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DELEGADO CIVIL

Bárbara Brasil
Direito Civil
Aula 02

ROTEIRO DE AULA

◦ MORTE (art. 6º e 7º, CC):


Morte é o término da personalidade do indivíduo, tanto personalidade como aptidão para titularizar direitos
patrimoniais, como aptidão para titularizar direitos da personalidade.
A morte desencadeia alguns efeitos jurídicos, tais como a sucessão patrimonial, término da sociedade conjugal, término
de contrato de obrigação de natureza personalíssima.

- Espécies de Morte:
1 – Morte Real: Art.6º, 1ª parte; CC.
É aquela atestada por médico na presença de um cadáver.
Para o ordenamento jurídico brasileiro, ocorre o evento morte quando há paralisação da atividade encefálica do
indivíduo.

2 – Morte Presumida: Art.7º e Art. 22 e segs.; CC.


É aquela em que o indivíduo desaparece do seu domicílio, sem deixar notícias, sendo incerta a sua morte.
Como há uma incerteza acerca da morte desse indivíduo, não há decretação de morte real, mas sim decretação de
morte presumida, com submissão ao procedimento de ausência.

◦ Morte presumida sem declaração de ausência (art. 7º)


Há extrema probabilidade de morte do indivíduo, assim o ordenamento jurídico dispensa o procedimento de ausência.
- Art. 7°; CC: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

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II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da
guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as
buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

◦ Morte Presumida Com Declaração De Ausência - (art. 6º, c/c art. 22 e segs., CC):

◦ 1ª Fase: Curadoria Dos Bens Do Ausente – Art. 22, CC


Também chamada de Curadoria dos Bens do Ausente.
Primeiramente declaro a ausência do indivíduo em seguida faço a arrecadação dos bens do ausente que serão
administrados por um curador que protegerá os bens do ausente.
* Não há um período estipulado entre o desaparecimento do indivíduo e o início do procedimento de ausência, só o
caso concreto irá dizer.
* O rol para ser curador é taxativo e excludente – Art. 25; CC.

- Art. 22; CC: Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante
ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério
Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Os interessados estão previstos no Artigo 27; CC.

- Art. 25; CC: O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos
antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não
havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.

* 2ª Fase: Sucessão Provisória (Art.26; CC):


Inicia-se um ano após a arrecadação dos bens do ausente ou três anos, se o ausente tiver deixado curador.
Os herdeiros passam a ter a posse dos bens do ausente, representando-o ativa e passivamente judicial e
extrajudicialmente. Não podem alienar nem gravar de ônus real os bens, sem autorização judicial e essa será dada
somente se for para evitar a ruína do ausente.
Herdeiros terão direito a 50% dos frutos e rendimentos desses bens.
Os herdeiros necessários ficarão com 100% desses frutos e rendimentos e não precisarão prestar caução garantia para
exercer a posse dos bens determinada no art. 30; CC. (herdeiro necessário – Art. 1.845; CC: São herdeiros necessários os
descendentes, os ascendentes e o cônjuge.)

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- Art. 26; CC: Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em
se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a
sucessão.

- Art. 27; CC: Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
I - o cônjuge não separado judicialmente;
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

- Art. 28; CC: A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias
depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se
houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
§1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério
Público requerê-la ao juízo competente.
§2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a
sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma
estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

- Art. 30; CC: Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles,
mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído,
mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e
que preste essa garantia.
§2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão,
independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

- Art. 31; CC: Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o
ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

- Art. 32; CC: Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de
modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

- Art. 33;CC: O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e
rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e

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rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar
anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em
favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

* 3ª Fase: Sucessão Definitiva - (art.37 e segs., CC)


Os herdeiros que tinham posse na 2ª fase, passam a ter a propriedade dos bens e, aqueles herdeiros que tiveram que
prestar caução para adentrar na posse dos bens, podem levanta-la nesse momento.
Existem algumas hipóteses para abreviar o período do procedimento da Ausência:
1- Se o ausente conta com mais de 80 anos (art. 38) – 5 anos;
2- Se o ausente deixou um curador para seus bens (art. 26) – se não retornar em 3 anos, os legitimados podem
requerer a 2ª fase da sucessão definitiva diretamente.
* Caso o ausente retorne:
- durante a sucessão provisória – ausente tem direito a retomar os bens da mesma forma que os deixou;
- até 10 anos da abertura da sucessão definitiva – tem direito aos bens no estado em que se encontram no momento
- depois de 10 anos da abertura da sucessão definitiva – não tem direito aos bens deixados

- Art. 37; CC: Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória,
poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

- Art. 38; CC: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade,
e que de cinco datam as últimas notícias dele.

- Art. 39; CC: Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus
descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-
rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados
depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover
a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.

◦ COMORIÊNCIA
É a simultaneidade de mortes, quando não é possível averiguar qual indivíduo morreu primeiro, presumem-se
simultaneamente mortos e sucessores entre si.
- Art. 8o; CC: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

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◦ DOMICÍLIO ( Art. 70 e segs., CC)
Domicílio é o local onde o individuo reside com ânimo definitivo.
Tem que estar presentes os 2 Requisitos:
- Objetivo: é a residência (fixar em um local)
- Subjetivo: ânimo de permanência

Regra: O CC permite que o individuo eleja o local onde irá residir – é o domicílio voluntário.

Exceção: domicílio foi eleito pelo legislador – é o domicílio necessário. São elas:
1- Incapaz – domicilio do representante legal
2- Preso – local onde ele cumpre a sentença penal condenatória
3- Funcionário Público – local onde ele exerça suas atribuições
4- Marítimo – local onde está matriculado o navio
5- Militar das Forças Armadas – local onde ele servir

*Pluralidade de Domicílios: A existência de um domicílio não exclui o outro, o domicílio necessário não exclui o
voluntário.

