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Ø Sucessão
1. Considerações Iniciais
Sucessão¹
Estudar-se-á a sucessão provocada pelo fato jurídico MORTE, conhecida como causa mortis.
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Rafael Barreto Ramos
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2.2. Críticas
Alguns autores socialistas eram contra o Direito das Sucessões, uma vez que acreditavam que
quando alguém morre, não deve deixar seu patrimônio para a família, mas sim para o Estado,
beneficiando, portanto, a todos.
As tentativas de repressão ao Direito das Sucessões não lograram êxito, uma vez que, se este
não existisse, mitigar-se-ia o desejo de acumulação, bem como haveria simulações/fraudes para
que se desse a transferência do patrimônio para os entes queridos.
Os herdeiros já são tidos como proprietários dos bens do de cujus a partir de seu último suspiro.
Assim, a transmissão dos bens, sua propriedade e posse, CARACTERIZA-SE LOGO APÓS A MORTE.
Nota:
No feudalismo, o patrimônio do servo passava para o senhor feudal e este “repassava” para os
herdeiros do servo.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
3. Inventário
3.1. Considerações Iniciais
Após a abertura da sucessão, realizar-se-á o INVENTÁRIO. Através deste:
a) Apura-se o valor da herança líquida;
c) Regulariza-se a situação dos bens para que seja possível, por exemplo, sua alienação;
d) O Estado recolhe o imposto estadual ITC (Imposto de Transmissão de Causa Morte e Doação);
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3.2. Inventário Judicial - Lugar (Onde se ajuíza o inventário JUDICIAL – Foro competente) (Art.
1.785 cc 96 CPC)
- 2ª Regra – Situação dos bens (onde os bens se encontram) – Caracteriza-se se o falecido possuía
domicílio incerto ou mais de um domicílio;
- 3ª Regra – Lugar da morte – Ocorrerá se falecido tinha bens em vários lugares, domicílio incerto
ou mais de um domicílio.
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha,
a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for
réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em
lugares diferentes.
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I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido
no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único);
ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
IV - aos colaterais.
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens
adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao
filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada
um daqueles;
III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
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IMPORTANTE:
50% dos bens do testador são destinados por lei aos HERDEIROS NECESSÁRIOS.
Todavia, quem não tem herdeiro necessário pode deixar TODO SEU PATRIMÔNIO para quem
bem entender.
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus
ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há
mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que
fizer ou aprovar o testamento.
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda
quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Ex. Na sucessão legítima somente se tem certeza do que cada um vai receber após a partilha.
Ex. Pai com três filhos e patrimônio de dois milhões de reais pode deixar 1 milhão para um dos filhos e o
outro milhão (PARTE LEGÍTIMA – INDISPONÍVEL) será dividido entre os três.
Assim, um dos filhos receberá um milhão trezentos e trezentos e trinta e três mil trezentos e trintas e três
reais e os outros dois receberão trezentos e trezentos e trinta e três mil trezentos e trintas e três reais.
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“O ser humano, buscando seu próprio interesse, tende a adquirir bens em seu proveito
atendendo assim, indiretamente, ao interesse social. Por isso, a sociedade permite a
transmissão de bens aos herdeiros, estimulando a produção de riquezas e conservando
unidades econômicas a serviço do bem comum. Daí se infere que o Direito das Sucessões
desempenha importante função social” – Maria Helena Diniz
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será
indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
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10. Cessão da herança (Pessoa que pode vender ou doar a herança) (Art. 1.793)
É possível vender/doar o direito de herança.
IMPORTANTE:
Não existe direito de preferência na CESSÃO GRATUITA, em razão do animus donandi.
Na compra e venda da condição de herdeiro não há certeza quanto ao que lhe será destinado,
exceto quando a herança recai sobre um único bem.
10.6. Impostos
- Em caso de cessão:
a) ITBI – Imposto de Transmissão de bens imóveis
- Em caso de doação:
a) ITCD – 5%
Prazo para recolhimento do ITCD – 180 dias da morte, sob pena de multa de 1% ao mês sobre o valor
líquido da herança.
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IMPORTANTE:
Havendo DOAÇÃO, o ITCD incide DUAS VEZES, mas sobre bases distintas.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser
objeto de cessão por escritura pública.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança
considerado singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem
componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Ex. Depois que o filho 3 vendeu para o filho 4, o filho 2 renunciou a herança. Em relação à parte
que aumentou, deve-se fazer uma nova escritura pública e vender para o filho 4 novamente.
10.8. Interesse de mais de um herdeiro divide a parte para os interessados (Art. 1.795)
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver
para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão
cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias.
11.3.1. Exceção
Se o herdeiro for, ao mesmo tempo, legítimo (referente à parte indisponível – 50%) e testamentário,
poderá escolher se quer apenas uma das partes, as duas ou nenhuma delas
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11.4. Irretratáveis
A aceitação e renúncia são IRRETRATÁVEIS.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a,
repudiá-los.
