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MAPA MENTAL

Direito Penal
Arts. 29, 30 e 31 do CP
Requisitos Punibilidade
Conceito: ocorre quando duas ou mais
pessoas, em conjugação de esforços e Participação de menor
Pluralidade de
comunhão de vontades, reúnem-se para importância
condutas;
a prática de um ou mais delitos.
Art. 29, §1º, do CP
Relevância causal
das condutas;
Cooperação dolosamente
distinta

Concurso de Pessoas
Liame subjetivo;
Art. 29, §2º, do CP
Identidade de
infrações.

Comunicabilidade dos elementares e


circunstâncias do crime
Comunicabilidade
Comunicabilidade Elementares
Circunstâncias objetivas Integram o
Circunstâncias sempre se comunicam, tipo penal.
desde que estejam dentro
do alcance de
Pessoais Objetivas previsibilidade do agente.
As circunstâncias e as condições
de caráter pessoal não se
comunicam, salvo quando
Próprio agente Fato elementares do crime.
Absolutamente Concausa
independente
São aquelas que não têm origem
na conduta do agente.
Há uma quebra do nexo causal. Aliada à conduta do agente, outra Relativamente
São três as espécies de causas causa contribui para o resultado. É
absolutamente independentes: a chamada concausa. independente
São aquelas que tiveram origem
na conduta do agente.
1. Preexistentes Não há uma quebra do nexo causal.
Trata-se de causa que existia antes da São três as espécies de causas
relativamente independentes:
conduta do agente e produz o Art. 13 do CP
resultado independentemente da sua 1. Preexistentes
atuação.
A causa que efetivamente gerou o
Ex: O agente desfere um disparo de arma de resultado já existia ao tempo da
fogo contra a vítima, que, contudo, falece conduta do agente, que concorreu
pouco depois, não em consequência dos para a sua produção.
ferimentos recebidos, mas porque antes
ingerira veneno com a intenção de suicidar.
Relação de Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um golpe
de faca na vítima, que é hemofílica e vem a morrer
em face da conduta, somada à contribuição de seu
2. Concomitantes
São as causas que não têm nenhuma
Causalidade ou peculiar estado fisiológico.

Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido.


relação com a conduta e produzem o
resultado independentemente desta, no
entanto, por coincidência, atuam
exatamente no instante em que a ação é
Nexo Causal No caso, homicídio consumado.
Cuidado: se o agente não sabia do estado de saúde
da vítima ou não lhe era previsível, responderia
por tentativa de homicídio (se agiu com a intenção de
realizada. matar).

Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no 2. Concomitantes


exato momento em que este vem a falecer
exclusivamente por força de um ataque A causa que efetivamente produziu o resultado
cardíaco. surge no exato momento da conduta do agente.
Conceito
Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato
momento da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo
3. Superveniente a falecer, apurando-se que a soma desses fatores
(causas) produziu a morte.
São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que
surgem depois da conduta desenvolvida pelo agente. Relação de causa (conduta) e Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No
efeito (resultado) = nexo de caso, homicídio consumado.
Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno causalidade.
produzir efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que 3. Superveniente
morre exclusivamente queimada pelo fogo.
A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre
depois da conduta praticada pelo agente.
Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima,
há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, com a intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao
o agente responde somente por aquilo que deu causa. Nos hospital e sofre acidente no trajeto, vindo, por esse
exemplos citados, se o dolo era de matar, o agente motivo, a falecer.
responderia por tentativa de homicídio.
Efeitos: o agente responde pelos atos até então
praticados. No caso, tentativa de homicídio.
Art. 155 do CP

Furto
Roubo
Conceito Roubo Roubo
Art. 157 do CP próprio impróprio
Retirar de outrem bem móvel,
sem a sua permissão. Meios violentos
Conceito
Furto noturno Art. 155, § 1° do CP
Retirar de outrem bem móvel, sem a Após a
Furto privilegiado Art. 155, § 2° do CP sua permissão, com o emprego de Antes ou subtração da
grave ameaça ou violência contra a durante a coisa a fim de
Furto qualificado Art. 155, § 4° do CP
execução da
pessoa. assegurar a
subtração. impunidade.

