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Portanto, deve ocorrer por parte do Estado uma conduta causadora de um dano ao
particular e existir nexo causal entre a referida conduta e o dano. Essa responsabilidade é
objetiva na modalidade de risco administrativo (ato lesivo ou injusto causado à vítima pela
Administração). Na responsabilidade Objetiva, independentemente de prova de culpa ou dolo,
deve comprovar a ação, o dano e o nexo causal. Na responsabilidade subjetiva (caso de
omissão), deve-se comprovar a culpa e o dolo. Tal responsabilidade é também conceituada
como culpa administrativa e falta de serviço (agente não fez o que deveria ser feito e causou
um dano).
Se o Estado praticar atos lícitos e mesmo assim causar danos ao particular, com fundamento
no princípio da distribuição igualitária dos ônus e encargos a que estão sujeitos os
administrados, deverá indenizar o administrado.
Pessoas Jurídicas de Direito Público: União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias,
Fundações Públicas de Direito Público;
Atos legislativos: não haverá responsabilidade para o Estado, exceto se houver lei declarada
inconstitucional (ou em controle difuso ou em controle concentrado) causadora de dano ao
particular, por se tratar de atuação indevida por parte do Poder Legislativo.
Atos judiciais: haverá responsabilidade do Estado no caso de erro judiciário conforme
estabelecido no art. 5º, LXXV, da CF:
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
do tempo fixado na sentença.
Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da
Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de detento
Não haverá responsabilidade do Estado quando não for possível demonstrar o nexo causal
entre a conduta do Estado e o dano causado, principais casos:
Culpa exclusiva da vítima: por exemplo quando a vítima deu causa ao evento danoso ao se
atirar sobre as rodas do carro do INSS;
Ato de terceiro: ocorre quando o prejuízo pode ser atribuído à pessoa estranha aos quadros
da Administração Pública, como é o caso de prejuízos decorrentes de atos de multidão. O
Estado só responderá se ficar configurada sua culpa.
Danos nucleares
Dano
Faute du servisse, ou seja, no caso ou serviço não funcionou ou funcionou mal ou atrasado,
por dolo ou culpa por parte do Estado. Se o Estado tivesse atuado e fosse possível atuar, o
dano teria sido evitado (princípio da reserva do possível)
Direito de regresso
O Estado, após pagar indenização para a vítima pelos danos sofridos (responsabilidade
objetiva), poderá, em momento posterior, reaver o que desembolsou e entrar com uma ação
regressiva contra o agente público causador do dano, que agiu com dolo ou culpa, portanto
responsabilidade subjetiva.