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6º semestre
Professora Karina
Conteúdo programático:
PROVAS:
N1- 5 ATIVIDADES (valendo 1 ponto cada – com cinco perguntas
simples) + 1 PROVA (valendo 5 pontos).
N2 – 5 PROVINHAS (valendo 2 pontos cada- com uma pergunta
mais elaborada) do conteúdo parcial da última aula, realizadas na
quinta-feira;
(peso 10 cada uma).
DATA P1 – 06/10.
1º aula – 18/08/2020
Estado como pessoa jurídica detentora de direitos e obrigações foi criado para ser o garantidor do
patrimônio e integridade física do povo, como possui esse dever, o Estado tem que ser muito mais
responsável do que um particular.
Assim, cada vez que as pessoas que representam o Estado causar algum dano moral ou material
a um terceiro, o Estado é obrigado a indenizar, portanto, o Estado tem responsabilidade civil perante
terceiros (não é responsabilidade política, penal, administrativa, é CIVIL).
Essas regras indenizatórias que seus agentes causaram a terceiros que iremos estudar.
Licitação é um mero instrumento para que o estado realize um contrato, promovendo uma
competição para que administração pública receba diversas proposta, e escolha a melhor. Serve
para indicar com quem a administração pública vai contratar (minuto 26).
OBS: pode ser pessoa física, desde que emita nota fiscal.
Exemplo: a papelaria precisa passar pelo processo de licitação para comprovar que tenha o objeto
e que seja o melhor preço ou melhor técnica.
4. Contratos administrativos:
É o objetivo da licitação, o fim – autorizar o administrador público a fazer o contrato. Os contratos
já são previamente indicados nos editais.
• Responsabilidade civil contratual - quando o estado causar um dano pelo agente público,
e esse ato for vinculado a uma ação ou omissão que tem origem em um contrato, essa
responsabilidade tem uma regra própria. Ou seja, o dano causado pelo Estado
necessariamente precisa ser oriundo do vínculo contratual.
• Responsabilidade extracontratual – quando o dano causado pelo Estado não tem relação
nenhuma com o vínculo contratual com a vítima. Estado indenizara com base nas regras do
direito administrativo.
Como por exemplo: quando um agente do Estado bate no seu carro, que no caso é o carro da
empresa que você trabalha. E essa empreiteira por coincidência tem um contrato com a prefeitura.
Mesmo tendo esse contrato não torna a obrigação contratual, pois o fato (acidente) não decorreu
do exercício/execução do próprio contrato. Assim, o Estado indenizara pelas regras do direito
administrativo e não pelas regras do contrato.
OBS:
➢ Se você causar o dano ao Estado, como somos particulares responderemos com base no
código civil.
➢ Vale lembrar que o Estado tem uma responsabilidade maior que o particular, já que tem
como competência garantir nossa integridade física e a segurança do nosso patrimônio, é
garantidor, respondendo com mais gravidade.
TUDO QUE ESTUDARMOS DIZ RESPEITO A AÇÕES ESTATAIS QUE NÃO ESTÃO NA
EXECUÇÃO DE UM CONTRATO – EXTRACONTRATUAIS.
1) Ideia central: é a obrigação do Estado de indenizar os danos que seus agentes causarem a
terceiros.
Conceito: a responsabilidade extracontratual do Estado corresponde a obrigação de reparar danos
causados a terceiros em decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou
jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos. (Maria Sylvia Z.)
2) Teoria do órgão: é a pessoa jurídica que responde pelos atos dos seus agentes (princípio da
impessoalidade).
Essa teoria defende que, pouco importa onde está o agente que causou o dano, não é ele que irá
responder. Quem responde pelo dano é sempre a pessoa jurídica a qual ele está submetido. A
pessoa jurídica é o garantidor pelos atos dos seus agentes.
Exemplo: o porteiro da escola que tem como função a segurança e ajudar os carros a
estacionarem, acaba fechando o portão em um carro. Como um agente do Estado, responde como
ato da prefeitura.
Já que o porteiro responde para a diretoria da escola; a diretoria responde para a diretoria regional
de ensino que está submetida a coordenadoria geral de ensino; que responde a secretaria de
educação e essa última, está ligada a prefeitura. São órgãos (departamentos) que compõem a
organização de uma única organização jurídica, que é a prefeitura.
Então a pessoa que sofreu o dano pelo carro amassado, deve achar a pessoa jurídica a qual o
porteiro está vinculado. Pois é ela que será responsável.
Outro exemplo: INSS foi criado como pessoa jurídica autônoma.
3) teoria sobre os tipos de responsabilidades:
RESPONSABILIDADE GERAL e não só do Estado:
Nessa teoria tem que provar que sofreu o dano e que esse dano foi em decorrência da conduta
daquela pessoa, além de que precisa provar se a pessoa agiu com culpa (negligencia, imprudência,
imperícia) ou dolo. Sendo essa a grande dificuldade de aplicação dessa teoria - precisa produzir
uma infinidade de provas.
Exemplo de dano causado por omissão do Estado: uma árvore descuidada cai sobre meu carro
em via pública, o responsável por cuidar da arvore é o município. Deverá provar que o Estado foi
omisso porque tinha o dever urbanístico de fiscalizar a arvore; provar o dano causado no carro e
que o Estado foi negligencia (caracterizando a culpa).
Subdivisão:
3.3.1 a) Teoria do risco administrativo: fundamenta no dever de indenizar na noção do ‘’risco da
atividade administrativa’’.
O Estado assume que é um garantidor, mas essa teoria permite que o Estado alegue três
excludentes:
Exemplo: o agente condutor que estava movimentando o metro, freia a tempo, mas acaba
atingindo a vítima que se jogou no trilho e causando danos. Como a vítima se jogou sozinha,
culpa exclusiva dela.
2º) força maior – é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho á vontade das partes,
como uma tempestade, um terremoto ou raio (Maria Sylvia).
OBS: o caso fortuito não é causa de exclusão de responsabilidade – não constitui causa de
excludente do Estado. Ocorre nos casos em que o dano seja decorrente do ato humano ou
de falha da administração.
Exemplo: mesmo exemplo que no 1º caso, só que ao invés da vítima se jogar sozinha, ela
foi empurrada por terceiro. E mesmo que o motorista do metro tenha atingido ela, não tem
responsabilidade.