Crimes contra o Aumento de pena

patrimônio Roubo majorado


Art. 157, § 2° do CP

Art. 158 do CP Extorsão


Extorsão qualificada
Dano
A diferença em relação ao roubo
concentra-se no fato de a extorsão exigir
a participação ativa da vítima fazendo
alguma coisa, tolerando que se faça ou Art. 158, §§ 2° e 3°
deixando de fazer algo em virtude da
ameaça ou da violência sofrida. Art. 163 do CP

Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa


Extorsão mediante alheia.
sequestro
Consistente na finalidade de
obtenção, para si ou para outrem, Art. 159 do CP.
de qualquer vantagem como É o dolo. Não há a forma culposa.
condição ou preço de resgate. São formas qualificadas conforme o art. 159,
§ 1° do CP:
a) sequestro por mais de 24 horas;
b) sequestro de menor de 18 ou maior de 60 anos;
c) sequestro praticado por bando ou quadrilha.
Apropriação indébita Estelionato
Art. 168 do CP
Art. 171 do CP
A apropriação indébita propriamente dita ocorre
quando o sujeito realiza ato demonstrativo de que Consiste em induzir ou manter alguém em erro,
inverteu o título da posse, como a venda, doação, mediante o emprego de artifício, ardil, ou qualquer
consumo, penhor, ocultação etc. Na negativa de meio fraudulento, a fim de obter, para si ou para
restituição, o sujeito afirma claramente ao ofendido outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio.
que não devolverá o objeto material.

Crimes contra o
Aumento de pena: patrimônio
a) em depósito necessário;
b) na qualidade de tutor, curador, síndico,
liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
c) em razão de ofício, emprego ou profissão.
Receptação
Escusas absolutórias
Art. 181 a 183 do CP Art. 180 do CP

Imunidade abosluta A receptação é o fato de adquirir,


receber, transportar, conduzir ou
Hipóteses: ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto
de crime, ou influir para que terceiro,
a) Cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte.
b) Ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou
ilegítimo, seja civil ou natural.
Conceito Concurso Material Concurso Formal
Art. 69 do Código Penal; Conceito
Pluralidade de crimes; Art. 70 do Código Penal;
Pluralidade de condutas. Pluralidade de crimes;
Aplicação da pena Unidade de conduta.
Cúmulo material - as penas são Concurso formal perfeito
somadas. Art. 70, 1ª parte, do Código Penal.
Resulta de um único desígnio.
Concurso formal imperfeito

Concurso de crimes Art. 70, 2ª parte, do Código Penal.


