Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
Aluno LOHANE BORGES LEAL LIMA
PROCESSO
CIVIL
–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
INVENTÁRIO
E
PARTILHA
INVENTÁRIO
CONCEITO
Inventário
é
o
procedimento
destinado
à
apuração
dos
haveres
deixado
pelo
de
cujus,
com
o
fito
de
partilhá-‐los
entre
os
herdeiros
e
legatários.
Deve
ser
requerida
a
sua
abertura
dentro
de
dois
meses,
a
contar
do
óbito,
ultimando-‐se
nos
doze
meses
subsequentes,
mas
o
juiz,
por
motivo
justo,
pode
dilatar
esses
prazos,
de
ofício
ou
a
requerimento
da
parte
(
§2º
do
art.
610
do
CPC/2015).
A
lei
estadual
pode
prever
uma
multa
como
sanção
pelo
retardamento
do
início
ou
da
ultimação
do
inventário
(súmula
542
do
STF).
FORO
COMPETENTE
O
inventário
deve
ser
requerido
no
último
domicílio
do
de
cujus.
Se
este
não
tinha
domicílio
certo,
o
foro
competente
é
o
do
local
da
situação
dos
bens
imóveis.
Se
não
tinha
domicílio
certo
e
os
bens
imóveis
encontram-‐se
em
diversas
comarcas,
o
foro
competente
é
o
do
local
de
qualquer
dos
bens
do
espólio
(art.
48,
parágrafo
único,
do
CPC/2015).
Anote-‐se
que
a
competência
é
territorial,
de
modo
que
o
juiz
não
pode
decliná-‐la
de
ofício.
O
juízo,
isto
é,
a
vara
competente
varia
conforme
a
legislação
estadual
(art.
125
da
CF).
Na
comarca
de
São
Paulo
tramita
em
varas
especializadas
de
família
e
sucessões;
no
interior
do
Estado
de
São
Paulo,
em
varas
cíveis,
diante
da
inexistência
de
varas
especializadas.
Tratando-‐se
de
estrangeiro,
que
morre
e
deixa
bens
no
Brasil,
o
inventário
deve
ser
feito
pela
autoridade
judiciária
brasileira,
em
relação
aos
bens
aqui
situados.
Em
matéria
de
inventário,
a
jurisdição
brasileira
é
exclusiva
(art.
23,
II,
do
CPC/2015).
Não
se
homologa,
no
Brasil,
sentença
estrangeira
de
inventário.
Anote-‐se,
porém,
que
se
aplicará
o
código
civil
da
lei
do
domicílio
do
de
cujus
(art.
10
da
LICC).
Com
efeito,
a
jurisdição
é
brasileira,
mas
a
sucessão
será
regida
pela
lei
do
domicílio
do
defunto.
LEGITIMIDADE
ATIVA
O
inventário
deve
ser
requerido
por
quem
está
na
posse
e
administração
do
espólio
(art.
615
do
CPC/2015).
Tem,
contudo,
legitimidade
concorrente
(art.616
do
CPC/2015):
I
-‐
o
cônjuge
ou
companheiro
supérstite;
II
-‐
o
herdeiro;
III
-‐
o
legatário;
IV
-‐
o
testamenteiro;
V
-‐
o
cessionário
do
herdeiro
ou
do
legatário;
VI
-‐
o
credor
do
herdeiro,
do
legatário
ou
do
autor
da
herança;
VII
-‐
o
Ministério
Público,
havendo
herdeiros
incapazes;
VIII
-‐
a
Fazenda
Pública,
quando
tiver
interesse;
IX
-‐
o
administrador
judicial
da
falência
do
herdeiro,
do
legatário,
do
autor
da
herança
ou
do
cônjuge
ou
companheiro
supérstite.
1
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
Não
há
mais
previsão
legal
para
o
juiz
determinar
de
ofício
a
instauração
do
inventário.
O
inventário,
em
que
há
herdeiro
incapaz,
é
uma
ação
judicial
necessária,
porque
a
lei
não
prevê,
nessa
hipótese,
o
inventário
administrativo.
Este,
no
entanto,
é
possível,
mediante
escritura
pública,
se
todos
os
interessados
forem
capazes
e
concordes
(§1º
do
art.
610
do
CPC/2015).
INVENTARIANTE
O
juiz
ao
despachar
a
inicial
nomeia
o
inventariante,
que
pode
ser
legal,
judicial
e
dativo.
O
inventariante
legal
é
o
indicado
pela
lei.
A
ordem
de
prioridade
é
a
seguinte
(art.
617
do
CPC/2015):
I
-‐
o
cônjuge
ou
companheiro
sobrevivente,
desde
que
estivesse
convivendo
com
o
outro
ao
tempo
da
morte
deste.
Note-‐se
que
o
cônjuge
ou
companheiro
supérstite
tem
preferência
para
ser
nomeado
inventariante
legal,
ainda
que
não
figure
como
herdeiro
do
“de
cujus”.
O
cônjuge
ou
companheiro
supérstite
que
estava
separado
de
fato
não
pode
ser
inventariante.
Vale
lembrar
que
se
a
separação
de
fato
não
excedeu
a
dois
anos,
o
cônjuge
ainda
preserva
os
direitos
sucessórios,
podendo
requerer
a
abertura
do
inventário,
embora
não
possa
ser
nomeado
inventariante,
vedando-‐se
qualquer
discussão
acerca
da
culpa
pela
separação,
pois
ainda
que
culpado
não
terá
seus
direitos
sucessórios
afetados.
Se,
no
entanto,
a
separação
de
fato
perdurou
por
mais
de
dois
anos
a
preservação
dos
direitos
sucessórios
depende
da
análise
da
culpa.
Se
a
convivência
se
tornara
impossível
sem
culpa
do
sobrevivente,
mantêm-‐se
os
direitos
sucessórios;
se,
ao
invés,
foi
o
culpado
pela
separação,
não
se
lhe
reconhece
direito
sucessório.
Todavia,
a
discussão
da
culpa
é
questão
de
alta
indagação
e,
por
isso,
não
pode
ser
discutida
no
inventário,
reclamando,
pois,
ação
autônoma.
Não
se
exige,
para
que
o
cônjuge
ou
companheiro
seja
inventariante,
o
regime
de
comunhão
de
bens.
A
companheira
ou
companheiro,
por
sua
vez,
tem
a
mesma
posição
do
cônjuge.
Por
consequência,
tem
preferência
para
o
múnus
de
inventariante,
desde
que
atenda
aos
três
requisitos.
Primeiro,
convivência
com
outro
ao
tempo
da
morte
deste.
Assim,
a
separação
de
fato
elimina
a
preferência.
Segundo,
prova
pré-‐constituída
da
união
estável
e
do
período
de
sua
vigência.
De
fato,
no
inventário
é
proibida
a
discussão
de
questão
de
alta
indagação,
de
modo
que
a
existência
da
união
estável
deve
ser
comprovada
em
ação
autônoma.
Se,
porém,
houver
concordância
de
todos
os
herdeiros
acerca
da
existência
da
união
estável
de
do
período
de
sua
vigência,
a
companheira
ou
o
companheiro
poderá
ingressar
no
inventário,
e
ainda
figurar
como
inventariante,
não
obstante
a
ausência
da
prova
pré-‐constituída,
isto
é,
documental.