Mas nesse caso, está em um ambiente público e o Estado devia garantir a segurança da
vítima, podendo então, alegar OMISSÃO do Estado que não se utilizou de instrumentos para
proteger a integridade física das pessoas (imprudente) e processar por meio da outra teoria,
a teoria SUBJETIVA.
▪ Possíveis defesas do Estado: que o agente não é da prefeitura; ou que não houve
dano; ou que o dano que está lá é antigo e que não foi o agente que causou.
1º) Estado:
Por conta de suas atividades, sua função típica de administrar cidades, o negócio público, é o que
mais aparece pelas quantidades de ações que pratica e responsabilidades que tem.
Se subdivide em:
Autarquias e fundações públicas – ambas são pessoas jurídicas de direito público. Exemplo: INSS
(autarquia pública).
Sociedade de economia mista e empresas públicas – ambas são pessoas jurídicas de direito
privado (respondem pelas regras de direito privado); exceto se exercerem atividade de servi ço
público, responderão como se estado fosse.
Exemplos:
Caixa econômica federal é uma empresa pública – com duas funções (público e privado), presta
serviço público e exerce atividade econômica.
Petrobras – sociedade de economia mista - presta um serviço público exclusivo que é o monopólio
da extração do petróleo; mas também vende e exporta, ou seja, presta serviço privado exercendo
atividade econômica.
Adm. indireta: Cartórios – são longa manus do estado; terceiro setor - prestadores de serviços
públicos na prestação do serviço público.
OBS:
Exceção: responsabilização por atos típicos erro judiciário (erro técnico) e prisão além do período
definido na sentença.
Exemplo de erro: o servidor erra o prazo do despacho, impedindo que a parte exercer seu direito
de interpor recurso.
Não é o erro inerente a função jurisdicional – exemplo de erro que não é passível de
responsabilização: digamos que o juiz expediu o mandado de prisão para fulano com base nas
provas que ele tinha até o momento, e a pessoa foi preso. Depois disso descobriu que a pessoa
era inocente e a pessoa foi solta. Não é erro judiciário, capaz de representar reparação de dano.
▪ PODER LEGISLATIVO: apenas para os atos atípicos.
Exemplo: o motorista da câmera dos vereados bate no seu carro, ou seja, não está em sua função
típica criando leis, está numa função administrava de logística e organização. Então responde
normalmente pelas regras que estamos estudando.
OBS:
Maria Silva – fala sobre a possibilidade das pessoas entrarem com ação de indenização contra o
Estado por leis inconstitucionais. Exemplo: uma determinada lei entra no ordenamento jurídico, a
pessoa cumpre ou deixa de cumprir e tem um dano, e logo após a lei é declarado inconstitucional.
Na teoria sim, mas não na pratica, isso é muito complexo e não se vislumbra a possibilidade de
responsabilização.
3º aula – 01/09/2020
✓ Assegurado ao estado o direito de regresso nos casos de dolo ou culpa (teoria subjetiva) –
Estado exige do agente um ressarcimento
✓ Teorias gerais do direito como um todo – objetiva (ação) e subjetiva (dolo ou culpa);
Teoria do órgão – se o servidor agiu em nome do Estado, o Estado responde – recado para o
Estado que contrate muito bem seus agentes públicos.
5º) Assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Quando o estado for responsabilizado pelos atos de seu agente, ele pode acionar o servidor que
causou o dano para que ele ressarça o prejuízo que o Estado pagou, desde que o Estado prove o
dolo ou a culpa.
• Quando o Estado acionar o agente, a teoria utilizada será a subjetiva, ou seja, o Estado terá
que provar a culpa ou o dolo do agente;
• O Estado tem 5 anos (prazo prescricional) para entrar com a ação regressiva;
✓ Denunciação á lide (art. 125, II, CPC) divergências quanto ao cabimento ou não.
Pela teoria do órgão quem responde é sempre a pessoa jurídica a qual o agente está vinculado (a
prefeitura, governo, união, etc), pois há o entendimento que ele é o garante do agente público.
Quando o Estado for demandado em juízo para reparar os danos causados, o Estado poderia
denunciar a lide o agente causador do dano? há divergências quanto ao cabimento ou não.
Não se aceita a denunciação da lide, especialmente quando se fala em teoria objetiva – o Estado
deve resolver com seu servidor depois e não trazê-lo ao processo junto com a parte. Pois isso
atrasaria o processo e traria discussões diferentes como dolo e culpa entre Estado x servidor.
Argumentos contrários:
(i) São diversos os fundamentos da responsabilidade do Estado e do agente;
(ii) A denunciação á lide retardaria o andamento, porque introduziria outra lide no bojo do processo.
(iii) o dispositivo do CPC refere-se ao garante, o que não inclui o servidor.
Argumentos favoráveis:
(i) defendem que é possível quando a responsabilidade é subjetiva (omissão) – pois o agente já
estando no polo passivo já produziria a prova que não agiu com dolo ou culpa.
(ii) o agente fazendo parte do processo, pode admitir o erro e se dispor a pagar. O que seria bom,
pois o terceiro receberia a indenização na hora, não precisando entrar na fila do precatório.
CURIOSIDADES:
✓ O lado bom de ter o Estado como condenado é a garantia que irá receber;
✓ O lado ruim é não saber quando irá receber, pois irá receber por precatório, ainda que esse
tipo de indenização tenha uma fila especial de precatório.
✓ Lei nº 8.112/90: afasta a denunciação á lide e o litisconsórcio (art. 122, §2º); mas os tribunais
entende que se falando de responsabilidade subjetiva é possível a denunciação a lide e o
litisconsórcio facultativo.
✓ Ação judicial diretamente contra o agente: ou seja, possibilidade do particular que sofreu
o dano ingressar diretamente contra o servidor – possibilidade rejeitada pelo STF (RE
327.904/SP), embora seja aceita pela doutrina.
✓ Lei nº 4619/65: (normas sobre ação regressiva contra seus agentes federais) - traz normas
especificas para quando a união ingressar com ação regressiva contra seus agentes.
4.2. Responsabilidade adotada no Brasil para danos causados por omissão dos agentes do
Estado:
Deve provar a omissão, o dano, nexo causal entre dano e a omissão e dolo ou culpa.
Deve provar que a omissão é para fins de responsabilidade civil. Além de ter que provar que o
Estado agiu com culpa ou dolo, sendo imprudente, negligente ou imperito.
