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ATIVIDADE DE ADVOCACIA

Art. 1º São atividades privativas de advocacia:

1 - ATOS PRIVATIVOS NO ÂMBITO JUDICIAL

1.1) POSTULAR PERANTE OS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO - ATENÇÃO FOI


RETIRADA A EXPRESSÃO QUALQUER ÓRGÃO, JUSTAMENTE PELO MOTIVO DE
TERMOS AS EXCEÇÕES;

1.2) POSTULAR PERANTE O JUIZADO ESPECIAL;


ATIVIDADE DE ADVOCACIA
EXCEÇÕES:

1 - JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ATÉ 20 SALÁRIOS – Art. 9º da 9.099/95, todavia os Recursos


Inominados precisam de representação (art. 41, § 2º);

2 - JUSTIÇA DO TRABALHO ATÉ A INSTÂNCIA DO TRT – A previsão está no art. 791 da CLT;

3 - HABEAS CORPUS – Pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive pelo próprio paciente,
contudo, a impetração sim, mas o recurso (em sentido estrito e o Ordinário) em HC, são atos
privativos de advogado.

4- JUIZADO ESPECIAL FEDERAL ATÉ 20 SALÁRIOS - Lei nº 10.259/01


ATIVIDADE DE ADVOCACIA

2 - ATOS PRIVATIVOS NO ÂMBITO EXTRAJUDICIAL

2.1) ATIVIDADES DE CONSULTORIA- RECEBE UMA DEMANDA, ANALISA E


PASSA UM DIRECIONAMENTO, ou seja, não põe a mão na massa;

2.2) ATIVIDADE DE ASSESSORIA - neste caso o assessor coloca a mão na


massa, ele faz e entrega a demanda;

2.3) ATIVIDADES DE DIREÇÃO JURÍDICA- quando a pessoa coordena um


departamento jurídico;
ATIVIDADE DE ADVOCACIA

ATENÇÃO 1: A função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer


empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições
financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem
não se encontre inscrito regularmente na OAB.

ATENÇÃO 2: É proibido ao advogado prestar serviços de assessoria e


consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser
registradas na OAB. Os integrantes da advocacia pública estão sujeitos ao
Estatuto da Advocacia e da OAB como regra própria de sua atividade.
ATIVIDADE DE ADVOCACIA

ATENÇÃO 3: Novidade trazida pela Lei nº 14.365/22, que incluiu o §4º ao


art. 5º, determinando que as atividades de consultoria e assessoria
jurídicas podem ser exercidas de modo verbal ou por escrito, a critério do
advogado e do cliente, independentemente de procuração ou de
formalização de contrato de honorários.
EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA

(art. 5º do REGULAMENTO GERAL DA OAB)

Este tema serve para o indivíduo que, uma vez formado, deseja prestar
concurso que exige uma prática na advocacia por um período e, neste caso,
o Regulamento Geral impõe que o candidato necessita de participação
anual, no mínimo, pelo menos, cinco atos privativos da advocacia, vejamos:
EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA

Atos judiciais e atos extrajudiciais:

Atos Judiciais: Postulação ao órgão do Poder Judiciário e Juizados Especiais;

Atos Extrajudiciais: Consultoria; Assessoria; Direção jurídica.


EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA

COMO COMPROVAR ISSO?

Certidão expedida por cartório ou secretarias judiciais;

Cópia autenticada dos atos privativos;

Certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função


privativa do seu ofício indicando os atos praticados.
EXERCÍCIO EFETIVO DA ADVOCACIA

ATENÇÃO: CADA PROCESSO CONTA COMO UM ÚNICO ATO PRIVATIVO,


APESAR DA COMPROVAÇÃO DE VÁRIAS PEÇAS PROTOCOLADAS PELO
CANDIDATO, ESTAS ESTÃO RELACIONADAS A UM PROCESSO APENAS,
CINCO ATOS – CINCO PROCESSOS DISTINTOS!!!
ATOS E CONTRATOS CONSTITUTIVOS DE PESSOAS JURÍDICAS

§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de


nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes,
quando visados por advogados.
O intuito do legislador foi diminuir os riscos de futuros problemas ou
conflitos decorrentes do contrato.
Estamos diante de um registro nulo, ou seja, nulidade absoluta, mas temos
exceções (Lei Complementar 123/06 – art. 9º, § 2º) , vejamos:

As microempresas e;
Empresas de pequeno porte;
ATOS E CONTRATOS CONSTITUTIVOS DE PESSOAS JURÍDICAS

Por possuírem uma regularização simples não necessita do visto do


advogado para sua constituição.

ATENÇÃO: O ADVOGADO QUE ASSINAR ESTE CONTRATO NÃO PODE


TRABALHAR NA JUNTA COMERCIAL OU QUALQUER REPARTIÇÃO
ADMINISTRATIVA COMPETENTE.
OUTROS CASOS DE NULIDADE

Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não
inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.

Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado


impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar
a exercer atividade incompatível com a advocacia.

VEJAMOS:
1 - PESSOAS NÃO INSCRITAS NA OAB – só podem exercer pessoas inscritas
na OAB, nem estagiários podem praticar de forma isolada.

O Estatuto, no art. 4º, não exclui as sanções civis, penais e administrativas,


seja pelo prejuízo causado, seja pelo exercício irregular de profissão (art. 47
do Decreto-Lei 3.688/41 – Contravenções Penais);

2 – ADVOGADO IMPEDIDO – os impedimentos elencados no art. 30 do


Estatuto;
3 – ADVOGADO SUSPENSO – a suspensão pode durar de 30 a 12 meses, no
caso de punição por infração disciplinar (art. 37 do Estatuto);

4 – ADVOGADO LICENCIADO – a licença pode ser requerida pelo próprio


advogado em caso de impossibilidade temporária;

5 – ADVOGADO QUE PASSA A EXERCER ATIVIDADE INCOMPATÍVEL – no


caso de passar a exercer a função e não comunicar à OAB.
ATENÇÃO:

Foi inserido o art. 3º - A (pela Lei 13.039/2020) - o novo texto veio


reafirmar que os serviços profissionais de advogado são, por sua
natureza, técnicos e, inclusive, traz mais segurança as contratações de
advogados nas hipóteses de inexigibilidade de licitação, mencionadas
no art. 74 da Lei 14.133/2021.

Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, por sua natureza, técnicos e
singulares, quando comprovada sua notória especialização, nos termos da
lei. (Incluído pela Lei nº 14.039, de 2020)
ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO – ATOS QUE O ESTAGIÁRIO PODE PRATICAR

INSCRIÇÃO DO ESTAGIÁRIO: O estagiário se inscreve na Seccional onde se


encontra o seu curso jurídico e não o escritório onde pretende exercer ou
exerce o estágio.

O Regulamento Geral em seu artigo 29 prevê em seu caput que o estagiário


pode praticar TODOS os atos privativos da advocacia elencados no art. 1º
desde que em conjunto com o advogado.

Contudo, em seu parágrafo primeiro, elenca em que casos o estagiário


(inscrito na OAB) pode praticar os atos isoladamente, porém, sempre com a
responsabilidade do advogado, VEJAMOS:
ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO – ATOS QUE O ESTAGIÁRIO PODE PRATICAR

1 - Retirar e devolver autos em cartório;


2 - Obter certidões;
3 - Assinar petições de juntada de documentos a processos administrativos ou
judiciais;
4- praticar os atos extrajudiciais, quando receber autorização ou
substabelecimento do advogado.

Nos atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, desde que


munido de autorização ou até substabelecimento para o mesmo, ATENÇÃO
SOMENTE PARA OS ATOS EXTRAJUDICIAIS!!!!
Todo ato praticado pelo estagiário é de responsabilidade do advogado!!!!
DA PROCURAÇÃO

Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.


§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a
apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período.

§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos


judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.

§ 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias


seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for
substituído antes do término desse prazo.
DA PROCURAÇÃO

ATENÇÃO: Existe um conflito em relação ao ESTATUTO e o CPC, pois no art. 104 do CPC,
menciona que necessita de despacho do juiz para prorrogação, vejamos:

Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão,
decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput , o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

Por se tratar de uma lei especial, entende a doutrina majoritária, que prevalece o estatuto, ou
seja, não necessita de despacho do juiz.
DA PROCURAÇÃO

ATENÇÃO2 : SÚMULA 115 DO STJ – Na instância especial dos


Tribunais, não tem se admitido recurso por advogado sem
procuração nos autos.
DA PROCURAÇÃO

PROCURAÇÃO VERBAL pode ocorrer nos seguintes casos:

1 – Se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório (art. 226 do CPP) e

2 – Nos juizados especiais – caso em que o juiz poderá consignar em ata os


poderes outorgados.

