Você está na página 1de 47

Agentes e contratações públicas –

6º semestre
Professora Karina

Conteúdo programático:

1. Responsabilidade civil do Estado


2. O panorama constitucional do agente público
3. Licitação
4. Contratos administrativos

PROVAS:
N1- 5 ATIVIDADES (valendo 1 ponto cada – com cinco perguntas
simples) + 1 PROVA (valendo 5 pontos).
N2 – 5 PROVINHAS (valendo 2 pontos cada- com uma pergunta
mais elaborada) do conteúdo parcial da última aula, realizadas na
quinta-feira;
(peso 10 cada uma).
DATA P1 – 06/10.

1º aula – 18/08/2020

1. Responsabilidade civil do estado:


(O Estado se divide em poder judiciário, poder legislativo e poder executivo).

Estado como pessoa jurídica detentora de direitos e obrigações foi criado para ser o garantidor do
patrimônio e integridade física do povo, como possui esse dever, o Estado tem que ser muito mais
responsável do que um particular.

Assim, cada vez que as pessoas que representam o Estado causar algum dano moral ou material
a um terceiro, o Estado é obrigado a indenizar, portanto, o Estado tem responsabilidade civil perante
terceiros (não é responsabilidade política, penal, administrativa, é CIVIL).

Essas regras indenizatórias que seus agentes causaram a terceiros que iremos estudar.

2. Caracterizar os agentes públicos:


Quem são as pessoas que ingressam para trabalhar no estado e como ingressam.
Exemplo: agente público – pode ser os servidores públicos, agentes políticos, empregados
públicos etc. (minuto 17 a 19).
3. Licitação:

Lei própria – 8.666/93

Licitação é um mero instrumento para que o estado realize um contrato, promovendo uma
competição para que administração pública receba diversas proposta, e escolha a melhor. Serve
para indicar com quem a administração pública vai contratar (minuto 26).

OBS: pode ser pessoa física, desde que emita nota fiscal.
Exemplo: a papelaria precisa passar pelo processo de licitação para comprovar que tenha o objeto
e que seja o melhor preço ou melhor técnica.

• carta convite – é uma modalidade de licitação.

4. Contratos administrativos:
É o objetivo da licitação, o fim – autorizar o administrador público a fazer o contrato. Os contratos
já são previamente indicados nos editais.

2º aula – 25/08/2020 – tema: Responsabilidade Civil do Estado. E responsabilidade


extracontratual.
Responsabilidade trazida pelo direito civil, trata-se de uma obrigação pecuniária (pagamentos,
valores por danos causados a alguém).

• Responsabilidade civil contratual - quando o estado causar um dano pelo agente público,
e esse ato for vinculado a uma ação ou omissão que tem origem em um contrato, essa
responsabilidade tem uma regra própria. Ou seja, o dano causado pelo Estado
necessariamente precisa ser oriundo do vínculo contratual.

• Responsabilidade extracontratual – quando o dano causado pelo Estado não tem relação
nenhuma com o vínculo contratual com a vítima. Estado indenizara com base nas regras do
direito administrativo.
Como por exemplo: quando um agente do Estado bate no seu carro, que no caso é o carro da
empresa que você trabalha. E essa empreiteira por coincidência tem um contrato com a prefeitura.
Mesmo tendo esse contrato não torna a obrigação contratual, pois o fato (acidente) não decorreu
do exercício/execução do próprio contrato. Assim, o Estado indenizara pelas regras do direito
administrativo e não pelas regras do contrato.

OBS:
➢ Se você causar o dano ao Estado, como somos particulares responderemos com base no
código civil.
➢ Vale lembrar que o Estado tem uma responsabilidade maior que o particular, já que tem
como competência garantir nossa integridade física e a segurança do nosso patrimônio, é
garantidor, respondendo com mais gravidade.

➢ No direito administrativo, quando o carro do particular e o carro do Estado colidem por


exemplo, onde ambos estão errados e ambos sofreram danos (culpa concorrente). Não se
aplica a ideia de ‘’cada um paga o seu’’, o Estado vai pagar a indenização, mas de uma
forma atenuada, não paga todo o prejuízo. Já que ao Estado é imposto uma
responsabilidade maior.

➢ Não existe responsabilidade civil sem danos.

TUDO QUE ESTUDARMOS DIZ RESPEITO A AÇÕES ESTATAIS QUE NÃO ESTÃO NA
EXECUÇÃO DE UM CONTRATO – EXTRACONTRATUAIS.

1) Ideia central: é a obrigação do Estado de indenizar os danos que seus agentes causarem a
terceiros.
Conceito: a responsabilidade extracontratual do Estado corresponde a obrigação de reparar danos
causados a terceiros em decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou
jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos. (Maria Sylvia Z.)

2) Teoria do órgão: é a pessoa jurídica que responde pelos atos dos seus agentes (princípio da
impessoalidade).
Essa teoria defende que, pouco importa onde está o agente que causou o dano, não é ele que irá
responder. Quem responde pelo dano é sempre a pessoa jurídica a qual ele está submetido. A
pessoa jurídica é o garantidor pelos atos dos seus agentes.
Exemplo: o porteiro da escola que tem como função a segurança e ajudar os carros a
estacionarem, acaba fechando o portão em um carro. Como um agente do Estado, responde como
ato da prefeitura.
Já que o porteiro responde para a diretoria da escola; a diretoria responde para a diretoria regional
de ensino que está submetida a coordenadoria geral de ensino; que responde a secretaria de
educação e essa última, está ligada a prefeitura. São órgãos (departamentos) que compõem a
organização de uma única organização jurídica, que é a prefeitura.
Então a pessoa que sofreu o dano pelo carro amassado, deve achar a pessoa jurídica a qual o
porteiro está vinculado. Pois é ela que será responsável.
Outro exemplo: INSS foi criado como pessoa jurídica autônoma.
3) teoria sobre os tipos de responsabilidades:
RESPONSABILIDADE GERAL e não só do Estado:

3.1. Irresponsabilidade: (absolutismo, na idade média) - não há previsão legal sobre a


responsabilização do Estado, nem entre particulares. Não vigora mais.

3.2. Teoria da responsabilidade subjetiva (teoria da culpa ou teoria civilista):


Essa teoria é usada no dano causado entre particulares (como regra geral do código civil) e
quando o Estado causa dano por omissão.

✓ Requisitos: conduta (ato ou omissão) + dano + nexo causal + culpa ou dolo.

Nessa teoria tem que provar que sofreu o dano e que esse dano foi em decorrência da conduta
daquela pessoa, além de que precisa provar se a pessoa agiu com culpa (negligencia, imprudência,
imperícia) ou dolo. Sendo essa a grande dificuldade de aplicação dessa teoria - precisa produzir
uma infinidade de provas.
Exemplo de dano causado por omissão do Estado: uma árvore descuidada cai sobre meu carro
em via pública, o responsável por cuidar da arvore é o município. Deverá provar que o Estado foi
omisso porque tinha o dever urbanístico de fiscalizar a arvore; provar o dano causado no carro e
que o Estado foi negligencia (caracterizando a culpa).

3.3. Teoria da responsabilidade objetiva (teoria publicista ou da responsabilidade sem culpa):

✓ Requisitos: conduta (ato ou omissão) + dano + nexo causal.


Teoria mais benéfica a quem sofreu o dano, porque não precisa provar a culpa ou dolo do agente.
Mais fácil de fazer com que a pessoa seja responsabilizada.
Dificulta a possibilidade de defesa do causador do dano, sendo gravosa demais. Assim, o
ordenamento jurídico brasileiro decidiu dividir essa teoria da responsabilidade objetiva quando é
aplicada ao Estado. Assim, para aplicar essa teoria contra o Estado, tem que considerar a
subdivisão.

Subdivisão:
3.3.1 a) Teoria do risco administrativo: fundamenta no dever de indenizar na noção do ‘’risco da
atividade administrativa’’.

▪ É a teoria mais usada no Brasil.

▪ É usada no direito administrativo quando o Estado causar um dano por ação.


▪ O ônus da prova de que não há responsabilidade do Estado é dele.

▪ E o Estado pode alegar excludentes.

O Estado assume que é um garantidor, mas essa teoria permite que o Estado alegue três
excludentes:

1º) culpa exclusiva da vítima.

Exemplo: o agente condutor que estava movimentando o metro, freia a tempo, mas acaba
atingindo a vítima que se jogou no trilho e causando danos. Como a vítima se jogou sozinha,
culpa exclusiva dela.

2º) força maior – é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho á vontade das partes,
como uma tempestade, um terremoto ou raio (Maria Sylvia).

OBS: o caso fortuito não é causa de exclusão de responsabilidade – não constitui causa de
excludente do Estado. Ocorre nos casos em que o dano seja decorrente do ato humano ou
de falha da administração.

3º) culpa de terceiro –

Exemplo: mesmo exemplo que no 1º caso, só que ao invés da vítima se jogar sozinha, ela
foi empurrada por terceiro. E mesmo que o motorista do metro tenha atingido ela, não tem
responsabilidade.

Mas nesse caso, está em um ambiente público e o Estado devia garantir a segurança da
vítima, podendo então, alegar OMISSÃO do Estado que não se utilizou de instrumentos para
proteger a integridade física das pessoas (imprudente) e processar por meio da outra teoria,
a teoria SUBJETIVA.

▪ Possíveis defesas do Estado: que o agente não é da prefeitura; ou que não houve
dano; ou que o dano que está lá é antigo e que não foi o agente que causou.

3.3.2 b) teoria do risco integral:


Essa teoria é quase igual a teoria pura (objetiva pura), a sua única diferença é que ela permite uma
excludente – a força maior. Não importa se foi por ação ou omissão estatal. É aplicada nas
seguintes situações:
▪ Dano nuclear;
▪ Atentado terrorista em aeronave
▪ Dano ambiental
Exemplo: construiu uma usina nuclear e teve vazamento, causando dano nuclear, pouco importa
se o vazamento foi causado por omissão ou ação, o Estado respondera de forma OBJETIVA e a
vítima não precisa provar se teve dolo ou culpa.
Caso o vazamento ocorra por causa de um terremoto, deverá analisar se a usina foi construída em
um terreno extremamente estável, seguro e deixar bem caracterizado a imprevisibilidade do
terremoto.

4) Teoria da responsabilidade adotada no Brasil:


4.1. Para danos causados por ação dos agentes do Estado se aplica a:

✓ Teoria de responsabilidade objetiva no risco administrativo


(quem sofreu o dano deverá provar – o ato + nexo causal + dano).
O estado pode se defender alegando as três excludentes (culpa exclusiva da vítima; força maior e
culpa de terceiro); Além de poder alegar que o agente estatal não é agente dele; pode alegar que
não teve dano ou que o dano causado não é passível de reparação; ou que o dano até existe, mas
não foi causado por aquela situação. Fundamento art. 37, §6º, CF.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Explicações para o art. 37, §6º, CF:

1º) Estado:

▪ PODER EXECUTIVO: é composto por pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos.

