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A ética cuida da conduta e da técnica profissional do advogado, não apenas em relação aos clientes,

mas também aos demais advogados e os serventuários da justiça.

Princípios
1°) Princípio do Sigilo Profissional Todas as informações que temos conhecimento no exercício da
atividade da advocacia serão sigilosas. A quebra do sigilo sem justa causa enseja processo disciplinar -
sob pena de sanção de Censura. Sendo reincidente em infração a sanção será de suspensão. No
código de ética temos hipóteses que justificam a quebra do sigilo profissional: a) Ameaça a vida; b)
ameaça a honra; c) ou quando o advogado for ameaçado pelo cliente. 2°) Princípio da Confiabilidade
A confiança recíproca é condição essencial para o exercício da advocacia, sob pena de renúncia da
procuração.
3°) Princípio da Pessoalidade Está relacionado com o princípio da confiabilidade.

Atividades Privativas da Advocacia

1°) Assessoria e Consultoria Aqui falamos da atuação extrajudicial do advogado, como nos casos da
atuação preventiva do advogado (arbitragem e mediação).
2°) Atos Constitutivos de Pessoas Jurídicas Esses atos, como os estatutos e contratos sociais, levam o
visto do advogado como termo obrigatório. A finalidade é evitar prejuízos futuros para as sociedades.
Exceções: Pequenas de pequeno porte e micro empresas.
3°) Postular em Juízo Trata-se de atividade típica de advogado.
Exceções: a) Habeas Corpus; b) Justiça do trabalho (nos casos de recursos será necessária a
presença do advogado); c) Justiça de Paz; d) Juizados Especiais.
Procuração
Documento onde o cliente confere poderes ao advogado para representá-lo em juízo ou fora. Se por
motivo urgente não puder ser juntada a procuração, poderá ser feito em 15 dias - podendo ser
prorrogado por uma única vez por mais 15 dias, sob pena de nulidade de todos os atos praticados.
Substabelecimento - existem dois:
a) Com Reserva de Poderes - um advogado substabelece poderes a outro, permanecendo no
processo. Aqui os honorários serão recebidos com autorização do advogado substabelecente.
b) Sem Reserva de Poderes - aqui o advogado substabelece, saindo do processo. Os honorários
devem ser calculados de forma proporcional, por exemplo ao tempo e ao trabalho de cada advogado. O
cliente deverá ser informado sobre o substabelecimento quando tivermos substabelecimento sem
reserva de poderes, diante do princípio da confiabilidade. Renúncia da Procuração - prerrogativa do
advogado - direito-dever do advogado, como no caso de advogado que perde a confiança no cliente.
Aqui é enviada uma carta com aviso de recebimento, de renúncia ao cliente (fax e e-mail). O advogado
permanece responsável pelo processo durante no máximo 10 dias da data da notificação, ou seja, do
aviso de recebimento. O motivo da renúncia é de foro íntimo, ou seja, não precisa revelar o motivo da
renúncia. Revogação da Procuração - direito do cliente. Basta que o cliente deixe seu advogado ciente
de uma forma inequívoca. Ao contrário da renúncia, a partir do dia seguinte o advogado não atua mais
no processo. Tanto na renúncia quanto na revogação busca-se a ciência inequívoca, seja do cliente ou
do advogado.

Direitos dos Advogados


1°) Exercício em Todo Território Nacional - até 5 causas judiciais em cada Estado, a partir dai deve-se
promover a inscrição suplementar.
2°) Imunidade Profissional - abrange a injuria e a difamação. O desacato e a calúnia não são
abrangidas pela imunidade. Em relação ao desacato, através de ADIn ficou decidido que não faz parte
das imunidades do advogado.
3°) Comunicação com o Juiz ou seu cliente sem hora marcada - entendimento da OAB - respeitada a
hora de chegada bem como o bom senso. Em relação ao cliente, tem direito sem hora marcada e sem
procuração. Mesmo estando preso o cliente, não existe incomunicabilidade com o advogado.
4°) Juiz ausente da sala de audiência - se o juiz está atrasado com a audiência anterior o advogado
deve aguardar, agora se estiver ausente o advogado terá o direito de aguardar 30 minutos, protocolar
uma petição onde comunica o motivo e a hora da sua retirada.
5°) Inviolabilidade do Local de Trabalho - será objeto de busca quando tivermos autorização judicial
com a presença de representante da OAB. O mandado deve ser específico e pormenorizado, ou seja,
detalhado, para não invadir a privacidade e sigilo de clientes. Deve haver indício de que a infração
tenha sido praticada pelo advogado. Para ter informações de clientes, este deve ser investigado como
co-autor ou partícipe da infração. Prisão Especial - quem possui curso superior e algumas autoridades.
Sala de Estado Maior - advogados. Essa sala vem do direito militar, e é compreendido como o local
onde o oficial será recolhido, dentro do estabelecimento militar, que não é envolto por grades. A leitura
do estatuto e do regulamento geral do estatuto é fundamental para a aprovação. O professor
recomenda o Livro da Coleção Para aprender Direito/Legislação - Estatuto da Advocacia e a Ordem dos
advogados do Brasil comentado - Alysson Cesar Augusto de Freitas Rachid - Ed. Barros, Fisher e
Associados.

