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versão atualizada 2023

O Processo de

Inventário e Partilha

Licensed to Ana Caroline M Barbosa Silvino - carol@barbosaadvocacia.com.br - HP3035354454


Resumo
Nessa obra, a advogada e pesquisadora
(Universidade de Lisboa), a Dra. Marielle dos
Santos Brito, de maneira prática e teórica, em
razão de sua expertise de 16 anos de atuação em
Direito das Famílias e Direito das Sucessões na
esfera nacional e também em Direito
Internacional, a partir de seus estudos científicos-
acadêmicos, apresenta de maneira didática e
resumida o processo de Inventário e Partilha,
conforme os artigos 610 a 673 do Código de
Processo Civil. Partimos de uma análise do artigo
48 do NCPC que dispõe sobre o foro de
processamento do inventário e partilha, o qual se
processará no foro de domicílio do autor como a
regra, porém, em caso de não possuir domicílio
certo, será competente o da situação dos bens.
Analisamos os principais pontos referente ao
procedimento, desde a parte legítima para
requerimento da abertura do inventário, maneiras
de acelerar o desfecho do processo e a importante
ferramenta jurídica de antecipação do uso e
fruição dos bens do espólio. Para finalizar, discorre
um breve resumo do processo de inventário
judicial e extrajudicial na prática e disponibiliza a
lista completa de documentos para a propositura
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do procedimento.

O processo

Inventário e Partilha
Sumário
1- O processo de Inventário e Partilha

2- Prazo para abertura e para encerramento


do Inventário

3- Legitimidade para requerer a abertura


do inventário. 

4- Inventariante. 

5- Funções do Inventariante

6- Citação dos Sucessores. 

7- Tutela de Evidência, antecipação de uso


e fruição dos bens. 

8- Bens insuscetíveis de divisão. 

9- Colação. 

10- Foro de processamento do Inventário. 

11- O processo de Inventário judicial

12- O processo de Inventário Extrajudicial

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13- Lista de Documentos para o Inventário

14- Referências

O processo

Inventário e Partilha
1- O processo de
Inventário e Partilha
Com a morte, acontece a abertura da sucessão e a
transmissão de todo patrimônio constituinte da
herança aos respectivos sucessores
testamentários e legais.

No entanto, nesse período inicial, os bens se


encontram em estado de comunhão e indivisão
entre eles, que não figuram ainda como donos
individualizados perante o Registro de Imóveis.
Para a superação de tal estado, que não favorece o
aproveitamento econômico dos bens e dá ocasião
a possíveis desentendimentos, é necessária a
realização do inventário e, em seguida, a partilha,
com a expedição do formal de partilha e, ao fim e
ao cabo, a distribuição dos itens da herança aos
legítimos proprietários.

O inventário é o procedimento, legalmente


disciplinado pelo Código de Processo Civil, por
meio do qual são relacionados, descritos e
avaliados os bens deixados pela pessoa falecida, a
fim de que seja possível a posterior distribuição de
tais bens entre os herdeiros.

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O patrimônio do falecido é, então, identificado, são


pagas as dívidas e os impostos devidos, e cobrados
os créditos por ventura existentes.

O processo

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O procedimento deve ser promovido dentro de 60
dias após o falecimento, por alguns dos
legitimados previstos em lei. A inobservância de
tal prazo enseja cobrança de multa, de acordo
com o que estiver prescrito pelas legislações dos
Estados e do Distrito Federal. 

O principal legitimado para promover o inventário


é o administrador provisório do espólio, que
representará o espólio (isto é, o conjunto indivisível
dos bens da herança) até a nomeação do
inventariante.

No intuito de buscar a celeridade na transmissão


dos bens deixados pelo falecido aos seus
sucessores, o novo Código de Processo Civil,
trouxe alterações relevantes ao procedimento
especial de inventário e partilha.

O Novo CPC manteve o inventário e partilha


extrajudicial, aquele feito por meio de escritura
pública, caso preencha os seguintes requisitos: 

(I) não houver testamento; 

(II) as partes forem maiores, capazes e concordes,


conforme disposto no art. 610, §§ 1º e 2º; 

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(III) todos herdeiros estiverem de acordo em


relação a partilha dos bens.