Teoria bem difícil de ser provada na pratica.
• Não é qualquer omissão: é a omissão que viola o dever de agir – tinha o dever e o poder
de agir. A dificuldade da teoria diz respeito à possibilidade de agir; tem que se tratar de uma
conduta que seja exigível da Administração e que seja possível. Essa possibilidade só pode
ser examinada diante de cada caso concreto.
Alega a impossibilidade de agir, que não foi acionada a tempo, que não tinha conhecimento, que
não deu tempo de tampar o buraco que foi causado hoje mesmo pela chuva, por exemplo.
5) Observações finais:
• A reparação de danos causados a terceiros pode ser feita no âmbito administrativo, desde
que a administração reconheça desde logo sua responsabilidade e haja entendimento entre
as partes quanto ao valor da indenização. Caso contrário, o prejudicado deverá propor ação
de indenização contra a pessoa jurídica que causou o dano.
A ação judicial para reparar o dano - processo administrativo pode concluir a reparação (pode se
resolver pela via administrativa); ou seja, não ocorre reparação apenas pela via judicial.
• Prescrição: de 5 anos (ação de reparação de danos) - para obter indenização dos danos
causados por agente de pessoas jurídicas de direito público e de direito privado
prestadores de serviços públicos (artigo 1º-C da lei nº 9.494/97).
4º aula – 03/09/2020
Realização da 2º atividade em dupla.
• Pessoas físicas que agem em nome do Estado, com ou sem vínculo empregatício. Além das
pessoas que possuem vinculo de emprego com o Estado, existem pessoas que estão fora
da administração pública (não tem vínculo de emprego com o Estado);
Exemplo: uma pessoa jurídica de direito privado (empresa) tem um contrato de prestação de serviço
com o Estado, assim, o funcionário dessa empresa privada, quando está exercendo o serviço
público e causar dano a terceiro, responde como se fosse agente público.
Essas pessoas que estão fora da administração pública não se torna agente público por estar
exercendo serviço público – mas para fins legais, processuais, penais, serão consideradas agentes
públicos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os ef eitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra f orma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou f unção nas entidades mencionadas
no artigo anterior.
OBS: agentes públicos x servidor público militar – hoje os militares fazem parte do Estado, mas
possuem um regramento próprio, estatuto próprio, justiça própria. E os militares federais que
compõem a união que cuidam da segurança nacional também possuem regime jurídico muito
especifico e justiça própria.
2. Classificação dos agentes públicos:
1) Agentes políticos:
Exercem funções políticas. Fazem parte da alta cúpula do poder executivo + o segundo escalão
(que são as pessoas nomeadas pelos políticos) + as pessoas do poder legislativo.
Atuam durante o perídio de mandato eletivo, ganham esse mandato após participarem do
processo eleitoral e serem declarados eleitos. Além disso, acabam inserindo outras pessoas que
apesar de não terem mandato (não serem eleitas), são para fins legais, consideradas agentes
políticos – o segundo escalão, tendo as mesmas responsabilidades e obrigações, como por
exemplo: o ministro.
Todos os agentes políticos têm seu regime jurídico, as regras inerentes da sua função disposto
na Constituição Federal.
Quem são?
EXECUTIVO: SECUNDO ESCALÃO:
Federal – presidente da república; Ministros de Estado;
Estadual – governador do Estado; Secretários estaduais (saúde, transporte, ambiente);
Municipal – prefeitos;
Distrito Federal – governadores;
Via de regra o segundo escalão (tirando o ministro e o
secretários) entram eleição e recebem um mandato.
LEGISLATIVO:
Federal – deputados federais e senadores;
Estadual – deputados estaduais;
Municipal – vereadores;
Distrito Federal – deputados distritais;
3) Agentes honoríficos:
São as pessoas que recebem uma incumbência do Estado, um chamado de honra - honraria de
ser chamado para exercer uma atividade especifica. Enquanto exerce essa atividade é considerado
agente público, mas não tem vínculo e não recebem remuneração.
Exemplo: jurados no tribunal do júri; pessoas convocadas no período eleitoral – mesário;
Se uma pessoa te ofende enquanto você é mesário ou júri – a pessoa responde como se fosse
agente público, desacato.
4) Agentes delegatários:
São as pessoas que recebem uma autorização para realizar o serviço público, um contrato ou um
ato administrativo. O instrumento jurídico permite que realizem serviço público sem fazerem parte
do Estado. Não tem vínculo de emprego e são remunerados por aqueles que usam o serviço e
não pelo Estado.
Exemplo: leiloeiros oficiais e tradutores públicos.
5) Agentes credenciados
São pessoas designadas por um ato administrativo para representar o Brasil em eventos
internacionais. Atuam internacionalmente em nome do Estado. Essas pessoas durante os eventos
são consideradas agente públicos para fins legais.
Embora não sejam remunerados, todas as despesas em relação aos gastos que as pessoas
tiveram - será sempre bancado pelo Estado.
3.1 Cargos:
Criados por lei, com denominação própria recebem vencimentos. Podem ser efetivos ou
comissionados. Regrado por lei própria – estatuto ou regime jurídico.
• Efetivos - prescindem de concurso públicos, pode conferir estabilidade após 3 anos;
• Comissionados - qualquer pessoa, nomeado pelo agente competente, desde que preencha
os requisitos do cargo) – Ad nutum: livre nomeação e remuneração. Via de regra quando a
lei cria esses cargos, são de: chefia, direção e assessoramento.
✓ Via de regra, administração direta: possui cargos públicos ingressados por servidor
público;
✓ A lei quando cria o cargo define se ele é de confiança ou efetivo; determina a quantidade de
cargos e especificações;
3.3 Função:
Não é um ‘’local’’ ou algo que a pessoa tem como direito, ou seja, não ocupa um lugar na
administração, nem tem um cargo público e nem um emprego público. Apenas adquiriu uma função
pública.
A função pode ser avulsa de cargo. Todo cargo tem uma função, mas pode existir função sem
cargo. São funções ligadas aos cargos ou quando a própria atividade não precisa de cargo.
Se divide em:
• Função de confiança – art. 37, V, CF.
Essa função é especifica atribuída ao um servidor efetivo. Ou seja, além da função originaria do
cargo do servidor, ele recebe outra função que pode ser exercida em razão de uma designação.
