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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO PÚBLICO
DOCENTE: MARIANA DEVEZAS
DISCENTE: KAYRON MAIKIEL SILVA SANTOS DIAS
FICHAMENTO
SUNDFELD, Ari Carlos. Fundamentos de Direito Público. 5 ed. São Paulo: Malheiros,
2012.
Capítulo V – Atividades do Estado
Dois aspectos são elementares quando se pensa na atividade do Estado para o Direito
Público: 1) quais são as atividades e 2) como as normas jurídicas as regulam.
A primeira indica o campo de incidência das normas; a segunda, o regime de direito que
será aplicado.
O campo privado pode fazer aquilo que não é exclusivo ao Estado, somado a todas as
atividades garantidas aos particulares pela Constituição.
Atividade econômica é toda aquela não reservada ao Estado, ou seja, são atividades
obtidas residualmente, como, por exemplo, atividades econômicas voltadas à educação.
Segundo o artigo 173 da CF, o Estado pode explorar diretamente atividades econômicas
visando o interesse coletivo e a segurança nacional.
Além disso, pode exercer atividade econômica paralelamente aos particulares, ficando
sujeito ao direito privado.
• Atividades estatais
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No que se refere ao serviço público, deve-se citar que, apesar de ser centralizado no
Estado, tal atividade pode ser delegada aos particulares. No entanto, a titularidade do serviço
permanece sendo estatal.
Quanto aos serviços sociais, os particulares podem explorá-los de forma mais livre, pois
não é de titularidade estatal.
A distinção é simples: fatos jurídicos são aqueles de relevância jurídica e que trazem
consequências jurídicas, enquanto atos jurídicos são normas reguladoras e de comando. Vale
ressaltar que a validade dos atos jurídicos depende muito do devido processo pelo qual passam.
Vale ressaltar que os princípios são deduzidos do ordenamento jurídico e não surgem
da vontade do jurista.
1. Autoridade pública
Tal princípio indica que a atuação do Estado estabelece como prioridade o interesse
público frente ao interesse do particular, que, apesar disso, não vai ter seus direitos
simplesmente suprimidos (vale lembrar a possibilidade do particular se manifestar a respeito da
atuação do estado por meio do devido processo).
Tal autoridade é manifestada tanto pela imposição unilateral (poder extroverso) quanto
por meio de condições estabelecidas aos particulares para que usufruam direitos.
A atuação do Estado vai ocorrer segundo a lei. Exemplos disso podem ser vistos em
lugares como direito tributário (Estado só vai cobrar os tributos que estejam previamente
indicados em lei, ou seja, ato administrativo não aumenta nem diminui impostos) e o direito
penal (só há crime quando uma lei pré-existente o indica).
Até mesmo a tipicidade dos atos estatais revela atos que estão previstos pela lei.
3. Função
Ainda que haja casos com finalidades não explícitas, o direito estabelece o que elas não
podem ser. Isso ocorre a partir de princípios como os de razoabilidade, de proporcionalidade,
de moralidade (padrões éticos aceitos socialmente) e da boa-fé (os atos devem honrar e ser leais
às expectativas que criam nos particulares).
Aqui se reitera a diferença entre direito público e o privado: o primeiro está pautada na
função, quanto o segundo decorre da autonomia da vontade.
5. Devido processo
O devido processo é garantia dos particulares, de quem sofre as ações (garantia passiva)
e de quem é acionado (garantia ativa).
6. Publicidade
Tal publicidade deve ocorrer desde que não fira a segurança da sociedade e do Estado,
tampouco a intimidade do particular.
7. Responsabilidade objetiva
Se o ato lícito ou ilícito estatal prejudica o particular, deve haver reparação, seja por
isonomia (ato lícito que tenha causado danos) seja por vinculação à legalidade (ato ilícito
causou danos).
No entanto, é necessário que haja uma relação de causa e efeito entre o ato estatal e dano
para que haja responsabilidade e reparação.
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