*Domicílio Profissional: local onde o indivíduo exerce suas atividades profissionais.

* Domicílio Aparente: é o domicilio como condição inerente do indivíduo, como acontece com os andarilhos,
mochileiros.

- Art. 70; CC: O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

- Art. 71; CC: Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á
domicílio seu qualquer delas.

- Art. 72; CC: É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é
exercida.
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as
relações que lhe corresponderem.

- Art. 73; CC: Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada.

- Art. 74; CC: Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.

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Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e
para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.

◦ Domicílio das Pessoas Jurídicas:


- Art. 75; CC: Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio
para os atos nele praticados.
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante
às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.

- Art. 76; CC: Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que
exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do
comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do
preso, o lugar em que cumprir a sentença.

◦ Foro de Eleição:
- Art. 78; CC: Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os
direitos e obrigações deles resultantes.

◦ Negócios Jurídicos:
É o ato jurídico em sentido amplo e necessariamente lícito; os efeitos são permitidos pelo ordenamento jurídico

1 – Classificação
◦ Fatos Jurídicos:
É todo acontecimento natural ou humano que provoca repercussão no mundo jurídico.
Se subdivide em:
1- Ato Jurídico Lato Sensu Ou Em Sentido Amplo:
manifestação de vontade humana
a- Ato Jurídico em Sentido Estrito;

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Manifestação de vontade humana cujos efeitos são determinados pela lei.
Ex: reconhecimento de filho
b- Negócio Jurídico
Manifestação de vontade humana cujos efeitos são os desejados pelas partes.
Ex: qualquer contrato, testamento

◦ Ato-Fato Jurídico:
Manifestação de vontade humana em que os efeitos são impostos por lei, onde a manifestação da vontade é irrelevante
pra lei, só os efeitos que interessam.
Ex: descoberta de tesouro.

◦ Fato Jurídico em Sentido Estrito:


Acontecimento natural que gera repercussão no mundo jurídico.
Ex: nascimento, morte, chuva que destrói casas

◦ Ato Ilícito:
Manifestação de vontade humana em que os efeitos são proibidos pelo ordenamento.
* Ilícito Subjetivo – exige culpa
- Art. 186; CC: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

* Ilícito Objetivo – dispensa o elemento culpa; também conhecido como abuso de direito.
- Art. 187; CC: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

◦ Escada Ponteana/Planos do Negócio Jurídico:


Escada porque cada plano é como um degrau da escada. Eles são divididos em:
1 – Existência:
Objeto, sujeitos, manifestação de vontade, forma

2 - Validade
Objeto lícito, possível, determinável/determinado;
Sujeito tem que ser capaz;
Manifestação de vontade tem que ser livre
Forma tem que ser prescrita ou não defesa por lei

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3 - Eficácia
Esses são os elementos essenciais do negócio jurídico.

- Art. 104; CC: A validade do negócio jurídico requer:


I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
IV – manifestação de vontade livre

◦ Elementos Acidentais do Negócio Jurídico:


Se o negócio jurídico existe e é válido, ele está apto a produzir todos os efeitos. Contudo, se houver algumas cláusulas
postas por manifestação de vontade de ambas as partes, podem tolher o negócio jurídico de produzir regularmente
seus efeitos imediatos. São elas:

* Condição: art.121 ao 130; CC


Subordinam os efeitos do negócio jurídico a um evento futuro e incerto.

* Termo: art.131 ao 135; CC


Subordinam os efeitos do negócio jurídico a um evento futuro e certo

* Encargo: art.136/137, CC
Subordinam os efeitos do negócio jurídico ao cumprimento de um ônus.

◦ Condição:
Pode ser suspensiva (art. 125) ou resolutiva (art. 127)
- Art. 121; CC: Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o
efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

- Art. 125; CC: Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não
se terá adquirido o direito, a que ele visa.

- Art. 127; CC: Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-
se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

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◦ Termo:
- Art. 133; CC: Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor,
salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do
credor, ou de ambos os contratantes.

- Art. 134; CC: Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser
feita em lugar diverso ou depender de tempo.

◦ Encargo:
- Art. 136; CC: O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no
negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

◦ Requisitos de Validade do Negócio Jurídico:


1- Agente Capaz
2 – Forma Prescrita ou não defesa em Lei

- Art. 107; CC: A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.

- Art. 108; CC: Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que
visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta
vezes o maior salário mínimo vigente no País

- Art. 166; CC: É nulo o negócio jurídico quando:


IV - não revestir a forma prescrita em lei;

◦ Da Invalidade do Negócio Jurídico:


A INVALIDAÇÃO é gênero que comporta 02 espécies.

Nulidade Absoluta/ Nulidade – art. 166, CC;


- Art. 166; CC: É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

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VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Nulidade Relativa/Anulabilidade – art. 171, CC


- Art. 171; CC: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

◦ Instrumentos de Conservação do Negócio Jurídico:


- Ratificação/confirmação do negócio jurídico (art. 172 a 176, CC)

- Art. 172; CC: O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

- Art. 176; CC: Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der
posteriormente.

- Redução do Negócio Jurídico (art. 184, CC)

- Art. 184; CC: Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte
válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não
induz a da obrigação principal.

◦ Revisão do Negócio Jurídico (art.157, §2º; CC)

◦ Do Estado de Perigo:
- Art. 156; CC: Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as
circunstâncias.

◦ Da Lesão:
- Art. 157; CC: Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1° Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio
jurídico.

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§ 2° Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar
com a redução do proveito.

◦ Conversão Substancial Do Negócio Jurídico/ Recategorização/ Transinterpretação – art.170, CC


- Art. 170; CC: Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que
visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

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