Não mudam de cargo, o cargo é o mesmo, apenas recebem um adicional pela função nova.
Vencimentos – cargo originário + adicional de função.
Art. 37, V, CF - as f unções de conf iança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo ef etivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chef ia e assessoramento;
6º aula – 10/09/2020
Realização da terceira atividade – em dupla.
7º aula – 15/09/2020 tema: continuação sobre os agentes administrativos: como eles entram no
cargo, como se tornar um servidor público – provimento; vale também para empregado público com
cargo efetivo.
4.1. Originário: nomeação – a administração pública chama o particular (por ter passado no
concurso público ou por livre remuneração e exoneração) para assumir um cargo ou emprego. É
um ato administrativo unilateral – o prefeito e os respectivos secretários que assinam.
✓ Entre nomeação e posse não tem vínculo; tomou posse cria vinculo, contrato de trabalho;
✓ Se for nomeado, tomar posse, mas não entrou em exercício – criou um vínculo, o Estado
precisa te exonerar;
✓ No dia em que começa a exercer as funções é o dia em que se inicia seus direitos
trabalhistas
Mas se caso todos os cargos já tenham sido preenchidos, será verificado se há alguém que
não tenha estabilidade, e este, será exonerado para que o reintegrado possa retornar. Ou,
colocar o reintegrado em disponibilidade, ou ainda, a recondução (coloca em outro cargo
compatível). Já que não há possibilidade de duas pessoas ocuparem o mesmo cargo.
3. Recondução – ocorre em duas situações: (1º) quando não há mais cargos livres para o
reintegrado é reconduzido para outro cargo compatível com sua função;
(2º) possibilidade de um servidor que saiu do cargo originário e assumiu um outro cargo (por
concurso), mas não conseguiu estabilidade e foi exonerado – recondução nesse caso é só
dentro da mesma estrutura administrativa, ou seja, só não perde o cargo originário se for
dentro da mesma PJ, mesmo empregador; (dentro do mesmo estado, município, união).
❖ Servidor público efetivo – a linha é média de força (pode ser mandado embora, mas
dificilmente acontecera);
❖ Servidor público efetivo com estabilidade – a linha é muito forte; muito difícil quebrar o vínculo
com o Estado. Garante uma segurança de que o servidor só será demitido embora por uma
sentença judicial transita em julgado ou por um processo administrativo.
❖ Servidor público comissionado – a linha é fina, pois a qualquer momento pode ser mandado
embora;
Artigos da aula, CF: 37, I, II, V, IX, §13; art. 39, §3º e art. 40, §13.
1. Concurso Público:
• Prazo de validade máximo de 2 anos (definido pela CF), prorrogável por 1 vez por igual
período (no máximo, podendo ser prorrogável por apenas 1 ano, por exemplo), sempre
fixado no edital; - quem define o prazo de validade e da prorrogação é o edital;
• Aprovados em concurso anterior tem preferência aos novos concursados. Posição atual RE
STF 837.311
Quando se fala em concurso para o mesmo cargo, os aprovados no segundo concurso público,
só podem começar a ser chamado, após a nomeação de todos os aprovados no primeiro
concurso.
• Edital: é um ato administrativo típico, que tem a função de fazer o chamado para a seleção
de pessoas ou propostas (de empresas que querem passar por um processo de seleção) e
definir as regras e os requisitos. É a lei interna do concurso; dá início ao concurso público.
Art. 37, II, III, IV, CF:
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
Colocar no edital que o candidato tem que ser do gênero masculino ou que não pode ser cadeirante,
devido o exercido da função, deve ser bem justificado.
• Pode se dar após três anos de efetivo de exercício;- (não é obrigatório). Não basta apenas
o decurso de tempo e avaliações periódicas.
• Durante o estágio probatório pode ser exonerado, sem muitas formalidades, mas há a
necessidade de ampla defesa;
Como visto: pode ser exonerado para dar lugar ao reintegrado;
• A lei 8.112/90 fala em 2 anos de estágio probatório, mas hoje já há consenso que se segue
a CF, portanto 3 anos.
RELEMBRANDO:
✓ Exoneração e demissão: em ambos acontecem o rompimento do vínculo. Demissão
– pressupõem que o rompimento do vínculo é uma punição; e a exoneração – é um
motivo qualquer que fez a administração pública tira-lo, mas não configura punição.
Após o período de 3 anos e de conquistar a estabilidade, ou seja, efetivo com estabilidade:
tendo um vínculo muito forte, quando perderá o cargo?
3. Vitaliciedade:
Assegura ao servidor a permanência no cargo, do qual só poderá ser afastado mediante sentença
judicial transita em julgado (não cabendo nenhumas outras hipóteses, como o processo
administrativo).
Quem são as pessoas que detém cargo vitalício? Magistratura, membros do MP; Ministros e
conselheiros dos tribunais de contas; e oficiais militares das forças armadas e da polícia militar e
corpo de bombeiros militar.
ATENÇÃO:
✓ Para essas carreiras a estabilidade e, portanto, a vitaliciedade vem com 2 anos. E
também dependem de estágio probatório por dois anos.
✓ Na magistratura (em quase todos os tribunais), a vitaliciedade é tão forte que quando
o desembargador comete uma irregularidade grave que deveria ser demitido, não
acontece, são colocados como inativos, ou seja, é aposentado.
✓ Não é dada a todos os cargos efetivos estáveis, apenas alguns cargos tem a vitalicidade.
4. Remuneração:
Se refere a título de vinculo de trabalho. Lembrando que servidor publico recebe vencimento e
empregado publico recebe remuneção.
Vencimento ou remuneração – parte fixa (remuneração decorrente do cargo, todos que possuem
o mesmo cargo tem os vencimentos iguais na parte fixa); a outra composição de valores pode ser
variavel (depende da vida funcional de cada um, como: adicional de função; funções incorporadas;
Execção: art. 37º, §11º - quando os servidores tiverem gastos, pressupõem indenizações, não
entram no teto.
O ministro do supremo tribunal federal precisa de terno, morar, e por isso recbeem auxilio palito,
auxilio moradia, auxilio creche, auxilio alimentação, etc.
§ 11. Não serão computadas, para ef eito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
6. Proibição de acumulação:
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos , exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com prof issões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público; -com abrangência bem ampla.