O processo

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Esta escritura pública será hábil para qualquer ato
de registro de bens, o que já era previsto no
código anterior, e também, conforme previsão do
novo código em seu artigo 610, § 1º, para o
levantamento de ativos financeiros em instituições
bancárias.

Nos casos em que não for possível o inventário


extrajudicial, seja pela inexistência de consenso
entre os herdeiros, pela existência de testamento
ou caso algum deles seja incapaz, aplicam-se as
regras do rito ordinário do novo Código de
Processo Civil para o procedimento de inventário,
conforme alterações a seguir.

2 - Prazo para abertura e para


encerramento do Inventário
Conforme artigo 611 do CPC o processo de
inventário deve ser instaurado dentro do prazo de
2 meses, a contar da abertura da sucessão,
ultimando-se nos 12 meses subsequentes,
podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou
a requerimento da parte.

Este prazo deve ser adotado para o inventário


judicial e para o extrajudicial.

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Alguns Estados estabelecem multa pelo atraso na


abertura do inventário, seja ele judicial ou
extrajudicial, pois entendem que o atraso gera
uma indevida demora na arrecadação tributária.

O processo

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Veja súmula n. 542 do STF:

“Não é inconstitucional a multa instituída pelo


Estado-membro, como sanção pelo retardamento
do início ou da ultimação do inventário.”

No RJ, prevê multa de 10% sobre o valor do


imposto devido, caso não aberto o invent´Ario
dentro do prazo de 60 dias a contar da abertura da
sucessão (artigo 37, inciso V, da lEI N. 7.174/2015). 

Em SP, o imposto será calculado com acréscimo


de multa equivalente a 10% do valor do imposto,
se o atraso exceder a 180 dias, a multa será de 20%
(artigo 21, inciso I, da Lei n. 10.705/2000).

3 - Legitimidade para requerer


a abertura do inventário
O requerimento de inventário e de partilha
incumbe a quem estiver na posse e na
administração do espólio (artigo 615) e deve ser
instaurado dentro de 60 (sessenta dias), a contar
da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12
(doze) meses subsequentes. 

Os legitimados para requerer a abertura do


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inventário permanecem os mesmos, conforme


previsão dos arts. 615 e 616 do CPC. 

Portanto, com base no NCPC artigo 616, Inciso I,


tem legitimidade concorrente o cônjuge ou
companheiro supérstite.

O processo

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“Têm, contudo, legitimidade concorrente:

I - o cônjuge ou companheiro supérstite;

II - o herdeiro;

III - o legatário;

IV - o testamenteiro;

V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;

VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor


da herança;

VII - o Ministério Público, havendo herdeiros


incapazes;”

Conforme o novo código de processo civil, o juiz


não poderá abrir o inventário de ofício ficando
restrito aos legitimados relacionados no artigo 616
a legitimidade para o requerimento de inventario
e partilha.

4 - Inventariante
Em relação a nomeação do inventariante,
qualquer um dos legitimados que tenha
ingressado com a Ação, uma vez admitifo pleo
Juiz o requerimento do inventário, o juiz deve
nomear inventariante, este passará a representar o
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O processo

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De acordo com a legislação artigo 617 do CPC,
poderão ser nomeados inventariantes:

“Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte


ordem:

I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde


que estivesse convivendo com o outro ao tempo
da morte deste;

II - o herdeiro que se achar na posse e na


administração do espólio, se não houver cônjuge
ou companheiro sobrevivente ou se estes não
puderem ser nomeados;

III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles


estiver na posse e na administração do espólio;

IV - o herdeiro menor, por seu representante legal;

V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a


administração do espólio ou se toda a herança
estiver distribuída em legados;

VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário;

VII - o inventariante judicial, se houver;

VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver


inventariante judicial.

Parágrafo único. O inventariante, intimado da


nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o
compromisso de bem e fielmente desempenhar a
função.”
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O processo

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Referente a ordem obrigatória de nomeação de
inventariante, a nomeação deve ser norteada pela
idoneidade do nomeado, por aquele que melhor
represente os interesses do espólio e do regular
desenvolvimento do processo, considerando ainda
o grau de litigiosidade entre os herdeiros, bem
como a natureza dos bens inventariados.

