidade de
contratação de pessoal via concurso público e submissão ao regime de licitações (ainda que seja
um regime licitatório especial) – ERRADA;
e) as organizações sociais não integram a administração, atuando ao lado do Estado na prestação
de atividades de interesse social – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

3. (FCC – Analista Judiciário/TRT PE/2018)


A criação de uma empresa estatal deve
a) observar a legislação civil e comercial aplicável à criação de empresas, exceto com relação
ao capital, que nos primeiros seis meses deve pertencer integralmente ao ente público que a
criou.
b) ser precedida de autorização legislativa, o que a predicará com regime jurídico de direito
público, inclusive quanto a seus bens e obrigatoriedade de submissão a licitação para todos
os ajustes e contratos que celebrar.
c) ser autorizada em audiência pública a ser realizada para o setor econômico em que vai
atuar, de forma a serem colhidas eventuais impugnações quanto à concorrência desleal.
d) observar a legislação aplicável para instituição de empresas privadas, sem prejuízo de ter
sido previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de serviços públicos ou
exploradora de atividade econômica.
e) ser feita por meio de lei, da qual constarão, como anexo, os atos constitutivos que deverão
ser levados a registro para regular funcionamento, e deverão prever o setor de atuação e o
regime jurídico de exploração da atividade.

Comentário:
a) não há essa previsão. A criação das empresas estatais deve ocorrer a partir de autorização
legislativa, com o posterior registro dos atos constitutivos no cartório competente – ERRADA;
b) o regime a ser seguido pelas empresas estatais é de direito privado, e as normas de licitação e
contratos devem seguir o disposto na legislação de regência (Lei 13.303/16), havendo possibilidade
de dispensa ou inexigibilidade – ERRADA;
c) não há necessidade de audiência pública para a criação de empresas estatais – ERRADA;
d) exatamente. A personalidade jurídica das EP e SEM é de direito privado, observando a legislação
quanto ao regime das entidades privadas, sendo que seu objeto pode ser a prestação de serviços
públicos ou a exploração de atividade econômica – CORRETA;
e) a criação das EP e SEM não é feita diretamente pela lei, mas sim através de autorização
legislativa, dependendo de atos subsequentes para conclusão – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

1. (FCC – Técnico Judiciário/TRT PE/2018)


As unidades de atuação denominadas órgãos públicos
a) integram a estrutura da Administração pública direta, mas não da Administração pública
indireta, cujos plexos de competência denominam-se entidades.
b) integram a estrutura da Administração pública direta e da indireta e não têm
personalidade jurídica, ao contrário das entidades.
c) têm personalidade jurídica própria e distinta da entidade que integram.
d) não têm personalidade jurídica própria, quando integram a estrutura da Administração
pública direta, mas são unidades de atuação, da Administração indireta, dotadas de
personalidade jurídica.
e) confundem-se com os agentes públicos por congregarem as funções que estes exercem,
sendo o todo do qual aqueles são a parte.
Comentário: os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica própria. São centros de
competência que atuam, por meio dos agentes nele lotados, em nome da entidade política ou
administrativa que a integram. Podem estar presentes tanto na estrutura da Administração Direta
quanto da Indireta. Por exemplo, um ministério é um órgão da Administração Direta; já uma
unidade regional de uma autarquia é um órgão da Administração Indireta (cuidado: a autarquia é
uma entidade; mas as suas unidades regionais são órgãos desta entidade).
Com essas informações, podemos eliminar as alternativas A, C, D e E e chegar ao nosso gabarito,
alternativa B.
Gabarito: alternativa B.

2. (FCC – Técnico Legislativo/ALESE/2018)


No que concerne aos órgãos públicos, é correto afirmar:
a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.
b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os órgãos públicos atuam em
nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria.
d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual.
e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura da
Administração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da estrutura da
Administração indireta denominam-se entidades.

