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Administração Pública
1°) Função Administrativa - é a função pública do Estado, realizada debaixo da lei, na qualidade de
parte sujeito de uma relação jurídica para cumprir as finalidades previstas no ordenamento jurídico,
visando o bem comum (interesse público).
2°) Princípios
a) Legalidade - significa que o administrador público somente pode fazer o que a lei determina ou
autoriza (administrar de aplicar a lei de ofício).
b) Impessoalidade - significa que o administrador público não pode beneficiar nem prejudicar pessoas
determinadas. Este princípio também veda a promoção pessoal do administrador público quando da
inauguração de obras e serviços (proibição de nomes e símbolos) – caráter pessoal.
c) Moralidade - significa atuação dentro de padrão ético.
d) Publicidade - significa a ampla divulgação dos atos da administração pública, salvo casos de
interesse público e segurança nacional devidamente fundamentados.
e) Eficiência - EC/19 - significa buscar o melhor resultado na execução do serviço público.
Princípios Essenciais
1°) Princípio da Legalidade
2°) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado As vezes será onerado o interesse
privado em detrimento do público, como no caso da desapropriação.
Princípios (Lei 9.784/99)
1°) Razoabilidade- Significa que o administrador deve atuar de forma compatível com os fins que ele
deseja atingir.
2°) Motivação- É a explicitação das razões de fato e de direito que servem de fundamento para o ato.
3°) Autotutela - Súmula 473 STF- Ilegalidade - anulação - ex tunc - judiciário e administração - atos
discricionários e vinculados. Inconveniência e Inoportunidade - revogação - ex nunc - somente a
administração pública - somente atos discricionários. Ato Discricionário é aquele praticado com margem
de liberdade, outorgada pela lei, pelo administrador público para que ele, dentro do critério de
oportunidade e conveniência escolha a alternativa mais adequada diante do caso concreto. Ato
Vinculado é aquele que a lei disciplina exaustivamente como ele deve ser, e somente pode ser anulado.
Oportunidade e conveniência = mérito do ato administrativo. Poder Judiciário - exerce controle apenas
de legalidade. 3 Administração pública - exerce controle de legalidade e de mérito do ato.
Bens Públicos
Arts. 98 a 103 do CC. Conceito - São todas as coisas móveis, imóveis, semoventes, diretos e ações
pertencentes ao poder público.
Classificação - dividem-se em:
1°) Bens de Uso Comum do Povo - são aqueles que podem ser utilizados por todos em igualdade de
condições, como as ruas, praças, avenidas, etc.
2°) Bens de Uso Especial - ou patrimônio administrativo. São aqueles que possuem uma destinação
específica, ou seja, estão afetados ou consagrados.
3°) Bens Dominiais, Dominicais ou do Patrimônio Disponível - são aqueles que não possuem uma
destinação específica, como por exemplo, terras devolutas e terreno de marinha.
Características:
1°) Inalienabilidade - os bens públicos não podem ser vendidos livremente.
2°) Impenhorabilidade - os bens não podem ser dados em garantia judicial.
3°) Imprescritibilidade - não podem ser adquiridos por usucapião.
Poderes Administrativos
1°) Poder Normativo - é aquele de que dispõe o administrador público de expedir atos que veiculam
normas, como por exemplos os decretos e portarias.
2°) Poder Hierárquico - é aquele de que dispõe o administrador para distribuir e escalonar as funções
de seus órgãos e agentes. Esse poder decorre em faculdades como: fiscalizar, avocar, distribuir, etc.
3°) Poder Disciplinar - é aquele de que dispõe o administrador para punir internamente a conduta
funcional de seus servidores e demais pessoas sujeitas a disciplina administrativa (licitantes,
contratados, etc.).
4°) Poder de Polícia -
I – Conceito: Art. 78, CTN - Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente a segurança, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
Segundo Helly Lopes Meireles – Poder de Polícia é aquele que dispõe o administrador público para
condicionar e restringir o uso e o gozo de bens e atividades particulares em benefício da coletividade ou
do próprio Estado.