O dispositivo 190 do novo código de processo civil,


traz a possibilidade de realização de negócios
processuais, dando autonomia às partes também
no inventário, e que os herdeiros podem acordar
amigavelmente quem será o inventariante,
independentemente da ordem legal estabelecida
no art. 617.

Dentro de 20 (vinte) dias contados da data em que


prestou o compromisso, o inventariante fará as
primeiras declarações, das quais se lavrará termo
circunstanciado, assinado pelo juiz, pelo escrivão e
pelo inventariante

De acordo com o CPC, há a possibilidade de


remoção/destituição do inventariante, previsto nos
arts. 622 a 625, em que o incidente da remoção
correrá em apenso aos autos do inventário.
Requerida a remoção com fundamento em
qualquer dos incisos do art. 622, será intimado o
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inventariante para, no prazo de 15 (quinze) dias,


defender-se e produzir provas, assegurado a
ampla defesa e o contraditório. A lei inovou
fixando multa em quantia não superior a 3% do
valor dos bens ao inventariante destituído, caso
ele deixe de restituir a posse de todos os bens.

O processo

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5- Funções do Inventariante
Estabelece o artigo 618 do CPC, todas as funções
do inventariante:

“Art.618,CPC - Incumbe ao inventariante:

I - representar o espólio ativa e passivamente, em


juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao
dativo, o disposto no art. 75, § 1º; [[CPC/2015, art.
75.]]

II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com


a mesma diligência que teria se seus fossem;

III - prestar as primeiras e as últimas declarações


pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais;

IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para


exame das partes, os documentos relativos ao
espólio;

V - juntar aos autos certidão do testamento, se


houver;

VI - trazer à colação os bens recebidos pelo


herdeiro ausente, renunciante ou excluído;

VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o


cargo ou sempre que o juiz lhe determinar;

VIII - requerer a declaração de insolvência.” Licensed to Ana Caroline M Barbosa Silvino - carol@barbosaadvocacia.com.br - HP3035354454

O processo

Inventário e Partilha
6 - Citação dos sucessores
A citação das partes no processo de inventário, o
juiz mandará citar, o cônjuge, o companheiro, os
herdeiros e os legatários e “intimar” a Fazenda
Pública, o Ministério Público, se houver herdeiro
incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver
testamento.

O Ministério Público e a Fazenda Pública de


acordo com a legislação (artigo 626,) serão
intimados, haja visto que tratam-se de apenas
interessados na causa. 

A forma de citação objetiva agilizar o processo,


determinando que as citações de todos herdeiros
deverão ocorrer pelo Correios, por meio de carta
de intimação, sendo feita a citação por edital
somente para ciência dos “interessados incertos
ou desconhecidos”.

7- Tutela de evidência –
antecipação de uso e fruição
de bens
O artigo 647 do CPC diz respeito a permissão ao
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Magistrado em deferir antecipadamente a


qualquer dos herdeiros, o exercício dos direitos de
usar e fruir de determinado bem, com a condição
de que, ao término do inventário, tal bem integre a
cota desse herdeiro.

O processo

Inventário e Partilha
Caberá a este herdeiro, desde o deferimento do
pedido, todos os ônus e bônus decorrentes do
exercício daqueles direitos. 

Com isso, o herdeiro será responsabilizado pelos


ônus e bônus que advier sobre os referidos bens. 

Referida regra vem a concretizar a tutela de


evidência em hipótese especial, criada pelo novo
Código, antecipando o resultado prático do
processo de inventário.

A decisão que defere a antecipação do uso e


fruição dos bens é considerada interlocutória e
deverá ser atacada por agravo de instrumento.
(art. 1.015, parágrafo único).

8 - Bens insuscetíveis de divisão


Buscando uma divisão cômoda dos bens, ao
dispor em seu art. 649, que “os bens insuscetíveis
de divisão cômoda que não couberem na parte do
cônjuge ou companheiro supérstite ou no
quinhão de um só herdeiro serão licitados entre os
interessados ou vendidos judicialmente,
partilhando-se o valor apurado, salvo se houver
acordo para que sejam adjudicados a todos”. 