Terceiro,
que
o
interesse
da
companheira
ou
do
companheiro
não
colida
com
o
interesse
do
espólio
ou
dos
demais
herdeiros.
II
-‐
o
herdeiro
que
se
achar
na
posse
e
na
administração
do
espólio,
se
não
houver
cônjuge
ou
companheiro
sobrevivente
ou
se
estes
não
puderem
ser
nomeados;
III
-‐
qualquer
herdeiro,
quando
nenhum
deles
estiver
na
posse
e
na
administração
do
espólio.
Nenhum
herdeiro
estando
na
posse
e
administração
do
espólio,
o
juiz
nomeará
inventariante
qualquer
herdeiro,
legítimo
ou
testamentário,
dando
preferência
para
aquele
que
residir
na
comarca
do
inventário
ou
para
o
herdeiro
que
mantinha
vínculo
de
convivência
com
o
de
cujos.
Quando
ao
legatário,
não
pode
ser
nomeado
inventariante
legal,
diante
da
falta
de
previsão
na
lei.
IV
-‐
o
herdeiro
menor,
por
seu
representante
legal.
2
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
Trata-‐se
de
uma
novidade
do
CPC/2015,
pois
a
jurisprudência
anterior
não
admitia
que
o
herdeiro
menor,
através
do
seu
representante
legal,
exercesse
a
inventariança.
V
-‐
o
testamenteiro,
se
lhe
tiver
sido
confiada
a
administração
do
espólio
ou
se
toda
a
herança
estiver
distribuída
em
legados;
VI
-‐
o
cessionário
do
herdeiro
ou
do
legatário.
Esta
ordem,
a
rigor,
não
pode
ser
violada
pelo
magistrado,
salvo
se
houver
algum
motivo
justo,
como,
por
exemplo,
no
arrolamento
sumário
em
que
a
nomeação
do
inventariante
costuma
recair
sobre
a
pessoa
indicada
pelos
próprios
herdeiros,
diante
do
consenso
firmado
entre
eles.
Se,
porém,
o
inventariante
houver
sido
indicado
no
testamento,
o
juiz
não
é
obrigado
a
nomear
esta
pessoa
designada
pelo
testador.
Por
outro
lado,
o
inventariante
judicial
é
um
auxiliar
da
Justiça,
que
presta
concurso
público
para
exercer
essa
função.
Só
é
nomeado
à
falta
do
inventariante
legal.
No
Estado
de
São
Paulo,
não
existe.
Por
fim,
o
inventariante
dativo
é
uma
pessoa
estranha,
mas
idônea,
que
só
é
nomeada
à
falta
do
inventariante
legal
e
do
inventariante
judicial.
O
inventariante
é
nomeado
pelo
juiz,
salvo
no
inventário
extrajudicial
quando
então
a
nomeação
é
feita
pelos
próprios
herdeiros,
consoante
resolução
nº
35
do
Conselho
Nacional
da
Justiça,
malgrado
o
silêncio
da
lei
acerca
da
necessidade
de
inventariante
no
inventário
extrajudicial.
À
exceção
do
inventário
extrajudicial,
nos
demais
casos
a
nomeação
do
inventariante
é
ato
exclusivo
do
juiz.
Dentre
as
funções
do
inventariante,
destacam-‐se
as
seguintes:
a)
representar
o
espólio
ativa
e
passivamente,
em
juízo
ou
fora
dele.
Assim,
o
inventariante
pode
propor
ações
em
nome
do
espólio,
figurando
ainda
no
polo
passivo
das
ações
propostas
contra
este,
independentemente
de
autorização
judicial.
Tratando-‐se,
porém,
de
inventariante
dativo,
a
representação
ativa
e
passiva
do
espólio
será
feita
não
só
por
ele,
mas
também
por
todos
os
herdeiros
e
sucessores
do
de
cujus.
Portanto,
na
ação
movida
em
face
do
espólio
não
se
cita
os
herdeiros,
mas
apenas
o
inventariante,
salvo
se
este
for
dativo,
quando
então
a
citação
deverá
recair
sobre
ele
e
todos
os
sucessores
do
de
cujus,
sob
pena
de
nulidade
do
processo;
b)
administrar
o
espólio.
Todavia,
para
a
realização
de
despesas,
pagamento
de
dívidas,
alienação
de
bens
e
transação
é
necessária
autorização
judicial
(art.
619
do
CPC/2015);
c)
prestar
as
primeiras
e
últimas
declarações;
d)
prestar
contas
de
sua
administração
ao
deixar
o
cargo
ou
sempre
que
o
juiz
lhe
determinar.
O
inventariante
pode
receber
dívidas,
sem
autorização
do
juiz.
Esta
autorização
só
é
necessária
para
o
pagamento
de
dívidas.
A
obrigação
de
prestar
contas
não
é
personalíssima,
logo
se
transmite
aos
herdeiros
do
inventariante;
e)
requerer
a
declaração
de
insolvência
do
espólio,
quando
as
dívidas
excederem
às
forças
da
herança.
A
inventariança
é
exercida
por
uma
única
pessoa.
A
lei
não
prevê
o
inventariante
conjunto.
O
inventariante
que
descumpre
as
suas
funções
será
removido
de
ofício
pelo
juiz
ou
a
requerimento
(art.
622
do
CPC/2015).
O
incidente
de
remoção
correrá
em
apenso
nos
autos
do
inventário.
A
própria
decisão
que
o
remove
deve
nomear
outro
em
seu
lugar.
PRIMEIRAS
DECLARAÇÕES
E
CITAÇÃO
As
declarações
preliminares,
também
chamadas
de
primeiras
declarações,
devem
ser
apresentadas
pelo
inventariante
dentro
de
20
(vinte)
dias,
contados
da
data
em
que
prestou
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
compromisso.
As
primeiras
declarações
devem
conter:
a)
qualificação
do
de
cujus,
dia
e
lugar
do
falecimento
e
a
informação
se
deixou
ou
não
testamento;
b)
qualificação
dos
herdeiros,
do
cônjuge
ou
companheiro
supérstite
e
do
regime
de
bens,
inclusive,
o
endereço
eletrônico.
c)
relação
completa
dos
bens
do
espólio
e
dos
alheios
que
nele
forem
encontrados,
bem
como
dos
bens
que
devem
ser
colacionados.
Assim,
os
bens
pertencentes
a
terceiros,
que
se
encontrem
em
poder
do
de
cujus,
são
mencionados
nas
primeiras
declarações,
mas
excluídos
do
inventário
e
da
partilha.
Igualmente,
a
meação
do
cônjuge
ou
companheiro
supérstite.
Feita
as
primeiras
declarações,
o
juiz
mandará
citar,
pelo
correio,
o
cônjuge,
o
companheiro,
os
herdeiros
e
os
legatários
e
intimará
a
Fazenda
Pública.
O
testamenteiro
também
será
intimado,
se
o
finado
deixou
testamento.
O
Ministério
Público
só
é
intimado
se
houver
interesse
de
incapaz
ou
de
Fundação.
O
art.