ATENÇÃO: A procuração não pode ser outorgada a sociedade de


advogados!!!!
DO SUBSTABELECIMENTO

O substabelecimento pode ocorrer de duas formas, vejamos:

1- COM RESERVA DE PODERES – Caso em que o advogado divide os poderes


outorgados a ele – ATENÇÃO AMBOS PERMANECEM NO PROCESSO e não
necessita de anuência do cliente (normalmente);

2 – SEM RESERVA DE PODERES – Neste caso o advogado passa os poderes


outorgados a ele – O ADVOGADO SAI E NOMEIA OUTRO e, justamente por
isso necessita de anuência do cliente, pois outro advogado assumirá o
processo.(PRÉVIA E INEQUÍVOCA CIÊNCIA DO CLIENTE – art.26, caput do
Código de Ética).
RENÚNCIA E REVOGAÇÃO

A renúncia e a revogação são formas de saída do advogado do processo,


contudo devemos entender as diferenças, vejamos:

1- RENÚNCIA – ato do advogado que decide renunciar os poderes outorgados


a ele e, neste caso, ficará responsável pelo processo por 10 dias à contar da
data da ciência ao cliente, salvo se for substituído por outro advogado – art.
5º § 3º do Estatuto.

2 – REVOGAÇÃO – ato do cliente que decide retirar o advogado do processo,


ou seja, destituí-lo e, neste caso, o advogado terá direito aos honorários
pactuados e os de sucumbência. Art. 17 do Código de ética .
DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 6º - Não existe hierarquia – conscientização da profissão exercida e os


direitos inerentes.

Art. 7º - exercer com liberdade a profissão – uma vez inscrito na OAB, a pessoa
pode advogar em TODO território nacional, ilimitadamente no respectivo
Conselho Seccional (Estado) e até 05 ações em outro Seccional, excedendo,
deverá requerer uma inscrição suplementar – outra anuidade. (art. 10 §2º do
Estatuto), entendimento pelo Conselho Federal que a limitação se refere a
cinco ações distribuídas por ano.
DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 7º II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho – esta


inviolabilidade não é absoluta – ATENÇÃO A MUDANÇA LEGISLATIVA – Lei
14.365/22

Uma vez presentes os indícios de autoria e materialidade da prática de crime


pelo advogado, o juiz pode decretar a quebra da inviolabilidade com a
presença do representante da OAB.
DIREITOS DO ADVOGADO

art. 7º III – comunicar-se com os seus clientes – ainda que o preso esteja
incomunicável (art. 21 do CPP0 esta incomunicabilidade não alcança o
advogado em virtude que o direito a defesa é um direito reconhecido na
Constituição Federal.

IV – ter a presença do representante da OAB quando preso em flagrante, por


motivo ligado a advocacia – foi objeto de ação direita de inconstitucionalidade,
contudo em maio de 2006 foi decidido pelo STF, pela constitucionalidade,
porém, caso a OAB não chegue a tempo, a prisão permanecerá válida.
DIREITOS DO ADVOGADO

art. 7º V – não ser recolhido preso, antes da sentença transitada em julgado –


ação direta de inconstitucionalidade pela expressão “reconhecida pela OAB”

VI – ingressar livremente – garante o exercício da função , porém, na alínea d


exige-se poderes especiais na procuração.

VII – permanecer sentando ou em pé – este inciso garante autonomia ao


advogado (em consonância com o art. 6º )no exercício da função, dando a ele,
o direito de escolha se quer ficar sentado ou em pé nos locais onde exerça a
sua função.
DIREITOS DO ADVOGADO

art. 7º VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados – Novamente em


consonância ao art. 6º , este inciso garante ao advogado livre acesso, ´contudo
devemos entender e aplicar o dever de urbanidade, ou seja, o advogado tem
que respeitar a dinâmica do magistrado, o que não pode ocorrer é a negativa
em receber o advogado para despachar o processo. DIREITO DO ADVOGADO E
NÃO DO ESTAGIÁRIO.

IX – sustentar oralmente – infelizmente declarada inconstitucional pelo STF a


expressão após o voto do relator, o que acaba dificultando o melhor
entendimento do colegiado e melhor explicação do processo.
DIREITOS DO ADVOGADO

art. 7º X – usar da palavra, pela ordem – Novamente em consonância ao art. 6º


, este inciso garante ao advogado o direito de se manifestar, ainda que não seja
a hora devida para tanto, para interromper uma fala, no intuito de esclarecer
algum equívoco ou dúvida.

XI – reclamar, verbalmente ou por escrito – quase idêntico ao inciso anterior, o


que difere é justamente o caráter urgente na intervenção do inciso anterior,
pois neste inciso, o advogado utiliza-se do momento correto para a fala.

XII – falar, sentado ou em pé, em juízo – novamente de encontro com o art. 6º .


DIREITOS DO ADVOGADO

art. 7º XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo–


Em primeiro lugar devemos fazer a distinção entre:
Exame dos autos (quando o advogado apenas consulta o processo no cartório)
e;
Direito de vista do autos (quando o advogado retira os autos do cartório para
melhor análise).

No caso de exame dos autos, o advogado tem direito de examinar em


qualquer órgão do poder judiciário, legislativo ou da administração pública,
mesmo sem procuração, desde que não estejam em SEGREDO DE JUSTIÇA.
DIREITOS DO ADVOGADO

No caso de visita de autos, o advogado tem direito de tirar cópias do


processo, devendo o cartório disponibilizar de xerox para tanto. MUDANÇA
TRAZIDA PELA LEI 13.793/19 , acesso a processo eletrônico mesmo sem
procuração, desde que não estejam em SEGREDO DE JUSTIÇA.

XIV – examinar, em qualquer instituição .. autos de flagrante – mudança trazida


pela lei 13.245/16 que garante ao advogado o acesso aos documentos e,
estabelecendo ainda que, a sua inobservância, pode gerar responsabilidade
criminal e funcional por abuso de autoridade.
Lembrando que o sigilo do Inquérito Policial não alcança o advogado!!!
DIREITOS DO ADVOGADO

Atenção: Nos autos sujeitos a sigilo, deverá o advogado apresentar


procuração!!

Atenção: a autoridade competente poderá limitar o acesso do advogado a


documentos ainda não juntados – diligências ainda em andamento, pois o
acesso pode comprometer a diligencia ainda não finalizada.
DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 7º XV – ter vista dos processos judiciais e administrativos de qualquer


natureza – já explicado nos slides anteriores.

XVI – idem

XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão


ou em razão dela -
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

DESAGRAVO PÚBLICO – ART. 18 DO REGULAMENTO GERAL

Caberá desagravo quando o inscrito na OAB for ofendido no exercício da


função de advogado ou em função da OAB, promovido pelo Conselho
competente, a pedido do ofendido, de qualquer pessoa ou até de ofício pela
OAB.

Atenção: Não é necessário que o ofendido concorde ou não com o desagravo,


pois neste caso trata-se de uma ofensa a categoria (exercício da
função).paragrafo sétimo do regimento
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de


Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando
ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a
ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às
prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
(temos duas situações que envolvem o Conselho Federal)

Estamos diante de casos de tamanha relevância, que macule a advocacia


como um todo, justificando assim, uma participação do órgão máximo da
oab.
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

XVIII – usar símbolos privativos da OAB – neste caso estamos diante de


símbolos, anéis, adornos ...

XIX – recusar-se a depor – trata-se de um direito e um dever instituído no


Código de Ética em seu art. 35 a 38, vejamos:

Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome
conhecimento no exercício da profissão. Parágrafo único. O sigilo profissional
abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de
funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação


de reserva que lhe seja feita pelo cliente.

§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre


advogado e cliente.

§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e


árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais


que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à
vida e à honra ou que envolvam defesa própria.

Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento


judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar
sigilo profissional.
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

XX – retirar-se do recinto- Esse direito representa um grande avanço para os


advogados pois veio evitar excessos cometidos por magistrados em total
desrespeito aos advogados, mas atenção:

Só se aplica quando o magistrado não tiver chegado ao local, pois no caso de


atraso por estar o mesmo praticando outro ato processual (audiência atrasada
ou despachando outro processo emergencial, não haverá aplicação deste
inciso).
Atenção 2: a CLT prevê prazo menor – 15 minutos , art. 815 da CLT.

Em ambos os casos, exige-se protocolo de petição informando a retirada do


local.
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

ATENÇÃO: A Lei 14.365/22 retirou a imunidade do advogado de forma equivocada –


vejamos o artigo
https://www.migalhas.com.br/quentes/368873/camara-admite-erro-e-imunidade-
profissional-voltara-ao-estatuto-da-oab

Essa imunidade blinda o advogado, porém, somente no exercício da função ou em razão


dela, não excluindo da sanção disciplinar cabível quando constatado excessos por parte
do advogado, pois segundo o Código de ética, o mesmo tem o dever de urbanidade, ou
seja, tratar todos com respeito e consideração.
Atenção 2: a imunidade não alcança o desato!!
Atenção 3 – art. 78 do CPC. LER!!!
PRERROGATIVAS – DIREITOS DO ADVOGADO

Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério
Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar
expressões ofensivas nos escritos apresentados.