Por conta de suas atividades, sua função típica de administrar cidades, o negócio público, é o que
mais aparece pelas quantidades de ações que pratica e responsabilidades que tem.

Se subdivide em:

o Administração direta: ESTADO – (5.500 municípios; 26 estados; distrito federal e união).

o Administração indireta: as autarquias e as fundações públicas respondem pelas regras


que estamos estudando; já as empresas públicas e sociedade de economia mista só
responderam por essas regras quando forem prestadoras de serviços públicos.

Autarquias e fundações públicas – ambas são pessoas jurídicas de direito público. Exemplo: INSS
(autarquia pública).
Sociedade de economia mista e empresas públicas – ambas são pessoas jurídicas de direito
privado (respondem pelas regras de direito privado); exceto se exercerem atividade de servi ço
público, responderão como se estado fosse.

Exemplos:

Caixa econômica federal é uma empresa pública – com duas funções (público e privado), presta
serviço público e exerce atividade econômica.

Petrobras – sociedade de economia mista - presta um serviço público exclusivo que é o monopólio
da extração do petróleo; mas também vende e exporta, ou seja, presta serviço privado exercendo
atividade econômica.

Metro – sociedade de economia mista, só presta serviço público.

Escola – serviço de educação, serviço público.

Adm. indireta: Cartórios – são longa manus do estado; terceiro setor - prestadores de serviços
públicos na prestação do serviço público.

OBS:

✓ Para definir a responsabilidade precisamos identificar qual a natureza jurídica delas, se


prestam serviço públicos responderão como se fosse Estado; se elas também prestam
atividade econômica será preciso avaliar se o ato que elas cometeram que causou o dano –
se foi o ato no exercício de um serviço público ou agiu como se fosse empresa?

▪ PODER JUDICIÁRIO: apenas para os atos judicias atípicos.


Exemplo: o servidor do fórum estava levando os processos de uma vara para a outra, com o
carrinho e acabou esbarrando em alguém e machucou. O servidor do fórum não realizou sua função
típica jurisdicional, não se pronunciou no processo; estava praticando um ato administrativo
secundário de logística (de auxílio ao poder judiciário)

Exceção: responsabilização por atos típicos erro judiciário (erro técnico) e prisão além do período
definido na sentença.
Exemplo de erro: o servidor erra o prazo do despacho, impedindo que a parte exercer seu direito
de interpor recurso.
Não é o erro inerente a função jurisdicional – exemplo de erro que não é passível de
responsabilização: digamos que o juiz expediu o mandado de prisão para fulano com base nas
provas que ele tinha até o momento, e a pessoa foi preso. Depois disso descobriu que a pessoa
era inocente e a pessoa foi solta. Não é erro judiciário, capaz de representar reparação de dano.
▪ PODER LEGISLATIVO: apenas para os atos atípicos.
Exemplo: o motorista da câmera dos vereados bate no seu carro, ou seja, não está em sua função
típica criando leis, está numa função administrava de logística e organização. Então responde
normalmente pelas regras que estamos estudando.

OBS:
Maria Silva – fala sobre a possibilidade das pessoas entrarem com ação de indenização contra o
Estado por leis inconstitucionais. Exemplo: uma determinada lei entra no ordenamento jurídico, a
pessoa cumpre ou deixa de cumprir e tem um dano, e logo após a lei é declarado inconstitucional.
Na teoria sim, mas não na pratica, isso é muito complexo e não se vislumbra a possibilidade de
responsabilização.

3º aula – 01/09/2020

Fundamento legal: art. 37, §6º, CF:


‘’as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado
o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. ‘’
✓ Único artigo que fala da responsabilidade civil do Estado.

✓ Assegurado ao estado o direito de regresso nos casos de dolo ou culpa (teoria subjetiva) –
Estado exige do agente um ressarcimento

✓ Teorias gerais do direito como um todo – objetiva (ação) e subjetiva (dolo ou culpa);

2º) Responderão pelo dano:


Danos passiveis de indenização - materiais, morais e estéticos;
A responsabilidade é sempre civil, ou seja, de ordem pecuniária $.

3º) Que seus agentes nessa qualidade:


Não precisa estar em serviço, basta agir como se estivesse, assim a responsabilidade recai sobre
o agente mesmo quando não está no serviço
Agentes públicos de qualquer categoria – todos aqueles que tem vínculo de emprego com o
estado (seja agente político, servidor público, empregado público, etc.). Além do que, vale lembrar
que o particular pode ser considerado agente público para fins de responsabilidades civil, APENAS
para esse fim.
Exemplo: fiscal da vigilância sanitária vai ao mercado fora do serviço, fazer compras, mas vê uma
mercadoria vencida e decide aprender todas as mercadorias e fechar o mercado.
O estado não poderá se eximir de culpa, mesmo que o servidor não estando em serviço, desde
que tenha se portado como tal e cau sado danos, o estado responde.

Teoria do órgão – se o servidor agiu em nome do Estado, o Estado responde – recado para o
Estado que contrate muito bem seus agentes públicos.

4º) causarem a terceiros:


Qualquer pessoa, física ou jurídica, desde que seja aquele que sofreu o prejuízo/dano.

✓ Ação regressiva: (final do §6º)

5º) Assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Quando o estado for responsabilizado pelos atos de seu agente, ele pode acionar o servidor que
causou o dano para que ele ressarça o prejuízo que o Estado pagou, desde que o Estado prove o
dolo ou a culpa.
• Quando o Estado acionar o agente, a teoria utilizada será a subjetiva, ou seja, o Estado terá
que provar a culpa ou o dolo do agente;

• O Estado tem 5 anos (prazo prescricional) para entrar com a ação regressiva;

• Pode impetrar mesmo após o termino do vínculo entre o agente e o Estado.


Então mesmo que a agente peça demissão, ou, seja demitido, terminando o vínculo empregatício,
o Estado ainda poderá entrar com ação de regresso.

✓ Denunciação á lide (art. 125, II, CPC) divergências quanto ao cabimento ou não.
Pela teoria do órgão quem responde é sempre a pessoa jurídica a qual o agente está vinculado (a
prefeitura, governo, união, etc), pois há o entendimento que ele é o garante do agente público.
Quando o Estado for demandado em juízo para reparar os danos causados, o Estado poderia
denunciar a lide o agente causador do dano? há divergências quanto ao cabimento ou não.

Não se aceita a denunciação da lide, especialmente quando se fala em teoria objetiva – o Estado
deve resolver com seu servidor depois e não trazê-lo ao processo junto com a parte. Pois isso
atrasaria o processo e traria discussões diferentes como dolo e culpa entre Estado x servidor.
Argumentos contrários:
(i) São diversos os fundamentos da responsabilidade do Estado e do agente;
(ii) A denunciação á lide retardaria o andamento, porque introduziria outra lide no bojo do processo.
(iii) o dispositivo do CPC refere-se ao garante, o que não inclui o servidor.

Argumentos favoráveis:
(i) defendem que é possível quando a responsabilidade é subjetiva (omissão) – pois o agente já
estando no polo passivo já produziria a prova que não agiu com dolo ou culpa.
(ii) o agente fazendo parte do processo, pode admitir o erro e se dispor a pagar. O que seria bom,
pois o terceiro receberia a indenização na hora, não precisando entrar na fila do precatório.

CURIOSIDADES:
✓ O lado bom de ter o Estado como condenado é a garantia que irá receber;

✓ O lado ruim é não saber quando irá receber, pois irá receber por precatório, ainda que esse
tipo de indenização tenha uma fila especial de precatório.

✓ Na ação proposta com fundamento exclusivo na responsabilidade objetiva do Estado não


cabe a denunciação, porque o autor estaria incluindo novo fundamento não invocado pelo
autor;

✓ Na subjetiva, se a pretensão for deduzida com fundamento na culpa ou dolo do agente,


cabe a denunciação, porque o argumento já foi introduzido pelo próprio autor (já é
argumentado na inicial - dolo ou culpa pelo autor).

✓ Possibilidade de litisconsórcio facultativo entre Estado e agente – é quando aquele que


sofreu dano já trazer ao processo o próprio agente junto ao Estado, é possível apenas na
responsabilidade subjetiva.

✓ Lei nº 8.112/90: afasta a denunciação á lide e o litisconsórcio (art. 122, §2º); mas os tribunais
entende que se falando de responsabilidade subjetiva é possível a denunciação a lide e o
litisconsórcio facultativo.

✓ Ação judicial diretamente contra o agente: ou seja, possibilidade do particular que sofreu
o dano ingressar diretamente contra o servidor – possibilidade rejeitada pelo STF (RE
327.904/SP), embora seja aceita pela doutrina.

✓ Lei nº 4619/65: (normas sobre ação regressiva contra seus agentes federais) - traz normas
especificas para quando a união ingressar com ação regressiva contra seus agentes.
4.2. Responsabilidade adotada no Brasil para danos causados por omissão dos agentes do
Estado:

Teoria adotada: responsabilidade subjetiva


Fundamento legal: entendimento do STF e doutrinária;

Deve provar a omissão, o dano, nexo causal entre dano e a omissão e dolo ou culpa.
Deve provar que a omissão é para fins de responsabilidade civil. Além de ter que provar que o
Estado agiu com culpa ou dolo, sendo imprudente, negligente ou imperito.
Teoria bem difícil de ser provada na pratica.

• Não é qualquer omissão: é a omissão que viola o dever de agir – tinha o dever e o poder
de agir. A dificuldade da teoria diz respeito à possibilidade de agir; tem que se tratar de uma
conduta que seja exigível da Administração e que seja possível. Essa possibilidade só pode
ser examinada diante de cada caso concreto.

• Tem aplicação, no caso, o princípio da reserva do possível, que constitui aplicação do


princípio da razoabilidade: o que seria razoável exigir do Estado para impedir o dano.

Alega a impossibilidade de agir, que não foi acionada a tempo, que não tinha conhecimento, que
não deu tempo de tampar o buraco que foi causado hoje mesmo pela chuva, por exemplo.

5) Observações finais:

• Relação de custódia pelo Estado (preso, estudante e enfermo)


Nesse caso, o estado não pode invocar as excludentes de culpa exclusiva da vítima e culpa de
terceiro. A única excludente é a força maior.
A relação de custódia ocorre nos casos em que o Estado tem a obrigação de zelar pela integridade
física e psicológica da pessoa que está sobre custódia do Estado (liberdade restrita). Assim, quando
quem sofrer o dano pelo Estado estiver sobre o domínio dele, existe uma relação de custódia.
• Pessoas no caso de flagrante; presos; estudantes (criança quando é deixada na escola);
enfermos; situações que a pessoa não tem liberdade para sair.
Exemplo: um preso mata outro preso, ou um preso se suicida, o Estado não pode se eximir, pois
não é caso de força maior.