626
do
CPC/2015
prevê
ainda
a
participação
do
Ministério
Público
na
hipótese
de
herdeiro
ausente.
Cremos,
porém,
que
se
refere
ao
ausente
civil;
porque
em
relação
ao
ausente
processual,
citado
fictamente,
a
curadoria
deverá
ser
exercida
por
advogado
nomeado
pelo
juiz.
Há
ainda
citação
por
edital
dos
interessados
incertos
ou
desconhecidos
(art.
259,
III,
do
CPC/2015).
A
citação
será
dispensada
se
os
interessados
já
estiverem
representados
nos
autos
pelos
respectivos
advogados.
A
lei
não
ordena
a
citação
do
cônjuge
do
herdeiro.
Discute-‐se
se
é
ou
não
necessária
quando
o
herdeiro
for
casado
na
comunhão
universal;
parece
que
não,
porque
a
transmissão
decorre
do
regime
de
bens
e
não
do
direito
hereditário.
Nos
demais
regimes,
não
há
qualquer
discussão
acerca
da
prescindibilidade
da
citação.
Feita
a
citação,
as
partes
têm
o
prazo
de
15
(quinze)
dias
para
se
manifestarem
sobre
as
primeiras
declarações.
Após
esse
prazo,
a
Fazenda
Pública
também
poderá
se
manifestar
em
15
(quinze)
dias.
QUESTÃO
DE
ALTA
INDAGAÇÃO
Em
inventário
é
vedada
a
discussão
sobre
questão
de
alta
indagação.
Questão
é
o
ponto
impugnado,
controvertido,
de
índole
jurídica
ou
fática.
As
questões
de
direito,
por
mais
complexas
que
sejam,
não
são
de
alta
indagação,
e,
por
isso,
devem
ser
solucionadas
nos
próprios
autos
do
inventário.
As
questões
de
fato
são
as
que
envolvem
a
prova
de
um
acontecimento
da
vida.
Se
se
acharem
provadas
por
documentos,
devem
ser
dirimidas
nos
autos
do
inventário.
Portanto,
questão
de
alta
indagação
é
a
que
envolve
matéria
fática,
que
não
está
comprovada
por
documento;
é
a
questão,
cuja
solução
depende
de
prova
testemunhal
ou
pericial.
Exemplos:
investigação
de
paternidade;
reconhecimento
de
união
estável
etc.
A
questão
de
alta
indagação
deve
ser
discutida
em
ação
própria
(art.
628,
§2º,
do
CPC/2015).
Todavia,
o
juiz
mandará
reservar
o
quinhão
do
suposto
herdeiro,
até
que
se
decida
o
litígio
nas
vias
ordinárias.
No
caso
de
união
estável,
se
os
herdeiros
concordarem
com
o
ingresso
da
companheira
no
inventário,
ela
poderá
ingressar,
porque
a
alegação
não
se
tornou
questão.
Se,
porém,
houver
impugnação,
urge
que
ela
demonstre
o
fato
em
ação
autônoma,
sendo
vedada
qualquer
discussão
nos
autos
do
inventário,
a
não
ser
que
haja
documento
(contrato
ou
sentença
judicial)
comprovando
a
união
estável.
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
ADMINISTRADOR
PROVISÓRIO
Até
que
o
inventariante
preste
compromisso,
continua
o
espólio
na
posse
do
administrador
provisório
(art.613
do
CPC/2015).
O
administrador
provisório
é
toda
e
qualquer
pessoa
que
esteja
na
posse
e
administração
dos
bens
da
herança.
Nada
obsta
que
a
concubina
seja
administradora
provisória.
O
administrador
provisório
deve
requerer
a
abertura
do
inventário.
Além
disso,
representar
ativa
e
passivamente
o
espólio.
Com
efeito,
dispõe
o
art.
614
do
CPC/2015:
“O
administrador
provisório
representa
ativa
e
passivamente
o
espólio,
é
obrigado
a
trazer
ao
acervo
os
frutos
que
desde
a
abertura
da
sucessão
percebeu,
tem
direito
ao
reembolso
das
despesas
necessárias
e
úteis
que
fez
e
responde
pelo
dano
a
que,
por
dolo
ou
culpa,
der
causa.”
Do
exposto
dessume-‐se
que
o
espólio
é
representado
ativa
e
passivamente,
em
juízo
ou
fora
dele,
em
primeiro
lugar,
pelo
inventariante.
Se
este
for
dativo,
a
representação
competirá
ao
inventariante
e
demais
sucessores
do
de
cujus.
Se
ainda
não
foi
aberto
o
inventário,
a
representação
competirá
ao
administrador
provisório.
Se
não
há
sequer
administrador
provisório,
a
representação
será
exercida
por
todos
os
herdeiros.
ESPÉCIES
DE
INVENTÁRIO
O
inventário
denomina-‐se:
a)
orfanológico
–
quando
houver
herdeiro
menor,
interdito,
ausente
ou
desconhecido;
b)
de
provedoria
–
quando
o
de
cujus
houver
deixado
testamento
ou
codicilo;
c)
de
maiores
–
quando,
além
dos
herdeiros
serem
todos
maiores
e
capazes,
não
houver
testamento;
d)
conjunto
ou
cumulação
de
inventários–
é
o
que
abrange
mais
de
um
espólio.
Só
é
possível
em
três
hipóteses,
conforme
art.672
do
CPC/2015.
A
primeira
é
quando
os
herdeiros
ou
legatários
forem
os
mesmos.
A
segunda,
quando
se
tratar
de
heranças
deixadas
pelos
dois
cônjuges
ou
companheiros.
A
terceira,
quando
houver
dependência
de
uma
das
partilhas
em
relação
à
outra
(exemplo:
morte
de
um
dos
herdeiros
antes
da
partilha).
Nesta
terceira
hipótese,
se
a
dependência
for
parcial,
por
haver
outros
bens,
o
juiz
pode
ordenar
a
tramitação
separada,
se
melhor
convier
ao
interesse
das
partes
ou
à
celeridade
processual;
e)
negativo
–
quando
o
de
cujus
não
deixa
bens.
Só
é
possível
em
dois
casos.
O
primeiro
diz
respeito
à
viúva
ou
viúvo
que
deseja
se
casar
no
regime
de
comunhão;
se
não
fizer
o
inventário
o
regime
será
o
da
separação
legal
(art.
1.523
cc
art.
1.641,
I).
A
Excelsa
Corte,
porém,
já
decidiu
que:
“A
falta
do
chamado
‘inventário
negativo’
não
acarreta,
por
si
mesma,
o
regime
da
separação
de
bens
no
segundo
casamento,
uma
vez
provado
que
notoriamente
não
havia
bens
a
inventariar
(RT
549/217).”
O
segundo
caso
de
inventário
negativo
ocorre
quando
o
de
cujus
não
deixa
bens,
mas
deixa
dívidas;
nesse
caso,
há
interesse
em
realizar-‐se
o
inventário
para
que
os
credores
não
aleguem
a
dilapidação
do
patrimônio
por
parte
dos
herdeiros.
ARROLAMENTO
O
arrolamento
é
o
inventário
de
procedimento
simplificado.