§ 1º Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou


presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena
de lhe ser cassada a palavra.

§ 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões


ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de
certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte
interessada.
DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE

Art. 7o-A. São direitos da advogada:

I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao
atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e
das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da
causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
DIREITOS DA ADVOGADA GESTANTE

§ 1o Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar,


respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.
§ 2o Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz
serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943
(Consolidação das Leis do Trabalho).
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será
concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil).

Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e
V do caput do art. 7º desta Lei: (pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
REQUISISTOS PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO E ESTAGIÁRIO

PARA ADVOGADO TEMOS 7 REQUISITOS E PARA ESTAGIÁRIO 5, SÃO ELES:

I - capacidade civil – Art. 3º,4º e 5º do CC; (adv. e estagiário)

II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de


ensino oficialmente autorizada e credenciada;

III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; (adv. e


estagiário)
REQUISISTOS PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO E ESTAGIÁRIO

IV - aprovação em Exame de Ordem; o exame pode ser feito até por quem exerce
atividade incompatível;

V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; (art.28)

VI - idoneidade moral – condição de indivíduo honesto; (adv. e estagiário)


Atenção: a lei fala de inidoneidade moral – prática de crime infamante (todo crime que
provoque para seu autor desonra, má fama);

VII - prestar compromisso perante o conselho – trata-se de um juramento feito no ato


da entrega da carteira – esse compromisso não pode ser feito por procuração, ou seja, o
indivíduo tem que ir pessoalmente prestar. (art.20 do Regulamento Geral) (adv. e
estagiário)
REQUISISTOS PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO E ESTAGIÁRIO

ATENÇÃO: além dos requisitos elencados no Estatuto, o Regulamento Geral incluiu


(art. 20 §2º ) não praticar conduta incompatível com a advocacia, que não se
confunde com atividade incompatível.

Atividade incompatível – art. 28 do Estatuto que elenca o rol de atividades;

Conduta incompatível – se refere a vida pessoal, como por exemplo, embriaguez,


prática de jogos de azar não autorizado por lei.
REQUISISTOS PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO E ESTAGIÁRIO

ATENÇÃO 2: A inscrição como estagiário deve ser realizada no Conselho Seccional do


Estado onde se localiza o seu curso jurídico e não do seu domicílio.

ATENÇÃO 3: O aluno que exerce atividade incompatível pode frequentar o estágio


ministrado na respectiva instituição de ensino.

ATENÇÃO 4: Novidade trazida pela Lei 14.365/22 – o estágio profissional poderá ser
realizado no regime de teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema remoto, no
caso de pandemia ou de situações excepcionais.
INSCRIÇÃO PARA ESTRANGEIROS OU BRASILEIROS GRADUADOS FORA DO
PAÍS

O art. 8º, §2º do Estatuto determina que o estrangeiro ou o brasileiro (graduados em


direito fora do país) podem se inscrever no quadro de advogados da OAB, desde que,
o título de graduação, obtido pela instituição de ensino, seja revalidado e que
preencha os demais requisitos da lei.

ATENÇÃO: Os advogados portugueses (Provimento 129/2008), uma vez inscritos na


Ordem dos advogados de Portugal, poderão se inscrever junto a OAB com dispensa
do exame de ordem.
TIPOS DE INSCRIÇÕES

1 – INSCRIÇÃO PRINCIPAL – uma vez aprovado no exame de ordem e cumprido todos os


requisitos da Lei, o advogado pode requerer a sua inscrição, no domicilio de seu escritório
– domicílio profissional.

2 – INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR - como já abordado nos slides anteriores, o advogado deve


requerer a inscrição suplementar em outra unidade federativa, quando exercer de forma
habitual a atividade da advocacia – mais de 05 ações distribuídas por ano.

3- INSCRIÇÃO ESPECIAL – A lei 14.365/22 acrescentou nos § 3º e 4º ao art. 28, passando a


determinar que as atividades incompatíveis dos incisos V e VI (atividade policial ou militar)
não se aplicam em causa própria, estritamente para defesa e tutela de direitos pessoais,
desde que tenha inscrição na OAB (com menção desta restrição na própria carteira),
pagamento da anuidade e VEDADA PARTICIPAÇÃO EM SOCIEDADE DE ADVOGADOS!!!
LICENÇA E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DA OAB - arts. 11-14

LICENÇA – Na licença o advogado se afasta do exercício da advocacia, nas hipóteses


do art. 12 e, caso pratique qualquer ato, este será considerado nulo. Na licença não
será cobrada anuidade enquanto perdurar o pedido e, no caso de retorno, a inscrição
se manterá a mesma do ato de inscrição. VEJAMOS OS CASOS:

1- REQUERIMENTO POR MOTIVO JUSTIFICADO - para o licenciamento o advogado


deverá juntar a justificativa, que será analisado pela OAB, entendo motivo justificado
de afastamento : viagem ao exterior para curso de aperfeiçoamento, enfermidade.
LICENÇA E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DA OAB - arts. 11-14

2- PASSAR A EXERCER ATIVIDADE INCOMPATÍVEL EM CARÁTER TEMPORÁRIO - as


atividades incompatíveis serão estudadas ainda, contudo, estão no rol do art. 28 e
podem ser exercidas em caráter permanente ou temporário e, em caso temporário,
não se justifica o advogado requerer o cancelamento de sua inscrição, devendo
apenas solicitar o licenciamento. Exemplos de casos de licenciamento por atividade
incompatível – CHEFE DO PODER EXECUTIVO – Governador, Prefeito etc...

3- SOFRER DOENÇA MENTAL CONSIDERADA CURÁVEL- neste caso, o pedido deverá


ser acompanhado do laudo médico informando a doença mental e o tratamento.
LICENÇA E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DA OAB - arts. 11-14

CANCELAMENTO – Neste caso, ocorrerá o cancelamento da inscrição do advogado,


ou seja, sua saída da OAB e, em caso de retorno, deverá requerer nova inscrição,
comprovada os requisitos do art. 8º, exceto nova aprovação no exame de ordem –
lembre-se, no caso de retorno, o advogado ganhará nova inscrição, não se
restabelecendo a numeração anterior. VEJAMOS OS CASOS:

1- REQUERIMENTO DO ADVOGADO - Neste caso o advogado não precisa apresentar


motivo para o cancelamento, bastando o requerimento.

2 – SOFRER PENALIDADE DE EXCLUSÃO – no caso de sanção disciplinar aplicada e,


para requerimento de nova inscrição, deverá comprovar reabilitação do motivo que
ensejou a exclusão. (p.único do art. 41 do Estatuto)
LICENÇA E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DA OAB - arts. 11-14

3 – FALECIMENTO - o cancelamento poderá ocorrer de ofício, uma vez tomando


ciência do falecimento do advogado.

4 – PASSAR A EXECER ATIVIDADE INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA EM CARÁTER


DEFINITIVO – como já abordado no tópico do licenciamento, a atividade incompatível
poderá ser exercida em caráter temporário ou permanente e, em caso permanente,
deverá o inscrito, requerer o cancelamento de sua inscrição (sob pena de incorrer em
infração disciplinar e gerar a nulidade do ato praticado). Exemplo de atividade
incompatível permanente – membro do judiciário, MP.

5 – PERDER UM DOS REQUISITOS DO ROL TAXATIVO DA INSCRIÇÃO – ART. 8º -


exemplos – diploma falsificado ....
ALGUMAS QUESTÕES

(FGV - XXXIV Exame de Ordem) Aline, advogada inscrita na OAB, poderá praticar
validamente, durante o período em que estiver cumprindo sanção disciplinar de
suspensão, o seguinte ato:

A) impetrar habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça.


B) visar ato constitutivo de cooperativa, para que seja levado a registro.
C) complementar parecer que elaborara em resposta à consulta jurídica.
D) interpor recurso com pedido de reforma de sentença que lhe foi desfavorável em
processo no qual atuava em causa própria.
GABARITO LETRA A

Tendo em vista que a advogada Aline está suspensa e não pode advogar durante o
tempo em que estiver cumprindo essa sanção, a mesma somente poderá praticar
atos que não sejam privativos da advocacia. Desse modo, a alternativa A é a que traz
a única atividade não privativa da advocacia, razão pela qual os demais atos trazidos
nas outras alternativas da questão não podem ser manejados pela advogada, sob
pena de nulidade dos referidos atos (arts. 1º e 4º do EAOAB).
(FGV-XXII Exame de Ordem) Carolina, Julia, Bianca e Maria são advogadas. Carolina
é servidora estadual não enquadrada em hipótese de incompatibilidade; Julia está
cumprindo suspensão por infração disciplinar: Bianca está licenciada por
requerimento próprio justificado; e Maria é servidora federal não enquadra da em
hipótese de incompatibilidade. As quatro peticionam, como advogadas,
isoladamente e em atos distintos, em ação judicial proposta em face da União.
Diante da situação narrada, de acordo com o Estatuto da OAB, são válidos os atos
praticados:

A) por Carolina, apenas.


