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A Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia) versa, logo no seu art. 1º, sobre as
atividades privativas da advocacia. Importante registrar que o inciso “I” de tal artigo
definiu, de uma forma geral, quais são as atividades privativas de advogado enquanto
sua atuação seja na esfera judicial, senão, veja-se:
Vale destacar que referido inciso foi objeto de alteração, sendo que o Supremo
Tribunal Federal, ao julgar a ADI 1.127, declarou como inconstitucional a expressão
“qualquer”, pelas razões abaixo constantes:
A lógica é muito simples, pois, embora seja importante a atuação do advogado frente
aos seus constituintes, fato é que, em alguns casos, infelizmente se mostra
desnecessária a contratação de tal profissional (embora reservamos o direito de constar
nossa opinião pessoal quanto à importância de uma pessoa estar assistida por um
profissional devidamente habilitado e preparado).
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Em caso de recurso, as partes deverão estar representadas por advogado, conforme
art. 41, § 2º, da Lei 9.099/95.
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O inciso “II” do art. 1º do EAOAB é alvo de muitas questões no exame de ordem, o que
inspira muito cuidado aos candidatos. Muitas vezes, deparamo-nos com situações nas quais
a pessoa não possui inscrição definitiva na OAB, a qual, mesmo assim, coloca-se no
mercado como um assessor e/ou um consultor jurídico, o que é amplamente vedado por se
tratar de “atividade privativa de advogado”. O mesmo se pode dizer quanto ao exercício de
gestão jurídica de uma empresa, setor ou escritório, que deve ser realizada somente por
pessoa devidamente inscrita na OAB de forma definitiva, como advogado.
“Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e
singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da lei.
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita
na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no
âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade
incompatível com a advocacia.
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Matrícula em instituição
Estagiário de ensino
Reforça-se, ainda, que deve existir um termo de compromisso entre os três agentes
supramencionados, o que visa garantir o fiel cumprimento das diretrizes impostas pela
Lei 11.788/2008.
No que diz respeito ao estagiário frente aos preceitos éticos, o regulamento geral da
OAB define que o estágio profissional de advocacia, inclusive para graduados, é
requisito necessário à inscrição no quadro de estagiários da OAB e meio adequado de
aprendizagem prática.
Frisa-se que o estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição
de ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB,
complementando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades
práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina,
observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas, distribuído em dois ou
mais anos.
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O estagiário pode praticar atos em conjunto com o advogado. exceção: Existem atos que
ele pode praticar sozinho. Ex.: carga de processo, assinar petições de juntada, obter
certidões de processos em curso ou findos.
Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente,
quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
III. Procuração
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R.: Sim, caso haja uma medida de urgência. Nesse caso, poderá atuar por 15 (quinze)
dias, prorrogáveis por mais 15 (quinze) dias (é uma única prorrogação).
Renúncia: parte do advogado. Ele fica responsável perante seu cliente por mais 10
dias, salvo se esse já constituiu outro advogado.
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Revogação ou destituição: parte do cliente. Ele informa que não quer mais aquele
advogado nos autos. Nesse caso, não há que se falar em 10 dias. O cliente deve
arrumar outro advogado, uma vez que o anterior não ficará responsável por mais 10
dias. O juiz pede para que o autor regularize a representação no processo sob pena de
extinção.
III.2. Substabelecimento
Antes de nos aprofundarmos nesse importante tema exigido na maioria dos exames
de ordem, necessária se faz a seguinte reflexão: “basta passar no exame da OAB para
ser considerado um advogado”?
I – capacidade civil;
Obs.: somente será admitido o requerente que estiver em dia com as questões
eleitorais e militares.
VI – idoneidade moral;
Obs.: quanto a esse requisito, vale destacar que qualquer pessoa poderá suscitar a
inidoneidade moral de um requerente à inscrição na OAB. Entretanto, a inidoneidade
somente poderá ser declarada, nesse caso, mediante decisão que obtenha, no mínimo,
dois terços dos membros do Conselho competente, em procedimento próprio, conforme
art. 8º, § 3º, do EAOAB.
Também se aplica esse requisito ao requerente que tiver sido condenado pelo
cometimento de crime infamante, salvo se reabilitado judicialmente, conforme § 4º do
art. 8º do EAOAB.
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● Capacidade civil
● Idoneidade moral
EAOAB:
Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em
cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do
Regulamento Geral:
(...)
Regulamento Geral:
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa
do seu ofício, indicando os atos praticados.