§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios
diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.
IMPORTANTE:
A aceitação pode ser TÁCITA.
Se apenas um dos filhos renuncia, os filhos dele não herdam, pois os irmãos permanecem.
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Afasta-se da herança o herdeiro que cometeu uma falta grave contra o inventariado.
A exclusão é uma penalidade civil que não obsta eventual condenação penal cabível.
c) Atentado de livre disposição dos bens através de documento por ato de última vontade
IMPORTANTE:
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Nota:
Existe projeto de lei que torna automático o afastamento da herança na própria sentença penal
condenatória do crime de homicídio ou tentativa de homicídio.
Justifica-se pelo fato de que a sociedade não deve assistir a este tipo de conduta. É de interesse
social, pois não se pode permitir que o torpe se beneficie da própria torpeza.
5. Efeitos
(1) Efeitos retroativos à data da morte: Ex tunc - Deve o condenado devolver a herança eventualmente
recebida, inclusive com os frutos.
Destarte, os filhos² do agressor não são prejudicados, tendo, portanto, direito à herança.
Todavia, em caso de morte dos filhos, o condenado não volta a ter direito sobre a herança.
A partir do momento em que a pessoa tem que devolver a herança, deve devolvê-la com seus
respectivos frutos e rendimentos.
Antes da citação, o condenado tem direito de ser ressarcido pelas benfeitorias necessárias e
úteis.
Após a citação, por outro lado, considera-se comprovada a má-fé, não terá direito ao
ressarcimento das benfeitorias úteis e voluptuárias.
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IMPORTANTE:
- Na RENÚNCIA, por se tratar de ato voluntário, os filhos daquele que renunciou não recebem.
Entretanto, se caracterizada a exclusão, os filhos receberão.
“Ocorreu antes da sentença de exclusão do herdeiro por indignidade por ele próprio. Os outros
interessados pedem o dinheiro de volta (apurado pelo vendedor) e o comprador não perde o
que comprou.
7. Doação a terceiro
É possível o perdão pelo autor da herança. Deve ser EXPRESSO através de testamento ou outro
ato autêntico (Ex. Firma reconhecida).
Se o autor da herança não expressa o perdão, mas deixa determinado bem para o agressor, este
recebe o bem especificado (no limite da deixa), mas não o perdão.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder,
se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido,
quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição
testamentária.
Ø Deserdação
1. Conceito
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As mesmas da exclusão, incluídas ofensa física, injúria grave, relação amorosa com madrasta ou
padrasto ou deixar ascendente enfermo ou em grave alienação mental abandonado.
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a
pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a
sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor
livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por
seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos
descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro
da filha ou o da neta;
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IMPORTANTE:
Se o autor da herança nada disser, mesmo diante de falta grave, cabe AÇÃO DE EXCLUSÃO POR
INDIGNIDADE.
Assim, se o ascendente se tornou alienado mental e não conseguiu fazer o testamento, não cabe
deserdação.
5. Requisitos
a) Falta grave
b) Testamento
Justifica-se pelo fato de que a sociedade não deve assistir a este tipo de conduta. É de interesse
social, pois não se pode permitir que o torpe se beneficie da própria torpeza.
(1) Efeitos retroativos à data da morte: Ex tunc - Deve o condenado devolver a herança eventualmente
recebida, inclusive com os frutos.
Destarte, os filhos² do agressor não são prejudicados, tendo, portanto, direito à herança.
Todavia, em caso de morte dos filhos, o condenado não volta a ter direito sobre a herança.
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A partir do momento em que a pessoa tem que devolver a herança, deve devolvê-la com seus
respectivos frutos e rendimentos.
Antes da citação, o condenado tem direito de ser ressarcido pelas benfeitorias necessárias e
úteis.
Após a citação, por outro lado, considera-se comprovada a má-fé, não terá direito ao
ressarcimento das benfeitorias úteis e voluptuárias.
“Ocorreu antes da sentença de exclusão do herdeiro por indignidade por ele próprio. Os outros
interessados pedem o dinheiro de volta (apurado pelo vendedor) e o comprador não perde o
que comprou.
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08/08/14
Ø Do testamento
1. Considerações Iniciais (Arts. 1.857 e seguintes CC)
1.1. Surgimento
Não se sabe se precisar ao certo quando surgiu o testamento, bem como o Direito de Sucessões
como um todo.
Todavia, já se sabia que o testamento e o Direito das Sucessões já existia no Direito Romano.
1.2. Conceito
Declaração unilateral da vontade, através da qual alguém dispõe sobre seus bens, OU SOBRE
PARTE DELES, para depois de sua morte e faz outras especificações.
IMPORTANTE:
b) Deserdar alguém;
c) Impor condições.
1.3. Características
a) Escrito;
b) Solene¹;
d) Revogável
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e) Gratuito
Não existe negociação com relação à herança de uma pessoa se esta está viva.
