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CONCEITO: é obrigação que o Estado tem de indenizar a vítima por conduta omissiva ou comissiva
praticada pelo agente público no exercício da função ou em razão dela, a qual gerou dano material e/ou
moral.
E
S CONDENAÇÃO DA
INDENIZAÇÃO
T
A
D
O AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO
DANO
Mas cuidado – porque para que seja o Estado responsabilizado deve o fato ser praticado por: AGENTE
PÚBLICO + EXERCÍCIO OU RAZÃO DA FUNÇÃO
Ex: professor no interior da sala e ministrando aula arremessa um apagador no aluno – gera lesão
corporal – responsabilidade do Estado.
Ex: servidor no domingo de folga – briga com vizinho machucando-o: não há responsabilidade do Estado.
Isso aplica-se também que apesar de não estar em exercício age em razão da função
Obs: servidor exonerado, demitido ou aposentado – não tem mais vinculo com o Estado – logo os atos
praticados após esse fato desobriga o Estado de indenizar.
a) Ato ilícito: ato contrário a lei que gerou dano – exemplo: prisão ilegal apreensão ilegal
b) Ato Lícito: ato conforme a lei, mas que gerou dano. Exemplo: obras na via pública que danifica um
veículo.
c) Ato comissivo: ato decorrente de ação – exemplo: soco de um servidor no exercício da função em um
cidadão.
d)Ato omissivo: ato decorrente de omissão – ou seja – deixar de fazer quando a lei manda agir –
exemplo: falta de assistência médica no hospital público.
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e) Ato doloso: quando o agente tem a intenção ou assumi o risco de praticar o resultado. Exemplo:
policial efetua um disparo, de propósito, contra a vítima. No caso a pena deverá ser maior pelo desvalor
da conduta.
- imprudência: ação com descuido – exemplos: disparo de arma de fogo acidental; condução em
alta velocidade que gera dano;
- negligência: falta de cautela – exemplos: não reparar o veículo; não trocar a fiação da rede
elétrica;
- imprudência: falta de aptidão para a prática do ato – exemplos: dirigir veículo de categoria
superior a CNH; médico público que faz cirurgia para a qual não é habilitada.
Art. 5, V CF - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
I) DANO MATERIAL: é aquele que afeta o patrimônio físico da vitima. O qual pode ser:
É o dano que afeta o patrimônio psicológico da vítima na dignidade da pessoal humana. Não basta o mero
aborrecimento.
Art. 1º CF - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
No Brasil não é tarifado ou tabelado o dano moral, deve-se analisar o caso concreto ( alias aqui não é
pago grandes indenizações)
Exemplo de dano moral: xingamentos, exposição ao ridículo, tratar a pessoa como objeto, desdenhar,
humilhar perante terceiros;
Obs: é possível acumular dano moral e material, bem como dano emergente e lucros cessantes.
Exemplo: cidadão para seu veículo por motivo de sinal vermelho no semáfaro – o agente público
conduzindo veículo oficial e em serviço colide na traseira.
FATO: colisão
O particular na petição inicial não precisa demonstrar a culpa do agente público, pois a responsabilidade é
objetiva.
Mas cuidado, pois a teoria do risco administrativo admite CAUSAS DE EXCLUSÃO DE RESPONSABILIDADE
DO ESTADO:
Por isso também é chamada de Teoria do Risco Administrativo Mitigado ou Atenuado ou Temperado.
Quando o Estado conseguir demonstrar que o dano causado foi por culpa exclusiva da vítima - irá excluir
a responsabilidade do Estado, pois quebrou o nexo causal.
Exemplo: colisão gerada porque a “vítima” trafegava na contra-mão de direção; transeunte que atravessa
a via pública em local proibido.
Na realidade isso é muito divergente na doutrina e tribunais – mas se a banca do seu concurso aceitar
– marque como certa.
Caso fortuito ou força maior – não tem um conceito defnido, alguns acham que o primeiro e força
humana e o segundo e força da natureza, bem como o contrário.
Para a prova de concurso – lembre que caso fortuito ou força maior – é algo imprevisível e
extraordinário que foge do controle estatal.
