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ÉTICA PROFISSIONAL

I. Requisitos para que se possa tornar advogado (art. 8º, EOAB)

O primeiro requisito é a capacidade, ou seja, deve ser uma pessoa totalmente capaz, além
de necessitar de diploma e certidão de graduação em direito. Deve estar em dia com suas
obrigações eleitorais (homens e mulheres) e militares (apenas homens), porém esse
requisito se aplica apenas para Brasileiros.

Sobre o estrangeiro, ele pode sim atuar como advogado no Brasil, porém terá que revalidar
seu diploma e passar no exame da ordem, mas se for prestar consultoria jurídica sobre as
leis e questões judiciais de seu país pode assim fazer livremente.

Existe uma distinção entre os portugueses e os demais estrangeiros, segundo o art. 5º da


CF, a relação entre Portugal e Brasil deve ser recíproca, se um advogado brasileiro pode
advogar em Portugal, logo um português poderá atuar como advogado no país. Sendo um
advogado brasileiro, não há necessidade de que este passe no exame da ordem em
Portugal, e o mesmo se aplicam aos portugueses advogados no Brasil.

Quanto à regulamentação do exame Ordem, compete ao Conselho federal da OAB por


meio de provimentos, mas a aplicação do exame cabe à seccional, mas existe uma exceção
administrativa chamada de avocação de competência, no qual o Conselho Federal da OAB
pode transferir a competência de aplicação do exame de ordem para ela, tirando essa
competência da seccional, justamente por ser superior a esta.

Há a obrigatoriedade de que toda seccional tenha ao menos três comissões, sendo elas a
comissão de estágio e exame de ordem, comissão de direitos humanos e a comissão de
finanças e orçamentos.

Outro requisito necessário para ser advogado é ser uma pessoa idônea. O que pode ser
questionado por qualquer pessoa, inclusive de ofício pela OAB e caso exista o quorum de
2/3 dos membros do tribunal de ética, caso ainda seja estudante, você não entrará para a
Ordem e caso já seja advogado, será retirado do quadro de advogados da OAB.

Não se pode exercer uma atividade incompatível com a advocacia, sendo extremamente
proibido pela OAB que isto ocorra.
Para se tornar advogado precisa participar de ato solene, no qual o futuro advogado jure
solenemente ser o melhor advogado possível, mas caso ainda não ocorra a solenidade ele
ainda não será considerado advogado justamente por não ter prestado compromisso. Este
ato solene é personalíssimo, só pode ser feito unicamente e exclusivamente pelo futuro
advogado, não sendo aceito a realização deste ato por procuração.

Tipos de inscrição do advogado:

a. Inscrição principal: Ocorre no local em que mais atua o advogado e caso não atue ainda
pode ser o local de domicílio, mas não se pode confundir um com o outro, visto que eu
posso ter como domicílio uma cidade, residir nela, mas atuar em outra. A cidade em que se
mais atua como advogado é chamado de domicílio profissional.

b. Inscrição suplementar: A inscrição suplementar se torna obrigatória quando o advogado


atua em mais de 5 processos administrativos (não atos) dentro de uma seccional que não
seja seu domicílio profissional ou que este atue ou abra uma filial dentro de uma seccional
alheia ao domicílio profissional.

c. Inscrição por transferência: Ocorre quando mudamos a nossa inscrição principal para
outro domicílio profissional, mudando o local de atuação.

II. Atos privativos de advogado (art. 1º, EOAB)

a) O artigo primeiro elucida sobre a capacidade de postular em “qualquer” órgão do


poder judiciário e juizados especiais, porém a ADI 1127-8 do STF entendeu como
inconstitucional a expressão “qualquer”, já que existe a possibilidade de que, por exemplo,
seja impetrada o Habeas Corpus sem a necessidade de advogado, ou em juizados especiais
em que o valor da ação não ultrapasse os 20 salários mínimos (vale apenas em relação à
primeira instância); em acordo em execução de alimentos e O jus postulandi no Tribunal
de Regional do Trabalho, podendo tanto empregador, quanto empregado, ingressar com
ação sem a necessidade de advogado, mas ressalvo que caso seja necessário Mandado de
Segurança e ação rescisória, já que é de competência originária do TRT, sendo levado
recurso ordinário ao TST; e por fim ações cautelares.