IMPORTANTE:
Quem possui herdeiros necessários¹ somente pode dispor de 50% de seu patrimônio.
a) Ascendente;
b) Descendente;
c) Cônjuge
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança,
constituindo a legítima.
IMPORTANTE:
16 anos de idade.
Segundo parte da doutrina, a pessoa pode ir desacompanhada dos pais para testar, uma vez que
os pais poderiam influenciar na decisão.
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno
discernimento.
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4. Formas de testamento
Público¹
(1) Testamento público: Deve-se ir em qualquer Cartório de Notas (enviar por e-mail, presencialmente,
etc.).
Será marcada uma data pelo tabelião, data em que se deverá levar 02 testemunhas.
a) Funcionários do Cartório;
Forma mais segura de se testar, tendo em vista que ficará uma cópia com o testador.
(2) Testamento cerrado, secreto ou místico: É aberto SOMENTE PELO JUIZ em uma audiência de abertura
de testamento.
Deve-se levar o testamento escrito a mão ou digitado a um cartório de notas. O oficial do cartório
SOMENTE RECEBERÁ o testamento, não sendo lido para as testemunhas nem para o testador.
Ademais, o tabelião rubricará todas as páginas do testamento e, no final do mesmo, este e as duas
testemunhas assinarão a última folha.
(3) Particular (03 testemunhas) ou hológrafo: Não é necessário nem mesmo o reconhecimento em
cartório.
Tem como requisito apenas a presença de 03 testemunhas, devendo estas confirmar em juízo apenas
que na referida data foi elaborado o testamento pelo testador.
IMPORTANTE:
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Nota:
Ex. Testamento particular pode revogar testamento público, que pode revogar testamento
cerrado, etc.
Marítimo¹
Militar³
CADUCAM EM 90 DIAS. Assim que possível, deve-se testar das formas ordinárias.
(1) Marítimo: Realizado a bordo de navios. O comandante do navio deve realizar o testamento. Deve ser
registrado no diário de bordo. Cópia do diário de bordo deverá ser entre às autoridades no próximo porto.
(2) Aeronáutico: Realizado a bordo de aeronaves. O comandante da aeronave deve designar alguém para
realizar o testamento. Ademais, deve entregar cópia às autoridades no próximo aeroporto.
Deverá sempre confiar a sua vontade ao oficial de mais alta patente. Em caso de ausência, será o oficial
de patente imediatamente inferior.
Caso seja o oficial de mais alta patente o testador, deverá testar o oficial de patente imediatamente
inferior.
Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em campanha,
dentro do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de comunicações interrompidas,
poderá fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas, ou três testemunhas, se o
testador não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.
§ 1o Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento será escrito pelo
respectivo comandante, ainda que de graduação ou posto inferior.
§ 2o Se o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento será escrito pelo respectivo oficial
de saúde, ou pelo diretor do estabelecimento.
§ 3o Se o testador for o oficial mais graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir.
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Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem
testar oralmente, confiando a sua última vontade a duas testemunhas.
Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testador não morrer na guerra ou convalescer do
ferimento.
Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos,
em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades
prescritas no parágrafo único do artigo antecedente.
Art. 1.894. Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o date
e assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao auditor, ou
ao oficial de patente, que lhe faça as vezes neste mister.
Parágrafo único. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer parte
dele, lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e pelas
testemunhas.
5. Pessoa cega
6. Surdo-mudo
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14/08/14
Ø Das disposições testamentárias (Art. 1.897 e seguintes)
Pura e Simples¹
Com encargo³
(1) Pura e simples: Ex. Deixo 20% do patrimônio para Paulo.
(2) Condicional: Coloca-se um requisito para receber o bem. Caso não seja cumprido, o bem não será
recebido.
Ex. Deixo fazenda para Paulo desde que este se forme no ensino superior.
(3) Com encargo: O bem é recebido, mas há obrigação de cumprir certas disposições.
Ex. Paulo terá direito à casa se reformar o telhado uma vez ao ano.
1.1. Considerações
As condições são fiscalizadas pelos interessados – herdeiros. Caso não sejam cumpridas, o bem
será perdido e retornará para o monte.
Pode-se indicar substituto. Certas disposições só podem durar por UMA geração.
Não se deixa um bem para uma pessoa com termo inicial e final. Deixa-se para vida toda.
Somente se coloca termo inicial e final na disposição testamentária nos casos:
(1) Usufruto: Pode-se receber de legado somente o usufruto de um bem.
Ex. Deixa-se o bem para João, todavia o usufruto é deixado para José e Márcio. João somente terá o direito
de usufruto do bem depois que José e Márcio morrerem (caso não haja termo final para o usufruto).
Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixação de tempo, entende-se deixado ao legatário por toda a sua
vida.
(2) Alimentos: Pode-se destinar parte da herança a títulos de alimentos para terceiro.