II – Atributos ou características:
1) Discricionariedade – é a margem de liberdade outorgada pela lei, ao administrador público, para
que ele dentro de critérios de oportunidade e conveniência possa escolher a alternativa mais adequada
diante do caso concreto.
2) Autoexecutoriedade – é a possibilidade que o administrador público tem, de com seus próprios
meios, colocar em execução as suas decisões, sem necessidade de recorrer ao Poder Judiciário.
3) Coercibilidade – é a possibilidade da utilização de medidas coativas diante da resistência do
particular.
Entidades da Administração Pública – art. 137 a 41 CF (Decreto – Lei 200/67)
I – Administração pública Direta ou Centralizada – é a situação em que a função administrativa é
exercida pela própria pessoa política (União, Estados e Municípios).
II – Administração Pública Indireta ou Descentralizada – é a situação em que a função
administrativa é exercida por pessoas distintas da pessoa política. Neste caso, a transferência da
Titularidade (outorga) do serviço para as seguintes entidades:
1) Autarquias – são pessoas jurídicas de Direito Público, criadas por lei, com privilégios administrativos
para a prestação de serviço público típico. Ex.: INSS, Banco Central, CADE, IBAMA, etc. Agências
reguladoras: são autarquias sob regime especial, (Poder Normativo e mandato fixo dos dirigentes). Ex.:
ANS, ANP, ANVISA, ANATEL, etc.
2) Empresas Públicas – são pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei, sem privilégios
administrativos, para prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas, com
capital 100% (cem por cento) público e sob qualquer forma (S/A, LTDA, etc.). Ex.: Caixa Econômica
Federal, Correio, Infraero, etc.
3) Sociedade de Economia Mista – São pessoas jurídicas de Direito Privado, autorizadas por lei, sem
privilégios públicos administrativos, para prestação de serviços públicos ou exploração de atividade
econômica, com capital público e privado (a maioria do capital precisa ser pública), sob a forma
exclusiva de S/A. Ex.: Banco do Brasil e Petrobrás.
4) Fundações – Há fundações de direito privado e público.
5) Consórcios Públicos (ver aula de Servidores Públicos).
III – Entidades Paraestatais ou Terceiro Setor – São entidades que caminham paralelamente ao Estado,
são entes privados que colaboram com Estado (Administração Pública). Estes entes são:
A – Serviços Sociais Autônomos – Ex.: SESI, SESC, etc.
B – Organizações Sociais – são qualificações concedidas a determinadas entidades, celebram Contrato
de Gestão.
C – OSCIB – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Também são qualificações,
celebradas com o Estado, o chamado Termo de Parceria. Responsabilidade Civil do Estado – (Art. 37,
§ 6°, CF)
I – Conceito – É aquela que impõe ao Poder Público a obrigação de compor os danos causados pelos
agentes públicos aos particulares (indenizar).
II – Teorias:
A – Teoria da Irresponsabilidade – por esta teoria o Estado nunca erra, logo, não deve ser
responsabilizado. NÃO É APLICADA NO BRASIL.
B – Teoria Subjetiva:
Requisitos:
1) Dano
2) Omissão
3) Nexo Causal
4) Culpa
Para o Direito Administrativo esta teoria é aplicada somente na hipótese de omissão do Poder Público.
C – Teoria Objetiva:
Requisitos
1) Dano
2) Ação
3) Nexo Causal.
Teoria do Risco Integral – Por esta teoria o Estado responde sempre, exceto caso fortuito ou de força
maior, e culpa exclusiva da vítima. ESTA É A TEORIA APLICADA NO BRASIL na hipótese da ação do
Estado.
Teoria do Risco Administrativo – Por esta teoria o Estado responde sempre, inclusive caso fortuito,
força maior e culpa exclusiva da vítima. NÃO É
APLICADA NO BRASIL.