Comentário:
a) os órgãos públicos, via de regra, são criados e extintos por lei – ERRADA;
b) a manifestação emanada de um órgão – e materializada pelo respectivo agente público – é
atribuída externamente à pessoa jurídica a cuja estrutura organizacional pertença. Dessa forma,
quando um órgão externa a vontade, é a própria entidade, sob o ponto de vista jurídico, que a
manifesta de forma a produzir os efeitos jurídicos. É a chamada teoria da imputação volitiva –
CORRETA;
c) os órgãos públicos não têm personalidade jurídica, e atuam em nome da entidade política ou
administrativa que integram – ERRADA;
d) a regra geral é que os órgãos não possuem capacidade processual, uma vez que são figuras
despersonalizadas. Mas determinados órgãos públicos, de natureza constitucional, podem
impetrar mandado de segurança, na defesa de suas competências, quando violado por outro órgão
– ERRADA;
e) os órgãos públicos podem ser criados tanto no âmbito da administração direta, quanto da
indireta, quando vão compor a estrutura das entidades administrativas – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

3. (FCC – Auxiliar de Fiscalização Agropecuária/AGED MA/2018)


Suponha que o Estado do Maranhão pretenda criar uma entidade integrante da
Administração pública indireta, com personalidade jurídica própria, sujeita ao regime jurídico
de direito público, para atuar no setor do agronegócio. Para atingir tal escopo, poderá se
valer da instituição de
a) um conselho consultivo.
b) uma empresa pública.
c) uma autarquia.
d) uma organização social.
e) uma sociedade de economia mista.

Comentário: empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito
privado da administração indireta. Conselhos consultivos e organizações sociais não compõem a
administração indireta. As organizações sociais são entidades do terceiro setor que firma, com o
poder público, o contrato de gestão. Já a expressão “conselho consultivo” possui vários sentidos,
como por exemplo de um conselho consultivo que emite opiniões sobre a gestão de determinada
empresa ou sobre a atuação da Administração Pública (neste último caso, eles teriam um papel de
apoio à participação social). Em qualquer caso, eles não compõem a Administração.
Vale lembrar que a Administração indireta é composta pelas seguintes entidades administrativas:
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Dentre elas,
somente as autarquias e as fundações públicas de direito público é que tem regime jurídico de
direito público. Das opções apresentadas pela questão, então, temos que a entidade mencionada
no enunciado é uma autarquia, conforme alternativa C.
Gabarito: alternativa C.

1. (FCC – Auditor-Fiscal/SEFAZ GO/2018)


O poder normativo atribuído ao Executivo deve observar limites e parâmetros
constitucionalmente estabelecidos, dentre os quais
a) destaca-se a expressa indelegabilidade de seu exercício, não sendo permitindo a nenhum
outro ente da Administração indireta a edição de atos normativos.
b) a possibilidade de sua delegação para agências reguladoras, constituídas sob a forma de
autarquias, para organização das atividades reguladas, bem como para estabelecimento de
critérios técnicos.
c) a constitucionalidade de sua delegação aos entes integrantes da Administração pública
indireta para edição de decretos regulamentadores que disciplinem aspectos técnicos em
seus setores de atuação.
d) insere-se a competência para edição de decretos autônomos, em hipóteses expressas,
passível de delegação aos entes de direito público que integram a Administração pública
indireta, como autarquias, fundações e agências reguladoras, para exercício nas mesmas
condições.
e) a necessidade de existência de lei prévia tratando dos aspectos gerais e abstratos da
questão, restando ao Executivo a obrigação de viabilizar a execução dessas diretrizes, por
meio da disciplina do procedimento para tanto.

Comentário:
a) a competência para edição de atos normativos pode alcançar várias autoridades administrativas,
não se limitando ao Chefe do Poder Executivo. Com efeito, as agências reguladoras e outros órgãos
de caráter técnico costumam ter competência para editar atos normativos técnicos, por
intermédio dos denominados regulamentos autorizados. Assim, as entidades da Administração
Indireta podem exercer, em algum aspecto, o poder normativo – ERRADA;
b) as agências reguladoras possuem competência regulatória dentro do seu setor de atuação. É
muito comum, inclusive, falar em regulamento autorizado para justificar a elaboração de atos
normativos específicos e técnicos editados por tais entidades. Ademais, lembramos que as
agências reguladoras são organizadas como autarquias. Logo, o item está perfeito – CORRETO;
c) quando delegada a competência para editar uma norma, a autoridade que receberá a delegação
não editará um decreto, mas outro tipo de ato normativo. Por exemplo, quando uma agência
reguladora edita uma norma do seu setor, não o faz por decreto, já que este ato é a forma dos atos
editados pelo Chefe do Executivo, apenas. Ademais, a competência regulatória seria exercida
apenas por entidades de direito público, já que envolve o poder de império do Estado, não
alcançando toda a Administração Indireta – ERRADA.
d) a competência para edição das matérias relativas aos decretos autônomos é passível de
delegação para os ministros de Estado, Advogado Geral da União e para o Procurador Geral da
República (CF, art. 84, VI e parágrafo único). No entanto, não existe previsão de delegação para a
Administração Indireta – ERRADA;
e) em regra, o poder normativo é subordinado à lei, viabilizando a edição de normas de caráter
secundário. Com efeito, a doutrina fala justamente da utilização dos regulamentos para
estabelecer o procedimento para aplicação da lei. Porém, o item está incorreto por dois motivos:
(i) alguns atos normativos efetivamente inovam na ordem jurídica, não dependendo de lei prévia. É
o caso dos decretos autônomos. Com isso, por generalizar o caso, a questão estaria errada; (ii)
nem sempre o Executivo seria obrigado a regulamentar, mas somente quando a lei dependesse da
regulamentação para produzir efeitos – ERRADA;

