Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Partilha
O CPC autoriza o inventário e partilha por escritura pública, desde que, inexistindo
testamento ou herdeiro incapaz, os herdeiros capazes estiverem de acordo e
assistidos por advogado ou Defensor Público.
A remoção é por falta, isto é, pela prática de ato omissivo ou comissivo, dentro do
processo ou por fora dele; a destituição é por fato exterior a ele, como, v. g., a
condenação criminal, que retira a idoneidade, e a falência, que pode envolver
inidoneidade moral ou técnica.”
Informações indispensáveis à instauração e processamento do inventário, com a
posterior partilha da herança líquida, as primeiras declarações deverão ser prestadas
pelo inventariante antes das citações dos interessados, no prazo de vinte dias a contar
da data de seu compromisso, sob pena de remoção. Nelas serão apresentados os
elementos enumerados nos incisos do art. 620 do CPC.
À medida que forem citadas, as partes receberão exemplar das primeiras declarações,
cumprindo ainda ao escrivão remeter cópias aos representantes do Ministério Público e
da Fazenda Pública, ao testamenteiro, se houver, e ao advogado da parte que já esteja
representada nos autos (art. 626, §§ 2o a 4o), providência que tem por escopo permitir
aos interessados, sendo o caso, reclamar a adoção de qualquer das providências
indicadas no art. 627.
Estas duas instituições deverão ser intimadas na pessoa de seus respectivos
representantes legais. A primeira, para os fins do art. 629; o Ministério Público, na
função de fiscal da ordem jurídica, por força do disposto no art. 178, inc. II, limitada
essa sua intervenção aos inventários onde haja interesses de incapazes, o juiz decidirá
de plano todas as questões de direito e de fato (estando este documentalmente
provado) e remeterá a solução das demais às vias ordinárias, evitando, com isso,
tumultuar o regular processamento do inventário.
Terceiro omitido nas primeiras declarações poderá pleitear sua admissão no inventário, na
qualidade de herdeiro, do legatário e até mesmo de companheiro preterido na mediação, desde
que o faça antes da partilha.
Escoado o prazo comum de quinze dias estabelecido pelo art. 627 do CPC sem que as primeiras
declarações sofram impugnação, ou decidida aquela eventualmente apresentada, proceder-se-á
à avaliação dos bens do espólio, com o cálculo posterior dos impostos devidos. Essa providência
tem por finalidade, em primeiro lugar, a apuração do exato valor do monte partível, ou seja, da
herança líquida, possibilitando a justa partilha entre os herdeiros; em segundo lugar, permitir à
Fazenda Pública o cálculo do valor do imposto causa mortis a ser recolhido aos cofres públicos .
Considerando que a avaliação poderá acarretar despesas elevadas, se os bens situados
fora da comarca onde se processa o inventário tiverem pequeno valor ou seu valor já
seja do conhecimento do perito, o juiz não determinará a expedição de carta precatória
avaliatória.
Art. 649. Os bens insuscetíveis de divisão cômoda que não couberem na parte do cônjuge ou
companheiro supérstite ou no quinhão de um só herdeiro serão licitados entre os interessados ou
vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, salvo se houver acordo para que sejam
adjudicados a todos.
Art. 650. Se um dos interessados for nascituro, o quinhão que lhe caberá será reservado em poder do
inventariante até o seu nascimento.
Arrolamento
Provada a quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e de suas rendas, o juiz
homologará a partilha, ou a adjudicação, determinando a expedição, respectivamente,
do formal ou da carta, e, após, ordenará o arquivamento dos autos.
O imposto de transmissão causa mortis será lançado e recolhido administrativamente conforme
previsto no § 2o do art. 659 do CPC, transitada em julgado a sentença homologatória da
partilha amigável ou da adjudicação, lavrado ou elaborado o formal ou a carta respectivos,
serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por eles abrangidos; em seguida, o
fisco será intimado para lançamento administrativo do imposto de transmissão ou de outros
porventura exigíveis, conforme dispuser a legislação tributária.