Dica – o examinador não está a fim de ler sua prova, por isso é importante ter uma letra bonita,
parágrafos justificados, etc. Conta 0,4 por questão. Dá para tirar até 2 pontos só com a apresentação.
Dica2 – sempre ler os informativos do STF e STJ.
LICITAÇÃO (Lei 8666/93)
I – Conceito (art. 22, XXVII e art. 37, XXI, ambos da CF)
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Licitaçãoé o
procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a
todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a
possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para
a celebração do contrato.
II – Princípios
1 – Isonomia
Visa permitir a escolha da melhor proposta e garantir igualdade de direitos a todos os interessados.
2 – Julgamento Objetivo
O julgamento objetivo significa que a licitação deverá ser feita com base em critérios prefixados – art.
45 – da lei 8666
3 – Adjudicação compulsória
Adjudicar é entregar. A administração, desde que justificado o motivo, não é obrigada a contratar. Mas
se for contratar tem que ser com quem ganhou a licitação. Assim, a adjudicação é a entrega do objeto
da licitação ao vencedor. Ela impõe que se a administração for contratar, deverá ser com quem venceu
(por isso é compulsória).
III - FASES DA LICITAÇÃO
Trataremos agora da modalidade concorrência. As demais são mais simples. Qualquer licitação pode
ser feita pela modalidade concorrência.
1 – Audiência pública
É utilizada para licitações de grande vulto em que há interesse público. Ex. rodoanel de São Paulo.
2 – Edital
O edital é a lei interna da licitação. Ele deverá conter os requisitos do artigo 40 da lei 8666/93. Tem que
definir o objeto, os prazos dos recursos, as datas de abertura dos envelopes, etc. Se ofender o edital,
ofendeu a lei, o que gera ilegalidade, que, por sua vez, gera anulabilidade com efeitos ex tunc e que
pode ser declarada pela administração e pelo judiciário. O principio da vinculação ao instrumento
convocatório impõe tanto à administração quanto aos licitantes a observância do edital.
3 – HABILITAÇÃO (art. 27 a 32 da lei de licitações)
Palavra chave – documentação. Esta é a fase em que serão abertos os documentos. São documentos
relativos à parte fiscal (certidões negativas de débitos), financeira (balanço patrimonial e certidão de
falência), jurídica (habilitação com o CNPJ), habilitação técnica (certificados de habilitação técnica para
execução de obras daquele porte). Se todos forem inabilitados, abre-se novo prazo. Se forem
habilitados, passa-se à fase seguinte: classificação.
4 - CLASSIFICAÇÃO
Palavra chave – proposta. Nesta fase serão abertos os envelopes contendo as propostas dos licitantes.
5 – JULGAMENTO
É a fase em que as propostas serão julgadas.
6 – HOMOLOGAÇÃO
Homologação é o ato pelo qual a autoridade competente confirma o procedimento licitatório realizado
pela comissão de licitações (formada normalmente por 3 pessoas).
7 – ADJUDICAÇÃO
Palavra chave – entrega. Adjudicação é a entrega do objeto da licitação ao vencedor.
IV – MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Palavra chave - procedimento
1- CONCORRÊNCIA (grande vulto)
Concorrência é o procedimento para licitações de grande vulto e que segue as fases descritas no item
anterior.
2 – TOMADA DE PREÇOS (médio vulto)
Palavra chave – cadastro. Tomada de preços é a modalidade de licitação, é o procedimento, em que a
pessoa se cadastra previamente, apresenta os documentos até 3 dias antes da licitação. Quando da
licitação basta apresentar o cartão de cadastro. Assim, é a modalidade em que os licitantes são prévia
edevidamente cadastrados.
3 – CONVITE (pequeno vulto)
Palavra chave – convite.
Você escolhe e convida pelo menos 3 pessoas. A publicidade é mais restrita. Basta afixar o edital, mas
tem que demonstrar que foram convidadas pelo menos 3 pessoas. Assim, convite é modalidade de
pequeno vulto entre escolhidos e interessados, no mínimo de 3 licitantes. Estes licitantes podem ser ou
não cadastrados.