Direito dos advogados, requisitos de inscrição,


instituição OAB.

Falamos do exercício em todo território nacional, direito de falar com seu cliente e com o juiz sem hora
marcada, questão do juiz ausente e começamos a falar sobre prisão especial e sala de estado maior.
Os advogados têm direito a sala de estado maior, respondem a processo dentro desta sala, que é um
local dentro de um estabelecimento militar, onde um militar é recolhido e ausentes as grades, de acordo
com a dignidade de um advogado. Bacharel em direito vai para prisão especial, sala de estado maior é
apenas para advogados. Se for estagiário, vai para a prisão comum. Na falta de sala de estado maior, o
advogado responde processo em prisão domiciliar. O advogado tem direito a sala de estado maior
assim reconhecida pela OAB. A expressão “assim reconhecida pela OAB” foi julgada inconstitucional.
Assim, o advogado tem direito a responder ao processo em sala de estado maior, mas não é
necessário que a OAB a reconheça. O advogado pode ser preso em flagrante. No exercício da
profissão o advogado pode ser preso em flagrante diante da prática de um crime inafiançável e é
exigida a presença do representante da OAB.

INSCRIÇÃO
Requisitos da inscrição:
- capacidade civil (maior de 18 anos ou conclusão de curso
superior)
- diploma ou certidão de um curso de direito
- título de eleitor (para os brasileiros)
- quitação com o serviço militar (para os brasileiros)
- aprovação no exame de ordem
- não exercer atividade incompatível com a advocacia
- idoneidade moral
- prestar compromisso
Incompatibilidade X Impedimento
(art. 28) (art. 30)
O artigo 29 diz respeito à exclusividade. Ex. AGU - pratica atividades privativas de advocacia,
exclusivamente no desempenho de suas funções. Não precisa decorar o artigo 28, mas precisa guardar
que incompatibilidade quer dizer proibição total ao exercício da advocacia, ou seja, em nenhuma
hipótese pode exercer a advocacia, não existe exceção. Precisa ver se o agente possui algum privilégio
a mais do que o advogado comum. se possuir, ele exerce atividade incompatível com a advocacia. O
privilégio pode se relacionar à facilidade de captação de clientela, facilidade de acesso a informações,
tráfico de influência, etc. esses são os privilégios que tornam incompatível a atividade. Quando falamos
nos militares, sabemos que eles possuem regime hierárquico, ou seja, há dependência em relação ao
superior. É incompatível porque a advocacia pressupõe a independência. Obs - quem exerce atividade
incompatível pode prestar o exame, porque não há prazo de validade para este. Enquanto
incompatibilidade quer dizer proibição total ao exercício da advocacia, impedimento quer dizer proibição
parcial ao exercício da advocacia. O impedido pode exercer a advocacia, mas tem alguma restrição.
Trabalhamos neste artigo 30 com servidores públicos em geral e membros do poder legislativo. O
servidor público é impedido de atuar contra a fazenda pública que o remunera ou contra a qual ele
esteja vinculado. Ex. servidor público municipal. Pode atuar contra a esfera federal. Membros do poder
legislativo - o impedimento é mais amplo, eles são impedidos de atuar contra ou a favor de pessoa
jurídica de direito público. Membros da mesa do poder legislativo - aqui falamos em incompatibilidade e
não mero impedimento. Prestar compromisso - é um ato personalíssimo, não pode ser por procuração.

