O documento discute a cessão de direitos hereditários segundo o Código Civil brasileiro. (1) A cessão só é possível após a abertura da sucessão e deve ser feita por escritura pública. (2) Existem duas formas de cessão: a título universal, quando todo o quinhão é cedido, e a título singular, sobre um bem específico. (3) O cessionário recebe a herança no estado de indivisibilidade em que se encontra.
O documento discute a cessão de direitos hereditários segundo o Código Civil brasileiro. (1) A cessão só é possível após a abertura da sucessão e deve ser feita por escritura pública. (2) Existem duas formas de cessão: a título universal, quando todo o quinhão é cedido, e a título singular, sobre um bem específico. (3) O cessionário recebe a herança no estado de indivisibilidade em que se encontra.
O documento discute a cessão de direitos hereditários segundo o Código Civil brasileiro. (1) A cessão só é possível após a abertura da sucessão e deve ser feita por escritura pública. (2) Existem duas formas de cessão: a título universal, quando todo o quinhão é cedido, e a título singular, sobre um bem específico. (3) O cessionário recebe a herança no estado de indivisibilidade em que se encontra.
Primeiramente, vejamos o que dispõe o Art. 1.793 do CC.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de
que disponha o coerdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública. § 1 o Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente. § 2 o É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente. §3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Ao contrário do Código Civil de 1916, o novo código civil regulamentou
mais detalhadamente sobre ao instituto da Cessão de Direito Hereditários. Somente após a abertura da sucessão, ou seja, após a morte do autor da herança, pode-se falar em cessão dos respectivos direitos, posto que, tanto no ordenamento antigo (art.1.089) quanto no atual (art. 426), a herança de pessoa viva não pode ser objeto de contrato.
Com a abertura da sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários, permanecendo, até o partilhamento final, o estado de indivisão, ou seja, na expressão do Código Civil, “como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros” (art.1.791) e a cessão deverá revestir-se de forma pública, ou seja, deverá ser feita em notas do tabelião (por escritura pública)
Analisemos duas formas de cessão de direitos hereditários, para pontuar
sobre os efeitos a serem produzidos. Primeiro, uma, a título universal: quando um ou mais de um coerdeiro cede, no todo ou em parte, seu quinhão hereditário, cuja cessão deve incidir sobre a totalidade da herança. Outra a, a título singular, ou seja, sobre bem certo e determinado da herança, quando a sub-rogação do cessionário relaciona-se tão somente ao particularmente negociado.
Segundo César Fiúza, “cessão de herança é a alienação gratuita ou
onerosa da herança a terceiro, estranho ou não ao inventário. A cessão pode ser total ou parcial, quando envolver todo o quinhão do cedente ou parte dele”
Nesse caso, o cessionário receberá a herança assim como se encontra, ou
seja, em estado de indivisibilidade. No que diz respeito à cessão, a título singular, por qualquer herdeiro, pendente a indivisibilidade, quando já existe ação judicial, parece que deva ser aplicado o parágrafo segundo do artigo 1.793, com prévia autorização do juiz da sucessão. Admitida a cessão, ela poderá ser feita, mesmo anteriormente à propositura da ação. A autorização judicial a que se refere o dispositivo em tela somente terá cabimento quando já estiver tramitando o feito.
Programa de Combate Ao Absenteísmo Do Médico Do Trabalho DR Thomas Eduard Stockmeier, PHD em Medicina Ocupacional Pela ANAMT, Publicado em Março de 2005.