4 – CONCURSO
Modalidade para a escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. É diferente do concurso para
seleção de pessoal da administração pública. Ex. seleção de escritório de arquitetura para conservar
imóveis tombados.
5- LEILÃO
É a modalidade para venda de bens móveis inservíveis ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados pela administração.
Bens móveis inservíveis – ex. carteiras escolares antigas, carros usados, etc.
Produtos legalmente apreendidos – São produtos adquiridos de devedores da administração,
normalmente através de processo de execução (não se trata daqueles bens que a polícia civil, o
famoso “rapa”, apreende dos camelôs).
É possível o oferecimento de lances.
Obs – bens imóveis, em regra, são alienados por concorrência (art. 17 da lei).
6 - PREGÃO (não está na lei de licitações tem lei própria: Lei 10.520/02 e Decreto 3555/2002 e Decreto
5450/2005-pregão eletrônico) Serve para a aquisição de bens de uso comum. Ex. remédios, carteiras,
materiais de construção, etc.
Nota-Nunca se faz obra pública por pregão.
O que diferencia o pregão é que neste invertem-se as fases, ou eja, abrem-se primeiro as propostas e
depois a documentação.É possível o oferecimento de lances. É vedada a exigência de garantia da
proposta. Pode ser presencial ou eletrônico.
7 – CONSULTA PÚBLICA (está prevista na Lei que criou a
ANATEL)
Palavra chave – agência reguladora.
É utilizada pelas agências reguladoras.
Está em discussão a sua constitucionalidade.
V – TIPOS (ART. 45 da lei de licitações)
Palavras chaves – critérios de julgamento
Curso OAB Semestral - Sábados
Direito Administrativo
Professor: Elisson
02/10/2010
1 – MENOR PREÇO
2 – MELHOR TÉCNICA
3 – TÉCNICA E PREÇO
4 – MAIOR LANCE OU OFERTA (leilão)
Obs – pregão é sempre menor preço.
VI – CONTRATAÇÃO DIRETA (art. 24 e 25 da Lei de licitações)
1 – DISPENSA (art. 24 da lei) Contempla hipóteses em que a licitação é viável juridicamente, porém, a
lei permite ao administrador público não licitar. O rol é taxativo (são 30 hipóteses – importante ler o
artigo).
2 – INEXIGIBILIDADE
Contempla hipóteses em que a licitação é inviável juridicamente. O rol é exemplificativo. São hipóteses:
- contratação de fornecedor exclusivo;
- contratação de artistas consagrados (âmbito local, regional, nacional – Pode ser provada a
consagração por recortes de jornal, para os artistas de âmbito local e regional);
- Serviços especializados (art. 13, da lei de licitações).
Exemplo de pergunta difícil: “com relação às hipóteses de dispensa de licitação podemos dizer que –
aqui é inserida cópia do art. 19, da lei com troca de palavras (tirou exceção e colocou inclusive no
final)”. Por isso tem que decorar os artigos e grifar as expressões exceção e inclusive.
3 – DESERTA
Licitação deserta é aquela em que não aparecem interessados.
4 – FRACASSADA
Licitação fracassada é aquela em que nenhum dos licitantes e habilitado ou classificado.
CONTRATO ADMINISTRATIVO (art. 54 e ss da Lei 8666/93)
Nem todo contrato em que a administração pública participa é contrato administrativo. Ex. Locação –
porque um contrato para ser contrato administrativo, não basta a administração ser parte, a
administração pública tem que estar em supremacia, neste tipo de contrato não existem cláusulas
exorbitantes, porque não há interesse público. Neste caso da locação, este contrato é regido pela lei de
locações e não pela Lei 8666. A administração está em pé de igualdade com o particular, pode,
inclusive, ser despejada.
I – CONCEITO
Contrato administrativo é aquele em que a administração pública figura como parte, sendo celebrado
sob regime jurídico de direito público e com a presença das chamadas cláusulas exorbitantes, que são
aquelas que conferem prerrogativas para a administração pública em detrimento do particular. Logo,
nem todos os contratos que a administração pública celebra são administrativos. Ex. locação.