Ex. Quero que durante um ano seja retirado 1 salário mínimo da herança e seja entregue à Carla.
Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário
viver, além da educação, se ele for menor.
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(3) Fideicomisso: Forma de beneficiar duas pessoas com um mesmo bem. Deixa o bem a A até este
completar certa idade, depois passará para outrem.
Ex. Testador constrói apartamento e o deixa para João, todavia quando este completar 50 anos, o
apartamento passará a ser do filho de João que ainda nem nasceu.
Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte,
a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo
tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário.
Art. 1.952. A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não concebidos ao tempo da
morte do testador.
Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o fideicomissário, adquirirá este a
propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em usufruto o direito do fiduciário.
b) Que contenham beneficiários incertos para que estes sejam determinados por terceiros
I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por
testamento, em benefício do testador, ou de terceiro;
III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro;
IMPORTANTE:
Quando a disposição não puder ser cumprida, volta para o monte.
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Nota:
- Condição testamento:
I. Não pode deixar de escrever o que será deixado ao beneficiário
- Exceção: O testador pode não escrever o que será deixado ao beneficiário se este for a pessoa que
cuidou dele nos derradeiros meses de vida.
3.1. Disposições válidas (Art. 1.901) – Exceções (Rebeca Ribeiro & Thâmara Laís)
a) Fechar o rol de terceiros (Rebeca Ribeiro) / É possível deixar que alguém seja indicado por terceiro,
desde que seja fechado o rol de opções;
b) Não especificar o que está deixando se o beneficiário for a pessoa que cuidou dele nos derradeiros
meses de vida.
Enfermeiro.
I - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas
mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um
estabelecimento por ele designado;
II - em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado.
(Thâmara Laís) Pobres do domicílio do testador, entendidos como as instituições que trabalham
com pessoas pobres.
Instituições privadas têm prioridade sobre as instituições públicas, pois estas já recebem
subsídio governamental.
Art. 1.902. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, ou dos
de assistência pública, entender-se-á relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de
sua morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente
beneficiar os de outra localidade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as instituições particulares preferirão sempre às públicas.
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(Rebeca Ribeiro) Erro material. Coloca o nome errado, mas é possível identificar a pessoa, o
testamento é VÁLIDO.
individualmente¹
6. Pessoas citadas (Art. 1.905)
em grupo²
(1) Pessoas citadas individualmente: Se for citado individualmente, somente o indivíduo será
beneficiado.
(2) Pessoas citadas em grupo: Se for citado em grupo, a herança será dividida igualmente por todo o
grupo.
Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros coletivamente, a herança será
dividida em tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados.
(1) Registro do testamento (Rebeca Ribeiro): Momento que o juiz aceita o testamento (após a morte do
de cujus) no procedimento do inventário.
Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo
da data do seu registro.
Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o
interessado tiver conhecimento do vício.
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21/08/14
Ø Dos Codicilos
1. Conceito
Testamento simplificado que NÃO REQUER TESTEMUNHAS para distribuição bens de PEQUENO
VALOR¹.
(1) Bens de pequeno valor: Não existe uma tabela que defina o que é bem de pequeno valor. Fica a critério
judicial.
Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se
revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou modificar.
3. Reconhecimento de Filhos
Codicilo posterior REVOGA codicilo anterior, EXCETO NA PARTE QUE VERSA SOBRE
RECONHECIMENTO DE FILHOS.
Assim, pode-se reconhecer filho através do codicilo, sendo este reconhecimento IRREVOGÁVEL.
Pode-se fazer codicilo cerrado tal como o testamento cerrado, ou seja, secreto. Somente deve
ser aberto pelo juiz.
Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado.
5. Nomeação de testamenteiro
(1) Testamenteiro: Pessoa da confiança do testador, indicada por ele, para fiscalizar se as disposições
testamentárias estão sendo cumpridas.
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§ 1o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie
diversa.
§ 2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados,
convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros.
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.
Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência
econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-
á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.
Impenhorabilidade²
1. Inalienabilidade¹
Incomunicabilidade³
(1) Inalienabilidade: Característica ou particularidade do que é inalienável. Conceito Jurídico:
Característica dos bens que, sendo transmitidos por herança ou doação, não podem ser penhorados nem
alienados.
(2) Impenhorabilidade: É tudo aquilo que se faz essencial para a vida da pessoa devedora. Ou seja, o único
imóvel próprio e todos os itens eletrodomésticos que se possua apenas uma unidade de cada.
(3) Incomunicabilidade: Característica das propriedades que, por vontade ou disposição legal, não fazem
parte da comunhão de patrimônios.
IMPORTANTE:
2. Legitima: justificativa
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3. Desapropriação ou alienação
(Rafael Barreto) Os novos bens adquiridos deverão ser gravados com a mesma cláusula.