O
arrolamento
pode
ser
comum
e
sumário.
O
arrolamento
comum
ou
ordinário
ocorre
quando
a
partilha
é
judicial,
mas
a
herança
não
5
Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP). Aluno LOHANE BORGES LEAL LIMA PROCESSO
CIVIL
–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
excede
a
1.000
(mil)
salários
mínimos
(art.
664
do
CPC/2015).
O
arrolamento
sumário
é
para
os
casos
de
partilha
amigável,
qualquer
que
seja
o
valor
da
herança.
Portanto,
o
inventário,
na
verdade,
só
é
reservado
às
hipóteses
de
partilha
judicial
em
que
a
herança
é
superior
a
1.000
(mil)
salários
mínimos.
DISTINÇÃO
ENTRE
INVENTÁRIO
E
ARROLAMENTO
COMUM
No
inventário,
o
inventariante
presta
compromisso;
no
arrolamento,
não.
No
inventário,
o
imposto
causa
mortis
deve
ser
pago
antes
da
partilha,
sob
pena
de
esta
não
ser
elaborada.
No
arrolamento,
admite-‐se
a
elaboração
e
julgamento
da
partilha,
independentemente
do
pagamento
desse
imposto
(art.662
do
CPC/2015).
No
inventário,
há
a
intervenção
da
Fazenda
Pública;
no
arrolamento
não.
DISTINÇÃO
ENTRE
ARROLAMENTO
COMUM
E
SUMÁRIO
No
arrolamento
comum,
a
partilha
é
judicial;
no
sumário,
amigável.
No
arrolamento
comum,
o
procedimento
é
de
jurisdição
contenciosa;
no
sumário,
a
jurisdição
é
voluntária.
No
arrolamento
comum,
admite-‐se
a
impugnação
do
valor
dos
bens,
quando
então
o
juiz
nomeará
um
avaliador
que
oferecerá
o
laudo
em
10
dias;
no
sumário
não,
salvo
se
impugnada
a
avaliação
por
credores
do
espólio
(art.
661
do
CPC/2015).
DISPENSA
DE
INVENTÁRIO
E
DE
ARROLAMENTO
Independerá
de
inventário
ou
arrolamento
o
pagamento
dos
valores
previstos
na
Lei
n°
6.858,
de
24
de
novembro
de
1980
(art.
666
do
CPC/2015).
INVENTÁRIO
EXTRAJUDICIAL
Sobre
o
assunto,
dispõe
o
§1º
do
art.
610
do
CPC/2015:
“Se
todos
forem
capazes
e
concordes,
o
inventário
e
a
partilha
poderão
ser
feitos
por
escritura
pública,
a
qual
constituirá
documento
hábil
para
qualquer
ato
de
registro,
bem
como
para
levantamento
de
importância
depositada
em
instituições
financeiras”.
O
tabelião
somente
lavrará
a
escritura
pública
se
todas
as
partes
interessadas
estiverem
assistidas
por
advogado
ou
por
defensor
público,
cuja
qualificação
e
assinatura
constarão
do
ato
notarial
(§
2o
do
art.
610
do
CPC/2015).
Do
exposto
denota-‐se
a
exigência
dos
seguintes
requisitos:
a)
que
todos
os
herdeiros
sejam
capazes.
Em
havendo
incapaz
ou
menor,
proceder-‐se-‐á
ao
inventário
judicial.
Tratando-‐se,
porém,
de
menor
emancipado,
será
admitida
a
forma
extrajudicial.
b)
que
o
cônjuge
ou
companheiro,
com
direito
à
meação,
também
seja
capaz.
c)
concordância
de
todas
as
partes
interessadas.
De
fato,
em
havendo
divergência,
impõe-‐se
o
inventário
judicial.
É
possível
a
representação
das
partes
por
procurador,
podendo
ser
o
mesmo
para
todos
os
interessados.
As
normas
da
Corregedoria
Geral
da
Justiça
do
Estado
de
São
Paulo
exigem
que
esta
procuração
seja
por
instrumento
público.
d)
que
todas
as
partes
interessadas
estejam
assistidas
por
advogado
ou
defensor
público.
Não
6
Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP). Aluno LOHANE BORGES LEAL LIMA PROCESSO
CIVIL
–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
há
necessidade
de
o
advogado
exibir
a
procuração.
É
vedada
aos
Tabeliães
a
indicação
de
advogado
às
partes.
Se
estas
não
reunirem
condições
econômicas
para
contratar
advogado,
o
Tabelião
deverá
recomendar-‐lhes
a
Defensoria
Pública,
onde
houver,
ou
na
sua
falta,
a
OAB.
O
CPC
anterior
proibia
o
inventário
extrajudicial
quando
houvesse
testamento.
O
CPC
2015
não
contém
mais
esta
vedação.
Presentes
os
requisitos
acima,
far-‐se-‐á
o
inventário
e
a
partilha
por
escritura
pública,
lavrada
perante
o
tabelião
do
Cartório
de
Notas,
a
qual
constituirá
título
hábil
para
o
registro
imobiliário,
independentemente
de
homologação
judicial.
Não
há
competência
territorial,
sendo,
pois,
livre
a
escolha
do
tabelião
de
notas
para
a
escritura
pública,
pouco
importando
o
local
do
óbito
ou
da
situação
dos
bens.
Nada
obsta,
porém,
que
as
partes
optem
pela
via
judicial,
realizando-‐se
a
partilha
no
arrolamento
sumário,
porquanto
a
lei
não
impõe
a
obrigatoriedade
do
inventário
extrajudicial.
Todavia,
as
partes
não
podem
se
valer
simultaneamente
de
ambas
as
medidas.
Caso
optem
por
uma
delas,
a
qualquer
momento
poderão
desistir
para
promoção
da
outra.
Figuram
como
partes
o
cônjuge
sobrevivente
ou
companheiro
e
os
herdeiros,
outrossim,
segundo
as
Normas
da
Corregedoria
Geral
da
Justiça
do
Estado
de
São
Paulo,
os
cônjuges
dos
herdeiros,
quando
casados
na
comunhão
universal
de
bens.
Nos
demais
regimes,
os
cônjuges
dos
herdeiros
devem
comparecer
ao
ato
como
anuentes,
dispensando-‐se
a
sua
presença
no
regime
da
separação
absoluta.
Quanto
à
indicação,
na
escritura
pública,
de
um
ou
mais
herdeiros,
com
os
mesmos
poderes
de
um
inventariante,
é
plenamente
possível,
para
a
representação
do
espólio
no
cumprimento
de
obrigações
ativas
ou
passivas.
Nessa
indicação,
o
tabelião
seguirá
a
ordem
prevista
no
art.
617
do
CPC/2015,
cuja
alteração
somente
será
possível
se
houver
unanimidade
dos
herdeiros
e
do
cônjuge
viúvo.
Referentemente
à
partilha,
cumpre
à
escritura
declarar
todos
os
bens
comuns
do
casal,
indicando
o
título
aquisitivo
e
o
valor
de
avaliação,
especificando
também
os
bens
particulares
de
cada
cônjuge.
É
claro
que
as
dívidas
e
obrigações
serão
também
mencionadas,
porque
a
partilha
é
feita
sobre
o
saldo.