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Mesma idéia da teoria acima, pois a responsabilidade também é objetiva – a diferença é que na teoria do
risco Integral nunca há responsabilidade do Estado, para doutrina majoritária no caso de DANOS
NUCLEARES
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
Mas cuidado, porque nessas hipóteses a responsabilidade é subjetiva, logo deve demonstrar:
● Fato
● Nexo
● Dano
● Culpa em sentido amplo:
o Dolo
o Culpa em sentido estrito
É subjetiva porque deve analisar o elemento psicológico do agente, se agiu com dolo ou com culpa (como
já visto no inicio)
CASOS ESPECIAIS
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Exemplo – custódia de pessoas – presos, alunos ou pacientes que sofrem alguma lesão durante a custódia
exercida pelo Estado. Aluninho é agredido em sala de aula, apesar de ser omissão estatal a
responsabilidade será objetiva. Preso é maltratado por outros presos, apesar de ser omissão estatal a
responsabilidade e objetiva.
depende:
c) ATOS JUDICIAIS
Aquela decisão decorrente de erro judiciário ou cumprimento de pena acima da imposta na sentença –
será responsabilidade objetiva.
Art. 5, LXXV CF - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença;
Lei que atinge diretamente a pessoa causando prejuízo pode ser cobrada indenização
E) USO DE ALGEMAS
Se a utilização de algema for abusiva irá caber indenização material e/ou moral contra o Estado.
AÇÃO REGRESSIVA
ART. 37, §6 da CF (...)assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Aqui a responsabilidade é subjetiva. Ocorre após o
Estado ter sido condenado a ressarcir o particular.
Logo:
Particular contra Administração Pública – resp. objetiva
PRAZO DE PRECRIÇÃO
A ação de ressarcimento ao erário do Estado lesões corporais em particular. Em face dessa situação,
perante o causador do dano é imprescritível. se restar comprovada a culpa exclusiva do particular, a
administração não responderá civilmente pelo prejuízo.
O particular contra o Estado – existe 2 5) Devido à atuação de determinado agente público,
pensamentos: agindo nessa qualidade, foram verificados prejuízos
patrimoniais e lesões corporais em particular. Em face
- 3 anos como base no Código civil. dessa situação, a responsabilidade civil do agente,
regressivamente perante a Administração, será objetiva.
- 5 anos – com base em lei administrativa – 6) A responsabilidade civil do Estado, pelos danos
PREVALECE ESTA causados por seus agentes a terceiros, é hoje tida por
ser objetiva, insuscetível de regresso.
STJ, 1ª Seção, REsp 1251993 (12/12/2012): 7) A responsabilidade civil do Estado, responsabilidade
Aplica-se o prazo prescricional quinquenal – objetiva, com base no risco administrativo, admite
previsto no art. 1º do Dec. n. 20.910/1932 – às pesquisa em torno da culpa do particular, para o fim de
ações indenizatórias ajuizadas contra a abrandar ou mesmo excluir a responsabilidade estatal.
Fazenda Pública, e não o prazo prescricional 8) A responsabilidade civil da administração pública,
trienal – previsto no art. 206, § 3º, V, do CC/2002. disciplinada pela Constituição Federal em seu art. 37, §
6o, passou por diversas etapas até chegar ao seu
estágio atual de evolução. De uma fase inicial em que o
Estado não respondia pelos prejuízos causados aos
RESPONSABILIDADE CIVIL (CESPE) particulares, a responsabilidade civil da Administração
Pública obedece atualmente a regras especiais de
1) Devido à atuação de determinado agente público, agindo direito público.
nessa qualidade, foram verificados prejuízos patrimoniais e
9) Vigora no Brasil, como regra, a teoria do risco integral
lesões corporais em particular. Em face dessa situação, a
da responsabilidade civil da Administração Pública.
responsabilidade civil da Administração perante o particular
será apurada de acordo com a teoria do risco administrativo. 10) Quando demandado regressivamente, o agente
causador do prejuízo responderá de forma objetiva
2) Devido à atuação de determinado agente público, agindo
perante a Administração Pública.