(Rebeca Ribeiro) O juiz pode autorizar, mas o novo bem adquirido com o dinheiro da venda deve
ser gravado com a mesma cláusula.
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Bens comunicáveis
Bens incomunicáveis
Divide-se tudo aquilo que foi COMPRADO E ADQUIRIDO A TÍTULO EVENTUAL DURANTE A
UNIÃO.
IMPORTANTE:
No regime parcial de bens, doação e herança NÃO SÃO RECEBIDOS PELO CASAL. Pertence
apenas ao donatário/herdeiro.
Bens comunicáveis
Bens incomunicáveis
Idêntico à comunhão parcial de bens, todavia, neste, os cônjuges administram sozinhos tudo
aquilo que foi comprado durante o casamento.
Entretanto, no dia do divórcio divide-se tudo que foi comprado durante o matrimônio
igualmente.
Pode-se colocar no pacto pré-nupcial que não é necessária a assinatura do cônjuge para a venda
de bem imóvel.
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Voluntário¹
(2) Regime de separação de bens obrigatório: Para a pessoa que se casou OBRIGATORIAMENTE pelo
regime de separação de bens, quais sejam:
a) Maiores de 70 anos;
b) Menores de 16 anos;
- Interpretação:
(Rebeca Ribeiro) No caso de regime de separação de bens OBRIGATÓRIO, tudo o que for comprado
durante a união SERÁ DIVIDIDO.
(Thâmara Laís) No regime de separação obrigatório, tudo o que for comprado durante a união será
dividido.
Se nada for comprado, mas se houver rendimentos do dinheiro depositado (Ex. Poupança), serão estes
divididos.
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22/08/14
OU
a.3) da COMUNHÃO PARCIAL, SE O AUTOR DA HERANÇA NÃO HOUVER DEIXADO BENS PARTICULARES¹;
- Hipóteses:
a) No regime de comunhão universal de bens
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IMPORTANTE:
- Comunhão parcial de bens com bens particulares (SOMENTE QUANDO HÁ DESCENDENTES):
a) Corrente majoritária: Pega-se somente os bens particulares e se divide entre cônjuge e filhos. Não
dividirá com os filhos o que já está na partilha;
(Rebeca Ribeiro) Bens particulares entram somente porque é morte. Se fosse DIVÓRCIO, NÃO ENTRARIA.
Ex.
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§1º - Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de
linhas.
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o
cônjuge sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
Ex. Se concorrer com o pai e a mãe do falecido, o cônjuge terá direito a um terço;
Se Concorrer com um só dos pais do falecido ou com seus avós ou bisavós, terá direito à metade
da herança.
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança;
caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
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I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao
filho;
Ex. Herança de 3.000 à dois filhos comuns à cada um destes e o companheiro herdarão 1.000.
II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada
um deles;
III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
Pré-nupcial
4. Regimes (Rebeca Ribeiro)
Híbrido
Duas correntes:
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28/08/14
A vantagem de ser legatário é que, se no momento do recebimento, não houver dinheiro para
pagar todo mundo, o legatário tem preferência com relação ao herdeiro testamentário.
IMPORTANTE:
2. Partes
a) Legante
b) Legatário
Aquele que receberá o bem específico e determinado.
c) Onerado
Os demais herdeiros do legante. Ficam com o ônus do cumprimento do legado.
3. Sublegado
O testador A deixa uma casa para B, desde que este compre/entregue um carro a C.
Se B não comprar/entregar o carro, não receberá o carro. Portanto, nem B e nem C serão
beneficiados.
4.1. Partes
a) Sublegante
Aquele que somente receberá o bem se cumprir determinada condição.
b) Sublegatário
Aquele que será o beneficiário final da condição estipulada pelo legante.
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Contraexemplo. Deixo meu carro para Daniel. Caso o carro seja roubado, Daniel não receberá o
carro.
Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte,
a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo
tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário.
Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gênero, ao herdeiro tocará escolhê-la,
guardando o meio-termo entre as congêneres da melhor e pior qualidade.
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Dinheiro
Semoventes
Perdão de dívida
(Art. 1.918)
Crédito de dívida
Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixação de tempo, entende-se deixado ao legatário por toda a sua
vida.
Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário
viver, além da educação, se ele for menor.
Art. 1.918. O legado de crédito, ou de quitação de dívida, terá eficácia somente até a importância desta,
ou daquele, ao tempo da morte do testador.
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11. Benfeitorias
As benfeitorias posteriores ao testamento INCORPORAM O LEGADO.
Ex. Deixa-se um sítio a Rubens. Todavia, quando o “de cujus” morre, várias benfeitorias
posteriores já haviam sido feitas. Neste caso, Rubens terá direito ao sítio COM TODAS AS
BENFEITORIAS, NÃO TENDO DEVER DE INDENIZAR NADA.
I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe
caber a denominação que possuía;
II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará
até onde ela deixou de pertencer ao testador;
III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário
incumbido do seu cumprimento;
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1. Sucessão
Ex. Neto recebendo herança do avô, tendo em vista que seu pai morreu.