É
admissível,
na
escritura
pública,
a
partilha
parcial,
bem
como
a
sobrepartilha.
A
existência
de
credores
do
espólio
não
impede
a
partilha
ou
a
adjudicação.
A
propósito,
quando
houver
um
só
herdeiro,
maior
e
capaz,
ao
invés
da
partilha,
lavra-‐se
a
escritura
pública
de
adjudicação
dos
bens.
É
admissível
também
inventário
negativo
por
escritura
pública,
mas
é
vedada
lavratura
de
escritura
pública
de
inventário
e
partilha
de
bens
localizados
no
exterior,
pois
a
soberania
de
nosso
Estado
não
tem
o
condão
de
atingir
coisas
situadas
fora
do
nosso
território.
Não
se
pode
olvidar,
contudo,
que
o
imposto
“causa
mortis”
(ITCMD)
incide
sobre
o
total
dos
bens,
deduzida
a
meação
do
cônjuge
supérstite.
Esclareça-‐se
ainda
que
se
houver
torna
de
um
herdeiro
para
outro,
sobre
esta
haverá
a
incidência
do
imposto
de
transmissão
de
bens
imóveis
(ITBI).
Aliás,
o
ITCMD
deve
ser
recolhido
antes
da
lavratura
da
escritura.
A
gratuidade
por
assistência
judiciária
em
escritura
pública
não
isenta
a
parte
do
recolhimento
do
imposto
de
transmissão,
pois
este
é
regido
por
legislação
própria.
A
escritura
pública
de
inventário
e
partilha
pode
ser
lavrada
a
qualquer
tempo,
mas
sofrerá
a
incidência
da
eventual
multa
prevista
para
o
imposto
causa
mortis.
Os
eventuais
erros
de
dados
na
escritura
serão
retificados
mediante
outra
escritura
pública
de
re-‐ratificação,
podendo
o
advogado
ser
constituído
para
representar
as
partes,
evitando
o
novo
comparecimento
de
todos
na
serventia.
Por
outro
lado,
conforme
já
vimos,
diante
da
ausência
de
vedação
legal,
cumpre
admitir
a
viabilidade
da
partilha
parcial,
relegando-‐se
para
momento
ulterior
a
sobrepartilha.
Outrossim,
a
presença
de
herdeiro
renunciante
não
inibe
a
lavratura
de
escritura
pública,
seja
a
renúncia
pura
e
7
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CIVIL
–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
simples
ou
translativa,
incidindo,
nessa
última
hipótese,
o
imposto
“inter
vivos”.
Por
derradeiro,
o
companheiro
ou
companheira,
titular
da
metade
ou
de
uma
parcela
dos
bens
objetos
da
partilha,
pode
figurar
na
escritura
pública,
desde
que
haja
concordância
de
todos
os
interessados,
dispensando-‐se,
nesse
caso,
eventual
sentença
ou
documento
comprobatório
da
união
estável.
Ao
revés,
não
obstante
o
reconhecimento
documental
da
união
estável,
em
havendo
discordância
de
algum
interessado,
o
inventário
e
partilha
extrajudicial
não
poderá
ser
realizado.
PARTILHA
O
objeto
do
inventário
é
o
monte-‐mor,
que
compreende
a
herança
bruta
e
a
meação
do
cônjuge
supérstite,
ao
passo
que
o
objeto
da
partilha
é
a
herança
líquida,
também
chamada
monte
partível,
que
é
apurada
após
a
subtração
da
meação
do
cônjuge
ou
companheiro
supérstite
e
do
pagamento
das
dívidas
do
de
cujus
e
do
espólio.
Partilha
é,
pois,
a
repartição
da
herança
líquida
entre
os
sucessores
do
de
cujus.
Trata-‐se
de
um
ato
declaratório,
porque
a
transmissão
da
propriedade
não
se
dá
com
a
partilha
e
sim
com
a
abertura
da
sucessão,
por
força
do
princípio
de
saisine.
A
partilha
pode
ser
amigável
e
judicial.
A
partilha
amigável
é
ato
solene,
que
pode
revestir-‐se
de
três
formas:
escritura
pública,
escritura
particular
e
termos
nos
autos
do
inventário
(art.
657
do
CPC/2015).
Nas
suas
três
formas,
deve
ser
homologada,
por
sentença,
pelo
juiz.
Só
é
admissível
a
partilha
amigável
quando
todos
os
herdeiros
forem
maiores,
capazes
e
estiverem
de
pleno
acordo.
A
existência
de
testamento
não
impede
a
partilha
amigável,
mas,
nesse
caso,
devem
ser
ouvidos
o
testamenteiro
e
o
curador
de
resíduos
(nome
que
se
dá
ao
Ministério
Público
nos
procedimentos
em
que
há
testamento).
A
existência
de
dívidas
do
de
cujus
também
não
obsta
a
partilha
amigável,
desde
que
se
reservem
bens
suficientes
para
o
pagamento
(art.
663
do
CPC/2015).
A
partilha
amigável
é
um
ato
plurilateral,
porque
envolve
a
participação
de
várias
pessoas.
Por
outro
lado,
a
partilha
judicial
é
aquela
cujo
esboço
é
elaborado
pelo
partidor,
órgão
auxiliar
da
justiça.
Depois
disso,
o
juiz
ouvirá
os
interessados
dentro
do
prazo
de
quinze
dias,
resolvendo
as
reclamações
e
julgando
em
seguida
a
partilha
(art.
652
do
CPC/2015).
A
partilha
deve
ser
sempre
judicial
quando
algum
dos
herdeiros
divergir
ou
for
menor
ou
incapaz.
Anote-‐se
que
a
partilha
amigável
segue
o
procedimento
do
arrolamento
sumário,
ao
passo
que
a
partilha
judicial
tramitará
como
inventário
ou
arrolamento
comum,
conforme
a
herança
supere
ou
não
a
1.000
(mil)
salários
mínimos.
Finalmente,
é
válida
a
partilha
feita
pelo
ascendente,
por
ato
entre
vivos
ou
de
última
vontade,
contanto
que
não
prejudique
a
legítima
dos
herdeiros
necessários
(art.
2.018).
Note-‐se,
portanto,
que
essa
partilha
pode
ser
feita
por
doação
ou
testamento.
Poderá
abranger
ou
não
todos
os
bens
do
ascendente.
Se
feita
por
ato
inter
vivos,
impõe-‐se
a
reserva
de
bens
que
garantam
a
sobrevivência
do
doador,
porque
a
lei
proíbe
a
chamada
doação
universal.
Acrescente
ainda
que
a
partilha
inter
vivos,
para
Silvio
Rodrigues,
não
precisa
assumir
o
perfil
de
doação,
podendo
restringir-‐se
a
um
documento
autenticado
no
qual
tracem
as
regras
da
divisão
dos
bens.
Estamos
com
esse
civilista,
porque
o
art.
2.018
não
utiliza
a
palavra
doação.
A
partilha,
em
todas
essas
modalidades,
deve
reger-‐se
por
três
regras:
a)
máxima
igualdade
possível
entre
os
herdeiros.