b) A consultoria jurídica, assessoria jurídica e cargos de direção jurídicos competem


privativamente ao advogado, sendo claro que consultoria jurídica se trata de tirar uma
dúvida em relação a algo de cunho jurídico e assessoria ultrapassa a mera resposta da
dúvida se tornando algo habitual do advogado ingressar em processos, havendo
participação das resoluções jurídicas. Essas consultorias jurídicas podem ser por escrito ou
meramente verbais, não exigindo a obrigatoriedade de celebração de contrato com
honorários, mandato ou procuração.
c) A Oposição de visto que seja levado a registro em junta comercial, salvo seja uma
micro-empresa ou pequena empresa, nesses casos não se obriga o visto. (a oposição de
visto em junta comercial acontece quando a empresa recebe uma negação por parte da
junta comercial e para que ocorra uma oposição a essa negativa o advogado tem que
assinar essa oposição). Deve se observar que existe alguns advogados que não podem opor
um visto em uma junta comercial, sendo eles: Os advogados que atuam na administração
pública não podem opor visto em QUALQUER junta comercial para não beneficiar seu
cliente se aproveitando de cargo público para realizar o agenciamento do cliente. Também
entra nessa lista advogado que trabalha em junta comercial do DF que são proibidos de
opor assinatura em contratos levados a registro na junta do DF.

Tratando-se do artigo 2º; §2º e art. 2º-A da mesma lei, há explicitado de que o advogado
deve atuar para contribuir com decisão favorável ao seu cliente, seja em instância
administrativa ou judiciária. O advogado deve participar de todo o processo legislativo
para que não haja a publicação de leis absurdas, seja por parte do senado federal,
assembléia estadual ou câmara dos vereadores, porque o advogado conhece a técnica da
profissão.

Art. 3º-A nos revela que os serviços de advogado são singulares, técnicos e de notória
especialização, desde que devidamente comprovada. E isso que dizer que existe uma
singularidade quanto ao serviço quando o advogado possui artigos, livros, processos
específicos sobre o assunto, o que comprova sua técnica, singularidade e especialização.
Podendo ser contratado pelo poder público sem inexigibilidade de licitação, mas precisa
ser comprovado.

III. Diferenças entre licença e cancelamento da inscrição do advogado (Art. 11 e 12).

(Art. 11): Quando ocorre o cancelamento da inscrição o advogado é excluído do quadro


de advogados da OAB, existindo a possibilidade de nova reabilitação quando devidamente
condicionado, mas quando isso ocorre o advogado irá adquirir novo número de inscrição.

Os casos em que ocorre cancelamento: requerimento (não precisa de justificativa),


incompatibilidade definitiva (art. 28); exclusão do quadro (pelo quorum de 2/3 dos
membros do tribunal e caso tenha, 1- falsificado prova, 2- seja considerado inidôneo, 3-
cometido crime infame, 4- participe de colaboração premiada contra seu cliente);
falecimento, perda dos requisitos do artigo 8º do EOAB, como a perda da capacidade civil
por doença mental incurável.
(art. 12): A licença diferentemente do cancelamento, apenas deixa o advogado de licença
por um tempo determinado e depois permite que este volte para suas atribuições. Esse caso
ocorre a requerimento do advogado; quando a profissão temporária for incompatível e
quando estiver sob doença mental curável, sendo um exemplo a depressão.

(Art. 7º-A):

GESTANTE LACTANTEDADO À LUZ ADOTADO


Não ser submetida
a raios-X e detector SIM NÃO NÃO NÃO
de metais
Vaga prioritária SIM NÃO NÃO NÃO
Creche NÃO SIM SIM SIM
Prioridade nas
audiências e SIM SIM SIM SIM
sustentações orais
Suspensão
de 30 dias nos
prazos processuais
(deve ser a única NÃO NÃO SIM SIM
advogada no
processo e deve notificar
seu cliente)

IV. Incompatibilidade

São incompatíveis chefes do poder executivo, como presidente, governador e prefeito,


bem como todos aqueles de forma direta ou indireta trabalhem para o poder público em
questões judiciais como juízes (exceto os eleitorais e seus suplentes), militares, policiais,
cartório, cargo que faça lançamento, fiscalização e arrecadação de tributos paraestatais,
membros da mesa legislativa como presidente, vice, 1º, 2º,3º,4º secretário do legislativo e
(tendo estes incompatibilidade provisória, então, quando se tem mandato, é uma
incompatibilidade provisória) entre outros.