Cancelamento e licenciamento da inscrição


O cancelamento da inscrição pode ser obtido mediante requerimento simples. O licenciamento precisa
de um requerimento justificado. Exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter
permanente - cancelamento da inscrição. Exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter
provisório - licenciamento da inscrição. Morte do advogado - cancelamento da inscrição. Exclusão dos
quadros da OAB - cancelamento da inscrição. Doença mental curável - licenciamento da inscrição.
Perda de requisito de inscrição - cancelamento da inscrição. Ex. Doença mental incurável = perda da
capacidade civil. Tanto no cancelamento quanto no licenciamento, o advogado deixa de pagar a sua
anuidade. O cancelamento é um ato definitivo. Para voltar a fazer parte dos quadros da OAB. Uma vez
cancelada a inscrição o advogado nunca mais restaura o número de inscrição, ela não poderá mais ser
aproveitada. Para voltar o advogado deverá voltar com um novo número de inscrição, mas ele não
precisa prestar novamente o exame de ordem, mas tem que - demonstrar capacidade civil - não exercer
atividade incompatível com a advocacia - idoneidade moral - prestar compromisso Se a inscrição foi
cancelada por exclusão, além destes requisitos, ele deverá fazer provas de reabilitação. Deixou de ser
primário, tem que voltar a ser primário. Hipóteses de exclusão: O advogado foi condenado por
falsificação de diploma, ter recebido 3 suspensões, prática de crime infamante, etc.

INSTITUIÇÃO OAB
CONSELHO FEDERAL
CONSELHOS SECCIONAIS
SUBSEÇÕES
CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
CONSELHO FEDERAL
O conselho federal da OAB é o órgão máximo/supremo da
OAB, com sede em Brasília.
Composição e competências do conselho federal
O conselho federal é formado por delegações e pelos seus ex-presidentes. Cada delegação é formada
por 3 (três) conselheiros federais eleitos. Quem elege os conselheiros federais são os advogados,
através de eleição direta, a cada 3 anos. Ex-presidentes são considerados membros honorários
vitalícios. É uma qualidade, um reconhecimento à experiência e conhecimento sobre a matéria. Quem
tem direito a voto nas deliberações do conselho federal são as delegações, ou seja, ex-presidente têm
direito apenas a voz. A medalha Rui Barbosa é o reconhecimento máximo que um advogado pode
receber por parte da OAB - quem tem competência para conferir a medalha? R. o conselho federal.
Aquele agraciado com a medalha Rui Barbosa comparece em uma deliberação do órgão especial do
conselho pleno do conselho federal, ele tem direito a voto ou a voz? R. tem direito a voz
Cada delegação tem direito a um voto. Apesar de ser formada por 3 conselheiros federais, cada
delegação tem direito a apenas 1 voto.
Cuidado - Se a questão falar em eleição da diretoria do conselho federal, o voto não é tomado por
delegação, cada conselheiro federal vai ter direito a 1 voto.
Cuidado2 - Se um ex-presidente assumiu o cargo antes de 1994, antes da publicação do estatuto atual
da OAB, este ex-presidente tem direito a voz e voto.
Cuidado 3 - Se a questão falar em um ex-presidente que assumiu o cargo antes de 1994, antes da
publicação do estatuto atual da OAB, e falar em eleição da diretoria do conselho federal. Esse ex-
presidente terá direito a voto?
R. não, na eleição da diretoria do conselho federal votam apenas os conselheiros federais.
O presidente do conselho federal é o presidente nacional da OAB, é ele quem representa a OAB
nacional e internacionalmente. Ler artigo 100 do regulamento geral do estatuto. O presidente do
conselho federal tem direito ao voto de qualidade (voto de Minerva).

Competências do conselho federal (art. 54 do estatuto


da OAB)
O conselho federal tem competência para editar e alterar o código de ética e disciplina, o regulamento
geral do estatuto da advocacia e da OAB, bem como seus provimentos (provimentos do próprio
conselho federal).
Cuidado - o conselho federal não é competente para alterar o estatuto da advocacia e da OAB, porque
o estatuto é uma lei e a competência para alterar lei é do poder legislativo. Portanto, o conselho só
pode mudar o Regulamento geral do estatuto, jamais o próprio estatuto. O conselho federal é o órgão
competente para opinar sobre a criação de um curso jurídico.
Cuidado - o conselho federal jamais pode vetar ou autorizar a criação de um curso jurídico. Quem tem
competência para vetar ou autorizar a criação de um curso jurídico é a secretaria da educação. O
conselho federal é o órgão competente para regulamentar o exame de ordem.
Cuidado - Quem realiza o exame é o conselho seccional. Quem tem competência para regulamentar é
o conselho federal, quem tem competência para realizar é o conselho seccional. O conselho federal da
OAB tem competência para interpor ADIN. O conselho federal tem competência também para intervir
em um conselho seccional em caso de afronta ou violação a normas da OAB, desde que haja o apoio
de 2/3 das delegações Cada estado mais o DF, possui uma delegação (total=27).