Gabarito: alternativa B.

2. (FCC – Técnico Judiciário/TRT SP/2018)


Constitui exemplo de atuação da Administração pública fundada no exercício do poder de
polícia:
a) Interdição e demolição de construção com risco de desabamento.
b) Permissão de uso de imóvel público para particular que se responsabilize por sua guarda.
c) Declaração de inidoneidade à particular que fraudou procedimento licitatório.
d) Concessão de serviço público à exploração privada, sujeito às normas fixadas pelo poder
concedente.
e) Aplicação de penalidade a servidor público, observado o devido processo legal e o
contraditório.

Comentário:
a) essas são duas hipóteses clássicas de atuação do poder de polícia de forma repressiva. Podemos
perceber que ambos os casos decorrem da constatação de um problema, possivelmente uma
infração, mas têm um objetivo principal acautelatório, pois pretendem evitar ou reduzir danos à
coletividade. Assim, restringem a esfera de particulares considerando o interesse público –
CORRETA;
b) a permissão de uso de bem público é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário,
gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa de bem
público, para fins de interesse público. Esse ato não decorre do poder de polícia, mas pode
caracterizar, por exemplo, atividade de fomento da Administração. Veja um exemplo: podem ser
destinados recursos orçamentários e bens públicos às organizações sociais, mediante permissão de
uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão – ERRADA;
c) a sanção de declaração de inidoneidade decorre do vínculo específico firmado entre a
Administração na relação de um contrato administrativo (Lei 8.666/93, art. 87, IV). Logo, decorre
do poder disciplinar. A doutrina não é clara se este “vínculo” também surge desde o processo
licitatório, já que aqui já haverá algum tipo de relação especial. Porém, em qualquer caso, o
fundamento da sanção não decorre do poder de polícia – ERRADA;
d) a concessão de serviço público, como o próprio nome revela, relaciona-se a outra atividade
típica da administração, que é exatamente a prestação de serviços públicos – ERRADA;
e) a aplicação de penalidades a servidores públicos decorre de forma mediata do poder
hierárquico e de forma imediata do poder disciplinar, não havendo relação com o poder de polícia
– ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

1. (FCC – Técnico Judiciário/TRT SP/2018)


São imprescindíveis ao ato administrativo, dentre seus elementos e atributos,
a) sujeito e autoexecutoriedade.
b) finalidade e autoexecutoriedade.
c) motivação e presunção de veracidade.
d) presunção de veracidade e forma solene.
e) objeto e presunção de veracidade.

Comentário: são elementos do ato administrativo: (i) competência (ou sujeito); (ii) finalidade; (iii)
forma; (iv) motivo; e (v) objeto. Ainda, são atributos: (i) presunção de legitimidade ou veracidade;
(ii) imperatividade; (iii) autoexecutoriedade; e (iv) tipicidade (Di Pietro). Os elementos sempre
estão presentes, pois são requisitos de validade. Em relação aos atributos, apenas a presunção de
legitimidade e de veracidade e a tipicidade estão presentes em todos os atos. Por outro lado, a
autoexecutoriedade e a imperatividade não estão presentes em todos os atos administrativos.
Assim, vamos justificar as assertivas, tomando por base aqueles que são imprescindíveis ao ato
administrativo:
a) sujeito e autoexecutoriedade – a autoexecutoriedade é observável somente em situações de
emergência ou quando expressamente determinado em lei – ERRADA;
b) finalidade e autoexecutoriedade – como visto acima, a autoexecutoriedade não é um elemento
imprescindível ao ato administrativo – ERRADA;
c) motivação e presunção de veracidade – a motivação não se confunde com o motivo. Este é
elemento (portanto, imprescindível). Já a motivação compõe a forma do ato, mas não está
presente em todos os atos administrativos. Por exemplo, a exoneração de ocupante de cargo em
comissão prescinde de motivação – ERRADA;
d) presunção de veracidade e forma solene - nem todo ato tem forma solene. Alguns atos têm
forma livre, podendo ser realizados até mesmo por comandos verbais ou gestuais – ERRADA;
e) objeto e presunção de veracidade – o objeto é elemento de todo ato administrativo, e a
presunção de veracidade também está presente em todos os atos administrativos, uma vez que
todos os atos presumem-se legítimos (praticados conforme a lei) e os seus fatos presumem-se
verdadeiros – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