nessa qualidade, foram verificados prejuízos patrimoniais e
lesões corporais em particular. Em face dessa situação, se, 11) Em face de prejuízos causados a particulares, as
após a instauração de processo penal, ficar demonstrado que empresas privadas prestadoras de serviços públicos
não foi aquele agente o responsável pela conduta que submetem-se às mesmas regras de responsabilidade
resultou no prejuízo para o particular, a responsabilidade civil civil aplicáveis aos entes públicos.
da Administração restará automaticamente afastada. 12) Será subjetiva a responsabilidade civil do Estado
3) Devido à atuação de determinado agente público, agindo por acidentes nucleares.
nessa qualidade, foram verificados prejuízos patrimoniais e 13) Ainda que se comprove erro judiciário, o Estado não
lesões corporais em particular. Em face dessa situação, a estará obrigado a indenizar o condenado, haja vista a
condenação do agente no processo penal legitima a sentença judicial não possuir natureza de ato
administração a demandar regressivamente contra esse administrativo.
agente para ressarcir-se do prejuízo sofrido. 14) Tanto a responsabilidade da administração
4) Devido à atuação de determinado agente público, agindo para com a vítima quanto a responsabilidade do agente
nessa qualidade, foram verificados prejuízos patrimoniais e
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em face da Administração seguem a teoria da C) não responde, tendo em vista que o particular foi o
responsabilidade objetiva. causador do acidente automobilístico que motivou o
15) Havendo condenação penal do agente, a vítima não transporte para o estabelecimento hospitalar em cujas
mais poderá demandar civilmente a Administração Pública, dependências ocorreu o traumatismo craniano.
cabendo eventualmente ação cível somente contra o agente.
D) responde subjetivamente, em face da comprovada
16) Caso a absolvição penal do agente público decorra
culpa da vítima pelo acidente automobilístico do qual
da negativa de autoria, a sua responsabilidade administrativa
decorreu a necessidade do deslocamento para o
restará necessariamente afastada.
estabelecimento hospitalar público.
17) As sanções civis, administrativas e penais que podem
ser impostas ao agente público são independentes, podendo E) não responde civilmente, em razão da culpa
cumular-se. Todavia, a absolvição criminal em decorrência da exclusiva da vítima pelo acidente automobilístico,
falta de provas ensejará a absolvição na esfera administrativa devendo esta, ainda, arcar com os danos verificados na
ou a revisão do processo, caso a penalidade já tenha sido viatura policial.
imposta.
18) Existe prejudicialidade da esfera de responsabilidade
criminal sobre a da responsabilidade administrativa, de modo
que o servidor absolvido em ação penal não poderá, em
nenhuma hipótese, ser punido administrativamente.
19) Independentemente das responsabilidades civil e
penal e ainda que seja absolvido em relação a estas, o agente
público pode, dependendo do caso concreto, ser
responsabilizado na esfera administrativa.
20) A responsabilidade civil do agente público,
regressivamente perante a Administração, é objetiva.
21) Se restar comprovada a culpa exclusiva do particular,
a Administração não responderá civilmente pelo prejuízo.
22) Se, após a instauração de processo penal, ficar
demonstrado que não foi o agente público o responsável pela
conduta que resultou no prejuízo para o particular, a
responsabilidade civil da Administração restará
automaticamente afastada.
23) A condenação do agente no processo penal legitima
a administração a demandar regressivamente contra esse
agente para ressarcir-se do prejuízo sofrido.
24) A responsabilidade civil da Administração perante o
particular será apurada de acordo com a teoria do risco
administrativo, bem assim a do agente público perante a
Administração.
25) As pessoas jurídicas de direito público respondem
pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, mesmo
se eles não foram os culpados.
1- (PROCURADOR – RECIFE – FCC – ) Ao invadir a
contramão de direção de uma via de grande circulação de
veículos, um automóvel, conduzido por um particular, colidiu
com uma viatura da polícia militar. O condutor do veículo
particular ficou gravemente ferido e foi levado, de ambulância
pública, ao hospital público mais próximo. No momento da
transferência do acidentado para a maca do estabelecimento
hospitalar, esta se partiu, ocasionando a queda do paciente, o
que supostamente teria lhe causado traumatismo craniano.
Pelos danos sofridos pelo particular, o Poder Público