Resulta de desígnios autônomos.
Aplicação da pena
Crime continuado Concurso formal perfeito
Aplica-se a pena do crime mais grave
ou, se iguais, somente uma delas, mas
Conceito Espécies e aplicação da pena aumentada, em qualquer caso, de um
Art. 71 do Código Penal; sexto até metade.
Crime continuado comum
Pluralidade de crimes da Art. 71, caput, do CP; Número de crimes Aumento da pena
mesma espécie; 2 crimes 1/6
Aplica-se a pena do crime mais 3 crimes 1/5
Pluralidade de condutas; grave, aumentada de 1/6 até 2/3. 4 crimes 1/4
Conexão: temporal, modal e Número de crimes 5 crimes 1/3
espacial; 2 crimes 6 crimes ou mais 1/2
Unidade de desígnios. 3 crimes
4 crimes
5 crimes
Concurso formal imperfeito
Natureza jurídica
Teoria da ficção jurídica;
6 crimes O critério adotado é o cúmulo material,
7 crimes ou mais devendo ser somadas as penas aplicadas em
Há uma pluralidade de delitos, relação a cada um dos crimes praticados pelo
mas o legislador, por uma ficção, Crime continuado específico
Art. 71, par. único, do CP; agente.
presume que eles constituem um
só crime, apenas para efeito de Aplica-se a pena do crime mais
sanção penal. grave aumentada até o triplo.
Morte do agente
Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a Perdão judicial
morte do agente faz com que o Estado perca o
direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros
qualquer obrigação de natureza penal. O juiz, não obstante comprovada a
prática da infração penal pelo sujeito
culpado, deixa de aplicar a pena em
Anistia, graça ou indulto face de justificadas circunstâncias.
Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e
a competência é do Congresso Nacional (ex: Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP
Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais. É uma decisão declaratória - não gera
Graça: de iniciativa do Presidente da reincidência (Art. 120 do CP e Súmula 18
República e é individual - não apaga os do STJ).
efeitos penais secundários - continua sendo
reincidente se cometer novo crime.
Indulto: de iniciativa do Presidente da
Extinção da Renúncia ou perdão
República e é coletivo - não apaga os
efeitos penais secundários - continua
sendo reincidente se cometer novo
Punibilidade do ofendido
crime (Súmula 631 do STJ). Queixa-crime
Perdão do
Cuidado: crimes hediondos ou Renúncia ofendido
equiparados não possuem direito Decadência, perempção e
a anistia, graça ou indulto.
prescrição Renúncia: É a
abdicação do
Abolitio criminis Decadência: é a perda do direito de ação ofendido ou de seu
do ofendido em face do decurso do representante legal
Lei posterior deixar de considerar tempo. do direito de
determinado fato como sendo promover a ação
criminoso. Perempção: é a perda do direito de penal privada.
Apaga todos os efeitos penais (se demandar o querelado pelo mesmo crime
cometer novo crime não será em face de inércia do querelante, diante
reincidente). do que o Estado perde o jus puniendi - só Perdão do ofendido:
é possível para crimes de ação penal é o ato pelo qual
Não apaga os efeitos civis da prática exclusivamente privada. iniciada a ação penal
delituosa. privada, o ofendido
Prescrição: é a perda do direito de punir ou seu representante
do Estado pelo não exercício em legal desiste de seu
determinado lapso de tempo. Constitui prosseguimento.
causa de extinção da punibilidade (art.
107, IV, do CP).
Erro quanto à pessoa Erro na execução ou
Art. 20, § 3º, do CP aberratio ictus
Consequência jurídica da conduta
Ocorre quando o agente desenvolve Art. 73 do CP do agente: deve-se observar o
conduta voltada a atingir a pessoa disposto no art. 20, § 3º, segundo
pretendida, mas, confundindo-se em relação Aberratio ictus o qual, o agente deve receber
à sua identidade, atinge pessoa diversa. tratamento penal considerando-se
as condições ou qualidades da
por erro nos meios pessoa pretendida.
por acidente
de execução

Atenção: na aberratio ictus com resultado Aplicação da regra do


ATENÇÃO: consideram-se as condições duplo, o agente, além de atingir a vítima concurso formal de
e qualidades da vítima pretendida. pretendida, atinge também pessoa diversa. crimes (art. 70 do CP).

Erro de Tipo Acidental


Resultado diverso do pretendido ou aberratio criminis
Art. 74 do CP
O agente pretendia praticar um crime, mas
acaba praticando crime diverso do pretendido.

Aberratio criminis com unidade simples Aberratio criminis com resultado duplo

O agente quer atingir uma coisa e atinge uma O agente, além de praticar o crime pretendido, também
pessoa. acaba produzindo um resultado diverso do pretendido.
Cuidado: o agente responde pelo resultado Cuidado: aplica-se a regra do concurso formal de crimes
produzido a título de culpa, se o fato é previsto (art. 70 do CP), considerando-se a pena do crime mais grave
como crime culposo. aumentada de um sexto até metade, de acordo com o
número de resultados diversos produzidos.
Aplicação da Pena
Art. 68 do CP

Primeira fase da fixação: 1) Pena privativa de liberdade: CP


adotou o critério trifásico.
Pena-base e circunstâncias jurídicas; Segunda fase da fixação:
Pena-base (art. 59 do CP);
A análise das circunstâncias judiciais Circunstâncias atenuantes e
estão previstas no artigo 59 do Código agravantes; Circunstâncias agravantes e atenuantes.
Penal.
Causas de diminuição e de
aumento. Em regra, as agravantes são de
aplicação obrigatória (art. 61, caput, do
2) Pena de multa: CP adotou o sistema CP).
bifásico (art. 49 do CP).
Importante!