• A reparação de danos causados a terceiros pode ser feita no âmbito administrativo, desde
que a administração reconheça desde logo sua responsabilidade e haja entendimento entre
as partes quanto ao valor da indenização. Caso contrário, o prejudicado deverá propor ação
de indenização contra a pessoa jurídica que causou o dano.
A ação judicial para reparar o dano - processo administrativo pode concluir a reparação (pode se
resolver pela via administrativa); ou seja, não ocorre reparação apenas pela via judicial.

• Prescrição: de 5 anos (ação de reparação de danos) - para obter indenização dos danos
causados por agente de pessoas jurídicas de direito público e de direito privado
prestadores de serviços públicos (artigo 1º-C da lei nº 9.494/97).

4º aula – 03/09/2020
Realização da 2º atividade em dupla.

5º aula – 08/09/2020 tema: agentes públicos

1. Conceito de agentes públicos: (gênero)

• Pessoas físicas que agem em nome do Estado, com ou sem vínculo empregatício. Além das
pessoas que possuem vinculo de emprego com o Estado, existem pessoas que estão fora
da administração pública (não tem vínculo de emprego com o Estado);
Exemplo: uma pessoa jurídica de direito privado (empresa) tem um contrato de prestação de serviço
com o Estado, assim, o funcionário dessa empresa privada, quando está exercendo o serviço
público e causar dano a terceiro, responde como se fosse agente público.
Essas pessoas que estão fora da administração pública não se torna agente público por estar
exercendo serviço público – mas para fins legais, processuais, penais, serão consideradas agentes
públicos.

Art. 2º da lei 8.429/92 –

Art. 2° Reputa-se agente público, para os ef eitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra f orma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou f unção nas entidades mencionadas
no artigo anterior.

OBS: agentes públicos x servidor público militar – hoje os militares fazem parte do Estado, mas
possuem um regramento próprio, estatuto próprio, justiça própria. E os militares federais que
compõem a união que cuidam da segurança nacional também possuem regime jurídico muito
especifico e justiça própria.
2. Classificação dos agentes públicos:

1) Agentes políticos:
Exercem funções políticas. Fazem parte da alta cúpula do poder executivo + o segundo escalão
(que são as pessoas nomeadas pelos políticos) + as pessoas do poder legislativo.
Atuam durante o perídio de mandato eletivo, ganham esse mandato após participarem do
processo eleitoral e serem declarados eleitos. Além disso, acabam inserindo outras pessoas que
apesar de não terem mandato (não serem eleitas), são para fins legais, consideradas agentes
políticos – o segundo escalão, tendo as mesmas responsabilidades e obrigações, como por
exemplo: o ministro.
Todos os agentes políticos têm seu regime jurídico, as regras inerentes da sua função disposto
na Constituição Federal.

Quem são?
EXECUTIVO: SECUNDO ESCALÃO:
Federal – presidente da república; Ministros de Estado;
Estadual – governador do Estado; Secretários estaduais (saúde, transporte, ambiente);
Municipal – prefeitos;
Distrito Federal – governadores;
Via de regra o segundo escalão (tirando o ministro e o
secretários) entram eleição e recebem um mandato.
LEGISLATIVO:
Federal – deputados federais e senadores;
Estadual – deputados estaduais;
Municipal – vereadores;
Distrito Federal – deputados distritais;

2) Agentes administrativos: - (executivo divido em adm direita ou indireta)

• Servidores públicos (estatutários):


Estão dentro da administração direita – todos aqueles que tem um vínculo de emprego com
administração direta e uma ampliação também com as - autarquias e as fundações.
Ou seja, vinculo de trabalho com as prefeituras, governo do estado, governos federais.
Regime jurídico – seus respectivos estatutos. – Estatutários: cada categoria de servidor tem uma
lei própria, as regras da vida do servidor público têm seu estatuto próprio.
+ de 5.500 estatutos. + 26 leis de cada Estado, e por fim uma lei federal, que rege a vida dos
servidores públicos da união 8.112.
Lei usada como parâmetros para as outras, mas cada estatuto tem autonomia para decidir,
devendo respeitar a Constituição.

• Empregados públicos (celetista):


Vinculo de trabalho com empresas públicas ou sociedade de economia mista, ambas de direito
privado – Petrobras, metro, banco do brasil.
Regime jurídico – CLT. Celetista meio misto, hibrido, pois fazem parte da estrutura do Estado e
prestam serviços públicos. Então precisam de determinados direitos e garantias para exercer o
serviço público.
OBS: é melhor ser empregado público do que servidor público.

• Empregados temporários (celetista):


São os empregados que entram no Estado, pela administração direita ou indireta, trabalham por
um tempo determinado e saem do Estado. Ocorrem nos casos em que o Estado precisa de um
determinado serviço por um certo tempo, terminando a necessidade daquela função, acaba o
emprego e saem do Estado.
Regime jurídico – CLT e a lei 8.745/93 que rege algumas situações.
Exemplo: em época de chuva, aumenta os casos de dengue, devendo se fazer uma fiscalização
na casa da população – precisam de pessoas para ir de casa em casa e verificar se há agua parada,
distribuir panfletos de conscientização etc.

3) Agentes honoríficos:
São as pessoas que recebem uma incumbência do Estado, um chamado de honra - honraria de
ser chamado para exercer uma atividade especifica. Enquanto exerce essa atividade é considerado
agente público, mas não tem vínculo e não recebem remuneração.
Exemplo: jurados no tribunal do júri; pessoas convocadas no período eleitoral – mesário;
Se uma pessoa te ofende enquanto você é mesário ou júri – a pessoa responde como se fosse
agente público, desacato.

4) Agentes delegatários:
São as pessoas que recebem uma autorização para realizar o serviço público, um contrato ou um
ato administrativo. O instrumento jurídico permite que realizem serviço público sem fazerem parte
do Estado. Não tem vínculo de emprego e são remunerados por aqueles que usam o serviço e
não pelo Estado.
Exemplo: leiloeiros oficiais e tradutores públicos.
5) Agentes credenciados
São pessoas designadas por um ato administrativo para representar o Brasil em eventos
internacionais. Atuam internacionalmente em nome do Estado. Essas pessoas durante os eventos
são consideradas agente públicos para fins legais.
Embora não sejam remunerados, todas as despesas em relação aos gastos que as pessoas
tiveram - será sempre bancado pelo Estado.

SOBRE OS AGENTES ADMINISTRATIVO – onde eles estão dentro da estrutura organizacional:

3. Cargos, empregos e função pública:

3.1 Cargos:
Criados por lei, com denominação própria recebem vencimentos. Podem ser efetivos ou
comissionados. Regrado por lei própria – estatuto ou regime jurídico.
• Efetivos - prescindem de concurso públicos, pode conferir estabilidade após 3 anos;

• Comissionados - qualquer pessoa, nomeado pelo agente competente, desde que preencha
os requisitos do cargo) – Ad nutum: livre nomeação e remuneração. Via de regra quando a
lei cria esses cargos, são de: chefia, direção e assessoramento.

✓ Via de regra, administração direta: possui cargos públicos ingressados por servidor
público;

✓ Cargo – sempre ocupado por um servidor público;

✓ Todo cargo é criado por lei;

✓ Todo cargo tem uma função originária inerente ao cargo;

✓ A lei quando cria o cargo define se ele é de confiança ou efetivo; determina a quantidade de
cargos e especificações;

✓ Servidor público recebe vencimentos (diferente de remuneração);


3.2 Emprego público:
Vínculo contratual, regime hibrido (CLT + podendo ter regras de direito público), recebem
remuneração. Pode exigir concurso ou não.

3.3 Função:
Não é um ‘’local’’ ou algo que a pessoa tem como direito, ou seja, não ocupa um lugar na
administração, nem tem um cargo público e nem um emprego público. Apenas adquiriu uma função
pública.
A função pode ser avulsa de cargo. Todo cargo tem uma função, mas pode existir função sem
cargo. São funções ligadas aos cargos ou quando a própria atividade não precisa de cargo.

Se divide em:
• Função de confiança – art. 37, V, CF.
Essa função é especifica atribuída ao um servidor efetivo. Ou seja, além da função originaria do
cargo do servidor, ele recebe outra função que pode ser exercida em razão de uma designação.
Não mudam de cargo, o cargo é o mesmo, apenas recebem um adicional pela função nova.
Vencimentos – cargo originário + adicional de função.

• Função por tempo determinado – os empregados em caráter temporário regulados pela


lei nº 8.745/93.
Pessoa que entra para realizar um serviço público em caráter temporário, não irá ocupar cargo e
nem o emprego, exercendo apenas uma função.

Art. 37, V, CF - as f unções de conf iança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo ef etivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chef ia e assessoramento;

6º aula – 10/09/2020
Realização da terceira atividade – em dupla.
7º aula – 15/09/2020 tema: continuação sobre os agentes administrativos: como eles entram no
cargo, como se tornar um servidor público – provimento; vale também para empregado público com
cargo efetivo.

4. Provimento originário e derivado:


Prover – dar o cargo a alguém. O ingresso dessa pessoa para servidor ou empregado, se chama
provimento originário. E depois que a pessoa já está lá dentro, esse servidor pode ter uma
movimentação dentro da estrutura, cargos/função – derivado.

Como entra: nomeação + posse + exercício e cumprimento das exigências do cargo.

4.1. Originário: nomeação – a administração pública chama o particular (por ter passado no
concurso público ou por livre remuneração e exoneração) para assumir um cargo ou emprego. É
um ato administrativo unilateral – o prefeito e os respectivos secretários que assinam.

✓ Depois da nomeação tem direito de tomar posse dentro do prazo de 30 dias;

✓ Entre nomeação e posse não tem vínculo; tomou posse cria vinculo, contrato de trabalho;

✓ Se não quiser ou não tomar a posse em 30 dias – a nomeação é extinta automaticamente


pelo prazo, porque nunca teve vinculo;

✓ Se for nomeado, tomar posse, mas não entrou em exercício – criou um vínculo, o Estado
precisa te exonerar;

✓ No dia em que começa a exercer as funções é o dia em que se inicia seus direitos
trabalhistas

Após tomar a posse, serão esses os direitos:

4.2: Formas derivadas:


• Promoção;
• Reintegração;
• Recondução;
• Reversão;
• Readaptação, art. 37, §13, CF.

Sendo os 4 últimos direitos exclusivos apenas para os servidores efetivos estáveis.