2. (FCC – Auditor Fiscal de Tributos I/Prefeitura de São Luís MA/2018)


A convalidação dos atos administrativos
a) produz efeitos futuros, ou seja, posteriores à data da convalidação, anulando aqueles
decorrentes da edição do ato viciado.
b) enseja a edição de novo ato administrativo, que produz efeitos desde a data em que foi
editado o ato viciado, salvo disposição expressa em sentido contrário.
c) é admitida diante da constatação de vício de qualquer natureza, salvo se já exauridos os
efeitos do ato originalmente praticado.
d) é causa de extinção do ato administrativo original, que fica substituído pelo novo ato
editado.
e) pode se referir apenas a atos discricionários, pois demanda juízo de oportunidade e
conveniência para edição do ato convalidatório.

Comentário: a convalidação representa a possibilidade de “corrigir” ou “regularizar” um ato


administrativo, possuindo efeitos retroativos (ex tunc - retroagem). Assim, a convalidação tem por
objetivo manter os efeitos já produzidos pelo ato e permitir que ele permaneça no mundo jurídico.
Sabendo disso, vamos analisar as assertivas:
a) os efeitos são retroativos e não futuros. Dessa forma, não ocorre a anulação do ato, mas sim a
sua correção – ERRADA;
b) a convalidação é um ato que “faz um remendo” em outro ato, corrigindo o seu vício. Com efeito,
a convalidação gera efeitos retroativos (ex tunc), corrigindo o vício desde a sua origem. Ressalvase,
porém, que é possível fazer a modulação dos efeitos, isto é, fazer com que a convalidação
produza efeitos a partir de um momento específico, conforme exigir o interesse público. Portanto,
o quesito está perfeito – CORRETA;
c) não será admitida diante da constatação de qualquer vício, pois os vícios de finalidade, motivo e
objeto são insanáveis – ERRADA;
d) o ato continua o mesmo, porém, regularizado. Acima, comentamos que a convalidação é um
“noto ato administrativo”. Isso não significa que é um ato que “substitui” o outro, mas na verdade
ele apenas corrige o vício do outro ato, preservando-o – ERRADA;
e) a convalidação pode abranger atos discricionários e vinculados, pois não se trata de controle de
mérito, mas tão somente de legalidade – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

3. (FCC – Analista Judiciário/TRT SP/2018)


Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no que concerne
a) exclusivamente a eventual desvio de finalidade, quando evidenciado que a Administração
praticou o ato visando a fim ilícito.
b) às condições de conveniência e oportunidade para sua prática, com base nos princípios
aplicáveis à Administração Pública.
c) ao seu mérito, avaliando-se a aderência do mesmo ao interesse público que justificou a sua
edição e às finalidades colimadas.
d) a vícios de legalidade, o que inclui também a avaliação da inexistência ou falsidade dos
motivos declinados pela Administração para a edição do ato.
e) apenas a vícios de competência, cuja convalidação poderá ser feita, contudo, mediante
ratificação administrativa ou judicial.