O juiz, nessa fase, está


restrito à cominação legal
da pena, devendo observar
Aplicação da pena e
o mínimo e o máximo da
pena legalmente prevista. reincidência
Cuidado:

Quando uma das circunstâncias


agravantes funciona como elementar ou
Atenção! Terceira fase da fixação: como circunstância qualificadora, não se
aplica a agravante, a fim de evitar o bis in
Com o reconhecimento de Causas de aumento e de idem.
causa de aumento ou de diminuição da pena. Podem
diminuição de pena, o juiz pode estar previstas tanto na Parte Em regra, as atenuantes são de aplicação
aplicar pena acima da máxima Geral do Código Penal quanto obrigatória (art. 65 do CP).
ou inferior à mínima cominada na Parte Especial.
em abstrato.
Cuidado: Súmula nº
231 do STJ.
Reincidência
Art. 63 do CP

Atenção!
Há reincidência somente
quando o novo crime for Se o agente praticar o novo
cometido após a sentença crime exatamente no dia em
condenatória de que não Cuidado:
que transitar em julgado a
cabe mais recurso. sentença penal condenatória
Art. 7º da Lei de Contravenções
Penais (Decreto-lei n° 3.688/1941) e a pelo crime anterior, não incide a
Súmula 636 do STJ. agravante da reincidência!

Aplicação da pena e
reincidência
Eficácia temporal da condenação Crimes que não induzem
anterior para efeito da reincidência reincidência
Art. 64, I, do CP Art. 64, II, do CP

Atenção: o período de prova do livramento Importante: embora não gere reincidência, o


condicional e da suspensão condicional da trânsito em julgado de uma sentença penal
pena será computado para fins de cessar condenatória por crime militar próprio ou
os efeitos da reincidência. crime político gera maus antecedentes.
Estado de Necessidade Legítima Defesa
Art. 24 do CP Art. 25 do CP Atenção!

Requisitos: Agressão injusta


a) agressão injusta; Ação ou omissão humana
b) atual ou iminente;
c) contra direito próprio ou alheio; Legítima defesa
Tem como fundamento um
estado de perigo para certo d) reação com os meios necessários;
interesse jurídico, que somente e) moderação no uso dos meios Ataque instintivo e espontâneo de
necessários; um animal
pode ser resguardado mediante
a lesão de outro. f) elemento subjetivo: consciência de
que está reagindo a injusta agressão. Situação de perigo

Estado de necessidade

Excludentes de Ilicitude

Consentimento do Exercício regular de direito Estrito cumprimento


ofendido do dever legal
Qualquer pessoa pode exercitar um
direito subjetivo ou uma faculdade
Atenção: as infrações penais que geralmente prevista em lei (penal ou extrapenal).
admitem a possibilidade do consentimento do
ofendido, por tutelarem, em regra, bens
disponíveis, envolvem:
O agente que praticar um fato típico
a) crimes contra o patrimônio, praticados em face do cumprimento de um
Exemplo dever observando rigorosamente os
sem violência ou grave ameaça;
limites impostos pela lei, de natureza
b) crimes contra a integridade física; penal ou não.
Particular que realiza a prisão em
c) crimes contra a honra; flagrante, conforme prevê o art.
d) crimes contra a liberdade individual. 301 do CPP.
Aspectos Gerais Abolitio criminis
Art. 2º, caput, do CP
Princípio tempus regit actum “O tempo rege o ato”
Cuidado: além de conduzir à
Regra: a atividade da lei penal se da no período de sua extinção da punibilidade, apaga
vigência. todos os efeitos penais da sentença Novatio legis in mellius
Exceção: a extra-atividade, representada pela retroatividade condenatória, permanecendo, no Art. 2º, p.ú, do CP
da lei mais benéfica e pela ultratividade. entanto, íntegros seus efeitos na
esfera extrapenal.
Atenção!
Ultratividade: se a lei antiga for mais favorável, Novatio legis in pejus Novatio legis incriminadora
prevalecerá ao tempo da vigência da lei nova,
mesmo estando revogada. Incide o princípio da Não retroage para alcançar fatos
Retroatividade da lei mais benéfica: lei mais benigna irretroatividade da lei penal: praticados antes da sua vigência,
prevalece sobre a mais severa. art. 5º, XL, da CF/1988. tendo eficácia, portanto, somente
em relação aos fatos praticados a
partir da sua vigência.

