Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado • CF - Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
• Responsabilidade do Estado e dos prestadores de serviço público é objetiva (Conduta + Nexo de
Causalidade + Dano)
• Responsabilidade do agente é subjetiva
• A responsabilidade civil extracontratual do Estado corresponde à obrigação de reparar danos
causados a terceiros em decorrência de comportamentos comissivos ou omissivos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes públicos Teorias da Responsabilidade Civil Estatal • Teoria da Irresponsabilidade Estatal: O Estado não pode ser responsabilizado por suas ações. • “The king can do no wrong”
• Teoria dos atos de império e atos de gestão: O Estado não se
responsabiliza pelos atos de império, mas se responsabiliza por danos originados por um ato de gestão. • Ato de império: Quando o Estado está em posição de superioridade • Ato de gestão: Quando o Estado está em posição de igualdade. Teorias da Responsabilidade Civil Estatal • Teoria da Culpa Civil: Não há diferença entre atos de gestão e atos de império, o Estado responde por atos decorrentes de dolo ou culpa de seus agentes.
• Teoria da Culpa Anônima (culpa por falta de serviço): A vítima não
precisa identificar o agente público, basta demonstrar a ausência/deficiência no serviço. • É a teoria adotada para os casos de omissão estatal. Teorias da Responsabilidade Civil Estatal • Teoria do Risco Integral: O Estado é segurador universal. Ele responde civilmente por todo e qualquer tipo de dano ocorrido em seu território. Não se admite excludente de responsabilidade. • O Brasil adota a teoria do Risco Integral em três hipóteses: • Danos nucleares (Art. 21, XXIII - CF) • Acidente aéreo decorrente de atentado terrorista (Lei 10.744/2003) • Dano ambiental (Há divergência) Teorias da Responsabilidade Civil Estatal • Teoria do Risco Administrativo: o Estado responde objetivamente pelas suas ações e omissões, e a responsabilidade estatal dependerá da demonstração da i) ação ou omissão estatal, ii) dano e iii) nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano. • É a teoria adotada no Brasil. • Admite excludente de responsabilidade: Caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima, ato de terceiro. • Nexo de causalidade: teoria da causa direta e imediata. O dano deve configurar efeito direto e imediato do fato imputado ao agente. Responsabilidade Civil por Danos no Desempenho da Função Pública • Só é possível responsabilizar o Estado por danos causados pelo agente público no exercício da função pública. • Ex: Policial de folga. Teoria da Dupla Garantia • Primeira Garantia: A vítima tem a garantia de demandar contra o Estado com fundamento da responsabilidade civil objetiva. • Segunda Garantia: O agente público tem a garantia de responder somente perante o Estado, regressivamente, com fundamento na responsabilidade civil subjetiva. Responsabilidade civil por atos legislativos • A regra é a irresponsabilidade. • Exceções: • Responsabilidade civil por leis de efeito concreto • Equipara-se a ato administrativo. É cabível a responsabilidade ainda que a Lei seja válida. Princípio da solidariedade. • Responsabilidade civil por leis inconstitucionais • É necessário que a declaração de inconstitucionalidade seja feita pelo STF. • É necessária a demonstração do dano. Responsabilidade civil por atos jurisdicionais • A regra é a irresponsabilidade. Exceções: • 5º - LXXV (CF) - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; • Erro judiciário • Prisão além do tempo fixado em sentença • Dolo ou fraude do Juiz