Quando temos um cargo superior, o mais alto, essa com certeza não poderá advogar,
quando o cargo é de nível médio como deputados, senadores, etc. esses podem advogar,
mas não contra o órgão que o remunera, sendo para tanto meramente impedidos, já que
existe uma única interdição: não advogar contra o órgão que o remunera.

No que se trata o procurador geral, o defensor geral e o advogado geral, seguindo a regra,
o procurador geral advoga para a união, o defensor e o advogado são meramente
impedidos, enquanto o cargo maior, o procurador geral é compatível sim e advogar, só que
é impedido, assim como os outros, já que este deve se ater apenas ao seu único cliente: A
união.

Quando se tem um cargo com função de mando como reitores de faculdade federal, estes
são impedidos provisoriamente, enquanto advogados, coordenadores e diretores são livre
para advogar e podem também se opor judicialmente ao órgão que os remunera.

O policial e o militar (ativos) são incompatíveis, porém, segundo o §3º do art. 28, eles
podem advogar contanto que eles advoguem em causa própria, pagando anuidade e
impedido de advogarem para terceiros, bem como estagiarem fora do NPJ.

V. Infrações e penalidades aplicadas aos advogados

A censura é uma punição mais leve, ela cabe aos casos em que não há especificação em
nenhuma das outras duas (suspensão e exclusão) e nos casos previstos em lei, caso surja
um novo caso, ela também será aplicada.

A censura não será publicada por permitir que o censurado advogue normalmente, ficando
apenas no prontuário profissional do advogado. Existe também atenuantes, como ser
primário, for funcionário ou ter cargo na OAB, atuar em uma causa pública relevante, ou
que a infração seja cometida durante a defesa das prerrogativas da OAB. Nesses casos
citados de atenuantes, se houve UMA ou mais delas, a censura poderá passar para uma
advertência, não se configurando assim em uma penalidade.

Caso haja agravante a censura virá com uma multa, caso o advogado seja reincidente,
tendo duas censuras, então ele levará uma suspensão. Supondo que ele leve uma suspensão
de 6 meses, ele deverá esperar a suspensão passar e contar, a partir do dia que foi
estabelecida a censura, um ano. Sendo assim, esperará um ano e seis meses para se
reabilitar e poder advogar novamente.

A suspensão é uma falta grave, tendo por efeito suspender a atuação do advogado entre 30
dias a 12 meses, sendo próximo a seis meses quando há uma atenuante e próximo a 12
meses quando existe uma agravante. Quando existe uma suspensão, justamente por
impedir que o advogado exerça sua função, ela será publicada, para que ninguém contrate
advogado que esteja suspenso e caso o advogado impedido de exercer sua profissão estiver
dentro de algum novo processo ou realizar novo procedimento, todas as ações dele serão
nulas.

Cabe suspensão quando: I. Fraude da lei; II. Retenção abusiva de autos; III. Inépcia
profissional (erro grotesco repetido várias vezes); IV. Conduta incompatível com a
advocacia (jogos de azar, bebida alcoólica e drogas ilegais); V- Questões financeiras
(como retenção indevida de débito do cliente, patrocínio infiel).

A regra de suspensão é entre 30 dias a 12 meses, porém se você estiver em dívida com a
OAB (é atualmente inconstitucional pois priva o advogado de exercer sua profissão), se
não prestou contas ao seu cliente e se tiver inépcia profissional, o prazo será
indeterminado até você pagar o seu cliente e/ou comprovar estar apto para advogar
novamente.

Caso haja mais de três suspensões, elas serão convertidas em exclusão.

Na exclusão, o advogado fica totalmente impedido de exercer sua profissão tendo sua
OAB cancelada, acontecendo quando apresentar falsa prova (falso diploma ou comprar o
exame da ordem, etc.); Inidoneidade; cometer crime infame (matar a própria mãe, etc.);
colaboração premiada contra seu cliente. Como existe a incapacidade de advogar, logo ela
será publicada.

Multa: Ela nunca virá sozinha, deve ser acompanhada de alguma das penalidades citadas
(apenas censura ou suspensão), não sendo aplicada á exclusão, pois não se pode multar
uma pessoa que não é mais advogada.

Tem uma variação de uma a 10 anuidades da OAB. A única penalidade que o estagiário
pode sustentar é a censura.

VI. Termo de ajustamento e conduta

O Termo de Ajustamento de Conduta (art. 47-A do Código de ética e Disciplina e o Art.