Composição do conselho seccional


É formado conselheiros em um número proporcional ao número de inscritos. O regulamento geral do
estatuto diz que será proporcional da seguinte forma:
- até 3000 inscritos - 30 membros/conselheiros
- a cada grupo de 3000 inscritos - aumenta-se mais um conselheiro, até o limite máximo de 80
conselheiros.
Competências do conselho seccional (art. 58, estatuto
da OAB)
- criar uma subseção
- criar a CAA - caixa de assistência dos advogados.
- intervir nas subseções e nas caixas de assistência, desde que haja concordância de 2/3 dos
conselheiros.
Cuidado - conselho federal - 2/3 das delegações. Conselho seccional - 2/3 dos conselheiros. Curso
OAB Semestral - Sábados

SUBSEÇÃO
O conselho seccional cria as subseções.
Para ser criada uma subseção são necessários pelo menos 15 advogados profissionalmente
domiciliados em sua área territorial. A área territorial pode abranger um ou mais municípios, ou ainda,
um município pode ter mais de uma área territorial. Para que uma subseção seja integrada por um
conselho, ela precisa de pelo menos 100 advogados profissionalmente domiciliados em sua área
territorial. A subseção integrada por um conselho é um braço forte do conselho seccional, ela exerce as
competências do conselho seccional, exceto aquelas que são privativas. A subseção integrada por um
conselho tem competência para receber o seu pedido de inscrição. Obs – quem vai deferir a inscrição é
o conselho seccional. A subseção não tem competência para deferir. A subseção integrada por um
conselho tem competência para instaurar ou instruir um processo disciplinar. Obs – quem tem
competência para julgar o processo disciplinar é o tribunal de ética e disciplina. A subseção não tem
competência para isso. Caixa de assistência dos advogados – para ser criada pelo conselho seccional,
é preciso que haja pelo menos 1500 inscritos na seccional. A principal finalidade da caixa de
assistência aos advogados é prestar assistência aos inscritos na OAB. Mas que tipo de assistência? -
campanhas de vacinação, assistência odontológica, descontos em livros, etc. Mas e de onde vem o
dinheiro? Vem da anuidade.
A anuidade é paga para o conselho seccional, e este repassa 50% do valor líquido que recebe a título
de anuidade para a CAA (caixa deassistência dos advogados), ou seja, o valor da anuidade depois de
descontadas as deduções obrigatórias. Se a questão falar que o conselho repassa 50% de sua receita,
estará incorreta, porque a receita inclui multas, serviços, etc. Somente 50% da anuidade líquida é
repassada à CAA. Em caso de extinção da caixa de assistência dos advogados, todo o seu patrimônio
retorna ao conselho seccional. NOTA – É importante ler o estatuto da OAB e o Regulamento geral do
estatuto. Encerramos o tema – instituição OAB.