B) por Carolina e Bianca, apenas.
C) por Carolina, Bianca e Maria, apenas.
D) por Carolina, Julia, Bianca e Maria.
GABARITO LETRA A

O art. 4° e seu parágrafo único trazem cinco de grupos pessoas que, caso venham a
praticar qualquer ato privativo da advocacia, tais atos serão nulos, quais sejam:
(1) pessoas não inscritas na OAB;
(2) impedidos - no âmbito do impedimento;
(3) suspensos;
(4) licenciados ou
(5) aqueles que exercerem atividade incompatível com a advocacia. Como a advogada
Carolina é servidora pública estadual, pode a mesma atuar em causas contra a União,
uma vez que está impedida de atuar apenas contra o Estado.
(FGV-XVI Exame de Ordem) Bernardo é bacharel em Direito, mas não está inscrito nos
quadros da Ordem dos Advogados do Brasil, apesar de aprovado no Exame de Ordem.
Não obstante, tem atuação na área de advocacia, realizando consultorias e assessorias
jurídicas. A partir da hipótese apresentada, nos termos do Regulamento Geral da
Ordemdos Advogados do Brasil, assinale a afirmativa correta.

A) Tal conduta é permitida, por ter o bacharel logrado aprovação no Exame de Ordem.
B) Tal conduta é proibida, por ser equiparada à captação de clientela.
C) Tal conduta é permitida mediante autorização do Presidente da Seccional da Ordem
dos Advogados do Brasil.
D) Tal conduta é proibida, tendo em vista a ausência de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil.
GABARITO: D

Nos termos do art. 1º, II, do EAOAB, são atos privativos de advogado, devidamente
inscrito na OAB, a consultoria, a assessoria e direção jurídicas. Assim, ressalta o art. 4º
do Regulamento Geral que a prática de atos privativos de advogado por pessoas não
inscritas na OAB constitui exercício ilegal da profissão.
(FGV-XVI Exame de Ordem) João é advogado da sociedade empresária X Lida, atuando
em diversas causas do interesse da companhia controle da sociedade foi alienado para
estrangeira, que resolveu contratar novos profissionais em várias áreas, inclusive a
juridica. Por força dessa circunstância, rompeu-se a avença entre o advogado e o seu
cliente. Assim, João renunciou ao mandato em todos os processos, comunicando
formalmente o ato à cliente. Houve novo contrato com renomado escritório de
advocacia, que, em todos os processos, apresentou o instrumento mandato antes do
término do prazo legal à retirada do advogado anterior. Na renúncia focalizada no
enunciado, consoante o Estatuo da Advocacia, deve o advogado

a) afastar-se imediatamente após a substituição por outro advogado.


b) funcionar como parecerista no processo pela continuidade da representação,
c) atuar em conjunto com o advogado sucessor por quinze dias.
d) aguardar dez dias para verificar a atuação dos seus sucessores.
GABARITO: A

O art. 5º, § 3º, do EAOAB determina que o advogado que renunciar ao mandato
continuará durante os 10 (dez) dias seguintes à notificação da renúncia a representar o
mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. Portanto, a resposta é a
de que o advogado anterior deve se afastar após a juntada da procuração do novo
advogado.
(FGV-VII Exame de Ordem) Esculapio, advogado, deseja comprovar o exercício da
atividade advocatícia, pois se inscreveu em processo seletivo para contratação por
empresa de grande porte, sendo esse um dos documentos essenciais para o certame.
Diante do narrado, à luz das normas do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e
da OAB, o efetivo exercício da advocacia é comprovado pela participação anual mínima
em:

A) seis petições iniciais civis.


B) três participações em audiências.
C) quatro peças defensivas gerais.
D) cinco atos privativos de advogado.
GABARITO: D

Considera-se efetivo exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em


cinco atos privativos previstos no artigo 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. A
comprovação do efetivo exercício faz-se mediante:

a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais;


b) cópia autenticada de atos privativos;
c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do
seu ofício, indicando os atos praticados. É o teor do art. 5º do Regulamento Geral.
A advogada Ana encontra-se no quinto mês de gestação. Em razão de exercer a profissão como
única patrona nas causas em que atua, ela receia encontrar algumas dificuldades durante a
gravidez e após o parto. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

a) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissão aos
detectores de metais, vagas reservadas nas garagens dos fóruns onde atuar, preferência na ordem
das audiências a serem realizadas a cada dia e suspensão dos prazos processuais quando der à luz.
b) O Estatuto da OAB não dispõe sobre direitos especialmente conferidos às advogadas grávidas,
mas aplicam-se a Ana as disposições da CLT relativas à proteção à maternidade e à trabalhadora
gestante.
c) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissão aos detectores
de metais e preferência na ordem das audiências a serem realizadas a cada dia, mas não dispõe
sobre vagas reservadas nas garagens dos fóruns e suspensão dos prazos processuais quando der à
luz.
d) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissão aos
detectores de metais, preferência na ordem das audiências a serem realizadas a cada dia e vagas
reservadas nas garagens dos fóruns, mas não dispõe sobre suspensão dos prazos processuais
quando der à luz.
GABARITO: A

A) O Estatuto da OAB confere a Ana o direito de entrar nos tribunais sem submissão aos
detectores de metais, vagas reservadas nas garagens dos fóruns onde atuar, preferência
na ordem das audiências a serem realizadas a cada dia e suspensão dos prazos
processuais quando der à luz.
QUESTÕES DA OAB
Questão 46 - Viviane, Paula e Milena são advogadas. Viviane acaba de dar à luz, Paula
adotou uma criança e Milena está em período de amamentação. Diante da situação
narrada, de acordo com o Estatuto da OAB, assinale a afirmativa correta.

A) Viviane e Milena têm direito a reserva de vaga nas garagens dos fóruns dos tribunais.
B) Viviane e Paula têm direito à suspensão de prazos processuais, em qualquer hipótese,
desde que haja notificação por escrito ao cliente.
C) Viviane, Paula e Milena têm direito de preferência na ordem das audiências a serem
realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição.
D) Paula e Milena têm direito a entrar nos tribunais sem serem submetidas a detectores
de metais e aparelhos de raio-X.
QUESTÕES DA OAB

GABARITO LETRA C

C) Viviane, Paula e Milena têm direito de preferência na ordem das


audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua
condição.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS – ART. 15 do Estatuto

Temos dois tipos:

A sociedade de advogados simples – é aquela formada por dois ou mais


advogados;
A sociedade de advogados unipessoal – é aquela que o advogado sozinho
monta uma sociedade;

QUAL O MOMENTO QUE ESTA SOCIEDADE ADQUIRE PERSONALIDADE


JURÍDICA?

Com o registro da sociedade perante o Conselho Seccional do local onde for a


sede desta sociedade.
PONTOS IMPORTANTES
A sociedade de advogados não pode ter características de uma sociedade
empresária;
Não pode ter denominação fantasia (escritório “causa ganha”, “justiça rápida”;

Não pode ter nome de advogado renomado já falecido “RUI BARBOSA advogados”;

Só poderá ser formada por ADVOGADOS, ou seja, não pode ter em seu quadro um
sócio sem inscrição na OAB (ex: um contador se junta com um advogado para
montar uma sociedade – NÃO PODE!!!);

É proibido o registro no Cartório de Registro Civil ou Junta Comercial, sociedade que


inclua, dentre outras atividades, a atividade da advocacia.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS

ATENÇÃO 1: A Razão social deve conter, pelo menos, o nome de um dos advogados que
compõem a sociedade, podendo constar o nome do advogado falecido, desde que previsto
no ato constitutivo.

ATENÇÃO 2: A razão social da sociedade de advogados unipessoal deve conter


obrigatoriamente o nome do advogado, todo ou parte dele com a expressão Sociedade
Individual de Advocacia.

Atenção 3: É possível a participação de advogados em sociedades sediadas em áreas


territoriais de seccionais diversas. (ex. um advogado é socio de um escritório no Rio e outro
em SP – ESTADOS DIFERENTES!!!
ATENÇÃO 4: Advogados sócios não podem representar clientes opostos!!!!
DA RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Responsabilidade subsidiária – significa que antes eu tenho que atacar o


patrimônio desta sociedade e depois do advogado que a compõe;

Responsabilidade ilimitada – significa que atacando o patrimônio do


advogado, esta atuação se dará de forma ilimitada.

FUNDAMENTAÇÃO: art. 17 do Estatuto combinado com o art. 40 do


Regulamento Geral.
DO ADVOGADO EMPREGADO

Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a


isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à
advocacia.

Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de


serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação
de emprego.

Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença


normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
§ 2º As atividades do advogado empregado poderão ser realizadas, a critério do
empregador, em qualquer um dos seguintes regimes: (Incluído pela Lei nº 14.365,
de 2022)
I - exclusivamente presencial: modalidade na qual o advogado empregado, desde o
início da contratação, realizará o trabalho nas dependências ou locais indicados pelo
empregador; (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
II - não presencial, teletrabalho ou trabalho a distância: modalidade na qual, desde
o início da contratação, o trabalho será preponderantemente realizado fora das
dependências do empregador, observado que o comparecimento nas dependências de
forma não permanente, variável ou para participação em reuniões ou em eventos
presenciais não descaracterizará o regime não presencial; (Incluído pela Lei nº
14.365, de 2022)

III - misto: modalidade na qual as atividades do advogado poderão ser presenciais, no


estabelecimento do contratante ou onde este indicar, ou não presenciais, conforme as
condições definidas pelo empregador em seu regulamento empresarial,
independentemente de preponderância ou não. (Incluído pela Lei nº 14.365, de
2022)
§ 3º Na vigência da relação de emprego, as partes poderão pactuar,
por acordo individual simples, a alteração de um regime para
outro. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)

Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em


sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção
coletiva de trabalho.
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para
empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40
(quarenta) horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)

§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que
o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens,
no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas
feitas com transporte, hospedagem e alimentação.
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um
adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo
contrato escrito.
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do
dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco
por cento.
.
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este
representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados
empregados.

Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado


empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo.
TIPOS DE ADVOGADOS

Profissional liberal – trata-se de advogado que atua de forma autônoma e que não
mantém nenhum vínculo empregatício com cliente, atendendo-o de forma avulsa,
habitual ou permanente.

Advogado sócio – vários advogados unidos formando uma sociedade de


advogados, conforme regramento do Estatuto.

Advogado empregado – é aquele que mantém vínculo empregatício com uma


empresa ou sociedade de advogados, contudo vale ressaltar que o vínculo
empregatício não reduz a independência profissional inerente à advocacia e nem
obriga o advogado a prestar serviços profissionais de interesse pessoal dos sócios
da empresa.
TIPOS DE ADVOGADOS

ASPECTOS IMPORTANTES:

1 - Piso salarial será fixado por sentença normativa;

2 – Jornada de trabalho não poderá exceder a 08 horas diárias e 40 horas semanais.

3 – As horas extras serão remuneradas com adicional de 100% e serão computadas


em todo o período que o advogado estiver à disposição do empregador.
NOVIDADES TRAZIDAS PELA LEI 14.365/22 – a Lei acrescentou os § 2º e 3º ao art.18,
estipulando que as atividades do advogado empregado poderão ser desenvolvidas,
a critério do empregador:

1 – exclusivamente presencial;
2 – não presencial, teletrabalho ou trabalho à distância;
3 – misto, modalidade que mescla presencial e à distância.

ATENÇÃO: na vigência da relação de emprego, as partes podem pactuar, por acordo


individual simples a alteração de um regime para o outro.
ADVOGADO ASSOCIADO – é uma figura intermediária entre o advogado sócio e o
advogado empregado, pois não se trata de sócio pelo simples fato de não figurar no
contrato social e nem de empregado por não ter vínculo empregatício. Neste caso,
uma sociedade de advogados pode associar-se com advogados para participação
de resultados, sem qualquer vínculo empregatício (art. 39 do Regulamento Geral).

O art. 17 – B, trazido pela Lei 14.365/22, menciona que tal parceria deverá ser
registrada na Seccional em cuja a base territorial tiver sede a sociedade de
advogados.
ADVOGADO PÚBLICO – O estatuto também se aplica aos advogados que atuam no
setor público, claro que de forma subsidiária a lei específica que regulamenta a
atividade pública – trata-se de lei supletiva, mas que não pode e nem deve ser
descartada.

ATENÇÃO: Entendimento do STF que julgou inconstitucional o preceito que


condicionava a capacidade postulatória dos membros da Defensoria Pública a
inscrição na OAB – ADI 4636.

ATENÇÃO 2: Os advogados públicos estão sujeitos às infrações disciplinares


aplicadas pela OAB – art.8º do Código de Ética.
ADVOGADO PÚBLICO – O estatuto também se aplica aos advogados que atuam no
setor público, claro que de forma subsidiária a lei específica que regulamenta a
atividade pública – trata-se de lei supletiva, mas que não pode e nem deve ser
descartada.

ATENÇÃO: Entendimento do STF que julgou inconstitucional o preceito que


condicionava a capacidade postulatória dos membros da Defensoria Pública a
inscrição na OAB – ADI 4636.

ATENÇÃO 2: Os advogados públicos estão sujeitos às infrações disciplinares


aplicadas pela OAB – art.8º do Código de Ética.
ADVOCACIA PRO BONO

É a chamada advocacia do bem, altruísta e está elencada no art. 30 do Código de


Ética e bem cotado para cair na próxima prova!!!!

Essa advocacia possui três requisitos que notamos em seu parágrafo primeiro,
vejamos, o chamado VEG:

Voluntária – o advogado não pode ser coagido a atuar no processo;


Eventual – essa advocacia do bem, sem ônus, não pode se tornar uma constante em
seu escritório, a OAB exerce uma fiscalização sobre tal item, inclusive nos escritórios
das instituições de ensino;
Gratuita – para caracterizar uma advocacia pro bono, ela tem que ser exercida sem
qualquer cobrança de honorários;
ADVOCACIA PRO BONO
HIPÓTESES QUE A ADVOCACIA PRO BONO É VEDADA:

Juntamente com as características, a legislação elenca três vedações, três


características e três vedações, vejamos:

Para fins político-partidários ou eleitorais;

Ou para beneficiar instituições com este fim;

Ou como instrumento de publicidade para captação de cliente.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

CONCEITO – é a denominação que se dá a contraprestação recebida pelo


advogado em razão da atividade profissional desempenhada.

Possui natureza alimentar, pode ser celebrado de forma escrita ou verbal,


contudo sua forma escrita facilita a cobrança por se tratar de um título
executivo e na forma verbal, só através de ação de cobrança.

Além da advocacia pro bono, o Estatuto prevê outra situação de advocacia


gratuita – quando um advogado defende um colega no TED – Tribunal de Ética
e Disciplina.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o


direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e
aos de sucumbência.

Temos três tipos de honorários, vejamos:

1- CONVENCIONADOS: neste tipo de honorários, advogado e cliente


combinam um valor fixo de honorários, uma novidade trazida pela Lei
14.365/22 no § 8º é que também se aplica a regra de honorários
convencionados aqueles decorrentes da indicação de clientes entres
advogados ou sociedade de advogados.
2- HONORÁRIOS FIXADOS POR ARBITRAMENTO JUDICAL: Caso em que não há
estipulação em contrato dos honorários e, neste caso, o juiz deverá arbitrar o valor
compatível com o trabalho desempenhado e o valor econômico da demanda. Também
será arbitrado quando o advogado for nomeado pelo juiz para defesa de cliente
juridicamente necessitado e impossibilidade da Defensoria Pública local.

3 – HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS – parte vencida paga ao advogado da parte


vendedora.
ATENÇÃO: O STF declarou inconstitucional o art. 24, §3º que estipula ser nula qualquer
cláusula que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de
sucumbência.
LER OS ARTS. 48 AO 54 DO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

PACTO QUOTA LITIS – também chamada de cláusula quota litis, ocorre quando o
advogado, em virtude de necessidade do cliente, para recebimento de seus honorários
advocatícios, tem participação no resultado ou ganho obtido na causa.
Art. 50 do Código de Ética

“Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser
necessariamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.”
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o
direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e
aos de sucumbência.

§ 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente


necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da
prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo
tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
§ 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por
arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor
econômico da questão, obsevado obrigatoriamente o disposto nos §§2º, 3º, 4º
, 5º, 6º, 6º -A, 8º, 8º A, 9º e 10 do art. 85 do CPC.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
§ 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do
serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final.

§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de


expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que
lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo
constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado
por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no
exercício da profissão.
§ 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos
como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em
substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em
substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que,
ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do
contrato originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a
necessidade de mais formalidades.

§8º Consideram-se também honorários convencionados aqueles decorrentes da


indicação de cliente entre advogados ou sociedade de advogados, aplicada a regra
prevista no § 9º do art. 15 do Estatuto (que trata da sociedade de advogados)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência,


pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença
nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido
em seu favor.

Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que
os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência,
concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
§ 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da
ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.
§ 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os
honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são
recebidos por seus sucessores ou representantes legais.

§ 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção


individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos
honorários de sucumbência. (Vide ADIN 1.194-4)

§ 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo


aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os
convencionados, quer os concedidos por sentença.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contado o prazo:

I - do vencimento do contrato, se houver;


II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

ATENÇÃO: Também prescreve em 05 anos a ação de prestação de contas das


quantias recebidas pelo advogado do seu cliente. Art. 25-A
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
ATENÇÃO 2:

Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode


cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o
substabelecimento.