OBS: a regra é que o cargo só pode ser ocupado por uma pessoa. Além disso, a CF também
proibe a acumulação de cargos (uma pessoa ocupando dois cargos, ex: ser ao mesmo tempo juiz
e promotor).
Exceto, quando houver compatibilidade de horário observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI, ou seja, quando for possivel acumular cargo, soma os dois vencimentos ou as duas
remunerações e tem que bater no teto; o teto vai bater juntando os dois.
Exemplo: dois cargos de professores; cargo de professor e pesquisador; dois cargos da area da
saude: dois cargos de enfermeiros; de medicos; de fonoaudiólogo.
ARTIGOS: art. 37, II, III, IV, XVII; art. 41, 37, X ao XV, §11 e §12; art. 39, §4º ao §9º.
4. Competência para legislar: art. 22, XXVII, CF, competência privativa da união para
legislar sobre ‘’normas’’. Sobre normas especificas, poderá os Estados e Município
legislar.
Aula – 08/10/2020
Todos os princípios gerais do direito administrativo são aplicados aqui: legalidade, eficiência,
proporcionalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, segurança jurídica, autotutela.
6. Princípios específicos:
6.1. Julgamento objetivo – não se pode criar critérios subjetivos, direcionados. A
descrição feita no edital deve enquadrar e garantir o que se licita.
Todas as informações devem ser descritas e clara. Determinando o critério de escolha, como as
propostas serão julgadas, exemplo: ‘’pelo menor valor’’; ‘’melhor técnica’’; ‘’material ecológico’’;
‘’melhor prazo para execução’’; mas nunca será um critério subjetivo.
6.2. Publicidade – O processo de licitação é público, do começo ao fim. Exceto as
propostas até a data da sua abertu ra;
1º - todos os atos administrativos são públicos, portanto, o processo de licitação é público;
2º - alguns atos além de serem públicos (estar à disposição de qualquer um), tem que ser
publicado;
A lei de licitação, além de determinar que alguns atos deverão ser publicados, traz uma exceção
ao princípio da publicidade, as propostas. Entre o primeiro dia da entrega, até o ultimo dia da
entrega, não há publicidade das propostas; o próprio edital vai dizer os dias exatos, onde será
determinada a cessão de abertura dos envelopes (ai será quebrado o sigilo).
6.4 Competitividade – a licitação deve ser feita de forma a dar maior competitividade
possível entre os participantes.
Ideia que a licitação tenha que dar a maior competitividade possível, não pode amarar proposta,
descrever o objeto que só uma empresa tenha, etc.
6.5 Adjudicação compulsória – o contrato deve ser assinado com a pessoa que venceu
a licitação.
Adjudicar – dar a quem de direito, indicar aquele que vai vencer. Sendo o adjudicado, o primeiro
classificado.
• Poder judiciário e o poder legislativo – os três poderes tem função típica e funções atípicas,
e ambos no exercício da função atípica administrativa são obrigados a licitar.
TODOS QUE PRECISAM LICITAR:
7.1– Administração pública e poderes (art. 1º, § único):
Observação: a lei 13.303/16 diz que as SEM e as EP não mais seguem a lei 8.666/93 – salvo
normas penais e critério de desempate.
7.2- Conselhos de Classe (autarquias especiais);
7.3- Consórcio Público (decreto 6.017/07);
7.4- Terceiro Setor (decisão TCU); - órgãos que compõem o terceiro setor recebem dinheiro público
– como: algumas ONG, sesi, senai. Assim, quando na contratação da prestação de serviços ou compras vem
da verba pública recebida, é obrigada a licitar.
8.1 Dispensa
➢ A administração pública opta (ato discricionário) por não fazer a licitação;
➢ A dispensa é uma opção; e seus motivos estão dispostos em um rol taxativo, sendo obrigado
a indicar qual o inciso ele está usando para justificar;
➢ Via de regra, para comprovar a característica de ser único, existem órgãos certificadores,
órgãos registradores, exemplo: NPI.
RESPOSTA:
São hipóteses em que o administrador público pod e deixar de f azer a licitação, desde que justif icável,
podendo realizar um contrato direto.
A dispensa é um ato discricionário, onde a administração pública opta por não f azer a licitação (de f orma
motivada). O artigo 24, da lei 8666/93, traz os casos de d ispensa de licitação, ocorre em hipóteses
excepcionais, onde a lei desobriga o administrador de f azer o procedimento licitatório, mesmo nos casos em
que f or possível a competição. Tem rol taxativo dos motivos.
Já na inexigibilidade de licitação, prevista no artigo 25, dessa mesma lei, ocorre nos casos em que o processo
de licitação é totalmente inviável a execução da competição, ou seja, a licitação torna-se impossível porque
não há competição, como nos casos em que há apenas um determinado objeto ou pessoa que atende as
necessidades do serviço para a administração pública. Tem rol exemplif icativo dos motivos, devendo
demonstrar que o objeto é único ou que o serviço é exclusivo.
✓ Lei n. 8.666/93
1. Concorrência
2. tomada de preço Critério - VALOR ESTIMADO DO CONTRATO
3. Convite
4. Concurso
5. Leilão
✓ Lei n. 10.520/2002
6. Pregão
✓ Lei n. 12.462/11
7. RDC – regime diferenciado de contratação
Modalidade mais recente. Utilizada para grandes eventos e grandes obras, nessas situações
excepcionais, que não são corriqueiras e normais dos agentes políticos. Como: infraestrutura para
as olimpíadas, estádios para a Copa do Mundo.
(Esses grandes eventos antes eram realizados pela modalidade concorrência, mas tinha muita
fraude e corrupção).
❖ OBS: quando não enquadrar em concurso, leilão, pregão e RDC – então será aplicada umas
das três primeiras modalidades.
❖ As três primeiras modalidades são mais comuns, sendo as quatros ultimas mais especificas;
❖ Sempre pode ser escolhida a concorrência; - a lei considera ela a melhor e mais segura
modalidade, por também ter mais critério
❖ Se pelo valor estimado indicar a modalidade tomada de preço ou concorrência não pode
fazer convite; se der tomada de preço não pode fazer convite (mas pode fazer
concorrência);
❖ A lei permite que o administrador opte em aplicar a mais complexa quando cair na mais
simples SEMPRE – mas não pode o inverso. Embora o administrador queira sempre fazer
a mais simples.
