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Entretanto, quando ausente ocorre a sucessão mortis causa atípica, porque ela
vai se dar de forma diversa da sucessão mortis causa comum.
Quanto aos ausentes, presume-se a morte nos casos em que a lei autoriza a
abertura da sucessão definitiva (art. 37 CC).
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão
provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções
prestadas.
Isso acontece quando alguém desaparece de seu domicílio sem dar notícias, não
deixando representante ou procurador a quem caiba administrar seus bens.
A declaração de ausência têm três fases:
Mas caso o ausente retornar? Se ficar provado que a ausência foi voluntária e
injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e
rendimentos (art. 33 §ú CC) e cessarão para logo as vantagens dos sucessores
nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas precisas, até a
entrega dos bens a seu dono (art. 36 CC).
3 – Sucessão definitiva.
- Se o ausente tiver mais de 80 anos e por 5 anos não se teve notícias dele.
Art. 1.819 – Código Civil: Falecendo alguém sem deixar testamento nem
herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de
arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua
entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
O juiz promove a arrecadação dos bens para preservar o acervo e entregá-lo aos
herdeiros que se apresentem ao Poder Público, caso a herança seja declarada
vacante. Enquanto isso permanecerá sob a guarda de um curador, nomeado
livremente pelo juiz. No intuito de impedir o perecimento da riqueza apresentada
pelo espólio, o estado ordena sua arrecadação, para o fim de entregarem ao
herdeiro que aparecer em boas condições.
b) Efeitos da Declaração de Vacância:
De acordo com Walter Moraes a sentença que declara vaga a herança, coloca fim
às características da jacência, estabelecendo assim, a certeza jurídica de que o
patrimônio hereditário não tem titular até o momento da delação ao ente público.
É só neste momento que acontece a delação ao Estado, porque, com efeito,
antes disso o Estado não estava convocado à sucessão. “trata-se então da única
hipótese em que o momento do início da delação afasta-se da abertura da
sucessão, colocando-se entre uma e outra etapa do fenômeno sucessório, um
espaço vazio, que é a mesma vacância”.
Essa sentença que faz a transferência da herança jacente para a herança
vacante promove os bens para o Poder Público, tornando obrigatório que o
curado os entregue assim que completar um ano da primeira publicação dos
editais, mas o prazo de aquisição definitiva não se conta desse fato, senão da
abertura da sucessão.
A sentença que promove a vacância não impede que a herança seja reivindicada
por herdeiro sucessível, desde que não tenha decorrido cinco anos a contar da
data da abertura da sucessão, ou seja, essa sentença só passa a ser definitiva
após o prazo determinado. A vacância afasta da sucessão legítima os herdeiros
colaterais.
Ainda que exercida por um só dos herdeiros, a ação poderá compreender todos
os bens hereditários (CC art. 1.825). Este artigo confirma o caráter universal e
indivisível da herança;
O Art. 1.827 autoriza que o herdeiro reivindicante demande os bens da herança
ainda que em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor
originário pelo valor dos bens alienados;
O CC no parágrafo único do art. 1.827, protege, porém, os terceiros adquirentes
que comprovarem a boa-fé, considerando as alienações onerosas eficazes,
restando ao herdeiro voltar-se contra o possuidor originário que transferiu a
herança com a aparência de herdeiro. Agora se o terceiro agiu de má-fé, ou se
adquiriu por negócio a título gratuito, terá que restituir o bem ao herdeiro real;
Da Petição de Herança (arts.1.824 a 1.828)
Conceito: Segundo o CC Art. 1.824, a petição de herança é uma petição judicial formulado pelo interessado
objetivando o seu reconhecimento como herdeiro e a defesa dos seus direitos sucessórios. A ação é
ajuizada, portanto, pelo herdeiro em face de quem indevidamente está ofendendo seu direito ao
recebimento da herança.
Legitimação
1) ATIVA - Para Guilherme Calmon de Nogueira Gama, a legitimação ativa para a propositura da ação de
petição de herança, é reservada a quem se afirma herdeiro do autor da sucessão e busca o reconhecimento
de tal título, pretendendo, quer seja a totalidade da herança (com a exclusão de outras pessoas), ou apenas
a participação na herança (se houver outros coerdeiros).