Essa
regra
sofre
exceção
na
sucessão
testamentária,
porque
a
parte
disponível
pode
ser
partilhada
como
melhor
aprouver
o
testador;
b)
prevenção
de
litígios
futuros.
Para
tanto,
é
conveniente
se
evitar
o
estado
de
comunhão,
isto
é,
o
condomínio.
Como
esclarece
Washington
de
Barros
Monteiro,
não
se
recomenda
partilha
8
Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP). Aluno LOHANE BORGES LEAL LIMA PROCESSO
CIVIL
–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
que
se
cinge
a
atribuir
parte
ideal
nos
imóveis
a
cada
herdeiro,
permanecendo
todos
pro
indivisos.
O
art.
647
do
CPC/2015
preceitua
que
o
juiz,
no
despacho
de
deliberação
da
partilha,
pode
designar
os
bens
que
devem
constituir
o
quinhão
de
cada
herdeiro
e
legatário.
Na
prática,
porém,
isso
não
ocorre,
de
modo
que
cada
herdeiro
acaba
ficando
com
uma
parte
ideal
nos
imóveis,
terminando-‐se
o
inventário
da
mesma
forma
que
começou,
isto
é,
em
estado
de
comunhão;
c)
deve
ser
atendida
à
comodidade
dos
herdeiros,
do
cônjuge
ou
do
companheiro,
contemplados.
Se
um
deles,
por
exemplo,
mora
em
prédio
do
espólio,
deverá
receber
em
pagamento
esse
mesmo
imóvel,
sempre
que
possível.
O
juiz
poderá,
em
decisão
fundamentada,
deferir
antecipadamente
a
qualquer
dos
herdeiros
o
exercício
dos
direitos
de
usar
e
de
fruir
de
determinado
bem,
com
a
condição
de
que,
ao
término
do
inventário,
tal
bem
integre
a
quota
desse
herdeiro,
cabendo
a
este,
desde
o
deferimento,
todos
os
ônus
e
bônus
decorrentes
do
exercício
daqueles
direitos
(parágrafo
único
do
art.
647
do
CPC/2015).
d)
os
bens
insuscetíveis
de
divisão
cômoda,
que
não
couberem
na
meação
do
cônjuge
ou
companheiro
sobrevivente
ou
no
quinhão
de
um
só
herdeiro,
serão
licitados
entre
os
interessados
ou
vendidos
judicialmente,
partilhando-‐se
o
valor
apurado,
a
não
ser
que
haja
acordo
para
que
sejam
adjudicados
a
todos
(art.
649
do
CPC/2015).
Se
um
dos
interessados
for
nascituro,
o
quinhão
que
lhe
caberá
será
reservado
em
poder
do
inventariante
até
o
seu
nascimento
(art.
650
do
CPC/2015).
SOBREPARTILHA
Sobrepartilha
é
a
nova
partilha,
que
é
feita
após
o
trânsito
em
julgado
da
anterior,
recaindo
sobre
bens
ainda
não
partilhados.
O
inventário
deve
então
ser
reaberto,
citando-‐se
novamente
os
interessados.
O
procedimento
de
sobrepartilha
tramita
em
apenso
aos
autos
do
inventário
(art.
670
e
parágrafo
único
do
CPC/2015).
Haverá
necessidade
de
uma
nova
sentença,
que
decidirá
acerca
da
sobrepartilha.
Dispõe
o
art.
669
do
CPC/2015,
que
ficam
sujeitos
à
sobrepartilha
os
bens:
I.
sonegados;
II.
da
herança
que
se
descobriram
depois
da
partilha;
III.
litigiosos,
assim
como
os
de
liquidação
difícil
ou
morosa;
IV.
situados
em
lugar
remoto
da
sede
do
juízo
onde
se
processa
o
inventário.
Anote-‐se
que
a
sobrepartilha
abrange
não
só
os
bens
sonegados
e
desconhecidos,
como
também
os
litigiosos
ou
de
liquidação
difícil
ou
morosa
e
os
situados
em
lugar
remoto.
EMENDA
DA
PARTILHA
Emenda
da
partilha
é
a
retificação
de
seus
erros
materiais.
A
emenda
pode
ser
determinada
de
ofício
pelo
juiz,
ou
mediante
requerimento
da
parte,
ainda
que
a
sentença
já
tenha
transitado
em
julgado
(art.
656
do
CPC/2015).
FORMAL
DE
PARTILHA
Formal
de
partilha
é
o
documento
que
autoriza
herdeiros
e
legatários
a
registrarem
os
imóveis
em
seus
respectivos
nomes.
9
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–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
É
expedido
após
o
trânsito
em
julgado
da
sentença
de
partilha,
mediante
a
comprovação
do
pagamento
de
todos
os
impostos
(art.
655,
V,
do
CPC/2015).
Vimos
que
no
arrolamento
admite-‐se
o
julgamento
da
partilha,
mesmo
sem
a
quitação
do
imposto
causa
mortis.
Todavia,
para
o
recebimento
do
formal,
urge
que
se
demonstre
o
pagamento
não
só
do
imposto
causa
mortis
como
de
todos
os
demais
impostos.
O
formal
de
partilha,
que
deve
conter
os
documentos
previstos
no
art.655
do
CPC/2015,
pode
ser
substituído
por
certidão
do
pagamento
do
quinhão
hereditário,
quando
este
não
exceder
a
cinco
vezes
o
salário
mínimo
(parágrafo
único
do
art.
655
do
CPC/2015).
HERDEIRO
EVICTO
Diz-‐se
evicto
o
herdeiro
que,
por
sentença,
perdeu
a
propriedade
ou
a
posse
do
bem
herdado.
Dispõe
o
art.
2.024
que
os
coerdeiros
são
obrigados
a
indenizá-‐lo.
Cessa
a
obrigação
de
indenizá-‐lo
em
três
casos:
a) se
na
partilha
ou
em
outro
documento
se
convencionou
a
exclusão
dessa
responsabilidade;
b) se
a
evicção
ocorreu
por
sua
culpa.
Exemplos:
não
contestou
a
ação
reivindicatória
que
o
terceiro
lhe
moveu;
não
alegou
usucapião
em
sua
defesa
etc.;
c) se
a
evicção
ocorreu
por
fato
posterior
à
partilha.
Exemplo:
apreensão
do
bem
por
motivos
sanitários
ou
fiscais.
A
ação
de
indenização
é
pessoal.
Prescreve
em
dez
anos
a
contar
do
trânsito
em
julgado
da
sentença
de
evicção.
O
evicto
será
indenizado
pelos
co-‐herdeiros
na
proporção
de
suas
quotas
hereditárias,
mas,
se
algum
deles
se
achar
insolvente,
responderão
os
demais
na
mesma
proporção,
pela
parte
desse,
menos
a
quota
que
corresponderia
ao
indenizado
(art.
2.026).
Finalmente,
o
legatário
evicto
não
tem
direito
à
indenização
dos
herdeiros,
salvo
se
estes
tiveram
culpa
pela
evicção.
PAGAMENTO
DAS
DÍVIDAS
A
herança
pode
conter
dívidas
póstumas
e
dívidas
do
falecido.
As
dívidas
póstumas
são
as
despesas
de
funerais
(enterro,
luto
do
cônjuge
e
filhos
do
finado,
bem
como
os
sufrágios
por
alma).