(2) Sucessão por cabeça ou direito próprio: Acontece quando a pessoa recebe a herança por seu próprio
direito.
IMPORTANTE:
Se não houver ninguém da geração mais próxima (filhos), os da mais distante (netos) receberão
por direito próprio, isto é, dividir-se-á igualmente entre todos.
Ex. Se um filho A que tem 20 filhos (netos) sobreviver, os 02 filhos do filho B, que morreu,
receberão METADE da herança (Sucessão por estirpe).
Todavia, se os filhos A e B morrem, a herança será dividida por 22 (sucessão por direito próprio).
2. 02 casos
Filhos de irmãos pré-mortos
CAPÍTULO III Do Direito de Representação
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder
em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.
Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos
do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse.
Art. 1.856. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra.
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04/09/14 (Atividade)
01.
a)
Patrícia, Rosimeire.
b)
Não
c)
Sim, herdeiros legítimos. Não há herdeiros necessários.
d) Partilha de bens
Elvira, sem herdeiros necessários, deixou:
Juliana 1/3 (morreu antes, então nem ela e nem seus filhos Geraldo e Epitáfio receberam)
Patrícia ¼ (70.000,00)
300-20-70-46=163.333,33
02.
a) Herdeiros legítimos – Os parentes Andrelina, Manuel e Ernane.
Agripino ¼ - 50 mil
300-100-66-50-40=43.333,33.
Andrelina, Manuel e Ernane ficarão com a sobra, pois todos são parentes de 4º grau.
03 – 67. Anaximandro, em testamento, deixou um cavalo para Pedro. Para Epicuro, para outro
lado, deixou um cavalo que era dele (cavalo específico). 5 dias antes da morte do testador,
morte dos cavalos. Houve caducidade?
Caducou o legado destinado a Epicuro. Todavia, não caducou o deixado para Pedro.
04.
Não caducou. Não é necessário ser nem o mais barato e nem o mais caro.
76.
a) 120 mil
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Rafael ¼ - 25.000
100-25-12500=62500
A – 1/6 – 40.000
L 1/8 – XXX
130-26-43=60.666,66
Não foram instituídos legatários, pois ninguém recebeu bem específico ou determinado.
Testamentários – sim – pois houve herdeiros que receberam porcentagem ou fração da herança.
L – 1/3 – 20.000
J – ¼ - 15.000
Sobram 25.000
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Vicente – 637.500
Tais – 637.500
e) Taís tem o Direito Real de habitação (somente para ela. Se os filhos forem menores ou estiverem
sujeitos a alimentos, ela tem a obrigação de abrigá-los).
- Corrente majoritária
200 = Confúcio + E + Antígona
- Corrente Minoritária
350/3 (tudo dividido pelo cônjuge e filhos).
a) A, C, E.
c) Não tem metade dos bens deixados, mas somente do lote e do apartamento.
82. Melquides
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EXEMPLO!!!!
Lei 9.278/96
Sucessão no CCB/2002
2x e 1x
Separação de fato: ocorre sem interferência do poder judiciário. “Cada um para seu canto”.
Culpa à continua herdando se separou de fato e não foi culpa sua. Polêmico, na prática os
tribunais afastam essa hipótese.
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11/09/14
Direito Real de Habitação – art. 1831
Para evitar que os próprios filhos coloquem os pais na rua.
Defende-se direito real de habitação para união estável por meio da lei 9728/96, parágrafo
único, art. 7º
I. testemunha do testamento
Motivos:
I. morte;
III. renúncia
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Diferente de Co-legado: UM bem para várias pessoas. Eles são substitutos recíprocos
automaticamente.
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Partes
Testador: fideicomitente
Intermediário: fiduciário
b) A termo
c) Condicional
- Se depois do prazo não houver filho à espera-se 02 anos após a morte do testador à não
havendo filho – fica definitivamente com o fiduciário à enquanto isso o juiz coloca família do
beneficiário ou intermediário para administrar.
Da concorrência:
- Entre tios e sobrinhos – art. 1843 CC
- Concorrência entre irmãos unilaterais (mesmo pai/mãe diferente) e bilaterais (mesmo pai e
mãe) art. 1841 a 1843
Irmãos bilaterais recebem o dobro dos unilaterais. Sobrinhos excluem os tios, pois são
descendentes. Apresentação é automática.
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18/09/14
01.
União Estável – 2 filhos comuns – 1 filho somente do falecido.
I – Corrente majoritária
400/3=133.333.
II – Corrente minoritária
02.
400.000,00 e herança de 300.000,00.
Thiago e Vanessa
2 filhos
350.000,00
1 filho
750.000,00/2
375.000,00.