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Estas três possibilidades do parágrafo anterior,


observam o art. 648, o qual determina que na
partilha deverão ser observadas as seguintes
regras:

O processo

Inventário e Partilha
“I - a máxima igualdade possível quanto ao valor, à
natureza e à qualidade dos bens;

II - a prevenção de litígios futuros; 

III - a máxima comodidade dos coerdeiros, do


cônjuge ou do companheiro, se for o caso”. Tal
inovação expressa a interpretação do art. 2.017 e
2019 do Código Civil (“no partilhar os bens,
observar-se-á, quanto ao seu valor, natureza e
qualidade, a maior igualdade possível”).”

Conforme disposto no inciso II, do artigo 648, a


legislação busca evitar litígios que o condomínio
geralmente acarreta, com a prevenção de
discussões sucessórias e de disputa pela herança,
pois uma família que vive em harmonia por
décadas, até que chega o momento de repartir o
patrimônio, pode enfrentar uma disputa por bens
e dinheiro que pode levar à ruína do
relacionamento entre os familiares. 

A partir do momento que se instala um ambiente


de brigas entre os sucessores, o amor é
substituído pelo ódio e o desejo de tirar o maior
proveito da situação, prejudicando o outro.

Vem se difundindo a prevenção de litígios futuros


e ganhando mais aplicabilidade, sendo propagada
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inclusive por Juízes, Desembargadores e Ministros


dos Tribunais Superiores.

O processo

Inventário e Partilha
Esse é um tema muito relevante, pois os
operadores do direito devem cumprir a disposição
legal para evitar propor demandas judiciais,
utilizando-se de outros meios para a solução de
conflitos sem o litígio.

9- Colação
A doação de ascendente para descendente, em
regra, é considerada adiantamento da herança,
sendo uma antecipação daquilo que seria legítimo
ao descendente quando da morte do doador.

O Código Civil brasileiro permite a doação de


ascendente para descendente livremente, no
entanto, tal circunstância deve ser informada no
inventário do titular da herança, com vistas a
igualar a legítima, sob pena de sonegação. O
procedimento de relacionar os bens recebidos a
título de doação, no inventário, é denominado
colação.

A Colação é o ato pelo qual o herdeiro informa, no


inventário, o recebimento de bens em vida,
antecipado pelo autor da herança. É instituto de
direito material pelo qual os herdeiros necessários
restituem à herança as doações feitas em vida
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pelo ascendente comum. Ou seja, visando uma


equitativa apuração das quotas hereditárias dos
sucessores legitimários, a colação promove uma
conferência dos bens do de cujus, promovendo o
retorno ao monte mor das liberalidades feitas pelo
autor da herança antes de falecer.

O processo

Inventário e Partilha
A teor do art. 2.002 do Código Civil: "os
descendentes que concorrerem à sucessão do
ascendente comum são obrigados, para igualar as
legítimas, a conferir o valor das doações que dele
em vida receberam, sob pena de sonegação"
(BRASIL, 2002).

Desse modo, a lei presume que as doações e


vantagens feitas em vida pelo ascendente aos
seus herdeiros necessários são antecipações das
respectivas quotas hereditárias, verdadeiro
adiantamento das legítimas que devem se
reverter ao acervo.

A legislação processual dispõe que: “os bens a


serem conferidos na partilha, assim como as
acessões e as benfeitorias que o donatário fez,
calcular-se-ão pelo valor que tiverem ao tempo da
abertura da sucessão” (art. 639, parágrafo único).

Note-se que, se o donatário, na abertura da


sucessão, ainda possuir tal bem em seu patrimô-
nio, tal aplicação poderá lhe ser favorável na
hipótese de desvalorização, como é o caso dos
veículos, pois o valor trazido à colação será menor
e terá ampliado o seu quinhão relativo aos demais
bens. Quando se tratar de bem imóvel, por
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exemplo, em que na maior parte das vezes ocorre


valorização, a disposição da lei processual será
mais prejudicial ao donatário.

O processo

Inventário e Partilha
Sendo a colação uma obrigação legal daquele que
se viu beneficiado com a doação antecipatória,
este deverá fazê-lo, espontaneamente, sob pena
de ser compelido por meio da ação de sonegados
(artigo 1992 CCB).