ATENÇÃO 3: O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária,


NÃO prejudica os honorários pactuados.
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – arts. 27 ao 30 do ESTATUTO
IMPEDIMENTO – é a proibição parcial do exercício da advocacia, isso quer dizer que o
advogado pode continuar advogando, contudo só não poderá advogar contra ou a
favor de determinadas pessoas;

INCOMPATIBILIDADE - gera a proibição total do exercício da advocacia, ou seja, o


advogado não pode advogar em hipótese alguma, nem em causa própria.

Quando o exercício desta incompatibilidade for temporária, o advogado poderá se


licenciar (art. 12, II do Estatuto) – Governador, Prefeito (chefes do poder executivo –
art. 28)
Quando o exercício desta incompatibilidade for em caráter definitivo, a inscrição será
cancelada – exemplos: cargo de juiz, promotor, analista judiciário..
INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS – arts. 27 ao 30 do ESTATUTO
MOTIVO – evitar que alguns advogados levem vantagens em detrimento de outros,
que exerçam a advocacia ainda com implicações éticas – pois possui informações
privilegiadas ao trabalhar na referida empresa.

ATENÇÃO: Se a atividade incompatível for anterior a inscrição na OAB, o bacharel


poderá prestar o exame de ordem, contudo não poderá requerer sua inscrição, se a
atividade for posterior a inscrição, deverá requerer o licenciamento ou cancelamento
da mesma.

ATENÇÃO 2: se a atividade incompatível for anterior ou posterior a inscrição, deverá


o advogado apenas informar a OAB, que deverá inserir anotação na carteira
profissional sobre a existência de restrições.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
I – CHEFES DO PODER EXECUTIVO E MEMBROS DA MESA DO PODER LEGISLATIVO E
SEUS SUBSTITUTOS LEGAIS – Podemos notar que Prefeitos, Governadores e Presidente
da República não podem advogar e nem os membros da mesa do poder legislativo.

ATENÇÃO: A incompatibilidade no Legislativo só alcança os membros da mesa, ou


seja, os demais funcionários do Poder Legislativo possuem apenas um impedimento
(art. 30, II)

LEMBRANDO, os membros da mesa é formado por Presidente da Assembléia, Vice-


Presidente e Secretários, cuja numeração depende do Regimento Interno de cada casa.
ATENÇÃO 2: Nestes casos a incompatibilidade e o impedimento serão temporários!!!
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
II – MEMBROS DE ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DOS
TRIBUNAIS E CONSELHOS DE CONTAS, DOS JUIZADOS ESPECIAIS, DA JUSTIÇA DE PAZ,
JUIZES CLASSISTAS, BEM COMO TODOS OS QUE EXERÇAM FUNÇÃO DE JULGAMENTO
EM ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO COLETIVA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU
INDIRETA –

ATENÇÃO: Os juízes leigos , conforme art. 7º da Lei 9.0900, estão apenas impedidos de
exercerem a advocacia, ou seja, não podem advogar no âmbito do Juizado Especial
Na forma do que dispõe o § 2º do art. 15 da Lei n. 12.153 de 22 de dezembro de
2009, os juízes leigos atuantes em juizados especiais da fazenda pública ficarão
impedidos de advogar em todo o sistema nacional de juizados especiais da fazenda
pública. ISSO SE APLICA NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS TAMBÉM!!!
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
II – MEMBROS DE ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DOS
TRIBUNAIS E CONSELHOS DE CONTAS, DOS JUIZADOS ESPECIAIS, DA JUSTIÇA DE PAZ,
JUIZES CLASSISTAS, BEM COMO TODOS OS QUE EXERÇAM FUNÇÃO DE JULGAMENTO EM
ÓRGÃO DE DELIBERAÇÃO COLETIVA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA –

Outro ponto a destacar está no fato que o inciso fala de membros, apesar de no IV falar de
servidores também, são membros do Poder Judiciário: juízes, desembargadores e os
Ministros. São membros do MP, os Promotores e Procuradores.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28

ATENÇÃO: O STF, decidiu que não se incluem neste rol os juízes eleitorais e seus suplentes.
A Constituição Federal — reiterando virtude das anteriores — nos seus artigos 119, II e 120,
§ 1º, III, reservou, respectivamente, no TSE e no tribunal regional de cada Estado, dentre os
sete assentos previstos para cada colegiado, dois lugares aos juristas (advogados de notável
saber jurídico e reconhecida idoneidade moral), nomeados em ambos os casos pelo
presidente da República.

Segundo o entendimento, o jurista que ocupar cargo na magistratura eleitoral, ao encerrar o


biênio inerente à função, ficará impedido por três anos, de exercer a advocacia na área
eleitoral na localidade em foi magistrado.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
III – OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES DE DIREÇÃO EM ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA, EM SUAS FUNDAÇÕES E EM SUAS EMPRESAS
CONTROLADAS OU CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICO

Neste caso, devemos dar destaque a duas exceções elencadas no §2º do art. 28, vejamos:

1 – Não se incluem neste rol aqueles que não detenham o poder de decisão relevante sobre
interesses de terceiros, a juízo do Conselho da OAB;

2 – Também se excluem do rol aqueles que desempenham a função ligada ao magistério


jurídico.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
IV – OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES VINCULADOS DIRETA OU INDIRETAMENTE A
QUALQUER ÓRGÃO DO PODER JUDICIÁRIO E OS QUE EXERCEM SERVIÇOS NOTARIAS E DE
REGISTRO

Neste caso, este rol trata dos funcionários: técnicos de atividade judiciária, os analistas,
contadores judiciais, assessores de desembargador, seguranças e demais cargos de
auxiliares.

Ainda se encontram no referido rol, os que exercem serviços notariais e de registro


(tabeliães, notários, registradores e escreventes de cartório extrajudicial.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28
V – OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES VINCULADOS DIRETA OU INDIRETAMENTE À
ATIVIDADE POLICIAL DE QUALQUER NATUREZA

Neste caso, inclui na atividade policial, os policiais federais (agentes, escrivães e delegados),
policiais civis (investigadores, comissários e delegados), policiais militares, rodoviários
(estaduais e federais), e os integrantes do Corpo de Bombeiro Militar.

O órgão especial do Conselho Federal da OAB decidiu que os guardas municipais se


enquadram nessa hipótese de incompatibilidade.

ATENÇÃO: Com a crescente terceirização, a vedação também engloba os que prestam


serviços ainda que vinculados a empresas privadas.
V – OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES VINCULADOS DIRETA OU INDIRETAMENTE À
ATIVIDADE POLICIAL DE QUALQUER NATUREZA

ATENÇÃO: A LEI 14.365/22 – trouxe uma inovação da uma inscrição especial tanto para o
caso do inciso V e VI que permite o exercício em causa própria, estritamente para fins de
defesa e tutela de direitos pessoais, VEDADA a participação em sociedade de advogados.

INSCRIÇÃO ESPECIAL – A lei 14.365/22 acrescentou nos § 3º e 4º ao art. 28, passando a


determinar que as atividades incompatíveis dos incisos V e VI (atividade policial ou militar)
não se aplicam em causa própria, estritamente para defesa e tutela de direitos pessoais,
desde que tenha inscrição na OAB (com menção desta restrição na própria carteira),
pagamento da anuidade e VEDADA PARTICIPAÇÃO EM SOCIEDADE DE ADVOGADOS!!!
INCOMPATIBILIDADES – art. 28

VI – MILITARES DE QUALQUER NATUREZA

Militares das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), seja qual for sua
patente e desde que estejam na ativa.

Doutrinadores acreditam que em breve surja uma Ação Direta de Inconstitucionalidade


em face desta nova modificação trazida pela lei.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28

VII – OCUPANTES DE CARGOS OU FUNÇÕES QUE TENHAM COMPETENCIA DE


LANÇAMENTO, ARRECADAÇÃO OU FISCALIZAÇÃO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
PARAFISCAIS

Estamos diante do caso de fiscais e de outros servidores que tenham competência de


lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos ou contribuições parafiscais.
as contribuições parafiscais são tipos de tributos cuja arrecadação é destinada ao
custeio de atividade paraestatal, ou seja, atividade exercida por entidades privadas,
mas com conotação social ou de interesse público.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28

VIII – OCUPANTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO E GERÊNCIA EM INSTITUIÇÕES


FINANCEIRAS, INCLUSIVE PRIVADAS

Neste rol encontram-se os diretores e gerentes de instituições financeiras publicas ou


privadas.
INCOMPATIBILIDADES – art. 28

AFASTAMENTO TEMPORÁRIO DA ATIVIDADE INCOMPATÍVEL

No caso de afastamento temporário da atividade, a incompatibilidade permanece, isso


quer dizer que o Juiz não pode advogar durante as férias, mas pode advogar após a
aposentadoria.