1. Promoção – é ascensão na carreira, passar para um cargo de nível superior. Desde que a
lei que criou o cargo prevê promoção, caso contrário, sempre ficara no cargo originário.

2. Reintegração – é o reingresso de um servidor cuja a demissão tenha sido invalidade por


sentença judicial ou pela própria administração pública. Se for reintegrada, terá o direito que
seja no mesmo cargo, com as mesmas condições e recebendo retroativos.

Mas se caso todos os cargos já tenham sido preenchidos, será verificado se há alguém que
não tenha estabilidade, e este, será exonerado para que o reintegrado possa retornar. Ou,
colocar o reintegrado em disponibilidade, ou ainda, a recondução (coloca em outro cargo
compatível). Já que não há possibilidade de duas pessoas ocuparem o mesmo cargo.

3. Recondução – ocorre em duas situações: (1º) quando não há mais cargos livres para o
reintegrado é reconduzido para outro cargo compatível com sua função;

(2º) possibilidade de um servidor que saiu do cargo originário e assumiu um outro cargo (por
concurso), mas não conseguiu estabilidade e foi exonerado – recondução nesse caso é só
dentro da mesma estrutura administrativa, ou seja, só não perde o cargo originário se for
dentro da mesma PJ, mesmo empregador; (dentro do mesmo estado, município, união).

4. Reversão – é o retorno do aposentado (inativo) para condição de ativo. Se dá por dois


motivos:
(1º) - obrigatória: ocorre pelo servidor aposentado por invalidez; min 19 – passam por exames
periódicos, e se confirmar que não existe mais a invalidez, ocorrerá a reversão, e voltara a ativa ao
seu cargo anterior; é obrigado a voltar;
(2º) – é facultativa: quando o Estado está precisando de servidor, pode chamar servidores
aposentados. Requisitos: a administração pública que deve pedir para voltar; tem que ter vaga no
último cargo em que ele ocupou; não pode ter se aposentado a mais de cinco anos; e o aposentado
tem que querer voltar (voluntária); o servidor n ão pode ter sido aposentado pela
compulsória/expulsória (quando faz 75 anos é obrigado a sair);

5. Readaptação – é a possibilidade de um servidor que foi acometido por alguma situação de


doença física, mental ou que o incapacite para a função em que foi nomeado, a readaptação
busca realoca-lo em outro cargo ou outra função (desde compatível), onde consiga exercer
a função sem o impedimento.

✓ Diferente da recondução – ambos reconduzem o servidor para outro cargo, porém,


na recondução ocorre quando não há cargo livre; e na readaptação ocorre quando
acontecer um fato que o impeça de exercer sua função, é direito do servidor pedir
para continuar na ativa, em outro cargo.

Exemplo: motorista de ônibus que perde u m braço.

Os agentes administrativos – os servidores públicos, empregados públicos e temporários, sendo


que os três possuem o vínculo de emprego com o Estado.
• Força do vínculo:

❖ Servidor público efetivo – a linha é média de força (pode ser mandado embora, mas
dificilmente acontecera);

❖ Servidor público efetivo com estabilidade – a linha é muito forte; muito difícil quebrar o vínculo
com o Estado. Garante uma segurança de que o servidor só será demitido embora por uma
sentença judicial transita em julgado ou por um processo administrativo.

❖ Servidor público comissionado – a linha é fina, pois a qualquer momento pode ser mandado
embora;

❖ Servidor em caráter temporário – é uma linha tracejada, linha extremamente fraca.

Artigos da aula, CF: 37, I, II, V, IX, §13; art. 39, §3º e art. 40, §13.

8º aula – 18/09/2020 – realização da 4º atividade em dupla.

9º aula – 22/09/2020 – Agentes Públicos – parte II.

1. Concurso Público:

• É uma condição prévia para investidura em cargo efetivo ou emprego efetivo;

• Prazo de validade máximo de 2 anos (definido pela CF), prorrogável por 1 vez por igual
período (no máximo, podendo ser prorrogável por apenas 1 ano, por exemplo), sempre
fixado no edital; - quem define o prazo de validade e da prorrogação é o edital;

• Aprovados em concurso anterior tem preferência aos novos concursados. Posição atual RE
STF 837.311
Quando se fala em concurso para o mesmo cargo, os aprovados no segundo concurso público,
só podem começar a ser chamado, após a nomeação de todos os aprovados no primeiro
concurso.

• Edital: é um ato administrativo típico, que tem a função de fazer o chamado para a seleção
de pessoas ou propostas (de empresas que querem passar por um processo de seleção) e
definir as regras e os requisitos. É a lei interna do concurso; dá início ao concurso público.
Art. 37, II, III, IV, CF:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de


provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira

Colocar no edital que o candidato tem que ser do gênero masculino ou que não pode ser cadeirante,
devido o exercido da função, deve ser bem justificado.

CARGO EFETIVO COM ESTABILIDADE:


2. Estabilidade:

É garantia de permanência no serviço público para os servidores efetivos.

• Garantia para os servidores para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso


público;

• Durante os 3 anos, fica em estágio probatório; durante o período de estágio há avaliações


periódicas;

• Pode se dar após três anos de efetivo de exercício;- (não é obrigatório). Não basta apenas
o decurso de tempo e avaliações periódicas.

• Antes de obter estabilidade, passará por uma avaliação especial de desempenho;

• Durante o estágio probatório pode ser exonerado, sem muitas formalidades, mas há a
necessidade de ampla defesa;
Como visto: pode ser exonerado para dar lugar ao reintegrado;

• A lei 8.112/90 fala em 2 anos de estágio probatório, mas hoje já há consenso que se segue
a CF, portanto 3 anos.

RELEMBRANDO:
✓ Exoneração e demissão: em ambos acontecem o rompimento do vínculo. Demissão
– pressupõem que o rompimento do vínculo é uma punição; e a exoneração – é um
motivo qualquer que fez a administração pública tira-lo, mas não configura punição.
Após o período de 3 anos e de conquistar a estabilidade, ou seja, efetivo com estabilidade:
tendo um vínculo muito forte, quando perderá o cargo?

➢ O ESTÁVEL SÓ PERDERÁ O CARGO:

• Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

• Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa;


Via de regra, quando é demitido por processo administrativo, irá judicializar para tentar reverter a
decisão; onde o juiz verificará todas as informações para averiguar se o processo foi valido (provas,
testemunhas, ampla defesa);
!!! Apenas o processo administrativo é suficiente para demitir o servidor estável.

• Mediante procedimento de avaliação periódica de desemprenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa;
Ao fim dos três anos, passará pela comissão.
Se a comissão entender que o servidor não passou no estágio probatório, será exonerado. Ou
seja, durante os 3 anos passou nas avaliações e não cometeu falta grave, mas no final, não passou
pela comissão, eles entendem que você não é apto para aquela função (não pode ser punido).
✓ Na pratica, estatisticamente, desde 88, não existe nenhum servidor que tenha sido
exonerado por não ter passado na avaliação.
Artigo 41, §1º, CF.

• Lei de Responsabilidade Fiscal, exceder o limite com gastos de pessoal;


O administrador público não pode gastar mais de X% do orçamento com o funcionalismo público,
quando ultrapassar esses gastos, deverá fazer cortes na lista de servidores (sob pena do prefeito
incorrer na lei de improbidade ou sofrer impeachment).
Os cortes começam com os servidores comissionados; depois os servidores efetivos e só depois
disso, poderá cortar os servidores efetivo estável.
✓ Via de regra, sempre os comissionados, por serem de livrem exoneração;

MAIS COMENTÁRIOS SOBRE OS ESTAVÉIS:


✓ Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço;
Se o ocupante do cargo, for estável, será reconduzido; se não for estável, será exonerado.
✓ Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo compatível.
Exemplo: cargo de telegrafista, não existe mais telegrafo atualmente.
Na pratica, a ordem é diferente, o servidor estável que não tem mais o cargo porque a lei extinguiu:
a lei primeiro tentará reconduzi-lo, e como segunda opção, deixará o servidor em disponibilidade.
Já que colocar em disponibilidade é a última coisa que se faz no funcionalismo público;

✓ Como condição para a aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade;
Teoricamente, se a comissão não aprová-lo será exonerado;

Outro atributo do cargo efetivo:

3. Vitaliciedade:
Assegura ao servidor a permanência no cargo, do qual só poderá ser afastado mediante sentença
judicial transita em julgado (não cabendo nenhumas outras hipóteses, como o processo
administrativo).
Quem são as pessoas que detém cargo vitalício? Magistratura, membros do MP; Ministros e
conselheiros dos tribunais de contas; e oficiais militares das forças armadas e da polícia militar e
corpo de bombeiros militar.

✓ Determinados cargos tem a caracteristica de ser vitalicio;

✓ Só pode ser demitido por sentença transitada em julgado: Magistratura (juizes;


desembagador), MP, Ministros dos TC – após dois anos do efetivo exercicio do cargo. Há
uma exceção: os que entram pelo quinto constituicional e os ministro que é imediato.

ATENÇÃO:
✓ Para essas carreiras a estabilidade e, portanto, a vitaliciedade vem com 2 anos. E
também dependem de estágio probatório por dois anos.

✓ A Constituição com a regra do quinto constitucional - determinar que a formação dos


tribunais não ocorre apenas por juízes de carreira, 1/5 e em alguns tribunais 1/3 das
vagas serão reservadas para advogados e promotores de justiça. Quando entrar pela
regra do quinto constitucional a vitaliciedade é IMEDIATA com a nomeação (pois não
entrou por concurso, não tem estágio probatório).
Slide: ‘’exceto os que entram pelo quinto constitucional e ministros que é imediato.’’
Ideia de trazer pessoas de outras carreiras jurídicas para assumir os cargos da magistratura, nos
tribunais. Por isso a CF determina que 1/5 das vagas será da OAB e MP.

✓ Na magistratura (em quase todos os tribunais), a vitaliciedade é tão forte que quando
o desembargador comete uma irregularidade grave que deveria ser demitido, não
acontece, são colocados como inativos, ou seja, é aposentado.

✓ Até aposentadoria compulsória, 70 anos (proporcional) e 75 anos de idade (integral).


APOSENTADORIA COMPULSÓRIA VALE PARA TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS, e não
apenas para os vitalícios. Essa aposentadoria rompe a vitaliciedade.

✓ A estabilidade já é considerada um ‘’plus’’ do cargo efetivo, a vitalicidade seria o ‘’plus do


plus’’.

✓ Não é dada a todos os cargos efetivos estáveis, apenas alguns cargos tem a vitalicidade.

✓ Só há uma forma de rompimento, por decisão judicial.