10- Foro de processamento


do inventário
Com o advento do NCPC a abertura e
processamento do procedimento, conforme o art.
48 determina que “o foro de domicílio do autor da
herança, no Brasil, é o competente para o
inventário, a partilha, a arrecadação, o
cumprimento de disposições de última vontade, a
impugnação ou anulação de partilha extrajudicial
e para todas as ações em que o espólio for réu,
ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”.

Portanto, independentemente do local do óbito,


apenas se o autor da herança não possuir
domicilio certo é que prevalecerá o foro de
situação dos imóveis (artigo 48, paragrafo único, I)
Se houver bens imóveis em diferentes foros,
qualquer destes (inciso II) ou, em ultima hipótese,
se existirem diversos bens, o local de quaisquer
deles (inciso III).

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O processo

Inventário e Partilha
O PROCESSO DE INVENTÁRIO JUDICIAL
Com a morte, acontece a abertura da sucessão,
que é o nome para designar a transmissão de
bens de um indivíduo aos respectivos sucessores,
testamentários e demais herdeiros necessários.

No entanto, neste período inicial, os bens


encontram-se em estado de comunhão e não
podem ser divididos entre eles, pois não figuram
como donos individualizados perante o registro de
imóveis. Para superação de tal estado, é necessária
a realização do inventário e, em seguida, a partilha
com a expedição do formal de partilha aos
legítimos proprietários. 

O inventário é um procedimento legalmente


disciplinado pelo CPC, por meio do qual são
relacionados, descritos e avaliados os bens
deixados pela pessoa falecida, a fim de que seja
possível a posterior distribuição de tais bens entre
os herdeiros.

O patrimônio do falecido é então identificado, são


pagas as dívidas, os impostos devidos e cobrado os
créditos porventura existentes.

Cabe observar que enquanto o inventário é


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indispensável, a partilha não ocorrerá desde que


haja um único herdeiro, caso em que será
substituída pela simples adjudicação dos bens a
este herdeiro

O processo

Inventário e Partilha
Conforme artigo 610 do CPC, o inventário será
judicial mediante processo instaurado perante o
competente órgão do poder judiciário, com a
assistência de advogado constituído por
procuração. Se houver testamento ou sendo um
dos interessados incapaz ou havendo discordância
acerca da distribuição dos bens, o procedimento
será pela forma do inventário que deve ser
ajuizado no prazo de 2 meses a contar do
falecimento do de cujus, conforme artigo 611 do
CPC. 

A inobservância de tal prazo trará a incidência de


multa de acordo com a legislação estadual. 

Em regra, no último domicílio do autor da herança,


conforme artigo 48 do CPC e o principal
legitimado à propor o inventário é aquele que está
na posse e administração dos bens, que
representará o espólio, isto é, o conjunto indivisível
dos bens da herança, até a nomeação do
inventariante. O requerimento do inventário será
instituído com a certidão de óbito do autor da
herança.

Também poderão propor o inventário outros


agentes, como o cônjuge ou companheiro
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sobrevivente, herdeiro, legatário, testamenteiro,


cessionário do herdeiro ou do legatário, credor do
herdeiro, do legatário ou do autor da herança,
administrador judicial da falência do herdeiro ou
até mesmo o Ministério Público ou Fazenda
Pública em certos casos.

O processo

Inventário e Partilha
A sucessão está disciplinada nos artigos 1.784 a
2.027 do CC e o procedimento de inventário está
disciplinado nos artigos 610 a 673 do CPC.

Procedimento do inventário judicial


em apertada síntese:
Comunicado o óbito ao juízo, este nomeará
inventariante de acordo com o artigo 990 do
Código de Processo Civil, que deverá prestar
compromisso pessoalmente ou pro procurador
com poderes especiais, em 5 dias, incumbindo ao
mesmo a administração dos bens do espólio até a
partilha, assim como prestar as primeiras e
últimas declarações, elencar os herdeiros,
defender os espólio ativa e passivamente, exibir
documentos e prestar contas de sua
administração.