AFASTAMENTO DEFINITIVO DA ATIVIDADE INCOMPATÍVEL

Neste caso, após o afastamento definitivo do cargo a incompatibilidade desaparece,


contudo, nos casos de membros do Ministério Público e Magistrados, aposentados ou
exonerados, é vedado a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram, antes de
decorridos três anos - EC 45/2004
IMPEDIMENTOS – art. 30 DO ESTATUTO

I – SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL

Neste rol estão proibidos de advogar parcialmente, os servidores da administração


publica direta, indireta e fundacional e isto significa que o advogado pode advogar
livremente, tendo apenas a restrição de advogar em face da Fazenda que o remunera,
ou seja, vinculado ao órgão que ele está alocado.

EX.: Funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro não pode advogar contra o município
do Rio de Janeiro; agente administrativo do INSS não pode advogar em face da UNIÃO,
professores de escolas estaduais em face do ESTADO.
IMPEDIMENTOS – art. 30 DO ESTATUTO

ATENÇÃO:

TEMOS uma exceção bem interessante no tocante aos docentes de cursos jurídicos (art.
30, parágrafo único), vejamos:
Docentes de faculdade, ainda que pública, não possui impedimento de advogar em face
da FAZENDA que o remunera, permanecendo apenas a restrição ética, ou seja, de não
advogar contra a própria faculdade.

Vale ressaltar que essa exceção abrange apenas docentes de cursos jurídicos, isso quer
dizer que, docentes de outros cursos, tipo medicina, engenharia, administração, uma vez
advogados, estão impedidos de advogar não só em face da faculdade, como também o
órgão vinculado a esta.
IMPEDIMENTOS – art. 30 DO ESTATUTO

I I– MEMBROS DO PODER LEGISLATIVO

Neste inciso o impedimento é mais amplo, isso quer dizer que não abrange somente a
Fazenda que o remunera, mas todos os órgãos da administração pública direta ou
indireta, vejamos alguns exemplos:

Membros do Poder Legislativo (senador, deputado federal, estadual, vereador) podem


advogar, contudo, possuem um impedimento de advogar contra todas as pessoas de
direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas,
entidades paraestatais ou até empresas concessionárias ou permissionárias de serviços
públicos.
IMPEDIMENTOS – art. 30 DO ESTATUTO

IMPEDIMENTOS ESPECIAIS

TEMOS uma exceção bem interessante no tocante aos docentes de cursos jurídicos (art.
30, parágrafo único), vejamos:
Docentes de faculdade, ainda que pública, não possui impedimento de advogar em face
da FAZENDA que o remunera, permanecendo apenas a restrição ética, ou seja, de não
advogar contra a própria faculdade.

Vale ressaltar que essa exceção abrange apenas docentes de cursos jurídicos, isso quer
dizer que, docentes de outros cursos, tipo medicina, engenharia, administração, uma
vez advogados, estão impedidos de advogar não só em face da faculdade, como
também ao órgão vinculado a esta.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes

RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

A responsabilidade funcional, também chamada de profissional, se divide em três tipos,


contudo, convém esclarecer que estas esferas são independentes uma das outras,
vejamos:

1 - RESPONSABILIDADE CIVIL – O art. 186 do CC c/c com o art. 32 do estatuto


estabelece a regra da responsabilidade subjetiva do advogado, ou seja, aquela que
depende de verificação de culpa. Sem contar com o art. 14 do CDC que dispõe também
da responsabilidade dos profissionais liberais pendente de verificação de culpa.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes

LIDE TEMERÁRIA – Uma das condutas tipificadas é a lide temerária, e esta ocorre
quando o advogado, em conluio com o cliente, altera a verdade dos fatos com o objetivo
de prejudicar terceiros. No entanto, esta conduta não se presume, nem pode a
condenação ser decretada pelo juiz da mesma ação onde se deu o fato.

Atenção: Para responsabilizar o advogado, é necessária a comprovação de dolo na


prática, pois a falta de experiência ou simples desleixo do advogado não caracteriza a
conduta tipificada.
No caso de lide temerária, estabelece o parágrafo único que, o cliente será
responsabilizado solidariamente ao advogado e que será apurado em ação própria.
Atenção2: O código de Ética proíbe que o advogado exponha os fatos em juízo
falseando a verdade deliberadamente ou estribando-se na má-fé (art; 6º CED)
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes

EXEMPLO DE LIDE TEMERÁRIA – Advogado, mesmo sabendo que um


cliente, ora credor, já recebeu o valor da dívida, valendo-se do fato do
devedor não ter pego o recibo de pagamento, propõe uma ação de
cobrança em face deste.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

a) VIOLAÇÃO DE SEGREDO PROFISSIONAL (art. 154, CP) – Como já estudado


exaustivamente, o advogado tem o dever / direito de manter em sigilo todas as
informações trocadas pelo cliente, em virtude deste relacionamento de confiança. Para
que se configure o crime, precisamos nos ater para os seguintes requisitos:
- Ser um segredo – o fato tem que ser revelado ao advogado;
- Revelação a terceiro;
- Revelação sem justa causa; (art. 37 CED)
- Potencialidade de causar dano a terceiro;
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Art. 37. O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

b) SONEGAÇÃO DE AUTOS (art. 356, CP) – O advogado tem o direito de obter vista dos
autos por um prazo, contudo tem o dever de cuidar e ter zelo por estes. Uma vez intimado
para devolver e, não o fazendo, algumas consequências poderão ocorrer, vejamos:

- Busca e apreensão dos autos;


- Perda de vista destes autos fora do cartório;
- Responsabilidade criminal (art. 356 CP);
- Sanção disciplinar de suspensão (art. 34, XXII e art. 37, I do Estatuto);
- Responsabilidade civil em caso de prejuízo (art. 32, Estatuto)
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir autos, documento


ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou
procurador:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.


ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

c) PATROCÍNIO INFIEL (art. 355, CP) – O crime de patrocínio infiel ocorre quando o
advogado trai o dever profissional, causando prejuízo a seu cliente. Neste tipo de crime é
admissível a participação de terceiros, inclusive estagiários.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional,


prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Patrocínio simultâneo ou tergiversação


Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial
que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

d) TERGIVERSAÇÃO E PATROCÍNIO SIMULTÂNEO (art. 355, parágrafo único, CP) – Neste


caso o código pune o advogado que patrocina os interesses de partes opostas na mesma
causa. Contudo, temos duas condutas:

TERGIVERSAÇÃO – quando o advogado, após a renúncia ou revogação pelo cliente, passa a


patrocinar a causa da parte contrária, entendo parte contrária como pessoas com
interesses divergentes na mesma relação jurídico-processual.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

PATROCÍNIO SIMULTÂNEO – quando o advogado atua por ambas as partes conflitantes,


vejam que na ação de divórcio consensual, não se tipifica tal conduta, tendo em vista que,
apesar de estar advogando para ambas as partes, estas estão de forma amigável, ou seja,
não são partes conflitantes.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional,


prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Patrocínio simultâneo ou tergiversação


Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial
que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes

RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

2 - RESPONSABILIDADE PENAL – O CP dispõe sobre alguns crimes, vejamos:

e) EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA (art. 205,


parágrafo único, CP) – Neste caso o advogado exerce a função, mesmo estando impedido
por decisão administrativa. Atenção, se a decisão estiver pendente de recurso com efeito
suspensivo ou sem o transito em julgado, não há que se falar em ilícito penal.
ÉTICA DO ADVOGADO – art. 31 e seguintes
RESPONSABILIDADE DO ADVOGADO

Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por decisão administrativa:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.


DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado


Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da
moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em
consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.

Parágrafo único. São deveres do advogado:

I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo


caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

II - atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade,


dignidade e boa-fé;

III - velar por sua reputação pessoal e profissional;

IV - empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;

V - contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;

VI - estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes,


prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios;
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

VII - desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;

VIII - abster-se de:

a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;

b) vincular seu nome a empreendimentos sabidamente escusos;

c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a


dignidade da pessoa humana;
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste;

e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as


quais tenha vínculos negociais ou familiares;

f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes;

IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos
individuais, coletivos e difusos;
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES
X - adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da
Justiça;

XI - cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na


representação da classe;

XII - zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;

XIII - ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.

Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as


desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para
garantir a igualdade de todos.
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

Art. 4º O advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação


empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de
departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar
pela sua liberdade e independência.

Parágrafo único. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de


manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe
seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente.
DEVERES DO ADVOGADO – CÓDIGO DE ÉTICA –ART. 2º E SEGUINTES

Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de


mercantilização.

Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa falseando


deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé.

Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou


indiretamente, angariar ou captar clientela.
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE – ARTS. 9º E SEGUINTES

Art. 9º O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a


eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda.
Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio,
qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou
confiar-lhe a causa.

Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca. Sentindo o
advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua
impressão e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o
substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE – ARTS. 9º E SEGUINTES

Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe,
por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a
intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecêlo quanto à estratégia
traçada.

Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato,
obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido
confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas,
pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem
pertinentes e necessários.