PROCESSOS DISCIPLINARES
Natureza e dispositivos.
O processo na OAB tem natureza de processo administrativo. Então todas as informações referentes
ao processo administrativo aplicam-se aqui. O processo administrativo é mais simplificado, possui
formalismo moderado. Apesar disso, de forma alguma podemos abrir mão do amplo direito de defesa.
Os dispositivos aplicáveis são:
- estatuto da OAB
- Código de ética e disciplina
Subsidiariamente aplicam-se normas do:
- processo penal
- processo administrativo
- processo civil
Se o enunciado falar em infração, aplicam-se subsidiariamente normas do processo penal. Se o
enunciado não falou nada sobre infração, aplicam-se subsidiariamente normas do processo
administrativo e, na falta, normas do processo civil.
Prazo para manifestações em geral – 15 dias.
Prazo para defesa oral – 15 minutos.
Prazo para defesa prévia – 15 dias, prorrogáveis a critério do relator. Aqui não se fala por quanto tempo
é prorrogável.
Representação
- conselho seccional pode representar um inscrito na OAB
- Subseção
- Tribunal de ética e disciplina
- qualquer interessado (cliente, vizinho, esposa, sogra, etc), no entanto, é vedado o anonimato. O
processo na OAB corre em sigilo, é um processo sigiloso. O processo na OAB não é público, quem tem
acesso às informações são somente as partes, seus defensores e a autoridade judicial. Qualquer outro
interessado que a questão coloque não tem acesso às informações. Ex. autoridade policial – não tem
acesso.
Testemunhas
Podem ser arroladas até 5 (cinco) testemunhas.
Competência
Regra geral: Local da infração. É competente o conselho seccional do local da infração, em regra.
Exceção: conselho federal O conselho federal é competente para julgar em 3 hipóteses:
- a infração foi feita perante o conselho federal
- membro do conselho federal
- presidente de algum conselho seccional.
Defensor dativo
Há duas hipóteses em que será indicado um advogado dativo:
- advogado não encontrado
- advogado encontrado, mas caracterizada a revelia.
Revisão do processo disciplinar
Quando falamos em revisão do processo disciplinar, necessariamente falamos de revisão de uma
decisão transitada em julgado.
Pode ocorrer em 2 hipóteses:
- erro de julgamento
- condenação com base em falsa prova
Infrações e sanções disciplinares
Art. 34 do Estatuto da advocacia e seus 29 incisos.
- Censura – é a sanção mais leve, aplicada para as infrações consideradas menos graves. Caracteriza-
se por ser uma sanção escrita, mas não é objeto de publicidade. Não é publicada, mas vai ser
registrada nos assentamentos do inscrito (prontuário do advogado na OAB). Em outros termos, o
advogado deixou de ser primário perante a OAB. O examinador pode perguntar: quando a sanção de
censura pode ser substituída por uma advertência?
A advertência é uma alternativa à censura diante de uma circunstância atenuante (ex. art. 40 do EOAB
– Ex.1 praticou a infração em defesa de uma prerrogativa da advocacia, ex2 – adv nunca foi condenado
em processo disciplinar, ex3 – advogado já prestou serviços à OAB.). A advertência é um procedimento
oral (é uma bronca). Não será objeto de publicidade, não será publicada. Não é registrada nos
assentamentos do inscrito. Tanto na censura quanto na advertência, quando o advogado for primário,
elas podem ser substituídas por um curso de ética dentro de 120 dias. Nota – não é um curso de
duração de 120 dias. O advogado apenas tem que comprovar que concluiu o curso dentro de 120 dias.
Ex - violar sigilo profissional sem justa causa – infração sujeita à sanção de censura.
Código de ética e disciplina (CED)
Se a questão falar que violou artigo x, y, ou z do CED, não se preocupe, lembre-se da dica abaixo.
Dica – A sanção por violar normas do CED é a censura. suspensão
Impede o exercício da advocacia por 30 dias a 12 meses.
Exceções:
Se a questão falar que o advogado:
- deixou de prestar contas à OAB,
-ou deixou de prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele.
Nessas duas hipóteses, o advogado ficará suspenso até que preste contas do valor devidamente
corrigido. A suspensão será objeto de publicidade, será publicada. Também deverá ser registrada nos
assentamentos do inscrito (prontuário do advogado, atestando que ele deixou de ser primário). Dica –
aplica-se a qualquer infração relacionada a $ (dinheiro). Reter autos de forma abusiva (art. 34, XXII) –
infração passível de suspensão. Para que fique caracterizada a infração, independe de prejuízo
causado à parte contrária. Independe do dolo, mas necessariamente o advogado deve ter sido
notificado para que devolva os autos no prazo legal. Erros reiterados - é a única hipótese em que o
advogado poderá ser suspenso até que preste e seja aprovado em novas provas de habilitação. Isso
pode aparecer no exame como inépcia profissional – desconhecimento da técnica jurídica de forma
reiterada. Incluem-se aqui erros de português de forma reiterada.
Exclusão
É a sanção mais grave que a OAB pode aplicar aos advogados. É tão grave que, para que seja
aplicada, 2/3 do conselho competente devem concordar com a sua aplicação. É uma hipótese de
cancelamento da inscrição. A exclusão será objeto de publicidade. Será publicada. A exclusão será
registrada nos assentamentos do inscrito.
Hipóteses de aplicação de exclusão
1 – Falsa prova para inscrição Se a questão fala que o advogado foi condenado com base em falsa
prova para inscrição (ex. o sujeito falsifica certidão de conclusão do curso de direito), é hipótese de
exclusão.
2 – Terceira suspensão
3 – Prática de um crime infamante (nota- basta a prática, não é necessária a condenação)
4 – Perda da idoneidade moral (ex. patrocínio infiel – trair o cliente)
Multa
A multa pode ser de 1 a 10 anuidades. A multa somente poderá ser aplicada de forma cumulativa com
a sanção de censura ou com a sanção de suspensão. A multa nunca poderá ser aplicada de forma
isolada, também não poderá ser cumulada com a sanção de exclusão. Falamos aqui em agravante.
Dica – advertência – atenuante Multa – agravante. Qualquer dúvida enviar para o e-mail do professor.
Fim

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