O juiz determinará, também, que nos 20


dias subsequentes ao compromisso, o
inventariante preste as primeiras declarações, que
são o nome e qualificação completa do autor da
herança, o nome e qualificação completa dos
herdeiros e do cônjuge supérsite (se houver), a
qualidade dos herdeiros e grau de parentesco com
o inventariante. Deverá apresentar também a
relação completa dos bens imóveis com a
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respectiva certidão de matrícula em nome do “de


cujus”, documentos de automóveis, informação de
saldo bancário bem como quaisquer outros bens
titularizados pelo falecido (a). As certidões
negativas também serão necessárias.

O processo

Inventário e Partilha
Os herdeiros e o cônjuge supérsite podem ser
representados pelo mesmo advogado, o que além
de facilitar o inventário, emprega celeridade ao
procedimento.

Apresentadas as declarações, o juízo ordenará a


citação dos herdeiros e cônjuge, caso ainda não
estejam representados por advogado nos autos e,
na sequência, encaminhará os autos para o
próximo passo, que é a manifestação da fazenda
pública.

O pagamento do imposto causa mortis


Como observado anteriormente, o imposto a ser
recolhido no processo de inventário é o ITCMD,
que tem alíquota, para o estado de São Paulo, de
4% do valor total do monte partível.

Sendo assim, determinado o pagamento do


imposto pelo juízo, deverá ser protocolizado, pelo
inventariante, procedimento administrativo junto
ao Posto Fiscal para recolhimento tributário, no
qual serão geradas guias para pagamento,
divididas entre os herdeiros.

Recolhido o imposto, a Fazenda do Estado se


manifestará nos autos informando a quitação e
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nada opondo ao prosseguimento do feito.

O processo

Inventário e Partilha
A contadoria judicial
A função da contadoria judicial no processo de
inventário se traduz na conferência do plano de
partilha, isto é, se os quinhões foram atribuídos
igualitariamente de acordo com a participação de
cada um dos herdeiros na herança.

Conferido o plano de partilha, se estiver correto, a


contadoria informará o juízo que nada tem a opor
ao prosseguimento do feito.

As últimas declarações e a homologação


da partilha
O próximo passo é a apresentação das últimas
declarações que, via de regra, serão iguais as
primeiras, ressalvada a realização de venda de
algum bem constante do acervo para pagamento
de tributo ou coisa parecida. Se o espólio restou
intocado durante a tramitação, o inventariante
deverá informar nos autos que nada tem a retificar
às primeiras declarações.

A chancela judicial derradeira ao processo de


inventário leva o nome de homologação de
partilha, sentença definitiva pela qual o juiz atribui
aos herdeiros os respectivos quinhões.

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O processo

Inventário e Partilha
O Formal de Partilha
Após o trânsito em julgado da decisão que
homologou a partilha, é expedido documento
chamado formal de partilha, que tem por
finalidade emprestar concretude ao comando
judicial, ou seja, os bens imóveis só poderão ser
transferidos para titularidade dos herdeiros com o
respectivo registro do formal junto ao Cartório de
Registro de Imóveis local; os bens móveis que
dependem de autorização judicial para
transferência (tais como carros e motos)
prescindirão de alvará, que terá sua expedição
determinada no ato da homologação da partilha.

O INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL
Segundo o artigo 610, § 1º do CPC o inventário e a
partilha poderão ser feitos através de escritura
pública obtida junto ao tabelionato de notas que
constituirá título hábil à realização do registro
imobiliário, sem necessidade de homologação
judicial. 

Tal título servirá de base para eventual propositura


de ação de execução uma vez desobedecidos os
termos da divisão acertada.

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Por seu caráter negocial, somente será permitido


se todos forem capazes – maiores de 18 anos e
mentalmente aptos, bem como encontrarem-se
de acordo sobre a partilha.

O processo

Inventário e Partilha
Não será cabível quando houver testamento. 

Da possibilidade de realização de inventário


extrajudicial mesmo diante de existência de
testamento:

Ha a possibilidade de se fazer a abertura de


testamento judicial e posteriormente fazer o
inventário extrajudicial. Decisão do STJ de
15/10/2019, RESP 1.808.767-RJ.

“É possível o inventário extrajudicial, ainda que


exista testamento, se os interessados forem
capazes e concordes e estiverem assistidos por
advogado, desde que o testamento tenha sido
previamente registrado judicialmente ou haja a
expressa autorização do juízo competente.”