❖ A concorrência é mais demorada, no mínimo de 4/5 meses. Sem contar as situações que o
MP interrompe.
❖ Convite, diferente de todas as outras modalidades que são feitas por edital, é direcionado.
Art. 23 indica os valores para escolha por uma dessas modalidades; - desatualizado!
DECRETO 9.412/18 – o artigo 23 não está revogado (decreto não revoga lei), mas substitui os
valores. Até porque não é correto ter valores contidos dentro de uma lei, pois com o tempo
obviamente estariam desatualizados.
DECRETO 9.412/18
Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 ,
f icam atualizados nos seguintes termos:
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e
b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e
c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).
Art. 2º Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.
1. Concorrência
É uma modalidade ampla, que pode ser utilizada para compras de qualquer valor e não exige
pré-requisito nem procedimento preambular junto ao órgão público. É importante lembrar que
algumas licitações exigem este tipo de modalidade.
2. Tomada de Preços
A Tomada de Preços existe um cadastro prévio dos participantes que deve apresentar os
documentos solicitados ao órgão público, para avaliação e emissão de certificado.
Esse tipo de modalidade pode ser utilizado para contratos de até R$ 3.300.000,00, no caso de
obras e serviços de engenharia e para os demais casos, no limite de até R$ 1.430.000,00.
3. Convite ou Carta-Convite
É a mais simples de todas as modalidades de licitação, utilizada para compras e contratos de
até R$ 330.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 176.000,00 para outras
contratações.
Nela, o licitante é convidado a participar por meio de uma carta-convite, sendo exigida a
participação de pelo menos três concorrentes no certame.
4. Leilão
Está relacionado à venda bens imóveis e inservíveis da administração públicas, podendo ser
realizada também para bens apreendidos ou penhorados judicialmente pelo poder público.
Nesta modalidade, vence o participante que der o maior lance.
5. Concurso
Modalidade utilizada para a selecionar e premiar trabalhos de cunho técnico, científico e até
artístico mediante a instituição de prêmio ou remuneração. Os critérios desta licitação, cujo
objetivo é incentivar atividades ligadas à ciência, arte ou tecnologia, são definidos pelo edital.
6. Pregão
Prevista na Lei nº 10.520 de 2002, esta modalidade é própria para contratação de bens e
serviços comuns independentemente de seu valor para desburocratizar os procedimentos de
licitação já existentes. Nas versões presencial e eletrônica, o pregão não determina limites para
os valores, sendo que a disputa ocorre durante sessão pública. O vencedor é o concorrente
que oferece o menor preço.
Concorrência
Essa é a primeira modalidade de licitação.
Ela é própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados, mas que
satisf açam as condições do edital, publicados com antecedência mínima de trinta dias, com ampla publicidade pelo
órgão of icial. Algumas contratações específ icas exigem o uso dessa modalidade.
Apesar de permitirem ampla participação, def inem regras bastante exigentes, o que elimina parte dos concorrentes,
deixando assim somente as empresas realmente habilitadas.
Tomada de Preços
Esta modalidade é realizada entre os interessados devidamente cadastrados e que atendem a todas as condições
exigidas para cadastramento, sendo o tempo hábil de três dias antes da data do recebimento das propostas, observada
a qualif icação.
Julgadas as propostas por comissões constituídas por três membros, é da mesma f orma f eita na modalidade de
Concorrência, mas o que a dif erencia é a existência da habilitação com antecedência dos licitantes através dos
documentos de registros cadastrais, de modo que a habilitação se resume na verif icação dos dados constantes dos
certif icados de registro dos licitantes e, se estes possuem a capacidade operativa e f inanceira exigida no edital para a
execução das atividades ou f ornecimento de bens e serviços. Após o cadastro e análise dos documentos apresentados,
é emitido um certif icado.
E este certif icado é que permite a participação de uma empresa nesta modalidade.
Observamos que para esta escolha da modalidade acontece geralmente quando a estimativa da compra ou contratação
de serviços ou bens estiver entre os parâmetros
Convite ou Carta-Convite
Esta modalidade atende os contratos de menor valor. Sendo uma modalidade simples, pode ser utilizada para compras
que precisam ser f eitas com agilidade. Sendo assim, os convites são enviados a três empresas que são convidadas
ao certame com prazo de apresentação de proposta com tempo mínimo estipulado.
Leilão
Neste caso, esta modalidade de licitação é utilizada para venda e arrematação de bens móveis, quando estes estão,
apreendidos, inservíveis ou penhorados judicialmente, assim como também arrematação de imóveis doados para
realizar pagamentos de dívidas aos órgãos públicos e adquiridos em processos judiciais.
Nesta modalidade, ganha sempre quem der o maior lance e os critérios devem ser analisados no edital.
Concurso
Não se trata de provimento de cargos no setor público, mas sim para destacar talentos no quesito intelectual nos
setores ligados a ciência, tecnologia e a arte.
O Concurso é utilizado para a seleção e premiação de trabalhos de cunho técnico, científ ico ou artístico.
Os critérios dessa licitação devem ser observados no edital e vale ressaltar que nesta modalidade a intenção não é a
compra de bens ou serviços, por isso não é solicitado às f ormalidades es pecíf icas da concorrência.
Pregão
Já esta modalidade de licitação serve a aquisição de bens e de serviços, e são bem comuns.
Ela existe para simplif icar alguns procedimentos já existentes neste segmento desde o ano de 2002.
O Pregão garante mais amplitude aos processos de licitação e admite-se somente o de menor preço. Esta modalidade
se divide em dois tipos:
O pregão presencial, onde após a análise prévia, o pregoeiro def ine a participação da empresa, permitindo assim
durante a sessão pública lances verbais, além da proposta já apresentada e entregue em mãos ao pregoeiro e
apresentada pelo individuo habilitado legalmente a participar da licitação.
O pregão eletrônico segue o mesmo padrão do pregão presencial no quesito análise de documentos, porém, o
licitante vencedor, terá 02 horas após o encerramento do pregão, para envio da documentação, que pode ser f eito por
meio eletrônico (e-mail) ou pessoalmente direto na entidade realizadora da licitação. Lembrando que nesta modalidade
há um tempo hábil de 5 minutos para os lances por meio de um chat.