10º aula – 29/09/2020 - continuação sobre os atributos do cargo efetivo:

4. Remuneração:
Se refere a título de vinculo de trabalho. Lembrando que servidor publico recebe vencimento e
empregado publico recebe remuneção.
Vencimento ou remuneração – parte fixa (remuneração decorrente do cargo, todos que possuem
o mesmo cargo tem os vencimentos iguais na parte fixa); a outra composição de valores pode ser
variavel (depende da vida funcional de cada um, como: adicional de função; funções incorporadas;

Outra forma de receber remuneração, é receber subsídio:


Subsidio – é uma parcela única, então, todos no mesmo cargo, recebem o mesmo valor.
Quem recebe? Chefe dos poderes executivos, agente politicos, ministro do Estado, ministro do
supremo – varios cargos que a constituição federal determina que ao inves de receber remuneração
ou vencimento, recebem subsidio, que tem como teto, o valor de 39 mil.
(***na pratica, é fake new!! q todos recebem o mesmo valor)
5. Teto remuneratório
Essas pessoas não podem receber o acrescimo até o limite do direito, não podendo receber mais
do que o limite que se coloca como teto remuneratório. Então, teoricamente, ninguem pode receber
mais do que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, 39 mil reais.
É o valor maximo que um agente publico pode receber; art. 37, XI:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, f unções e empregos públicos da administração


direta, autárquica e f undacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos E stados, do Distrito
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Pref eito, e nos Estados
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsíd io dos Desembargadores do Tribunal
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal , em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros
do Ministério Público, aos Procuradores e aos Def ensores Públicos;

Existem dois subtetos:


1. Municípios – servidores empregados do municipios. Seja do executivo ou legislativo; o
teto para eles é o subsidio do prefeito.

2. Estados e DF – servidores estaduais. O teto é o subsidio do governador. Tem que


perguntar se está no executivo, legislativo ou judiciario?

Execção: art. 37º, §11º - quando os servidores tiverem gastos, pressupõem indenizações, não
entram no teto.
O ministro do supremo tribunal federal precisa de terno, morar, e por isso recbeem auxilio palito,
auxilio moradia, auxilio creche, auxilio alimentação, etc.

§ 11. Não serão computadas, para ef eito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

6. Proibição de acumulação:

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos , exceto, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com prof issões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo poder público; -com abrangência bem ampla.

OBS: a regra é que o cargo só pode ser ocupado por uma pessoa. Além disso, a CF também
proibe a acumulação de cargos (uma pessoa ocupando dois cargos, ex: ser ao mesmo tempo juiz
e promotor).
Exceto, quando houver compatibilidade de horário observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI, ou seja, quando for possivel acumular cargo, soma os dois vencimentos ou as duas
remunerações e tem que bater no teto; o teto vai bater juntando os dois.
Exemplo: dois cargos de professores; cargo de professor e pesquisador; dois cargos da area da
saude: dois cargos de enfermeiros; de medicos; de fonoaudiólogo.

ARTIGOS: art. 37, II, III, IV, XVII; art. 41, 37, X ao XV, §11 e §12; art. 39, §4º ao §9º.

PROVA EM DUPLA – apenas um postar.


Conteúdo: responsabilidade civil e agentes públicos. São duas aulas de duração.
5 questões – 1 ponto cada.

Aula 01/10/2020 – LICITAÇÃO

1. Fundamento legal: lei 8.666/93, lei 10.520/2002 e lei 12.462/2011.

2. Conceito: É um processo administrativo vinculado destinado á encontrar aquele


que vai contratar com a administração pública;
Licitação – é um instrumento, um meio obrigatório que a administração pública tem que passar para
realizar um contrato.
Regra geral: não existe contrato sem licitação; exemplo: prestação de serviços; vendas; compra
e venda;
Processo administrativo - procedimento; juntada de documentos; fases são totalmente regrada pela
lei, que tenta deixar uma margem de discricionária pequena.
Contratar – contratos comerciais; transferências de obrigações; diferente do concurso público, onde
o ‘’contratar’’ é contrato de trabalho;
3. Objetivo: obtenção da proposta mais vantajosa para a administração pública,
estabelecendo uma competição;
A proposta mais vantajosa não necessariamente é a proposta mais barata (preço é condição
objetiva). Existe outros meios que auferir vantagem, como: técnica; tecnológica; material
diferenciado; tempo;
Concorrência não é sinônimo de competição. Concorrência – modalidade especifica de licitação,
uma forma de competir.

4. Competência para legislar: art. 22, XXVII, CF, competência privativa da união para
legislar sobre ‘’normas’’. Sobre normas especificas, poderá os Estados e Município
legislar.

5. Objeto da licitação: as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras,


alienações, concessões, permissões e locações da administração pública (art. 2º)
Exemplos:
Obras - reformas; ampliações; construir a ponte; fazer uma escola;
Serviço – limpeza, manutenção do jardim, transporte, etc;
Publicidade – publicitário (antigamente era situação personalíssima, contratar um fulano especifico)
Compras – carteira escolar; merenda; giz; computador; carro; lanche; asfalto; tudo que é compra
tem que licitar; material escolar, livros, insumo para hospitais, etc.
Alienações – vendas, todas as vezes que quiser vender algo do seu patrimônio;
Concessões e permissões – Administração pública transferindo ao particular a execução de um
serviço especiais especifico; exemplo: administração de aeroportos, saneamento básico, energia,
conservação de rodovias; Estado dará para UMA empresa.
Locações - espaços para locação de lojas e lanchonetes na rodoviário por exemplo;

Aula – 08/10/2020
Todos os princípios gerais do direito administrativo são aplicados aqui: legalidade, eficiência,
proporcionalidade, moralidade, impessoalidade, razoabilidade, segurança jurídica, autotutela.

6. Princípios específicos:
6.1. Julgamento objetivo – não se pode criar critérios subjetivos, direcionados. A
descrição feita no edital deve enquadrar e garantir o que se licita.
Todas as informações devem ser descritas e clara. Determinando o critério de escolha, como as
propostas serão julgadas, exemplo: ‘’pelo menor valor’’; ‘’melhor técnica’’; ‘’material ecológico’’;
‘’melhor prazo para execução’’; mas nunca será um critério subjetivo.
6.2. Publicidade – O processo de licitação é público, do começo ao fim. Exceto as
propostas até a data da sua abertu ra;
1º - todos os atos administrativos são públicos, portanto, o processo de licitação é público;
2º - alguns atos além de serem públicos (estar à disposição de qualquer um), tem que ser
publicado;
A lei de licitação, além de determinar que alguns atos deverão ser publicados, traz uma exceção
ao princípio da publicidade, as propostas. Entre o primeiro dia da entrega, até o ultimo dia da
entrega, não há publicidade das propostas; o próprio edital vai dizer os dias exatos, onde será
determinada a cessão de abertura dos envelopes (ai será quebrado o sigilo).

6.3. Vinculação ao instrumento convocatório – as regras trazidas pelo Edital devem


ser estritamente observadas e não podem ser alteradas durante o processo de
licitação; e a Carta convite.
O edital tem que descrever exatamente o objeto, sendo uma descrição vinculativa. Caso haja uma
cotação diferente do objeto pedido, pode ser caracterizado fraude (mesmo que seja um produto
melhor e mais barato).

6.4 Competitividade – a licitação deve ser feita de forma a dar maior competitividade
possível entre os participantes.
Ideia que a licitação tenha que dar a maior competitividade possível, não pode amarar proposta,
descrever o objeto que só uma empresa tenha, etc.

6.5 Adjudicação compulsória – o contrato deve ser assinado com a pessoa que venceu
a licitação.
Adjudicar – dar a quem de direito, indicar aquele que vai vencer. Sendo o adjudicado, o primeiro
classificado.

Dia 13/10/2020 – FERIADO.

Aula 15/10 – continuação – licitação parte 1:


7. Obrigação para licitar:

• Todos da administração direta são obrigados a licitar, prefeituras, governos distrital,


todos os Estados e a União.

• Da administração indireta – as autarquias e fundações públicas também são obrigadas a


licitar.

• As empresas públicas e sociedades de economia mista – não seguem a lei 8.666.

• Poder judiciário e o poder legislativo – os três poderes tem função típica e funções atípicas,
e ambos no exercício da função atípica administrativa são obrigados a licitar.
TODOS QUE PRECISAM LICITAR:
7.1– Administração pública e poderes (art. 1º, § único):
Observação: a lei 13.303/16 diz que as SEM e as EP não mais seguem a lei 8.666/93 – salvo
normas penais e critério de desempate.
7.2- Conselhos de Classe (autarquias especiais);
7.3- Consórcio Público (decreto 6.017/07);
7.4- Terceiro Setor (decisão TCU); - órgãos que compõem o terceiro setor recebem dinheiro público
– como: algumas ONG, sesi, senai. Assim, quando na contratação da prestação de serviços ou compras vem
da verba pública recebida, é obrigada a licitar.

7.5- Petrobrás (lei 9.886/93)

8. Formas de contratação direta, sem processo de licitação comum.


Duas hipóteses:
❖ Dispensa (art. 24)
❖ Inexigibilidade (art. 25)
Em ambos os casos, mesmo realizando um contrato de prestação de serviço, o administrador
público vai poder deixar de fazer a licitação, devendo ainda realizar um processo administrativo.
Para poder usar uma dessas duas hipóteses, precisa fundamentar com base no caso concreto.
São situações em que o administrador não precisa fazer o processo de licitação nos moldes
tradicionais, mas isso não quer dizer que a dispensa e a inexigibilidade não tenham processo. Será
aberto um processo de dispensa (sendo um processo muito mais simplificado).

8.1 Dispensa
➢ A administração pública opta (ato discricionário) por não fazer a licitação;

➢ Há a probabilidade de haver competição, mas no caso concreto é importuna e inconveniente;

➢ A dispensa é uma opção; e seus motivos estão dispostos em um rol taxativo, sendo obrigado
a indicar qual o inciso ele está usando para justificar;

➢ Dispensável x Dispensa x Dispensada (art. 17):


Dispensável - administrador público optar por fazer ou não a licitação;
Dispensa – é o processo, ‘’processo de dispensa’’.
Dispensada (art. 17) – são situações que o administrador é obrigado a fazer por dispensa, não é
optativo.
8.2 Inexigibilidade
➢ Condição em que não se licita porque não há competição;

➢ A competição é impossível e inviável; pois o objeto ou prestador de serviço tem característica


de ser único.

➢ Rol dos motivos é exemplificativo;

➢ Via de regra, para comprovar a característica de ser único, existem órgãos certificadores,
órgãos registradores, exemplo: NPI.

Qual é a diferença entre dispensa e inexigibilidade de licitação?

RESPOSTA:

São hipóteses em que o administrador público pod e deixar de f azer a licitação, desde que justif icável,
podendo realizar um contrato direto.