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b) I – Corrente majoritária
350000/4=87500
1.150.000
Soraia 575.000
3 filhos
5 irmãos
Herança – R$400.000,00.
a) I – Corrente majoritária
II – Corrente minoritária
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d) 350 de Marcos
350+400
350 mil
04.
a) I- Corrente Majoritária
II – Corrente Minoritária
150 parentes.
SUPERIMPORTANTE:
Na comunhão universal de bens, o CÔNJUGE não é herdeira, mas sim MEEIRA.
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1. Herdeiro aparente
3. Alienação e terceiros - ?
Venda válida à aquele que ajuizou a ação pedirá o dinheiro que foi apurado com a venda. Se
não tiver o dinheiro e o patrimônio particular e estiver o herdeiro aparente de boa-fé, não pode
ser.
4. Doação a terceiros
5. Prazo
Ø Da ação de sonegados
1. Sonegados são os bens que deveriam entrar na partilha, porém foram ciente e conscientemente dela
desviados, quer por não terem sido descritos ou restituídos pelo inventariante ou por herdeiro, quer
por este último não os haver trazido à colação, quando esse deve se lhe impunha.
3. Penalidade ao herdeiro que oculta bens ou sabe que alguém o faz e silencia.
Sempre há má fé, porque se um bem for descoberto após a partilha, será feita a sobrepartilha.
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6. Prazo
7. Efeitos
Penalidade ao herdeiro que oculta bens ou sabe que alguém o faz e silencie:
Perderá qualquer direito relacionado aos bens, exceto indenização por benfeitorias necessárias,
para se evitar enriquecimento ilícito. Se ocultar dinheiro em poupança.
8. Ação de sonegados
- Qualificação do de cujus
10. alienação
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09/10/14
Ø Da partilha
1. Conceito
“Divisão dos bens da herança segundo o direito hereditário dos que sucedem.” – Clóvis
Beviláqua
A partilha é um direito dos herdeiros. O dono da herança não pode criar uma cláusula dizendo
que seus bens são impartilháveis.
Após a partilha, o herdeiro sabe sobre o que o seu direito vai recair.
Em caso de um imóvel, por exemplo, ficará este em nome de todos os herdeiros. Nesta situação,
NÃO HÁ EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO.
Quando a partilha é feita dividindo cada bem para um herdeiro, seu efeito principal será acabar
com o condomínio.
Escrito particular
3. Partilha
Litigiosa² - JUDICIAL
(1) Partilha Consensual: Ocorre quando todos os herdeiros são maiores e capazes e concordam com a
partilha.
Pode haver diferença de valor entre os herdeiros no que se refere ao inicial estipulado.
(1.1) Termo nos autos: Uma ou todas as partes requerem ao advogado que peticione na vara de sucessões
que lavre um termo no qual constará a quem pertencerá cada bem.
Raro.
(1.2.) Escritura pública: Tabelião do cartório de notas que faça uma escritura pública de partilha.
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Nota:
Melhor é fazer também inventário no cartório, mas não somente a escritura pública.
(1.3.) Escrito particular: Faz-se uma petição ao juízo descrevendo a quem pertencerá cada bem.
Necessário advogado inventariante.
(2) Partilha litigiosa: A partilha litigiosa SEMPRE será JUDICIAL, não podendo ocorrer em cartório.
IMPORTANTE:
Se houver herdeiro menor ou incapaz, a partilha também SEMPRE será JUDICIAL.
b) Quando a pessoa pega tudo o que ela tem e doa tudo o que tem para os filhos com reserva
de usufruto.
IMPORTANTE:
Todo inventário que tem testamento é JUDICIAL.
SUPERIMPORTANTE:
O de cujus deve, SEMPRE, RESPEITAR A LEGÍTIMA.
Ex. A diferença entre a herança dos filhos não pode afetar a legítima. Assim, deve, cada um, receber o
mínimo que lhe é devido.
Depois da partilha, a família descobre um novo bem pertencido ao falecido que não foi dividido.
Todavia, se a má-fé for de um herdeiro em relação a outro, tratar-se-á de sonegação. Neste caso,
o herdeiro perderá seu direito sobre o bem.
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6. Ação anulatória de partilha – Prazo 01 ano (Art. 2.027 – CCB e Art. 1.029 – CPC)
Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em
geral, os negócios jurídicos.
CPC - Art. 1.029. A partilha amigável, lavrada em instrumento público, reduzida a termo nos autos do
inventário ou constante de escrito particular homologado pelo juiz, pode ser anulada, por dolo, coação,
erro essencial ou intervenção de incapaz. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Parágrafo único. O direito de propor ação anulatória de partilha amigável prescreve em 1 (UM)
ANO, CONTADO ESTE PRAZO:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessou;
Quando o tribunal anula partilha já decidida pelo juízo de 1º grau. Prazo de 02 anos.
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem
ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo
quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Perde por evicção. Deverá dividir tudo novamente para beneficiar o prejudicado.
Quando, após a partilha, um dos herdeiros ou mais, perdem seus bens, pois descobrem que o
bem não era do testador.