I - Concorrência: art. 22, §1º; 23, I, c; art. 23 II, c. Lei 8.666/93 -modalidade mais complexa.
✓ O processo é iniciado por Edital;
✓ Pode participar os interessados (é aquele que pode contratar com a administração pública
– prova isso na habilitação); que se habitarem durante o processo – na fase de habilitação;
✓ O processo possui cinco fases - processo administrativo mais amplo e com mais fases:
Para lei de licitações a modalidade que ela gostaria que todas as licitações optassem: concorrência;
mas como é uma modalidade complexa a lei permite que o administrador público possa optar pela
modalidade tomada de preço ou pelo contive - que tem uma complexidade media e complexidade
baixa;
Assim, o administrador público pode fazer tudo por concorrência, mesmo que o valor estimado do
contrato caiba a aplicação de outras modalidades.
Sempre inicia com edital – descrição do objeto, cláusulas do contrato;
• É uma fase crucial – pois após a análise de habilitação a administração pública decide
as empresas que estão ok com a documentação, e passam para a próxima fase – de
julgamento, onde será aberto o segundo envelope das empresas habilitadas.
Mas antes disto, tem o processo interno: (acontece dentro da administração público) – faz estudo
de viabilidade, valor estimado do contrato, planta – procedimento interno para viabilizar o edital.
Última palavra é a autoridade pública maior daquele órgão (prefeito, governador do Estado..) eles
que autorizam, assinam e publicam o edital.
Decisões políticas administrativa com poder dicionário para tomar as decisões. Após isso, quem
assume a licitação é a comissão.
II – Tomada de Preço, art. 22, §2º, Art. 23, I, b e art. 23, II, b. Lei 8.666/93
✓ O processo é iniciado por Edital;
✓ Pode participar os interessados que se cadastrarem de forma antecipada no órgão onde
está ocorrendo a licitação.
✓ Não tem a fase de habilitação dentro do processo.
Não temos dentro do processo de licitação a habilitação – não significa que as empresas não se
habilitam, e sim que a habilitação é externa, não acontece dentro, durante a tramitação do processo.
Habilitação externa – um setor dentro da administração pública faz a habilitação para todas as
empresas que quiserem, independentemente dessa empresa participar ou não do processo de
licitação. Esse setor faz o registro cadastral, listagem, emite certidão de registro cadastral – que
substitui toda a fase interna da licitação.
A comissão cadastra a empresa e emite essa certidão – e irá apresentar um único envelope – que
estará a certidão e a proposta.
1ª - abertura: abre-se o envelope das propostas.
Essas sessões que abrem os envelopes, são públicas.
Comissão atuando: no julgamento e realiza a classificação;
E aplica o critério de julgamento.
2ª - classificação
3ª - Homologação
4ª - Adjudicação
III – Convite, art. 22, §3º, art. 23, I, a e Art. 23, II, a; Lei 8.666/93.
✓ O processo é iniciado por Carta convite;
✓ Pode participar os interessados que se cadastrarem de forma antecipada no órgão onde
está ocorrendo a licitação.
✓ Diferença das duas anteriores: não tem edital – o instrumento convocatório é a chamada
‘’carta convite’’. Ambos são instrumentos convocatórios.
✓ Carta convite – deve ser direcionada para no mínimo três convidados, tanto para as
empresas com registro cadastral, quanto para as empresas não cadastradas (desde que se
cadastrem até o dia tal que antecedem a licitação).
✓ Podem participar do convite empresas não convidadas, mas que se cadastrem e apresentem
suas propostas.
Tipos de comissão:
1. Comissão de licitação;
3. Comissão especial
OUTRAS MODALIDADES:
• Concurso:
▪ Art. 22, IV, §4º e art. 52 da Lei 8.666/93
▪ É modalidade específica para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. Portanto, o
que determina não é o valor estimado.
▪ O vencedor será dado um prêmio ou remuneração.
▪ Os critérios da escolha devem estar no Edital; (sempre a depender do objeto);
▪ Quem escolhe a proposta vencedora é uma Comissão, art. 51,§5º da Lei.
✓ Não confundir a modalidade concurso com o ‘’concurso público’’ (processo de seleção para
escolher pessoas para entrar na administração pública).
Exemplo: concurso para escolha do desenho sobre meio ambiente dos alunos do ensino
fundamental. Pois, o desenho escolhido será a capa dos cadernos das escolas públicas. Todas as
informações devem estar no edital – qual o trabalho artístico, quem pode participar, quais os
critérios de avaliação.
Habilitação é realizada de acordo com os critérios do edital, seria uma espécie de ‘’habilitação
interna’’ – um aceite, para ver se cumpriu os critérios determinados – exemplo: crianças de 7 a 10
anos. Crianças de 14 não serão habilitadas para apresentar o desenho.
Pode compor uma comissão diferente, especial – pode nomear uma comissão ad hoc.
• Leilão:
Art. 22, V, § 5º e art. 53 da Lei 8.666/93
▪ Esta modalidade é utilizada para venda de bens:
1. bens móveis inservíveis para a administração ou
2. produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
3. alienação de bens imóveis prevista no art. 19 - a concorrência também pode ser usada
para vender, em casos muito excepcionais
▪ É o vencedor do leilão aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação
✓ Regra: que a administração pública venda as coisas por leilão; mas a concorrência também
pode ser usada para vender.
Existem bens públicos de uso comum (praça, ruas); bens públicos especiais (destinação especifica
– afetação) com regras especiais de utilização, exemplo: uma pessoa comum não tem acesso a
todos os ambientes da prefeitura.
Leilão – inicia com o edital: descreve detalhadamente os bens que vão ser vendidos; e é obrigado
a colocar um valor mínimo para os lances começarem naquele valor.
Pode vender tudo que é considerado patrimônio, com valor econômico; s
Aula 10/11/2020
• Pregão:
Lei n. 10.520/02 – lei específica para esta modalidade.
▪ Esta modalidade é usada para aquisição de bens e serviços comuns – mas o que é
comum?
▪ Bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
▪ A escolha por esta modalidade é a natureza do objeto.
▪ É o vencedor aquele que oferecer o menor preço.
▪ Uma peculiaridade: a habilitação é realizada somente com relação ao vencedor (inversão
de fases do processo de licitação).
▪ Pode ser presencial ou eletrônico.