Conforme se observa da ementa e do inteiro teor


do julgado, o Ministro Luis Felipe Salomão
interpretou o referido dispositivo do CPC de modo
a permitir o inventário extrajudicial, mesmo que
exista testamento, desde que respeitadas as
condições para o procedimento através da
lavratura de escritura pública e, ainda, haja o
prévio registro judicial do testamento ou expressa
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autorização do juízo competente, isso porque o §1º


do mesmo artigo não indica nenhuma restrição,
englobando, portanto, a situação examinada.

O processo

Inventário e Partilha
A Lei 11.441, de 04 de janeiro de 2007, possibilitou a
realização de inventário e divórcio por Escritura
Pública, ou seja, por Tabelionato de Notas. Com
isso, os herdeiros poderão escolher o cartório de
sua preferencia para realização do inventário
extrajudicial, sem obedecer ao local do ultimo
domicílio do falecido.
Procedimento do Inventário
extrajudicial em apertada síntese:

Deve-se observar que o inventário administrativo


apresenta caráter opcional, visto que os
interessados podem escolher a via judicial. Todas
as partes interessadas devem ser assistidas por
seus respectivos advogados ou por um advogado
em comum. São considerados interessados o
cônjuge ou companheiro sobrevivente, herdeiros,
eventuais credores e aqueles a quem hajam sido
cedidos os direitos da herança. 

O prazo para iniciar o inventário é de 2 meses


contados da data do falecimento, sob pena de
multa. A escritura e demais atos notariais do
inventário e partilha extrajudicial serão gratuitos
para aqueles que se declararem pobres nos
termos do artigo 98 do CPC.

A escritura pública engloba tão somente os bens


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situados no Brasil. 

As partes podem escolher o tabelião de sua


preferência, tendo em vista que não rege-se pelos
critérios de competência judicial.

O processo

Inventário e Partilha
Do Recolhimento dos Tributos:
No caso de escritura pública , tem se a incidência
de fato gerador do ITCMD. O artigo 15 da
Resolução n. 35 do CNJ exige o recolhimento do
tributo previamente à lavratura da escritura. 

Lavratura de Escritura Pública de Inventário e


Partilha pelo tabelião: 

O ato formal pelo qual se realiza o inventário


extrajudicial é por força do artigo 610 do CPC, a
escritura pública, tendo o tabelião o papel de
regular aquele ato notarial. 

Assinatura da Escritura pelas partes ou


representantes, advogado e tabelião: 

Todos deverão comparecer em dia e hora marcado


para assinatura pelas partes e de seus advogados.
A assinatura do tabelião confere devida de pública
ao ato, tornando-se documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena, na forma do artigo
215 do Código Civil.

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O processo

Inventário e Partilha
LISTA DE DOCUMENTOS PARA O SERVIÇO
INVENTÁRIO E PARTILHA 

Herdeiros e cônjuge supérstite 

( ) Fotocópia do RG e CPF, inclusive do cônjuge (e


apresentação do original); 

( ) Fotocópia da certidão de casamento (se casado,


separado, divorciado ou viúvo). Quando for de fora
da cidade onde esteja, com firma reconhecida do
oficial que a expediu; 

( ) Pacto antenupcial registrado, se houver; 

( ) Fotocópia da certidão de óbito com firma re-


conhecida no original do oficial que a expediu (se
viúvo); 

( ) Informar endereço; ( ) Informar profissão.

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O processo

Inventário e Partilha
Falecido

( ) Fotocópia RG e CPF (e apresentação do origi-


nal); 

( ) Fotocópia da certidão de casamento (se casado,


separado ou divorciado). Quando for de fora da
cidade onde esteja fazendo o inventário ou parti- 

lha, com firma reconhecida do oficial que a expe-


diu (e apresentação do original); 

( ) Pacto antenupcial registrado, se houver; 

( ) Fotocópia da certidão de óbito. Quando for de


fora da cidade onde esteja fazendo o inventário ou
partilha, com firma reconhecida do oficial que a
expediu (e apresentação do original); 

( ) Certidão comprobatória da inexistência de tes-


tamento (Colégio Notarial do Brasil – Seccional de
seu estado); 

( ) Certidão negativa conjunta da Receita Federal e


PGFN (internet); 

( ) Certidão de feitos ajuizados (distribuição Cível,


executivos fiscais, federal, trabalhista e criminal); 

( ) Certidão de indisponibilidade (providenciada


pelo cartório); 

( ) Certidão negativa de débitos trabalhistas.