Os
sufrágios
por
alma,
para
serem
devidos,
devem
ser
ordenados
em
testamento
ou
codicilo.
As
dívidas
do
falecido
são
as
contraídas
em
vida
pelo
de
cujus.
As
dívidas
póstumas,
bem
como
as
dívidas
do
falecido
consistentes
em
gastos
com
a
sua
doença
no
semestre
anterior
à
morte,
gozam
de
privilégio
geral
nos
bens
do
defunto,
conforme
art.
965,
I,
III
e
IV.
O
credor
do
espólio
pode
cobrar
o
seu
crédito
de
duas
formas:
a)
movendo
ação
de
cobrança
ou
ação
de
execução,
conforme
tenha
ou
não
título
executivo.
Nesse
caso,
deve
ser
feita
a
penhora
no
rosto
dos
autos
(art.
860
do
CPC/2015),
a
não
ser
que
os
herdeiros
autorizem
o
inventariante
a
nomear
bens
à
penhora
no
processo
em
que
o
espólio
for
executado
(art.
646
do
CPC/2015);
b)
requerer
a
habilitação
do
crédito
no
inventário
(art.
642
do
CPC/2015).
A
habilitação
deve
ser
feita
antes
da
partilha,
instruindo-‐se
o
requerimento
com
o
título
da
dívida.
Não
havendo
impugnação,
o
juiz
julga
procedente
a
habilitação,
determinando
o
pagamento
da
dívida,
antes
da
10
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
partilha.
O
credor
de
dívida
não
vencida
também
pode
habilitar-‐se
se
todos
os
herdeiros
e
interessados
concordarem.
Se
houver,
porém,
impugnação
de
qualquer
interessado,
fica
vedada
a
habilitação
do
credor
no
inventário,
esteja
ou
não
vencida
a
dívida.
Nesse
caso,
o
credor
deve
mover
ação
de
cobrança
ou
de
execução
(art.
634
do
CPC/2015).
Os
donatários
serão
também
chamados
a
pronunciar-‐se
sobre
a
aprovação
das
dívidas,
sempre
que
haja
possibilidade
de
resultar
delas
a
redução
das
liberalidades
(§
5o
do
art.
642
do
CPC/2015).
O
credor,
cujo
crédito
não
foi
impugnado,
pode
requerer
a
separação
de
bens,
isto
é,
a
indicação
dos
bens
do
espólio
que
lhe
devem
ser
entregues
para
solução
da
dívida
ou
serem
vendidos
em
hasta
pública
para
o
mesmo
fim.
A
separação
é
uma
medida
anterior
ao
pagamento
e
posterior
ao
deferimento
de
habilitação.
Em
primeiro
lugar,
a
separação
deve
recair
sobre
dinheiro;
e,
em
sua
falta,
quaisquer
outros
bens.
Se
todos
concordarem,
o
credor
pode
adjudicar
o
bem,
operando-‐se
a
dação
em
pagamento.
Vimos
que
se
houver
impugnação
é
vedada
a
habilitação.
Acrescente-‐se
ainda
que
a
impugnação
pode
ser
feita
por
qualquer
interessado,
a
saber:
inventariante,
cônjuge-‐meeiro,
companheiro,
herdeiros,
Ministério
Público
e
curador
especial
dos
herdeiros
ausentes.
A
impugnação
não
precisa
ser
fundamentada.
O
credor,
cuja
habilitação
foi
impugnada,
deve
mover
ação
de
cobrança
ou
de
execução,
mas
ele
pode
formular
o
pedido
de
tutela
cautelar
de
reserva
de
bens.
Nesse
caso,
a
ação
de
cobrança
ou
de
execução
deve
ser
ajuizada
em
trinta
dias,
sob
pena
de
caducidade
da
reserva
determinada.
A
reserva
de
bens
só
é
cabível
quando
a
dívida
estiver
devidamente
documentada,
mas,
mesmo
assim,
desde
que
a
impugnação
não
se
tenha
fundado
em
quitação
(parágrafo
único
do
art.
643
do
CPC/2015).
Por
outro
lado,
a
Fazenda
Pública,
no
que
diz
respeito
aos
débitos
tributários,
é
paga
independentemente
de
habilitação.
Observe-‐se,
ainda,
que,
mesmo
após
a
partilha,
o
credor
pode
cobrar
os
herdeiros,
na
proporção
dos
respectivos
quinhões
(art.
1.997,
2ª.
Parte);
mas
não
há
solidariedade
entre
os
herdeiros.
Anote-‐se,
ainda,
que
o
legatário
não
é
obrigado
a
pagar
as
dívidas
do
testador.
Se,
porém,
o
bem
legado
estava
hipotecado,
o
legatário
que
efetuar
o
pagamento
do
débito,
para
liberar
a
hipoteca,
terá
direito
de
regresso
contra
os
demais
herdeiros.
Finalmente,
dispõe
o
art.
2.000
que
os
legatários
e
credores
da
herança
podem
exigir
que
do
patrimônio
do
falecido
se
discrimine
o
do
herdeiro,
e,
em
concurso
com
os
credores
deste,
ser-‐lhe-‐ ão
preferidos
no
pagamento.
A
1ª.
Parte
do
dispositivo
visa
evitar
a
confusão
entre
o
patrimônio
do
de
cujus
e
o
do
herdeiro;
a
2ª.
Parte
preceitua
que
o
credor
do
de
cujus
recebe
na
frente
do
credor
do
herdeiro.
ANULAÇÃO
E
RESCISÃO
DA
PARTILHA
Dispõe
o
art.
2.027:
“A
partilha,
uma
vez
feita
e
julgada,
só
é
anulável
pelos
vícios
e
defeitos
que
invalidam,
em
geral,
os
negócios
jurídicos.
Parágrafo
único.
Extingue-‐se
em
um
ano
o
direito
de
anular
a
partilha.”
Aludido
dispositivo
cuida
apenas
da
partilha
amigável,
porque
a
partilha
judicial
submete-‐se
à
ação
rescisória,
conforme
dispõe
o
art.
658
do
CPC/2015.
A
partilha
amigável,
como
vimos,
propicia
o
arrolamento
sumário,
procedimento
de
jurisdição
voluntária,
cuja
sentença
é
passível
de
ação
anulatória,
e
não
ação
rescisória,
conforme
parágrafo
único
do
art.
657
do
CPC/2015).
11
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
A
ação
anulatória
é
ajuizada
no
juízo
de
primeiro
grau,
diferentemente
da
ação
rescisória,
que
é
proposta
diretamente
no
tribunal.
A
ação
anulatória
deve
ser
proposta
em
um
ano;
a
rescisória,
em
dois.
Em
ambas
as
hipóteses,
o
prazo
é
decadencial.
Na
partilha
judicial,
o
prazo
de
dois
anos
para
ajuizar
a
ação
rescisória
é
contado
a
partir
do
trânsito
em
julgado
da
sentença.
Na
partilha
amigável,
o
termo
inicial
no
prazo
de
um
ano
para
a
ação
anulatória
varia
conforme
a
causa
da
anulabilidade.
