ÉTICA PROFISSIONAL AULA 1

1. Princípios fundamentais que regem atuação do advogado

a) Princípio da confiabilidade
 Confiança reciproca (art.10, CED)

b) Princípio da não mercantilização

 Advocacia não pode ser associada a busca de lucro, venda de imagem e de

serviço. (Art. 1,5 e 7 e art. 34, IV do EOAB)

CED= Código de Ética e disciplina

EOAB= Estatuto da OAB

RGOAB= Regulamento geral da OAB

c) Sigilo Profissional
 Norma de ordem pública (Art. 35 ao 38 do CED)
Funções desempenhadas na OAB

 Abrange:
Conciliador, mediador e árbitro
(informações decorrentes da profissão/confiança)
- Exceto: Justa Causa: Direito a vida
Direito a honra
Defesa própria
SIGILO: NÃO ADMITE NEGOCIAÇÃO

d) Princípio da defesa dos direitos humanos

 Advogado deve defender Estado Democrático de direito, direitos humanos e
direitos fundamentais (art.2º,CED).

e) Princípios defesa a dignidade da pessoa humana

 Não existe causa indigna de defesa
 Proteção a isonomia

2. Atividade Privativa da advocacia

 Ato privativo do advogado: Somente pode ser praticado pelo advogado

regularmente inscrito na OAB, livre de impedimento.

 Atos praticados por quem não pode. É nulo.

- Consequência administrativas, cíveis e criminais

 Exercício irregular da profissão (Art 1º EOAB, 4º RGOAB e 7ºRGOAB)

 Atos privativo- postulação perante órgão do Poder Judiciário e Juizados especiais
(criminal e turma recursal).
  Atividade de assessoria, consultoria, e direção jurídica;

 Diretoria e gerência jurídica qualquer empresa pública

- Privada ou paraestatal.

3. Atos NÃO privativos- postulação JEC 20M/JEF 60 SM

1. Impetração de habeas corpus

2. Postulação a justiça de paz
3. Atos e contratos de Microempresa, EPP
4. Justiça do trabalho (exceto TST)
5. Postulação ação revisional penal
6. Defesa em processo adm. Disciplinar

 A lei n 14039/2020 acrescentou a alínea A ao art. 3º do EOAB

Tal alteração reforçou a tecnicidade e especificidade da atuação do advogado (Serviços
técnicos e singulares), mas exige a comprovação da notória especialização (ler parágrafo
único).

- Riscos do mandato: Art. 9 CED- DUVER de meio de informar ao cliente de modo claro e
inequívoco, acerca dos riscos e consequências da demanda
- Início do mandato: assinatura ou nomeação “ad hoc”
 EXTINÇÃO DO MANDATO
A) Arquivamento

B) Trânsito em julgado – Art. 13, CED

C) Renúncia (art. 6º RGOAB, art. 5º § 3º EOAB e 16 (ED) * quando o advogado

não quer mais trabalhar

1. Ato privativo e unilateral do advogado.

2. Por motivo de foro íntimo.
3. Deve informar ao cliente, preferencialmente, via AR e após, informar ao
juízo.
4. O advogado continua responsável pelo processo pelos dez dias seguintes
a ciência do cliente.
5. Exato: se a parte constituir novo advogado antes de findar o prazo ou se
houver outro patrono constituído.

D) Revogação (art.17 CED 11 CPC) *quando o cliente não quer mais a atuação do
advogado.

1. Ato privativo e unilateral do cliente

2. Exige prévia ciência do patrono
3. Não desobriga o cliente ao pagamento dos honorários pelo serviço
prestado

E) Substabelecimento- sem reserva de poderes *um advogado transfere para

outro o mandato e extingue seu mandato.

1. Encerra a obrigação do substalecente.

2. Exige previa e inequívoca ciência do cliente. (precisa que o cliente
concorde)
 3. O substabelecido deve acertar honorários com o cliente.
4. Art. 26 do EOAB.
5. Ps: existe o substabelecimento com reserva de poderes. Nesse caso, não
extingue o mandato. O advogado substabelecido deve ajustar os
honorários com o substabelecente.
6. Observar a alteração decorrente da lei 14.365/22.

OBS: O mandato não se extingue pelo decurso do tempo, exceto se houver expressamente
prazo de validade.

4. Postulação contra ex- cliente e ex0 empregador

- art.21 CED
- Deve resguardar o sigilo profissional
OBS: Alguns TEDs entendem ser razoável respeitar o prazo de 02 anos
desde o enceramento do vínculo até a atuação contrária
5. Impedimento ético para postulação
- Art. 22 CED
- Não pode o advogado patrocinar causa contrária a moral ou a
validade/legitimidade de ato jurídico em que tinha colaborado ou intervindo
de qualquer maneira

6. Patrono Preposto

-Art. 25 CED

- É vedado ao advogado atuar SIMULTANEAMENTE como advogado e

preposto

7. Estagiário

-Art. 3ºn, §2º e 9º EOAB e Art 29 e 30 RGOAB

-Aluno cursando os 2 últimos anos do curso. (Pode ser bacharel)

-Deve ser regularmente inscrito na OAB (Requisitos art.9º EDAB)

- O estagiário pode praticar todos os atos desde que sob a supervisão e

responsabilidade do advogado.

a) Retirar e devolver autos em cartório;

b) Obter certidões de peças ou autos de processo;

c) Assinar petição de juntada

d) Praticar atos extrajudiciais (desde que autorizado pelo advogado).

DIREITO DO ADVOGADO
Inciso 2- exceção §6 e exceção da exceção §Liberdade na atuação é essencial
para a advocacia.

Inciso 3-

Decorreu do exercício profissional; precisa do representante da OAB

Mesmo que o advogado queira se defender

No caso da prisão em flagreante em decorrência do exercício profissional esta somente poderá
acontecer nos casos de crime inafiançável

60 dias para analisar se vai ou não realizar o desagravo ou se o ato foi particular

15 dias para a parte responder (dispensável)

30 dias para executar/realizar a seção de desagravo público (regra de competência sexonal)

Exceção competência

Quando o desagravo for a favor do presidente do CF ou de presidente do CS.

§20