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O processo

Inventário e Partilha
Bens Imóveis - Urbano

( ) Certidão de matrícula ou transcrição atualizada


(prazo de 30 dias a partir da data de expedição). A
certidão deve estar atualizada no momento da
lavratura da escritura, e não no momento da en-
trega dos documentos no cartório; 

( ) Declaração de quitação de condomínio assina-


da pelo síndico, com firma reconhecida e cópia 

autenticada da ata de eleição do síndico (se apar-


tamento); 

( ) Valor de referência do ano vigente e do ano do


óbito; 

( ) Certidão negativa de tributos fiscais municipais


pendentes sobre os imóveis; 

( ) Valor atribuído ao imóvel para efeitos fiscais.

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O processo

Inventário e Partilha
Bens imóveis - rural

( ) Certidão de matrícula ou transcrição atualizada


(prazo de 30 dias a partir da data de expedição). A
certidão deve estar atualizada no momento da
lavratura da escritura, e não no momento da en-
trega dos documentos no cartório; 

( ) Certidão de regularidade fiscal do imóvel emi-


tida pela Secretaria da Receita Federal; 

( ) CCIR - Certificado de Cadastro de Imóvel Ru-


ral; 

( ) 5 (cinco) últimos comprovantes de pagamento


do ITR - Imposto Territorial Rural; 

( ) Última DITR - Declaração do Imposto sobre a


Propriedade Rural; 

( ) Valor atribuído ao imóvel para efeitos fiscais.


Bens Móveis

( ) Documentos que comprovem o domínio e


preço de bens móveis, se houver;

( ) Extrato bancário da data do óbito; 

( ) Automóvel - avaliação pela FIPE e cópia auten-


ticada do documento de propriedade; 

( ) Móveis que adornam os imóveis - valor atribuí-


do pelas partes; 

( ) Pessoa Jurídica: no do CNPJ, fotocópia auten-


ticada do contrato ou estatuto social, última alte-
ração e alteração em que conste modificação na
diretoria e balanço patrimonial anual da empresa
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assinada pelo contador.

O processo

Inventário e Partilha
Advogado

( ) Cópia da carteira profissional – OAB (e apre-


sentação do original); 

( ) Informar estado civil; 

( ) Informar endereço profissional; 

( ) Telefone e e-mail; 

( ) Primeiras declarações e partilha dos bens (in-


formal): incluir quem será o inventariante; 

( ) Requerimento com as primeiras declarações


assinado pelo advogado e por todos os herdeiros 

solicitando a lavratura da escritura de inventário e


partilha no cartório.

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Inventário e Partilha
Outros Documentos

( ) Procuração atualizada (prazo de 90 dias a partir


da expedição do traslado ou da certidão). Quando
for de fora da cidade onde esteja fazendo o inven-
tário ou partilha, com firma reconhecida do ofi-
cial que a expediu; 

( ) Substabelecimento da procuração atualizado


(prazo de 90 dias a partir da expedição do trasla-
do ou da certidão). Quando for de fora da cidade
onde esteja fazendo o inventário ou partilha, com
firma reconhecida do oficial que a expediu. 

Obs.: - As partes devem ter CPF próprio; - Quan- do


o casal é casado sob o regime da comunhão
universal, da separação total ou de aqüestos, é ne-
cessário o prévio registro do pacto antenupcial no
registro de imóveis do domicílio dos cônjuges.

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Inventário e Partilha
Referências
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Novo código de
processo civil comparado. Artigo por Artigo. São
Paulo: RT, 2016, p. 48, 295 a 307.

Revista IBDFAM: Família e Sucessões. V. 13 (jan/


fev). Belo Horizonte: IBDFAM, 2016.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de


Direito Processual Civil. 4ª Edição. São Paulo:
Editora Saraiva, 2008.

Código de Processo Civil, 2015.

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