Com
efeito,
dispõe
o
parágrafo
único
do
art.
657
do
CPC/2015:
“O
direito
à
anulação
de
partilha
amigável
extingue-‐se
em
1
(um)
ano,
contado
este
prazo:
I. no
caso
de
coação,
do
dia
em
que
ela
cessou;
II. no
erro
ou
dolo,
do
dia
em
que
se
realizou
o
ato;
III. quanto
ao
incapaz,
do
dia
em
que
cessar
a
incapacidade”.
Anote-‐se
que
o
art.
2.027
do
CC
e
o
art.
657
do
CPC/2015
cuidam
apenas
da
anulabilidade,
isto
é,
da
nulidade
relativa
da
partilha
amigável.
Portanto,
o
incapaz
a
que
se
refere
o
inciso
III,
acima
transcrito,
é
o
relativamente,
que
intervém
no
ato
sem
a
assistência
de
seu
representante
legal.
Tratando-‐se
de
absolutamente
incapaz,
a
nulidade
é
absoluta;
igualmente,
quando
o
seu
objeto
for
ilícito
ou
impossível.
O
prazo
para
a
propositura
da
ação
da
nulidade
absoluta
da
partilha
é
de
dez
anos
(art.
205),
mas
há
opiniões
considerando-‐a
imprescritível.
Por
outro
lado,
a
partilha
judicial
é
elaborada
nos
autos
do
inventário
ou
do
arrolamento
comum,
procedimentos
de
jurisdição
contenciosa,
cuja
sentença
submete-‐se
à
coisa
julgada
material,
razão
pela
qual
o
art.
658
do
CPC/2015
prevê,
para
a
hipótese,
a
ação
rescisória.
Anote-‐se,
porém,
que
a
coisa
julgada
consubstanciada
na
ação
rescisória
ou
anulatória
só
atinge
as
pessoas
que
participaram
do
inventário
ou
arrolamento.
Os
herdeiros
que
não
participaram
do
processo
devem
propor
a
ação
de
petição
de
herança;
e,
os
terceiros,
ação
de
nulidade,
cujo
prazo
é
de
dez
anos
(art.
205).
12
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–
PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
PERGUNTAS:
1) O
que
é
inventário
e
qual
o
prazo
para
a
sua
abertura
e
encerramento?
2) Qual
a
consequência
da
violação
do
prazo
acima?
3) Qual
o
foro
competente
para
o
inventário?
4) Quem
tem
legitimidade
ativa
para
requerer
a
abertura
do
inventário?
5) Qual
a
distinção
entre
inventariante
legal,
judicial
e
dativo?
6) Quais
as
funções
do
inventariante?
7) O
que
são
primeiras
declarações?
8) O
inventariante
representa
o
espólio
sozinho?
9) Qual
a
ordem
de
preferência
de
nomeação
do
inventariante?
10) Esta
ordem
pode
ser
violada?
Dê
exemplo.
11) O
herdeiro
incapaz
pode
ser
inventariante?
12) Quais
os
requisitos
para
o
cônjuge
ser
nomeado
inventariante?
13) O
cônjuge
separado
de
fato
tem
direitos
sucessórios?
Em
caso
positivo,
esses
direitos
podem
ser
discutidos
no
inventário?
14) Quais
os
requisitos
para
a
companheira
ou
o
companheiro
ser
nomeado
inventariante?
15) Sem
a
prova
documental
da
união
estável,
a
companheira
pode
ser
nomeada
inventariante?
16) Entre
os
herdeiros,
quem
tem
preferência
para
ser
inventariante?
17) O
testamenteiro
pode
ser
inventariante?
E
o
legatário?
E
o
herdeiro
testamentário?
18) É
necessária
a
citação
do
cônjuge
do
herdeiro?
19) O
que
é
questão
de
alta
indagação?
20) O
que
é
administrador
provisório?
21) Antes
da
abertura
do
inventário
é
possível
mover
ação
em
face
do
espólio?
22) O
que
é
inventário
orfanológico?
23) O
que
é
inventário
de
provedoria?
24) É
possível
o
inventário
conjunto?
25) É
possível
o
inventário
negativo?
26) O
que
é
arrolamento
e
quais
as
suas
espécies?
27) Qual
a
diferença
entre
inventário
e
arrolamento?
28) Qual
a
distinção
entre
arrolamento
comum
e
sumário?
29) Quando
se
dispensa
o
inventário
e
o
arrolamento?
30) Quais
os
requisitos
do
inventário
extrajudicial?
31) No
inventário
extrajudicial,
é
exigível
a
participação
de
advogado
e
apresentação
da
respectiva
procuração?
32) No
inventário
extrajudicial,
se
as
partes
não
têm
condições
econômicas
para
contratar
advogado,
qual
a
postura
do
Tabelião?
33) Qual
é
o
Cartório
competente
para
o
inventário
extrajudicial?
34) Presentes
os
requisitos
do
inventário
extrajudicial,
as
partes
podem
optar
pelo
inventário
judicial?
35) Quem
são
as
partes
no
inventário
extrajudicial?
36) A
escritura
pública
pode
indicar
representante
do
espólio?
37) Quais
os
bens
declarados
na
escritura
pública
e
sobre
quais
bens
recai
a
partilha?
13
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PROCEDIMENTOS
ESPECIAIS
CPF - 96706767115 PROF.
FLÁVIO
MONTEIRO
DE
BARROS
38) A
existência
de
credores
impede
o
inventário
extrajudicial?
E
a
existência
de
testamento
e
codicilo?
39) Quando,
no
inventário
extrajudicial,
ao
invés
da
partilha
haverá
adjudicação?
40) É
cabível
inventário
negativo
extrajudicial?
41) É
cabível
inventário
extrajudicial
de
bens
situados
no
exterior?
42) Até
que
momento
pode
ser
lavrada
a
escritura
pública
de
inventário
extrajudicial?
43) Em
que
momento
deve
ser
feito
o
pagamento
do
Imposto
Causa
Mortis
no
inventário
extrajudicial?
44) Como
se
retifica
os
erros
materiais
no
inventário
extrajudicial?
45) É
cabível
partilha
parcial
no
inventário
extrajudicial?
46) A
renúncia
do
herdeiro
inviabiliza
o
inventário
extrajudicial?
47) A
companheira
pode
participar
do
inventário
extrajudicial?
48) O
que
é
partilha
amigável?
49) O
que
é
partilha
judicial?
50) É
possível
a
partilha
inter
vivos?
51) Quais
as
regras
que
regem
a
partilha?
52) O
que
é
sobrepartilha
e
quando
é
cabível?
53) O
que
é
emenda
da
partilha?
54) O
que
é
formal
de
partilha
e
quando
é
dispensável?
55) O
que
é
herdeiro
evicto?
56) Quais
as
dívidas
preferenciais
no
inventário?
57) Quais
as
formas
de
o
credor
cobrar
a
dívida
do
espólio?
58) Qual
a
diferença
e
distinção
entre
separação
de
bens
e
reserva
de
bens?
59) Após
o
trânsito
em
julgado
da
partilha,
qual
a
ação
cabível?
60) Qual
a
distinção
entre
ação
anulatória
e
ação
rescisória?