II – CARACTERÍSTICAS
1 – Finalidade pública
2 – Cláusulas exorbitantes
3 – Mutabilidade
III – CLÁUSULAS EXORBITANTES
1- Alteração unilateral do contrato (art. 58 e 65)
A alteração unilateral refere-se às cláusulas regulamentares ou de serviço (modo e execução do
contrato no interesse da administração pública). Não é possível a alteração unilateral da cláusula
econômico-financeira do contrato.
2 – RESCISÃO UNILATERAL
A administração pública pode rescindir o contrato por razões de interesse público ou inadimplência do
contratado. Ex. empresa fale; o contratado não está prestando o serviço de modo adequado, etc.
3 – APLICAÇÃO DE PENALIDADES
4 – CLÁUSULAS DE FISCALIZAÇÃO
5 – RESTRIÇÃO À EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO
O contratado só pode invocar a exceção quando houver atraso da administração por prazo superior a
90 dias.
IV – MUTABILIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
A mutabilidade significa que o contrato pode ser mudado no decurso de sua execução. Existem riscos
(chamados de áleas) que podem levar à alteração do contrato.
1 – ÁLEAS ADMINISTRATIVAS
a) Alteração unilateral
Já explicada acima.
b) Fato do príncipe São medidas de ordem geral não relacionadas diretamente com o contrato, mas que
nele repercutem, provocando desequilíbrio econômico financeiro. Ex. aumento de impostos, plano de
governo, etc.
c) Fato da administração- São medidas provocadas pela própria administração contratante e que
repercutem no contrato. Ex. atraso na entrega do local da obra (Ex: eu ganho uma licitação e assino o
contrato com a administração, mas a obra era em área manancial e a administração pública não tinha
ainda obtido a licença. Como houve demora, o preço dos materiais subiu e o contrato tem que ser
revisto, ex2 – construção de estradas, quando a administração não faz as devidas desapropriações,
etc).
2 – ÁLEA ECONÔMICA (teoria da imprevisão)
Ocorre quando ocorrem eventos imprevistos, imprevisíveis e estranhos à vontade das partes e que
ensejam a revisão do contrato. São elas caso fortuito, força maior, interferências imprevistas.
Obs:
Revisão é para reequilibrar o contrato. Reajuste é correção monetária
a) CASO FORTUITO
Eventos da natureza. Ex. inundação do local da obra
b) FORÇA MAIOR
Evento humano. Ex. greve dos portuários que impede a chegada de equipamento ao local da obra.
c) INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS
São ocorrências materiais que surgem de maneira imprevista. Ex ao construir um prédio, encontra-se
uma rocha imensa.
Em todos os casos acima há um custo adicional e a necessidade de revisão do contrato.
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO (LEI 8987/95, art. 175,
CF)
I – CONCEITO (art. 2º da lei)
É o contrato administrativo pelo qual o poder público transfere para o particular a execução de um
serviço público para que ele o preste por sua conta e risco nos prazos e condições estabelecidos,
sendo remunerado por meio da tarifa paga pelo usuário.
II – CARACTERÍSTICAS
1 – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO ADQUADO (art. 6º, da lei)
2 – REMUNERAÇÃO PELA TARIFA (art. 9 a 13 da lei)
3 – LICITAÇÃO NA MODALIDADE CONCORRÊNCIA (art. 14 a 22 da lei)
Obs – nesta concorrência específica para concessão, pode haver inversão de fases (primeiro abrem-se
as propostas e só depois vê-se a documentação).
4 – RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA
(art. 37, §6º, CF – Obs.: a CF não faz distinção entre quem é usuário direto e quem é usuário indireto).
Ex. Se um ônibus colide com um carro. A concessionária terá que indenizar tanto o passageiro do
ônibus (usuário direto) quanto o motorista do carro (usuário indireto).