Comentário:
a) não é apenas o vício de finalidade que enseja o controle judicial ao ato administrativo, sendo
válido, também, quando algum de seus elementos como a competência, a forma, o motivo e o
objeto contiver vício de legalidade. Vale lembrar que os atos discricionários submetem-se a
controle judicial, só não sendo possível invadir o seu mérito – ERRADA;
b) e c) a conveniência e a oportunidade são provenientes do mérito administrativo; assim,
sabemos que o controle judicial não adentra nessa seara – ERRADAS;
d) quando o ato administrativo contiver vício de legalidade, caberá a intervenção do controle
judicial. Quanto à ''falsidade dos motivos declinados'' a alternativa fez menção à teoria dos
motivos determinantes. Em poucas linhas, essa teoria significa que a validade do ato fica adstrita a
veracidade dos motivos alegados para a sua prática, ou seja, se a autoridade motivar o ato, este
será válido apenas se os motivos indicados forem verdadeiros. Logo, mesmo nos atos
discricionários, será possível realizar o controle de legalidade, o que inclui a avaliação de motivo
falto ou inexistente – CORRETA;
e) o vício de competência não é o único elemento que pode ensejar controle judicial, conforme
descrito na alternativa ‘a’. No mais, a convalidação não pode ser realizada pelo Poder Judiciário –
ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

1) Assembléia Legislativa - GO  - Procurador de 2ª Classe


Controlar a administração pública é averiguar se a respectiva atuação, sobremaneira, atende aos requisitos da
legitimidade e da legalidade. Nesse sentido, vários agentes são definidos para exercitar o controle das atividades
administrativas, de que se pode elencar o controle administrativo, o legislativo, o judicial e o da própria sociedade como
um todo. Em relação a esse cenário de controle, assinale a alternativa correta.

a) O controle administrativo visa, simultaneamente, ao controle da legitimidade e da legalidade, não havendo diferença
entre os agentes desse controle, haja vista ambas as formas dirigirem-se indistintamente a todo e qualquer ente, órgão ou
agente da administração pública, quer extroversa, quer introversamente, com predominância, contudo, desse último modo.
b) O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle apresentadas.
c) O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle apresentadas.
d) Salvo nos âmbitos legislativo e judicial, é vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, declarem-
se inválidas situações plenamente constituídas.
e) Enquanto, precipuamente, o controle interno e o controle externo visam à fiscalização e à correção dos atos
administrativos, ao controle judicial incumbe, sobremaneira, a respectiva correção e, excepcionalmente, fiscalização.

 Gab: B.

A) ERRADA – Há SIM diferença entre os agentes do controle administrativo. Somente nos casos previstos em lei é
possível o exercício do controle externo dos atos administrativos, de modo que um ente somente pode fiscalizar outro com
expressa autorização legal, embora esta seja prescindível para fins de fiscalização interna.

B) CORRETA – O controle administrativo é o de mais ampla abrangência de atuação entre as formas de controle
apresentadas. Conceitualmente, controle administrativo é a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para
fiscalizar e corrigir, a partir dos critérios de legalidade ou de mérito, a sua própria atuação. Divide-se em controle interno
(autotutela) e controle interno-externo. O controle administrativo interno independe de previsão legal e é exercido por
determinada entidade administrativa sobre seus próprios órgãos. Já o controle interno-externo (tutela
administrativa) depende de previsão legal expressa e corresponde ao controle exercido pela Administração Direta sobre
os atos da Administração Indireta.
C) ERRADA – O controle legislativo NÃO está necessariamente restrito às autorizações constitucionais de
admissibilidade. Há duas formas de controle legislativo: (1) o controle dos próprios atos legislativos em seu âmbito interno;
e (2) o controle dos atos normativos do poder executivo, a fiscalização geral (art. 49, V e X, da CF). O segundo caso, de
fato, está restrito às autorizações constitucionais de admissibilidade, pois envolve a separação dos poderes e o pacto
federativo, mas o primeiro caso, não.

D) ERRADA – Salvo APENAS no âmbito judicial, é vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral,
declarem-se inválidas situações plenamente constituídas. No âmbito legislativo, assim como no Executivo, é vedada
aplicação retroativa de nova interpretação da norma administrativa (art. 2º, XIII, da Lei nº 9.784/99).

E) ERRADA – Ao controle judicial incumbe a fiscalização e a correção (controle posterior, repressivo) dos atos
administrativos dos demais Poderes. Não há uma relação de predominância entre fiscalização e correção, são formas
distintas de classificação de controle dos atos administrativos. O controle administrativo pode ser classificado, quanto ao
aspecto controlado, como de mérito ou de legalidade ou legitimidade (fiscalização); e, quanto ao momento, como
preventivo, concomitante ou corretivo (repressivo, subsequente). O controle judicial do ato administrativo é sempre
excepcional, porém, quando exercido, é normalmente de forma corretiva e jamais de mérito.

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