A dispensa é um ato discricionário, onde a administração pública opta por não f azer a licitação (de f orma
motivada). O artigo 24, da lei 8666/93, traz os casos de d ispensa de licitação, ocorre em hipóteses
excepcionais, onde a lei desobriga o administrador de f azer o procedimento licitatório, mesmo nos casos em
que f or possível a competição. Tem rol taxativo dos motivos.

Já na inexigibilidade de licitação, prevista no artigo 25, dessa mesma lei, ocorre nos casos em que o processo
de licitação é totalmente inviável a execução da competição, ou seja, a licitação torna-se impossível porque
não há competição, como nos casos em que há apenas um determinado objeto ou pessoa que atende as
necessidades do serviço para a administração pública. Tem rol exemplif icativo dos motivos, devendo
demonstrar que o objeto é único ou que o serviço é exclusivo.

Dia 20 e 22 – não teve aula (semana jurídica).

Aula dia 27/10 – LICITAÇÃO: modalidades – 1º parte:


É importante encontrar a modalidade correta, pois cada modalidade tem as suas especificidades e
o rito do processo da licitação muda.

✓ Lei n. 8.666/93
1. Concorrência
2. tomada de preço Critério - VALOR ESTIMADO DO CONTRATO
3. Convite
4. Concurso
5. Leilão
✓ Lei n. 10.520/2002
6. Pregão

✓ Lei n. 12.462/11
7. RDC – regime diferenciado de contratação
Modalidade mais recente. Utilizada para grandes eventos e grandes obras, nessas situações
excepcionais, que não são corriqueiras e normais dos agentes políticos. Como: infraestrutura para
as olimpíadas, estádios para a Copa do Mundo.
(Esses grandes eventos antes eram realizados pela modalidade concorrência, mas tinha muita
fraude e corrupção).

❖ OBS: quando não enquadrar em concurso, leilão, pregão e RDC – então será aplicada umas
das três primeiras modalidades.

❖ As três primeiras modalidades são mais comuns, sendo as quatros ultimas mais especificas;

❖ O enquadramento para concorrência, tomada de preço e convite tem um critério: valor


estimado do contrato.

❖ Sempre pode ser escolhida a concorrência; - a lei considera ela a melhor e mais segura
modalidade, por também ter mais critério

❖ Se pelo valor estimado indicar a modalidade tomada de preço ou concorrência não pode
fazer convite; se der tomada de preço não pode fazer convite (mas pode fazer
concorrência);

❖ A lei permite que o administrador opte em aplicar a mais complexa quando cair na mais
simples SEMPRE – mas não pode o inverso. Embora o administrador queira sempre fazer
a mais simples.

❖ A concorrência é mais demorada, no mínimo de 4/5 meses. Sem contar as situações que o
MP interrompe.

❖ Convite, diferente de todas as outras modalidades que são feitas por edital, é direcionado.

Vejamos as três primeiras modalidades:


Art. 22 da Lei 8.666/93 – I) concorrência, II) tomada de preço ; III) Convite:
o A escolha por uma delas é pelo valor estimado do contrato;
o A modalidade mais complexo é a concorrência, mais simples das três é convite.

Art. 23 indica os valores para escolha por uma dessas modalidades; - desatualizado!
DECRETO 9.412/18 – o artigo 23 não está revogado (decreto não revoga lei), mas substitui os
valores. Até porque não é correto ter valores contidos dentro de uma lei, pois com o tempo
obviamente estariam desatualizados.

DECRETO 9.412/18

Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 ,
f icam atualizados nos seguintes termos:

I - para obras e serviços de engenharia:

a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);

b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:

a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);

b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e

c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

Art. 2º Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação.

Brasília, 18 de junho de 2018; 197º da Independência e 130º da República.


RESUMOS DA INTERNET:

1. Concorrência
É uma modalidade ampla, que pode ser utilizada para compras de qualquer valor e não exige
pré-requisito nem procedimento preambular junto ao órgão público. É importante lembrar que
algumas licitações exigem este tipo de modalidade.

É o caso de obras e serviços de engenharia, em contratos de acima de R$ 3.300.000,00 e


licitações gerais, com valor acima de R$ 1.430.000,00. A Concorrência é utilizada ainda em
compras e alienação de bens públicos.

2. Tomada de Preços
A Tomada de Preços existe um cadastro prévio dos participantes que deve apresentar os
documentos solicitados ao órgão público, para avaliação e emissão de certificado.

Esse tipo de modalidade pode ser utilizado para contratos de até R$ 3.300.000,00, no caso de
obras e serviços de engenharia e para os demais casos, no limite de até R$ 1.430.000,00.

3. Convite ou Carta-Convite
É a mais simples de todas as modalidades de licitação, utilizada para compras e contratos de
até R$ 330.000,00 para obras e serviços de engenharia e até R$ 176.000,00 para outras
contratações.

Nela, o licitante é convidado a participar por meio de uma carta-convite, sendo exigida a
participação de pelo menos três concorrentes no certame.

4. Leilão
Está relacionado à venda bens imóveis e inservíveis da administração públicas, podendo ser
realizada também para bens apreendidos ou penhorados judicialmente pelo poder público.
Nesta modalidade, vence o participante que der o maior lance.

5. Concurso
Modalidade utilizada para a selecionar e premiar trabalhos de cunho técnico, científico e até
artístico mediante a instituição de prêmio ou remuneração. Os critérios desta licitação, cujo
objetivo é incentivar atividades ligadas à ciência, arte ou tecnologia, são definidos pelo edital.

6. Pregão
Prevista na Lei nº 10.520 de 2002, esta modalidade é própria para contratação de bens e
serviços comuns independentemente de seu valor para desburocratizar os procedimentos de
licitação já existentes. Nas versões presencial e eletrônica, o pregão não determina limites para
os valores, sendo que a disputa ocorre durante sessão pública. O vencedor é o concorrente
que oferece o menor preço.
Concorrência
Essa é a primeira modalidade de licitação.

Ela é própria para contratos de grande valor, em que se admite a participação de quaisquer interessados, mas que
satisf açam as condições do edital, publicados com antecedência mínima de trinta dias, com ampla publicidade pelo
órgão of icial. Algumas contratações específ icas exigem o uso dessa modalidade.

É utilizada também para compra e venda de bens públicos.

Apesar de permitirem ampla participação, def inem regras bastante exigentes, o que elimina parte dos concorrentes,
deixando assim somente as empresas realmente habilitadas.

Tomada de Preços
Esta modalidade é realizada entre os interessados devidamente cadastrados e que atendem a todas as condições
exigidas para cadastramento, sendo o tempo hábil de três dias antes da data do recebimento das propostas, observada
a qualif icação.

Julgadas as propostas por comissões constituídas por três membros, é da mesma f orma f eita na modalidade de
Concorrência, mas o que a dif erencia é a existência da habilitação com antecedência dos licitantes através dos
documentos de registros cadastrais, de modo que a habilitação se resume na verif icação dos dados constantes dos
certif icados de registro dos licitantes e, se estes possuem a capacidade operativa e f inanceira exigida no edital para a
execução das atividades ou f ornecimento de bens e serviços. Após o cadastro e análise dos documentos apresentados,
é emitido um certif icado.

E este certif icado é que permite a participação de uma empresa nesta modalidade.

Observamos que para esta escolha da modalidade acontece geralmente quando a estimativa da compra ou contratação
de serviços ou bens estiver entre os parâmetros

• Serviços e Obras de Engenharia: Acima de Obra R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00;


• Quando as compras e outros serviços f orem acima de R$ 80.000,00 até R$ 650.000,00.

Convite ou Carta-Convite
Esta modalidade atende os contratos de menor valor. Sendo uma modalidade simples, pode ser utilizada para compras
que precisam ser f eitas com agilidade. Sendo assim, os convites são enviados a três empresas que são convidadas
ao certame com prazo de apresentação de proposta com tempo mínimo estipulado.

Geralmente os valores são de:

• Até R$150 mil para obras e serviços de engenharia;


• Ou até R$80 mil para outras contratações; (Lembrando que nestes casos as empresas MEI e empresas de pequeno
porte, tem a prioridade);

Leilão
Neste caso, esta modalidade de licitação é utilizada para venda e arrematação de bens móveis, quando estes estão,
apreendidos, inservíveis ou penhorados judicialmente, assim como também arrematação de imóveis doados para
realizar pagamentos de dívidas aos órgãos públicos e adquiridos em processos judiciais.

Nesta modalidade, ganha sempre quem der o maior lance e os critérios devem ser analisados no edital.

Concurso
Não se trata de provimento de cargos no setor público, mas sim para destacar talentos no quesito intelectual nos
setores ligados a ciência, tecnologia e a arte.

O Concurso é utilizado para a seleção e premiação de trabalhos de cunho técnico, científ ico ou artístico.
Os critérios dessa licitação devem ser observados no edital e vale ressaltar que nesta modalidade a intenção não é a
compra de bens ou serviços, por isso não é solicitado às f ormalidades es pecíf icas da concorrência.

Pregão
Já esta modalidade de licitação serve a aquisição de bens e de serviços, e são bem comuns.

Ela existe para simplif icar alguns procedimentos já existentes neste segmento desde o ano de 2002.

O Pregão garante mais amplitude aos processos de licitação e admite-se somente o de menor preço. Esta modalidade
se divide em dois tipos:

O pregão presencial, onde após a análise prévia, o pregoeiro def ine a participação da empresa, permitindo assim
durante a sessão pública lances verbais, além da proposta já apresentada e entregue em mãos ao pregoeiro e
apresentada pelo individuo habilitado legalmente a participar da licitação.

O pregão eletrônico segue o mesmo padrão do pregão presencial no quesito análise de documentos, porém, o
licitante vencedor, terá 02 horas após o encerramento do pregão, para envio da documentação, que pode ser f eito por
meio eletrônico (e-mail) ou pessoalmente direto na entidade realizadora da licitação. Lembrando que nesta modalidade
há um tempo hábil de 5 minutos para os lances por meio de um chat.

Atividade 1 p/ N2 – dia 29/10 – individual.