Portanto, uma vez tendo excedido o número de causas permitido (quando atuando
em Conselho Seccional diverso daquele em que está inscrito), caberá ao advogado
requerer sua inscrição suplementar também naquele Conselho. Uma vez inscrito de
forma suplementar em outro Conselho Seccional, o advogado terá um novo número de
inscrição e uma nova anuidade em tal estado e, a partir de então, não se submeterá a
nenhuma limitação de causas em que possa atuar, eis que também estará inscrito nesse
novo Conselho.
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Sociedade que constitui filial em outro estado deve promover a inscrição suplementar
dos seus sócios no Conselho Seccional onde se instalar (art. 15, § 5º, do EAOAB e
Provimento 126/2008, do Conselho Federal da OAB).
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Merece ser destacado que a inscrição do profissional também poderá ser cancelada
por iniciativa da própria OAB, caso o profissional venha sofrer a penalidade de exclusão.
Caso referida exclusão seja motivada por processos disciplinares na OAB, o profissional
deverá aguardar um ano do trânsito em julgado da sanção para se submeter a provas
de reabilitação, mas, se a motivação da exclusão estiver vinculada à prática de um
crime infamante, o profissional deverá se submeter tanto à reabilitação judicial (pelo
crime cometido), quanto à administrativa (perante a OAB, por conta da sanção que lhe
foi atribuída).
Referido instituto tem natureza provisória, mas permite que o profissional fique
licenciado por prazo indeterminado, resguardando, ainda, o mesmo número de registro
na OAB quando do seu retorno.
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Caso o advogado adquira uma doença mental de natureza curável, também estará
diante de uma hipótese de licenciamento profissional. Se, no entanto, a doença mental for
de natureza incurável, será hipótese de cancelamento da inscrição.
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Portanto, uma vez que o tema inspira maior atenção, faremos alguns importantes
apontamentos aos incisos do art. 7º do EAOAB, os quais assim dispõem:
É certo que uma vez estando inscrito na OAB, o profissional estará devidamente
habilitado para exercer a sua profissão em todo o território nacional.
V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala
de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;
VI – ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos
cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências
de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro,
e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e
independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em
que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar
ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do
expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor
ou empregado; d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa
participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de
poderes especiais;
O advogado poderá fazer uso da palavra, inclusive para exercer defesa própria, se
necessário for.
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Caso os autos estejam sob sigilo, o advogado deverá apresentar procuração para o
exercício dos direitos deste inciso. Destaca-se que o fornecimento incompleto de autos ou o
fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno
investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do
responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da
defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz
competente, conforme disposto no § 12, do mesmo artigo. Ressaltamos, ainda, que não
poderá haver ressalvas para o advogado exercer seu direito de acesso, ou seja, a esse
devem ser garantidos os meios necessários para melhor defesa do seu cliente, inclusive no
que diz respeito a processos e procedimentos eletrônicos.
Obs.: isso não se aplica aos processos sob regime de segredo de justiça, bem como
quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer
circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou
repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício,
mediante representação ou a requerimento da parte interessada e, ainda, até o
encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos
autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez
dias;
Obs.: devemos observar que o fato gerador que enseja esse direito está vinculado
ao advogado ofendido “no exercício da profissão”. O desagravo público será promovido
pelo Conselho competente, sendo que isso poderá ocorrer de ofício (pela OAB), a
pedido do advogado ofendido ou de qualquer pessoa.
Obs.: o advogado “pode” prestar depoimento. No entanto, o que deve ser reforçado
é que o profissional tem direito de recusar-se, se assim entender necessário. O
advogado não pode ser obrigado a prestar depoimento, pois isso violaria um dos
maiores direitos consagrados no EAOAB.
XXI – assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena
de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente,
de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados,
direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
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O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria e/ou difamação puníveis
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele,
sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Portanto, embora exista imunidade quanto aos crimes de injúria e difamação, é certo que,
na esfera disciplinar, o advogado poderá responder se cometer excessos.
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Suspensão de prazos
processuais quando for a
Não tem esse
Não tem esse direito. única patrona da causa,
direito.
desde que haja notificação
por escrito ao cliente.
Art. 7º-B. Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos
incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei: Pena – detenção, de 3 (três) meses a
1 (um) ano, e multa.
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O estagiário, ainda que inscrito na OAB, não poderá figurar como sócio em sociedade de
advogados, pois, para tanto, necessária se faz a inscrição definitiva (conforme art. 8º, do
EAOAB).
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Uma sociedade de advogados não pode ter “nome fantasia”. Os advogados poderão
colocar o nome de um sócio, podendo permanecer o de um sócio falecido, caso haja
previsão nos atos constitutivos da sociedade.