✓ Inicia com o Edital, de fácil descrição. Abre espaço para as empresas competirem e
abaixarem o preço;
✓ Só habilita o primeiro classificado; permite que a habilitação seja feita internamente com
apenas uma das empresas;
✓ A lei do pregão pune severamente a empresa que participar do preção, mas não tinha
condição de se habilitar;
FASES: edital; momento da sessão para julgar e classificar as proposta; habilita apenas o vencedor;
homologa e adjudica;
• Regime Diferenciado de Contratação (RDC) - Lei n. 12.462/2011.
Nossos governantes se comprometeram a nível mundial a sediar grandes eventos, como a Copa
do Mundo, Olimpíadas, etc. Surgiu apenas para resolver esses problemas, por ser uma situação
diferente, internacional... mas acabou sendo ampliada posteriormente para essas outras
modalidades e por isso ainda está em vigor e não foi revogada pelo decurso de tempo.
Art. 1º É instituído o Regime Dif erenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às
licitações e contratos necessários à realização:
I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser def inida
pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e
II - da Copa das Conf ederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fif a 2013 e da Copa do
Mundo Fif a 2014, def inidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para def inir,
aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a
realização da Copa do Mundo Fif a 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às
constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
III - de obras de inf raestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da
Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais ref eridos
nos incisos I e II.
IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – f oi ampliada e teve acréscimos
em 2012;
VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e ref orma e administração de
estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;
VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de
inf raestrutura logística; e
✓ 1.edital;
✓ 2.habilitação ou qualificação;
✓ 3.classificação ou julgamento;
✓ 4.homologação;
✓ 5.adjudicação.
1. Edital
• É denominado “lei interna” da licitação, pois deve ser rigorosamente cumprido, sob pena de
nulidade.
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por
esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura
dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta
Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser
examinado e adquirido;
VI - condições para participação na licitação, em conf ormidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e f orma de
apresentação das propostas;
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão f ornecidos
elementos, inf ormações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições pa ra atendimento das
obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conf orme o caso, permitida a f ixação de preços
máximos e vedados a f ixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou f aixas de variação em relação a
preços de ref erência, ressalvado o disposto nos parágraf os 1º e 2º do art. 48;
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação ef etiva do custo de produção, admitida a adoção de
índices específ icos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que
essa proposta se ref erir, até a data do adimplemento de cada parcela;
• Após sua publicação, qualquer modificação no edital exige, conforme determinação contida
no art. 21, § 4º, da lei, divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-
se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não
afetar a formulação das propostas.
2. Habilitação ou qualificação;
✓ Convite e tomada de preço – fase externa, pelo mesmo órgão que está licitando;
• Nas outras modalidades, esta fase pode ser substituída pela entrega de um Certificado de
Registro Cadastral.
Obs. A Adm, Pública deve manter um setor que se chama Registro Cadastral. É o lugar onde as
empresas podem se dirigir para entregar documentos e pedir o cadastro. Esse setor emite um
Certificado que prova que a empresa está apta a contratar, quando o edital admitir a substituição
desta fase pelo Certificado.
• Os licitantes que não satisfizerem aos requisitos de participação serão considerados
inabilitados e receberão de volta e fechado o envelope com a proposta.
3. classificação ou julgamento;
Duas etapas nessa fase:
São eles:
1. Menor preço
2. Melhor técnica
3. Menor preço e melhor técnica
4. Maior ou menor lance, ou oferta.
4. Homologação.
• É a análise de legalidade de todos os atos já realizados. Se há vício sanável – se sana, pede
as providências e depois homologa; se o vício é insanável – se anula; e se estiver tudo certo
– de homologa.
✓ Via de regra é feito pela comissão, e por isso o administrador público deve verificar como
foi feito e se há indícios de fraudes;
5. Adjudicação:
Comissão: responsável pelo andamento do processo a partir do edital; via de regra, no edital que
determina qual será a comissão;
1. Comissão de licitação:
• Atua à partir da Habilitação e vai até a fase de classificação;
• 2. Comissão Registro cadastral – art. 51, §2º - habilitação externa feito no registro cadastral e
emite um certificado; feito por servidores dentro da Administração Pública, mas fora do processo;
• 3. Comissão para concurso – art. 51, §5º - pode ser integrada por não servidores; pessoas de
fora, uma só pessoa, etc – o edital do concurso determina, a depender do objeto;
• Responsabilidade da comissão, art. 51, §3º - as comissões são uma pluralidade de pessoas e
tomam muitas decisões importantes – a responsabilidade dessas 3 pessoas são solidarias, todas
respondem igualmente por tudo. Quando um dos membros não aceitar uma decisão, tem que
se opor formalmente, para não responder solidariamente ;
Nessas duas modalidades, leilão e pregão, a comissão é substituída por uma pessoa. Então, não
tem uma comissão, tem um LEILOEIRO e um PREGOEIRO. Atuam a partir do edital até as
classificações dos lances ou das ofertas.
3. Pregão - pregoeiro:
• Arts. 49 e 50 da Lei
Revogação – acontece quando não há mais interesse público, por um fato superveniente e o
processo de licitação é revogada. Precisa ser muito bem justificado, sob pena de responsabilização
por crime de fraude no processo de licitação e improbidade administrativa.
• Fundamento legal:
➢ Lei Geral: Lei nº 8.666/93; a partir do art. 54.
➢ Lei para Concessão e permissão de serviços públicos: nº 8.987/95
➢ Lei para Parceria Público-Privada: nº 11.079/2004
• Contrato administrativo :
É o ajuste de vontades firmado entre a Administração Pública e terceiros regido por regime jurídico
de direito público e submetido às modificações de interesse público, assegurados os interesses
patrimoniais do contratado (Irene Nohara).
• Características:
❖ formalidade: maior formalismo, como corolário do princípio da publicidade ou transparência
administrativa:
❖ procedimento prévio de licitação;
❖ presença das cláusulas exorbitantes;
• Formalismo dos contratos administrativos:
Exige-se que o contrato e seus aditamentos sejam lavrados, na forma escrita, nas repartições
interessadas, exceto se for relativo a direito real;
• O contrato pode ser substituído , exceto quando para concorrência, tomada de preços e nas
contratações diretas com preços elevados ou médios, por:
❖ carta-contrato;
❖ nota de empenho de despesa;
❖ autorização de compra; ou
❖ ordem de execução de serviço.