Aula 03/11/2020 – licitação: modalidades 1ª parte:

I - Concorrência: art. 22, §1º; 23, I, c; art. 23 II, c. Lei 8.666/93 -modalidade mais complexa.
✓ O processo é iniciado por Edital;
✓ Pode participar os interessados (é aquele que pode contratar com a administração pública
– prova isso na habilitação); que se habitarem durante o processo – na fase de habilitação;
✓ O processo possui cinco fases - processo administrativo mais amplo e com mais fases:
Para lei de licitações a modalidade que ela gostaria que todas as licitações optassem: concorrência;
mas como é uma modalidade complexa a lei permite que o administrador público possa optar pela
modalidade tomada de preço ou pelo contive - que tem uma complexidade media e complexidade
baixa;
Assim, o administrador público pode fazer tudo por concorrência, mesmo que o valor estimado do
contrato caiba a aplicação de outras modalidades.
Sempre inicia com edital – descrição do objeto, cláusulas do contrato;

1ª – habilitação - abertura: abre-se o envelope da documentação para se habilitar – lista de


documentos que a própria lei exige que a empresa que quer participar da licitação tem que
apresentar (art. 27 da lei) + os documentos constantes do próprio edital.
Entrega esses documentos dentro de um envelope; e em outro envelope en trega a proposta.
• Abertura do primeiro envelope - nesse momento, esse primeiro envelope (habilitação)
com as documentações, será aberto (fase demorava que leva meses);

• É uma fase crucial – pois após a análise de habilitação a administração pública decide
as empresas que estão ok com a documentação, e passam para a próxima fase – de
julgamento, onde será aberto o segundo envelope das empresas habilitadas.

• As empresas não habilitadas podem recorrer dessa decisão e também podem


recorrer das habilitações de outras; além disso, as empresas habilitadas podem
recorrer contra a habilitação de outras.

2ª – fase: abre os envelopes das propostas para o julgamento;


Olhar todas as propostas pelo critério determinado. Existem tipos de licitações (que não se
confunde com modalidades) – tipos é o critério de julgamento que estará no edital: menor preço;
melhor técnica; técnica e preço; maior lance; menor lance e oferta.
Não pode comprar um objeto, ainda que melhor e mais barato, tem que ser o objeto exatamente
descrito no edital.

3ª – classificação – aplicação do julgamento – julgou e classifica em posições (1º, 2º 3º..) todas


as empresas que cotaram o objeto correto e cotaram o valor dentro dos padrões esperados. E
também faz uma lista das empresas desclassificadas.
Aqui aparece um organismo diferente – comissão de licitação – atua desde o edital até a
classificação da proposta.
- chamado de processo de licitação externo.

Mas antes disto, tem o processo interno: (acontece dentro da administração público) – faz estudo
de viabilidade, valor estimado do contrato, planta – procedimento interno para viabilizar o edital.
Última palavra é a autoridade pública maior daquele órgão (prefeito, governador do Estado..) eles
que autorizam, assinam e publicam o edital.
Decisões políticas administrativa com poder dicionário para tomar as decisões. Após isso, quem
assume a licitação é a comissão.

4ª – Homologação – comissão envia o processo para a autoridade pública responsável, momento


em que o administrador público olha para traz e vê tudo que a comissão fez e toma duas atitudes:
1. Homologar – validação, com o objetivo de conseguir responsabilizar ele.

2. Não homologar - quando entender que há problemas, ilegalidades no processo de


licitação, e anular. Podendo, antes, pedir previdência, explicações, pois as vezes as
ilegalidades são sanáveis (juntar documento, refazer, publicar), ou manda repetir as
fases que houver ilegalidades desde que o vício não contamine as fases restantes.
5ª – Adjudicação – certidão dada ao vencedor para dizer que está apto para contratar com a
administração pública (adjudicado).
Pode acontecer que na hora que for chamado para prestar o contrato não tenha mais o bem para
entregar ou o serviço para prestar – sendo caracterizado como uma falta grave - a administração
pública abre processo disciplinar e aplica as sanções cabíveis a ele, com espaço para contraditório
e ampla defesa.
O adjudicado fica liberado da proposta em 30 dias – foi adjudicado, mas a prefeitura não chamou
para assinar contrato e comparecer, passado esse prazo, não é mais obrigado a manter o bem ou
o serviço para a entrega, se desobriga. Não quer dizer que o contrato não possa ser realizado,
pode, mas o proponente não fica mais obrigado a manter a proposta naquelas condições.

II – Tomada de Preço, art. 22, §2º, Art. 23, I, b e art. 23, II, b. Lei 8.666/93
✓ O processo é iniciado por Edital;
✓ Pode participar os interessados que se cadastrarem de forma antecipada no órgão onde
está ocorrendo a licitação.
✓ Não tem a fase de habilitação dentro do processo.

Não temos dentro do processo de licitação a habilitação – não significa que as empresas não se
habilitam, e sim que a habilitação é externa, não acontece dentro, durante a tramitação do processo.
Habilitação externa – um setor dentro da administração pública faz a habilitação para todas as
empresas que quiserem, independentemente dessa empresa participar ou não do processo de
licitação. Esse setor faz o registro cadastral, listagem, emite certidão de registro cadastral – que
substitui toda a fase interna da licitação.
A comissão cadastra a empresa e emite essa certidão – e irá apresentar um único envelope – que
estará a certidão e a proposta.
1ª - abertura: abre-se o envelope das propostas.
Essas sessões que abrem os envelopes, são públicas.
Comissão atuando: no julgamento e realiza a classificação;
E aplica o critério de julgamento.

2ª - classificação
3ª - Homologação
4ª - Adjudicação
III – Convite, art. 22, §3º, art. 23, I, a e Art. 23, II, a; Lei 8.666/93.
✓ O processo é iniciado por Carta convite;
✓ Pode participar os interessados que se cadastrarem de forma antecipada no órgão onde
está ocorrendo a licitação.
✓ Diferença das duas anteriores: não tem edital – o instrumento convocatório é a chamada
‘’carta convite’’. Ambos são instrumentos convocatórios.
✓ Carta convite – deve ser direcionada para no mínimo três convidados, tanto para as
empresas com registro cadastral, quanto para as empresas não cadastradas (desde que se
cadastrem até o dia tal que antecedem a licitação).
✓ Podem participar do convite empresas não convidadas, mas que se cadastrem e apresentem
suas propostas.

1ª - abertura: abre-se o envelope das propostas.


2ª - classificação
3ª - Homologação
4ª - Adjudicação

Tipos de comissão:
1. Comissão de licitação;

2. Comissão que faz o registro cadastral


das empresas;

3. Comissão especial

OUTRAS MODALIDADES:

Vejamos as quatro últimas modalidades:

• Concurso:
▪ Art. 22, IV, §4º e art. 52 da Lei 8.666/93
▪ É modalidade específica para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico. Portanto, o
que determina não é o valor estimado.
▪ O vencedor será dado um prêmio ou remuneração.
▪ Os critérios da escolha devem estar no Edital; (sempre a depender do objeto);
▪ Quem escolhe a proposta vencedora é uma Comissão, art. 51,§5º da Lei.
✓ Não confundir a modalidade concurso com o ‘’concurso público’’ (processo de seleção para
escolher pessoas para entrar na administração pública).

✓ Concurso – processo de seleção de trabalho técnico, cientifico ou artístico – bem especifico;

Exemplo: concurso para escolha do desenho sobre meio ambiente dos alunos do ensino
fundamental. Pois, o desenho escolhido será a capa dos cadernos das escolas públicas. Todas as
informações devem estar no edital – qual o trabalho artístico, quem pode participar, quais os
critérios de avaliação.
Habilitação é realizada de acordo com os critérios do edital, seria uma espécie de ‘’habilitação
interna’’ – um aceite, para ver se cumpriu os critérios determinados – exemplo: crianças de 7 a 10
anos. Crianças de 14 não serão habilitadas para apresentar o desenho.
Pode compor uma comissão diferente, especial – pode nomear uma comissão ad hoc.

• Leilão:
Art. 22, V, § 5º e art. 53 da Lei 8.666/93
▪ Esta modalidade é utilizada para venda de bens:
1. bens móveis inservíveis para a administração ou
2. produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
3. alienação de bens imóveis prevista no art. 19 - a concorrência também pode ser usada
para vender, em casos muito excepcionais
▪ É o vencedor do leilão aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação

✓ Regra: que a administração pública venda as coisas por leilão; mas a concorrência também
pode ser usada para vender.
Existem bens públicos de uso comum (praça, ruas); bens públicos especiais (destinação especifica
– afetação) com regras especiais de utilização, exemplo: uma pessoa comum não tem acesso a
todos os ambientes da prefeitura.
Leilão – inicia com o edital: descreve detalhadamente os bens que vão ser vendidos; e é obrigado
a colocar um valor mínimo para os lances começarem naquele valor.
Pode vender tudo que é considerado patrimônio, com valor econômico; s

Atividade 2 p/ N2 – dia 05/11 – individual.

Aula 10/11/2020
• Pregão:
Lei n. 10.520/02 – lei específica para esta modalidade.
▪ Esta modalidade é usada para aquisição de bens e serviços comuns – mas o que é
comum?
▪ Bens e serviços comuns: aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
▪ A escolha por esta modalidade é a natureza do objeto.
▪ É o vencedor aquele que oferecer o menor preço.
▪ Uma peculiaridade: a habilitação é realizada somente com relação ao vencedor (inversão
de fases do processo de licitação).
▪ Pode ser presencial ou eletrônico.

✓ Hoje o mais utilizado é o sistema eletrônico;

✓ É uma modalidade rápida e simplificada, sendo um benefício para o administrador


público;

✓ Tem lei própria;

✓ Aquisição de bens pode se dar pela modalidade convite, tomada de preço ou


concorrência, mas por cabível o preção, será utilizado, por ser uma das modalidades
mais rápidas por haver uma inversão das fases;

✓ Inicia com o Edital, de fácil descrição. Abre espaço para as empresas competirem e
abaixarem o preço;

✓ Modalidade que favorece a competição;

✓ Pregão não exige habilitação no início – na abertura temos apenas as propostas, o


precuero irá julgar as propostas, os lances e as ofertas. O vencedor será o que oferecer
a melhor oferta;

✓ Só habilita o primeiro classificado; permite que a habilitação seja feita internamente com
apenas uma das empresas;

✓ No fim, temos as duas últimas fases: homologação e adjudicação;

✓ A lei do pregão pune severamente a empresa que participar do preção, mas não tinha
condição de se habilitar;

✓ Sempre a autoridade superior competente que homologa;

FASES: edital; momento da sessão para julgar e classificar as proposta; habilita apenas o vencedor;
homologa e adjudica;
• Regime Diferenciado de Contratação (RDC) - Lei n. 12.462/2011.

Nossos governantes se comprometeram a nível mundial a sediar grandes eventos, como a Copa
do Mundo, Olimpíadas, etc. Surgiu apenas para resolver esses problemas, por ser uma situação
diferente, internacional... mas acabou sendo ampliada posteriormente para essas outras
modalidades e por isso ainda está em vigor e não foi revogada pelo decurso de tempo.

▪ Esta modalidade tem aplicação específica. Art. 1º da Lei.

Art. 1º É instituído o Regime Dif erenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às
licitações e contratos necessários à realização:

I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser def inida
pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

II - da Copa das Conf ederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fif a 2013 e da Copa do
Mundo Fif a 2014, def inidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para def inir,
aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a
realização da Copa do Mundo Fif a 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às
constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

III - de obras de inf raestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da
Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais ref eridos
nos incisos I e II.

IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – f oi ampliada e teve acréscimos
em 2012;

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e ref orma e administração de
estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;

VII - das ações no âmbito da segurança pública;

VIII - das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de
inf raestrutura logística; e

IX - dos contratos a que se ref ere o art. 47-A.

X - das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação

▪ Esta modalidade tem por objetivos:


I - ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes;
II - promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e
benefícios para o setor público;
III - incentivar a inovação tecnológica; e
IV - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para
a administração pública.
▪ O RDC adota, assim como o pregão, a inversão de fases, na qual o julgamento vem antes
da habilitação.

✓ Também temos a inversão das fases;

✓ FASES: edital; proposta (ideia do julgamento); classificação da empresa vencedora;


homologação; adjudicação;

▪ São inovações do RDC as possibilidades de:


1. indicação de marca ou modelo; - diminui significativamente a concorrência;
2. amostra de bem;
3. certificação de qualidade;
4. solicitação de carta de solidariedade;
5. remuneração variável em função da performance; - regra: os contratos públicos estudados
começam com um valor x, e se espera que ao final se mantenha o mesmo valor x; mas as vezes a
depender do objeto ou serviços com insumos, acabam subindo de preço, por isso a lei prevê a
possibilidade de começar com um valor, mas ele ser alterado no final: revisão ou reajuste. E a RCD
permite esse avanço no valor pelo o que a lei chama de ‘’performance’’ (se foi bom, se fez direitinho,
pode pagar mais);
6. contratação simultânea.

Tema - Fases do processo de licitação:

▪ Como regra geral, usamos o procedimento de licitação na modalidade concorrência, que é


o mais complexo, para servir de parâmetro para explicar as fases do processo de licitação.
▪ Assim, o processo de licitação segue a seguinte ordem de fases:

✓ 1.edital;
✓ 2.habilitação ou qualificação;
✓ 3.classificação ou julgamento;
✓ 4.homologação;
✓ 5.adjudicação.
1. Edital

A licitação é inaugurada com o instrumento convocatório: Edital ou convite;


✓ Edital utilizado em todas as modalidades, exceto, na modalidade de carta convite.

✓ Edital – um anuncio a todos; convite – direcionado pelo menos a três convidados;

• O edital serve para fixar as regras da licitação.

• É denominado “lei interna” da licitação, pois deve ser rigorosamente cumprido, sob pena de
nulidade.

• Trata-se de desdobramento do princípio da vinculação ao instrumento convocatório.

• O art. 40 da Lei n. 8666/93 estipula requisitos obrigatórios para o edital,

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por
esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura
dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:

I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;

II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta
Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;

III - sanções para o caso de inadimplemento;

IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;

V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser
examinado e adquirido;

VI - condições para participação na licitação, em conf ormidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e f orma de
apresentação das propostas;

VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;

VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão f ornecidos
elementos, inf ormações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições pa ra atendimento das
obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;

IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações


internacionais;

X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conf orme o caso, permitida a f ixação de preços
máximos e vedados a f ixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou f aixas de variação em relação a
preços de ref erência, ressalvado o disposto nos parágraf os 1º e 2º do art. 48;

XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação ef etiva do custo de produção, admitida a adoção de
índices específ icos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que
essa proposta se ref erir, até a data do adimplemento de cada parcela;
• Após sua publicação, qualquer modificação no edital exige, conforme determinação contida
no art. 21, § 4º, da lei, divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-
se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não
afetar a formulação das propostas.

• Indica a Comissão de licitação.

2. Habilitação ou qualificação;

• É a fase em que as empresas apresentam documentos (art. 27 ao 33 da lei 8.666/93) que


comprovem estarem aptas a contratar com a Adm, Pública.

✓ A depender da modalidade essa fase pode ser interna ou externa;

✓ Concorrência; pregão e RDC – fase interna, dentro do processo;

✓ Convite e tomada de preço – fase externa, pelo mesmo órgão que está licitando;

✓ Concurso e pregão (conferir) – deixa para o edital definir;

• Na modalidade concorrência, essa fase se inicia quando os envelopes com os documentos


exigidos no edital são abertos e examinados.

• Nas outras modalidades, esta fase pode ser substituída pela entrega de um Certificado de
Registro Cadastral.
Obs. A Adm, Pública deve manter um setor que se chama Registro Cadastral. É o lugar onde as
empresas podem se dirigir para entregar documentos e pedir o cadastro. Esse setor emite um
Certificado que prova que a empresa está apta a contratar, quando o edital admitir a substituição
desta fase pelo Certificado.
• Os licitantes que não satisfizerem aos requisitos de participação serão considerados
inabilitados e receberão de volta e fechado o envelope com a proposta.

3. classificação ou julgamento;
Duas etapas nessa fase:

• 1ª É o momento em que se abre os envelopes “proposta” dos concorrentes habilitados e


Serão desclassificadas as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da
licitação – analise do objeto proposto;
• 2ª julgamento das propostas.
Julgamento das propostas leva em conta o tipo de licitação escolhido e as propostas são
ordenadas, da 1ª até última – critério de julgamento;

Obs.: Tipo de licitação não se confunde com modalidade de licitação – É CRITÉRIO DE


JULGAMENTO - e o edital pode optar pelos 4 tipos:
Tipo é a forma como a administração optou (deve constar no edital) pela escolha da proposta.

São eles:
1. Menor preço
2. Melhor técnica
3. Menor preço e melhor técnica
4. Maior ou menor lance, ou oferta.

4. Homologação.
• É a análise de legalidade de todos os atos já realizados. Se há vício sanável – se sana, pede
as providências e depois homologa; se o vício é insanável – se anula; e se estiver tudo certo
– de homologa.

• É a declaração de aprovação do procedimento de licitação realizada pela autoridade


administrativa;
• A homologação indica que não há mais nada a decidir e realizar na licitação.

✓ Momento em que o processo de licitação volta para as mãos do agente público


responsável;

✓ Via de regra é feito pela comissão, e por isso o administrador público deve verificar como
foi feito e se há indícios de fraudes;

5. Adjudicação:

• É atribuir ao vencedor o objeto da licitação. Trata-se do ato final do procedimento licitatório.

• Indica quem está aprovado para contratar com a administração pública.


Aula 12/11/2020 – licitação: outros assuntos:

Comissão: responsável pelo andamento do processo a partir do edital; via de regra, no edital que
determina qual será a comissão;

1. Comissão de licitação:
• Atua à partir da Habilitação e vai até a fase de classificação;

• 1. Comissão permanente e comissão especial (Art. 51 da Lei 8.666/93) – ambas com: 3


servidores, 2 efetivos e 1 comissionado; porém a especial ocorre nos casos em que o objeto é muito
especifico.

• 2. Comissão Registro cadastral – art. 51, §2º - habilitação externa feito no registro cadastral e
emite um certificado; feito por servidores dentro da Administração Pública, mas fora do processo;

• 3. Comissão para concurso – art. 51, §5º - pode ser integrada por não servidores; pessoas de
fora, uma só pessoa, etc – o edital do concurso determina, a depender do objeto;

• Responsabilidade da comissão, art. 51, §3º - as comissões são uma pluralidade de pessoas e
tomam muitas decisões importantes – a responsabilidade dessas 3 pessoas são solidarias, todas
respondem igualmente por tudo. Quando um dos membros não aceitar uma decisão, tem que
se opor formalmente, para não responder solidariamente ;

2. Leilão – leiloeiro oficial ou servidor designado, art. 53 da Lei .

Nessas duas modalidades, leilão e pregão, a comissão é substituída por uma pessoa. Então, não
tem uma comissão, tem um LEILOEIRO e um PREGOEIRO. Atuam a partir do edital até as
classificações dos lances ou das ofertas.

3. Pregão - pregoeiro:

➢ Anulação e Revogação da Licitação:

Anulação – quando o processo de licitação é ilegal, contem alguma ilegalidade; o administrador


público anula pelo princípio da autotutela, a qualquer momento, e não apenas na homologação.
Inclusive de oficio ou por provocação de terceiros).
Também pode ocorrer só de fases no processo, quando as fases anteriores foram bem delimitadas
e não foram prejudicadas pela ilegalidade;
✓ Regra geral: anulação de tudo; mas pode ser parcial quando garantir que as fases anteriores
não forem contaminadas; ou identificar um erro e ser convalidado;
✓ Convalidação dos atos: arrumar o ato (refaz) quando for possível e ratifica tudo que já foi
feito. Exemplo: nos casos de erro na forma, era para publicar por portaria e foi publicado por
decreto, basta republicar na forma correta;

• Arts. 49 e 50 da Lei

• Revogação: por interesse público e só por fatos supervenientes.


• Anulação por ilegalidade (de ofício ou provocação de terceiros)

Revogação – acontece quando não há mais interesse público, por um fato superveniente e o
processo de licitação é revogada. Precisa ser muito bem justificado, sob pena de responsabilização
por crime de fraude no processo de licitação e improbidade administrativa.

AULA 17/11/2020 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS:

• Fundamento legal:
➢ Lei Geral: Lei nº 8.666/93; a partir do art. 54.
➢ Lei para Concessão e permissão de serviços públicos: nº 8.987/95
➢ Lei para Parceria Público-Privada: nº 11.079/2004

• Contrato administrativo :
É o ajuste de vontades firmado entre a Administração Pública e terceiros regido por regime jurídico
de direito público e submetido às modificações de interesse público, assegurados os interesses
patrimoniais do contratado (Irene Nohara).

• Regime jurídico: Direito Púbico, o que assegura a indisponibilidade e a supremacia do


interesse público.

• Características:
❖ formalidade: maior formalismo, como corolário do princípio da publicidade ou transparência
administrativa:
❖ procedimento prévio de licitação;
❖ presença das cláusulas exorbitantes;
• Formalismo dos contratos administrativos:
Exige-se que o contrato e seus aditamentos sejam lavrados, na forma escrita, nas repartições
interessadas, exceto se for relativo a direito real;

• O contrato pode ser substituído , exceto quando para concorrência, tomada de preços e nas
contratações diretas com preços elevados ou médios, por:
❖ carta-contrato;
❖ nota de empenho de despesa;
❖ autorização de compra; ou
❖ ordem de execução de serviço.

• Duração dos Contratos Administrativos:


❖ É vedado contrato com prazo de vigência indeterminado. Os contratos administrativos têm
duração adstrita à vigência dos respectivos créditos, isto é, dos exercícios orçamentário.
❖ O art. 57 da lei, no entanto, contempla quatro exceções, em que a duração do contrato
pode ser maior.

Você também pode gostar