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Nessa linha, explica Carlos Roberto Gonçalves que “no inventário é feito um
levantamento do patrimônio do falecido, relacionando-se os bens, créditos
e débitos que deixou. As dívidas são da herança, que responde por elas (CC,
art. 1.997). Só serão partilhados os bens ou valores que restarem depois de
pagas as dívidas, isto é, depois de descontado o que, de fato, pertence a
outrem”.
- Conceito
A cessão de direitos hereditários é “negócio translativo inter vivos, pois só
pode ser celebrado depois da abertura da sucessão”. Feita a avença antes
da abertura da sucessão, a cessão configuraria pacto sucessório, proibido
em nossa legislação, considerado nulo de pleno direito (artigos 426 e 166,
inciso II e VII do Código Civil).
O Código Civil regula a matéria nos artigos 1.793 a 1.795. Nesse sentido, o
primeiro dispositivo preceitua:
- Forma e objeto
O diploma civil dispõe no artigo 1.794: “O coerdeiro não poderá ceder a sua
quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro coerdeiro a
quiser, tanto por tanto”. Assim, podemos dize que os coerdeiros são
equiparados aos coproprietários, em caso de alienação de quinhão
hereditário a estranhos.
Carlos Roberto Gonçalves pontifica que a preferência “só pode ser exercida
nas cessões onerosas”. Prossegue explicando que “não há, por conseguinte,
direito do coerdeiro se a transferência da quota hereditária é feita
gratuitamente. Como não existe preferência se o coerdeiro cede o seu
quinhão a outro co herdeiro, que, logicamente, não é pessoa estranha à
sucessão”.
Abertura do inventário
O Código Civil estabelece no artigo 1.796: “No prazo de trinta dias, a contar
da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio
hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de
liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança”.
Por sua vez, aduz o artigo 611 do Novo Código de Código de Processo Civil:
“O processo de inventário e partilha deve ser aberto dentro de 2 (dois)
meses a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses
subsequentes, podendo o juiz prorrogar tais prazos, de ofício ou a
requerimento de parte”.
Caso não seja observado o prazo de início do inventário, pode haver sanção
de natureza fiscal, com imposição de multa sobre o imposto a recolher. O
Supremo Tribunal Federal proclama através da Súmula nº 542: “Não é
inconstitucional a multa instituída pelo Estado-Membro, como sanção pelo
retardamento do início ou da ultimação do inventário”.
- Foro competente
- Nomeação do inventariante
- Remoção do inventariante
III - se, por culpa sua, se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano
bens do espólio;
IV - se não defender o espólio nas ações em que for citado, deixar de cobrar
dívidas ativas ou não promover as medidas necessárias para evitar o
perecimento de direitos;
III - ao testamenteiro;
Referência bibliográfica
ATUALIZAÇÃO: 2020