Lei Penal no Tempo Crime permanente e crime


continuado e a lei penal mais
Lei temporária e lei benéfica
excepcional Conflito aparente de normas Atenção! Súm. 711 do STF
Art. 3º do CP
1) Princípio da especialidade: a norma especial
afasta a aplicação da lei geral.
Do tempo do crime 3) Princípio da consunção: atenção!
2) Princípio da subsidiariedade: há relação de
Art. 4º do CP subsidiariedade entre normas quando descrevem Diversamente do princípio da
graus de violação do mesmo bem jurídico, de subsidiariedade, em que a prática de um
forma que a infração definida pela subsidiária, de ato delituoso deve ser enquadrada na
Do lugar do crime menor gravidade que a da principal, é absorvida norma mais grave, o princípio da
por esta. consunção é aplicado para dirimir conflito
Art. 6º do CP aparente de normas decorrente de uma
sequência de fatos delituosos, que,
Expressa isoladamente, constituem crime, mas que,
Extraterritorialidade Pode ser: ao final, devem ser subsumidos a um
único tipo penal.
Art. 7º do CP Tácita
Estupro Consumação: prática do ato de libidinagem.
Art. 213 do CP Tentativa: quando iniciada a execução, o ato
sexual visado não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
Conduta típica Conduta típica
Formas qualificadas: art. 213, §§ 1º e 2º, do CP.
Constranger = impedir a liberdade, forçar ou Prática de conjunção carnal ou de ato
coagir para obter a conjunção carnal. libidinoso diverso contra homens ou
Ato libidinoso = destinado a satisfazer a Violação sexual mulheres, mediante fraude ou outro
lascívia, o apetite sexual do agente. meio que impeça ou dificulte a livre
Conjunção carnal = é a cópula vagínica. mediante fraude manifestação de vontade da vítima.

Sujeito passivo Art. 215 do CP Cuidado: Se a vítima estiver absolutamente


embriagada, absolutamente narcotizada,
Consuma-se o delito com a prática do ato de dormindo, em estados de inconsciência,
Atualmente, o estupro poderá ter como libidinagem.
sujeito passivo homens ou mulheres, quando elevada senilidade, deficiência física que a
constrangidos à prática de atos libidinosos incapacite de resistir etc., teremos estupro
de qualquer natureza. contra vulnerável.

Crimes contra a
Importunação sexual
Dignidade Sexual
Art. 215-A do CP
Estupro de vulnerável
Cuidado: incide o crime de estupro de
vulnerável independentemente do Art. 217-A do CP
Atenção: crime que contém subsidiariedade consentimento da vítima ou do fato de ela
expressa, ou seja, aplicam-se as penas da ter mantido relações sexuais anteriormente
importunação sexual se a conduta não Conduta típica
Conduta típica
ao crime (art. 217-A, § 5º, do CP).
caracteriza crime mais grave.
A consumação ocorrerá com a conjunção 1) Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
Praticar ato libidinoso, carnal ou ato libidinoso diverso da libidinoso com menor de 14 anos;
Conduta típica 2) Com pessoa portadora de enfermidade ou
com o propósito de conjunção carnal.
satisfazer sua lascívia deficiência mental ou incapaz de
ou a de terceiro. Formas qualificadas: art. 217-A, §§ 3º e 4º, discernimento para a prática do ato;
do CP. 3) Ou que, por qualquer outra causa, não
Cuidado: se o agente se masturbar em praça apresenta condições de oferecer resistência.
pública, sem visar a uma pessoa determinada, Ação penal: art. 225 do CP.
estará praticando o crime de ato obsceno (art.
233 do CP). Se o agente não sabia que a
Importante: vítima era menor de 14 anos de
Importante: nos crimes contra a dignidade idade, pode incidir o erro de
A consumação ocorre com a prática do ato sexual, a ação penal será sempre pública
libidinoso. tipo (art. 20, caput, do CP).
incondicionada.

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