Ex. Rita aparece e fala que a casa que foi para pedro foi vendida para ela por seu pai e não
transferiu a propriedade.
2. Herdeiro insolvente
Se após a evicção, um dos irmãos que deveria indenizar o herdeiro prejudicado não tiver mais
dinheiro, pois credores, a indenização da parte dele será dividida entre todos os irmãos, inclusive
o que é credor da indenização.
1) Se a evicção ocorrer por culpa do herdeiro, este não terá direito à garantia dos quinhões
hereditários.
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Recebe ou um bem ou remuneração – fixada pelo juiz – chamada vintena (não pode ultrapassar
5% da herança líquida).
1. Funções
2. Remuneração
Chamada vintena à fixada pelo juiz quando o testador não deixa nenhum bem para
testamenteiro.
a) Testamenteiro
b) Inventariante
c) Administrador provisório
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4. Mais de um testamenteiro
Cada um responsável por uma parte ou todos por tudo. Todos vão receber.
5. Falta do testamenteiro
(morte) fica sem testamenteiro. Juiz nomeia o cônjuge ou um filho que não receberá nada, pois
já está recebendo a herança. Sua função – testamenteiro – não transfere aos filhos.
6. Prazo
Inicia-se a contagem do prazo da aceitação da testamentaria, isto é, após a aceitação por parte
do testamenteiro.
IMPORTANTE:
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16/10/14
Quando a pessoa não tem herdeiro legítimo e não deixa um herdeiro testamentário, tratar-se-á de
herança jacente.
2. Procedimento
O juiz mandará publicar 3 editais para convocação dos possíveis herdeiros. Será qualificado
quem morreu.
Após um ano da publicação do primeiro edital, será prolatada a sentença de vacância¹ (não há
herdeiros), sendo nomeado curador para a herança.
Após 5 anos do prazo da abertura da sucessão, a herança passa para domínio público.
Neste caso, se aparecerem PARENTES COLATERAIS, estes não terão direitos à herança.
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Devolução ao monte das doações feitas EM VIDA pelo de cujus/autor da herança aos seus
herdeiros necessários para abatimento na herança.
A dispensa deve ser feita por meio de TESTAMENTO ou inserido no INSTRUMENTO DA DOAÇÃO.
Somente se dá nos casos em que os bens doados não ultrapassam 50% do patrimônio total do
autor da herança.
IMPORTANTE:
Nota:
O bem vendido ao filho deve possuir a assinatura de todos os demais filhos do vendedor.
Tal obrigação, por outro lado, não é característica na doação, uma vez que o bem deverá ser
COLACIONADO após a morte do de cujus.
4. Colação de neto?
Se no momento da doação pelo avô, o pai do neto era vivo, NÃO É NECESSÁRIO COLACIONAR.
Todavia, se no momento da doação pelo avô, o pai do neto já estava morto, SERÁ NECESSÁRIO
COLACIONAR, tendo em vista que o neto é REPRESENTANTE DO PAI.
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(1) Não são colacionáveis: Não podem ser abatidas da herança do filho.
a) Todas as despesas dos pais com os filhos MENORES com saúde, educação, vestuário, moradia, etc.
c) Despesas nupciais.
SUPERIMPORTANTE:
Apura-se o patrimônio na data da MORTE do autor da herança.
Ex. Autor da herança faz doação no valor de R$ 30 milhões em vida para um filho. Na data da
morte, possuía patrimônio de apenas R$ 8 milhões.
Neste caso, se houver dois filhos, deverão ser colacionados R$ 2 milhões pelo filho que recebeu
a doação no valor de R$ 30 milhões.
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as
dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.
6. Bens alienados
IMPORTANTE:
7. Benfeitorias
Benfeitorias NÃO DEVEM SER COLACIONADAS, sendo o donatário restituído pelo valor das
mesmas.
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Rafael Barreto Ramos
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17/10/14
- Das regras para redução das disposições testamentárias
Ocorre quando o testador deixa mais de 50% do que ele tem, ocorre redução.
Ou seja, reduz para o máximo que pode deixar em testamento (50%). Quando o bem é
indivisível.
- Bem divisível ou porcentagem: O excedente voltará para o monte, aos herdeiros necessários.
Nota:
O próprio testador pode colocar no testamento quem irá receber caso não tenha bens
suficientes no momento da morte. Se não há disposição, o legatário tem preferência.
- (Art. 1.967) quando a parte que ultrapassar a metade disponível for superior a ¼ do valor do
bem, o bem fica com os herdeiros e o legatário é indenizado.
- Se a parte que ultrapassar a metade disponível não for superior a ¼ do valor do bem, o bem
fica com o legatário e ele indenizará os herdeiros.
- Ordem de preferência
a) Despesas funeral
b) Custas judiciais/inventário
c) ???
h) credores pignoratícios
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Rafael Barreto Ramos
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