58-A do mesmo dispositivo), pode ser celebrado por advogado e estagiário, sendo usado
para se acordar tanto um quanto o outro a se comprometer em não realizar a mesma ação
novamente, sendo aplicado em casos de censura e que não se houve um constrangimento
da classe dos advogados, não atingindo a dignidade dos mesmos.

Vale ressaltar que todas as violações no código de ética geram censura, então quando
violados, existe a possibilidade de TAC, mas sem que haja uma violação à dignidade
profissional da advocacia.
O TAC, ele somente é usado em casos em que a censura é aplicável ao ocorrido, não
cabendo a suspensão e nem a exclusão, o que contribui para se evitar um processo
administrativo.

VII. Tipos de advogados

A. O Autônomo

O Advogado autônomo é o profissional que possui devida inscrição na OAB, é um


profissional liberal ou autônomo, que paga 27,5% de Imposto de Renda e de 2 a 5% de
ISS (imposto Sobre Serviços).

B. Público

São o procurador geral, o defensor público (que o STF e o STJ, afirmaram que pode ter ou
não inscrição na OAB), advogado da união.

C. Associado/Parceiro

Nesse tipo de advogado, não existe vinculo empregatício entre ele e outro sócio, sendo
meramente um parceiro que ajuda nas demandas e outras finalidades, não recebendo
salário e sim participação nos honorários. Por não ser CLT, não recebe adicional noturno.
O advogado parceiro pode se aliar a uma sociedade simples ou uma sociedade individual.

O contrato deve conter qualificação das partes, delimitação do serviço, distribuição no


oferecimento de materiais e custos ou correr riscos junto à empresa e prazo de duração do
contrato, registrando o mesmo em seccional do local onde se encontra a sede da empresa.

D. Empregado

HOSP, Habitualidade; Onerosidade; Subordinação e Pessoalidade, são as características


dos advogados empregados, sendo eles CLT, ou seja, recebendo um salário mensal, porém
não se segue o salário estabelecido pela CLT e sim o salário firmado entre o contratante e
o contratado ou por convenção coletiva de trabalho da empresa ou ainda por sentença
normativa do juiz do trabalho daquela seccional.

Possui carga horária de 8h por dia ou 40h semanais, sendo suas horas extras no valor de
100% do valor de uma hora de trabalho normal e tem adicional noturno de 25%,
começando ás 20h e terminando ás 5h.

VIII. A Ordem dos Advogados do Brasil, estrutura e órgãos.

A Ordem dos Advogados do Brasil é estruturada em ordem hierárquica, tendo 4 órgãos:


O Conselho Federal Da OAB  Seccionais  Subseções  Caixa de Assistência ao
Advogado.

As seccionais podem ou não se dividirem em subseções e Caixas de Assistência ao


advogado, sendo apenas as Seccionais e o CFOAB munidos de personalidade jurídica.

A ordem dos advogados exerce função essencial, e isto, até mesmo nos casos privados,
pois se tem o ônus público. O art. 2º deixa claro que o advogado deve contribuir para uma
decisão favorável ao seu cliente, seja em processos administrativos ou judiciais, com o
direito de acompanhar todo o processo legislativo.

Todos os órgãos da OAB possuem imunidade recíproca, não sendo tributados pelos
serviços, renda, e patrimônio.

Os cargos eletivos da OAB são obrigatórios e gratuitos, ou seja, não recebem salário
algum, contando apenas para fins previdenciários e disponibilidade remunera. A própria
constituição dispõe que não existe justiça sem membro do ministério publico, magistrado e
advogado.

a) Cargos da diretoria

 Presidente  Preside  Pleno


 Vice-Presidente  Preside  Órgão especial
 ¹ Secretário Geral  Preside  1º Câmara
 ² Secretário Geral Adjunto  Preside  2º Câmara
 Tesoureiro  Preside  3º Câmara

¹ O secretário geral secretaria o órgão pleno, atuando como procurador.

² O secretário geral adjunto secretaria o órgão especial.

• 1ª Câmara: objetiva julgar os pedidos de inscrição dos advogados, os pedidos de


incompatibilidade e impedimento do exercício da advocacia.

• 2ª Câmara: objetiva julgar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) perante a


OAB. Por este motivo, o Secretário-Geral Adjunto acumula duas funções, a de presidir a
2ª Câmara e a de corregedor do Conselho Federal. A função do Corregedor é fiscalizar,
punir algo que esteja acontecendo de maneira errada.