Parágrafo único. A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados não se
inclui entre os valores a ser devolvidos.
DO DEVER DE URBANIDADE – ARTS. 27 E SEGUINTES

Art. 27. O advogado observará, nas suas relações com os colegas de profissão, agentes
políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, o dever de urbanidade,
tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará seus
direitos e prerrogativas, devendo exigir igual tratamento de todos com quem se relacione.

§ 1º O dever de urbanidade há de ser observado, da mesma forma, nos atos e


manifestações relacionados aos pleitos eleitorais no âmbito da Ordem dos Advogados do
Brasil.
DO DEVER DE URBANIDADE – ARTS. 27 E SEGUINTES

§ 2º No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, adotar-se-ão as


medidas cabíveis, instaurando-se processo ético-disciplinar e dando-se ciência às
autoridades competentes para apuração de eventual ilícito penal.

Art. 28. Consideram-se imperativos de uma correta atuação profissional o emprego de


linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa técnica jurídica.
DO DEVER DE URBANIDADE – ARTS. 27 E SEGUINTES

Art. 29. O advogado que se valer do concurso de colegas na prestação de serviços


advocatícios, seja em caráter individual, seja no âmbito de sociedade de advogados ou de
empresa ou entidade em que trabalhe, dispensar-lhes-á tratamento condigno, que não os
torne subalternos seus nem lhes avilte os serviços prestados mediante remuneração
incompatível com a natureza do trabalho profissional ou inferior ao mínimo fixado pela
Tabela de Honorários que for aplicável.

Parágrafo único. Quando o aviltamento de honorários for praticado por empresas ou


entidades públicas ou privadas, os advogados responsáveis pelo respectivo departamento
ou gerência jurídica serão instados a corrigir o abuso, inclusive intervindo junto aos demais
órgãos competentes e com poder de decisão da pessoa jurídica de que se trate, sem
prejuízo das providências que a Ordem dos Advogados do Brasil possa adotar com o mesmo
objetivo.
DA ADVOCACIA PRO BONO – ART. 30 – já mencionado no slide 83

PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA

A OAB é bastante rigorosa e criteriosa no tocante a publicidade do advogado, vejamos:

1 – proibida a utilização de expressões que possam captar clientes;


2 – proibida a divulgação em conjunto com outra atividade,
3 - proibida a publicidade pela rádio e tv e;
4 – proibida a utilização da denominação fantasia.
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA

Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve
primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou
mercantilização da profissão.

Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a
diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:

I - a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;


PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA
II - o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;

III - as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;

IV - a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a


indicação de vínculos entre uns e outras;

V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos


literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de
eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias
pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA
VI - a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de
publicidade, com o intuito de captação de clientela.

Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é


permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde
que respeitadas as diretrizes previstas no artigo 39.

Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos
que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa
forma, captação de clientela
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA
Art. 42. É vedado ao advogado:

I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de


comunicação social;
II - debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;

III - abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o


congrega;

IV - divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;

V - insinuar-se para reportagens e declarações públicas.


PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA
Art. 43. O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio,
de entrevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro
meio, para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos,
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.

Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e
forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado
evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate
de caráter sensacionalista.
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA

Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório
de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o
número ou os números de inscrição na OAB.

§ 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções


honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça
parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR
code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o
cliente poderá ser atendido.
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA

§ 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do


advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.

Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou


publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio
físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua
circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
PUBLICIDADE PROFISSIONAL – art. 39 ao 47 do CÓDIGO DE ÉTICA

Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá
observar as diretrizes estabelecidas neste capítulo. Parágrafo único. A telefonia e a internet
podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de mensagens a
destinatários certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou
representem forma de captação de clientela.

Art. 47. As normas sobre publicidade profissional constantes deste capítulo poderão ser
complementadas por outras que o Conselho Federal aprovar, observadas as diretrizes do
presente Código.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes
A responsabilidade disciplinar é aquela aplicada pela OAB ao advogado ou o estagiário,
que infringir as normas contidas no Estatuto, Regulamento Geral e no Código de Ética.

Elas estão distribuídas entre:

1) CENSURA – Uma das sanções mais brandas aplicadas pela OAB e estão arroladas no art.
36 do Estatuto e, neste caso, o advogado poderá continuar a advogar, porém, terá a
reprimenda registrada nos assentamentos do referido advogado, deixando ainda, de ser
primário, caso pratique outra infração disciplinar – gerando uma aplicação, inclusive,
mais grave (suspensão de 30 dias a 12 meses – art. 37, II do ESTATUTO).

ATENÇÃO: a censura é uma sanção sigilosa, que só a OAB e o próprio inscrito tem acesso,
contudo a suspensão e a exclusão são sanções públicas, justamente por envolver a
prática da profissão.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

ATENÇÃO 2: A censura poderá ser convertida em uma advertência (um ofício reservado
encaminhado ao advogado, sem registro nos assentamentos), desde que presentes uma
circunstância atenuante elencadas no art. 40 do Estatuto.

CIRCUNSTÂNCIAS ATENUATES:

1- falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;


2 - ausência de punição disciplinar anterior;
3 - exercício assíduo e proficiente de mandado ou cargo em qualquer órgão da OAB;
4- prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

TAC – termo de ajustamento de conduta – Atenção, foi inserido pela Resolução 04/2020 e
regulamentado pelo Provimento 200/2020, determinando que, nos casos de infração ético-
disciplinar punível com censura, será admissível a celebração de termo de ajustamento de
conduta, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

INFRAÇÕES PUNIDAS COM CENSURA (art. 36 do Estatuto):

1 – infrações definidas nos incisos I ao XVI e XXIX do art. 34;


2 – violação ao Código de Ética;
3 – violação a preceito desta lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção
mais grave;
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

2) SUSPENSÃO – Trata-se de uma sanção mais grave do que a censura, pois impossibilita o
advogado de exercer sua atividade profissional, em todo o território, por um prazo, que
pode variar entre 30 dias a 12 meses.

Atenção, o prazo da suspensão pode ainda se estender por prazo indeterminado, nas
hipóteses do art. 37, §§ 2º e 3º, vejamos:

XXI – recusa injustificada de prestação de contas;


XXIII – deixar de pagar as contribuições;
XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional. (neste caso a
suspenção perdurará até nova prova de habilitação, ou seja, NOVA PROVA DA OAB)
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

INFRAÇÕES PUNIDAS COM SUSPENSÃO (art. 37 do Estatuto):

1 – infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34;


2 – reincidência;

ATENÇÃO: O parágrafo único do art. 34 inclui como conduta incompatível a prática


reiterada de jogo de azar não autorizado por lei, a incontinência pública e escandalosa e a
embriaguez ou toxicomania habituais.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

3) EXCLUSÃO – Na exclusão, temos a sanção mais grave aplicável pela OAB, e gera o
cancelamento da inscrição e a impossibilidade de advogar, até que seja reabilitado.

4) MULTA – A multa é uma sanção acessória, ou seja, não será aplicada de forma isolada,
sendo aplicada em conjunto com uma censura ou até uma suspensão, sempre que houver
uma circunstância agravante, como no caso a reincidência. O valor da multa pode variar
entre 01 a 10 anuidades.

ATENÇÃO: As sanções disciplinares (censura, suspensão, exclusão e multa), devem


constar nos assentamentos do inscrito, após o transito em julgado da decisão, não podendo
ser objeto de publicidade a censura, justamente pelo fato de não impedir a contratação do
profissional.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES –ARTS. 34 e seguintes

INFRAÇÕES PUNIDAS COM EXCLUSÃO (art. 38 do Estatuto):

1 – aplicação por 3 vezes de suspensão, ou seja, o advogado que for suspenso , seja qual for
a infração, na terceira vez será excluído da OAB;

2 - infrações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34;


2.1 – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição;
2.2 – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
2.3 – praticar crime infamante.
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ATENUANTES:

São consideradas atenuantes:

1 – falta cometida na defesa da prerrogativa;


2 - ausência de punição disciplinar anterior;
3 - exercício assíduo de cargo na OAB;
4 – prestação de relevantes serviços à advocacia.
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REABILITAÇÃO (art. 41 do Estatuto):

O Estatuto da OAB permite que, após 01 ano do cumprimento da sanção disciplinar, o


advogado faça o requerimento de sua reabilitação, apresentando, para tanto, provas
efetivas de bom comportamento, contudo, quando a sanção se der por prática de algum
crime, o pedido de reabilitação na OAB dependerá da correspondente reabilitação criminal
(art. 94 do CP).
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (art. 43, caput do Estatuto):

A aplicação da punibilidade às infrações disciplinares prescreve em 05 anos, a contar da data da


constatação oficial do fato.

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (art. 43, § 1ª do Estatuto):

A prescrição intercorrente ocorrerá quando o processo ficar parado por mais de 03 anos, pendente
de despacho ou julgamento.

INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO (art. 43, § 2ª do Estatuto):


A prescrição será interrompida e ter sua contagem reiniciada em duas situações:

1 - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita;


2 – pela decisão condenatória recorrível;

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