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DIREITO PENAL – AULA 05 3.

2) OBJETO JURÍDICO
Professor: João Paulo Interesse ou bem jurídico tutelado pela norma.

DO CRIME Ex.: Furto = Patrimônio

2. SUJEITOS DO CRIME
4. TEORIA DO CRIME
2.1) SUJEITO ATIVO
Pessoa maior de 18 anos e inteiramente capaz de A. FATO TÍPICO
entender que a prática da conduta é criminosa.
• Conduta: Comportamento humano consciente e
Pessoa Jurídica pode ser sujeito ativo de voluntário, dirigido a uma finalidade. (Teoria
alguma infração? Finalista da Ação)
A Constituição de 1988 segue a teoria da
realidade, sendo assim, para ela, a pessoa ➢ Elementos:
jurídica pode sim ser sujeito ativo de delito. A lei a) Movimento voluntário
ambiental (Lei 9605/98) estabelece em definitivo
a responsabilidade penal da pessoa jurídica por
+
b) Exterioriza uma vontade
crime contra o meio ambiente fixando, ainda, que
a responsabilidade da pessoa jurídica não exclui
a das pessoas físicas envolvidas ➢ Causas de exclusão da conduta
▪ Caso fortuito ou força maior;
▪ Estados de inconsciência (Sonambulismo
2.2) SUJEITO PASSIVO e hipnose);
▪ Movimentos reflexos;
Pessoa ou ente (pessoa jurídica) que sofre as ▪ Coação física irresistível.
consequências da infração penal.
CUIDADO!
Mortos e animais podem ser sujeitos Coação física RESISTÍVEL configura atenuante
passivos de algum crime? genérica da pena.

MORTO: Por não ser titular de direito, não A coação moral irresistível exclui a culpabilidade.
pode ser sujeito passivo de um crime. Nesse
caso, as vítimas seriam a família ou a
coletividade. ➢ Espécies de conduta:

ANIMAIS: Não podem ser sujeito passivo. Em ❖ QUANTO A VOLUNTARIEDADE


relação aos crimes contra a fauna, é a
coletividade que figura como vítima. De fato, a) DOLO (Artigo 18º, I, CP)
ela é a titular do interesse de ver preservado ▪ Direto: Quer o resultado (Teoria da
todo o patrimônio ambiental. vontade).
▪ Eventual: O agente assume o risco de
produzir o resultado (Teoria do
Assentimento ou Consentimento)
3. OBJETO

3.1) OBJETO MATERIAL 1º grau: Resultado objetivado pelo


agente.
Pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta DOLO
criminosa. 2º grau: Consequências necessárias
inerentes ao meio de execução
Ex.: Furto = Coisa subtraída escolhido.

OBSERVAÇÃO!
Em alguns crimes o sujeito passivo e o objeto
material se confudem como ocorre no
homicídio - nesse caso o objeto é a vida.
b) CULPA – inconsciente (Artigo 18º, II, CP) c) Que com o comportamento anterior criou o
▪ Conduta voluntária; risco ou resultado.
▪ Causadora de resultado naturalístico e previsível,
embora não previsto pelo agente; • Resultado: Efeitos do crime praticado.
▪ Previsão legal expressa. a) Naturalístico: Modificação do mundo exterior
▪ Violação do dever objetivo de cuidado por: perceptível aos sentidos.
✓ Imperícia: Falta de aptidão técnica para exercício
de arte, profissão ou ofício. Só tem relevância para crimes materiais.
✓ Imprudência: Agir com descuido (Ação).
✓ Negligência: Não fazer o que deveria b) Normativo: Lesão ou perigo de lesão ao bem
(Omissão). jurídico tutelado.

Presente em todos os crimes.

CONSCIENTE • Nexo Causal: Ligação entre conduta e


resultado. É o vínculo entre esses dois
elementos. (Artigo 13º, caput, CP). (Teoria
DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE “Conditio sine qua nom” ou teoria da
equivalência dos antecedentes causais).
1 – Pratica a conduta 1 – Pratica a conduta

2 – Prevê o resultado 2 – Prevê o resultado

3 – Indiferente ao re- 3 – Acredita que evitará


sultado o resultado

OBSERVAÇÃO!
O homicídio cometido na direção de veículo
automotor em virtude de “racha” é doloso (DOLO
EVENTUAL).

❖ QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO

a) Comissivo: Tipo prevê um AGIR, uma ação.


Ex.: Matar alguém

b) Omissivo: Tipo pune o não fazer, a omissão.


Ex.: Omissão de socorro (Artigo 135º, CP)

Omissivo Próprio: há somente a


omissão do dever de agir imposto normativamente.
(Art. 135º, CP)

Omissivo Impróprio: Também é chamado


de “comissivo por omissão”. É aquele em que uma
omissão inicial do agente dá causa a um resultado
posterior, o qual o agente tinha o dever jurídico de
evitá-lo. Por isso, respondem como se tivessem
praticado o crime. (Art. 13º, § 2º, CP)

GARANTIDORES: São indivíduos a quem a


lei atribuiu o dever de agir para evitar o resultado.
a) Quem tinha, por obrigação, o cuidado,
proteção ou vigilância;
b) Que de outra forma assumiu a obrigação de
evitar o resultado
CONDUTA: Ação ou omissão
NEXO CAUSAL: “Conditio sine qua nom”
1. FATO TÍPICO TIPICIDADE: Material ou formal
RESULTADO: Naturalístico, normativo

2. ILICITUDE/ANTIJURIDICIDADE
Estado de necessidade
Legítima defesa
CRIME
Estrito cumprimento do dever legal

Exercício regular de direito

3. CULPABILIDADE
Imputabilidade

Potencial consciência da ilicitude

Exigibilidade de conduta diversa

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