• 3ª Câmara: objetiva julgar os balancetes, relatórios e contas da OAB. Ela também irá
julgar os pedidos de inscrição de sociedade dos advogados, seja sociedade simples ou
sociedade individual.
O Conselho Federal é formado por:

Ex-Presidente do Conselho: Terá apenas voz, mas poderá votar se foi presidente do
conselho antes de 1994.

Atual Presidente do Conselho: Possui apenas poder de voz, porém quando ocorre
empate, o mesmo apenas vota para que haja o desempate.

Conselheiros Federais: São escolhidos 3 conselheiros por delegação (delegação de SP,


delegação de MT, etc.) e os conselheiros também votam por delegação devendo haver
maioria de votos entre os 3, caso um falte a decisão deve ser unânime entre os dois
restantes.

Existe a possibilidade de perda do mandato do cargo eletivo

1. Receber uma punição disciplinar (advertência não conta).


- Censura; Suspensão e exclusão.

2. Suspensão pode ser feita por


- Requerimento justificado;
- Nos casos de doença mental curável;
- Cargo incompatível temporário.

3. Exclusão:
- Por requerimento (não é necessária uma justificativa);
- Falecimento;
- Perda dos requisitos do artigo 8º;
- Incompatibilidade definitiva;

4. Faltar a mais de 3 sessões ordinárias consecutivas, sem justificativa.

O CFOAB pode intervir em suas seccionais assim como as seccionais podem intervir em
suas subseções e caixas, mas para tanto, necessita de 2/3 dos votos para que a intervenção
ocorra, seja por parte da federal ou seccional (lembrando que em casos de empate o
Presidente do Conselho Federal usará o voto de minerva para desempate).
Importante salientar que a seccional que poderá receber a intervenção não vota,
justamente por ser interessada ao caso.

O Conselho Federal da OAB se reúne ordinariamente uma vez ao mês, quanto às secções
se reúnem duas vezes ao mês. Essas reuniões acontecem de fevereiro a dezembro, sendo
dispensável o mês de julho. O que pode ocorrer também é as sessões extraordinárias,
sendo convocadas nas férias (janeiro) ou por urgência e quem pode convocar uma sessão
extraordinária é o presidente e 1/3 dos membros do conselho.

O imóvel da OAB só pode ser alienado (vendido) ou Onerado (dado por garantia) com a
autorização de pelo menos 1/3 dos membros da federal ou seccional.

Nos casos de alienação/oneração de bem móvel, deve acontecer com a autorização da


diretoria composta por no mínimo 5 membros, também valendo para casos de aquisição de
imóvel.

O que todas as seccionais recebem (pagamento da anualidade da OAB) elas transferem


para o CFOAB, que redistribui o dinheiro da seguinte forma:

 CFOAB  10%
 Fundo de Cultura  3%
 F.I.D.A (Fundo de Integração e Desenvolvimento dos Advogados)  2%
 Manutenção das despesas operacionais da seccional  45%

Todos somados dão 60% do repassa, sobrando 40% líquidos que é dividido da seguinte
forma:

 Caixa de Assistência aos Advogados (CAA)  20%


 Ficam na seccional  20%

DIREITO PENAL

I. Inter criminis = Caminho do crime

Cogitação

Na cogitação a pessoa pensa o crime, nessa fase não existe punição alguma.
Ex. Pensar em matar alguém.

Preparação

Na preparação a pessoa se prepara para cometer o crime.


Ex. comprar arma.

Atos executórios

Quando a pessoa executa o crime, trazendo ele para a situação fática.


Ex. Atirar contra o desafeto

Consumação

Quando a pessoa obtém aquilo que queria realizar com o crime, consumando de
fato.
Ex. Matar de fato alguém

Exaurimento

Quando além da consumação ocorre outra consequência esperada, sendo mero


exaurimento, ou seja, poderia ocorrer mesmo após a consumação e quando ocorre
é um exaurimento.

Ex. Sequestro. O crime se consuma quando priva-se a vítima de sua liberdade, mas
se o seqüestrador receber algum dinheiro, isso será um exaurimento, já que se
esgotou todas as possibilidades do crime.

* OBS. Em regra não se tem penalidade quando se cogita um crime, mas no caso
do crime do artigo 228 do CP, existe essa possibilidade, já que o crime de
associação criminosa, já se consuma dentro da cogitação de 3 ou mais pessoas,
mas cabe destacar que para ser válida a aplicação dessa pena, os indivíduos devem
ter um vínculo que perpetue tempo juridicamente relevante.

II. Crime tentado e consumado

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