MORTE
deixar um representante para cuidar dos seus bens. Após
O art. 6º do Código Civil dispõe que “a existência da
pessoa natural termina com a morte; presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a
abertura de sucessão definitiva”.
Obs: antes de adentrarmos na classificação de morte, há
a comoriência que é prevista no art. 8º do Código Civil.
Dispõe este que, se dois ou mais indivíduos falecerem na
mesma ocasião (não precisa ser no mesmo lugar), não se
podendo averiguar qual deles morreu primeiro,
“presumir-se-ão simultaneamente mortos”.
A morte da pessoa natural pode ser real ou presumida.
Morte Real
É tida como o fim da existência da pessoa natural, e seu
registro é feita por meio do atestado de óbito.
Morte presumida sem a decretação de ausência
O Artigo 7º, do código civil diz: Pode ser declarada a
morte presumida, sem decretação de ausência:
I – se for extremamente provável a morte de quem
estava em perigo de vida
II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
termino da guerra
Parágrafo único: A declaração da morte presumida,
nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a
sentença fixar a data provável do falecimento.
Em suma, a morte será declara sem a declaração de
ausência quando for provado que o indivíduo estava em
risco de vida iminente.
Morte presumida com a decretação de ausência
A declaração de ausência ocorre quando o ausente deixa
seu domicílio sem deixar notícias de seu paradeiro e sem
a declaração de ausência ocorre a nomeação do curador,
para cuidar dos seus bens, depois a sucessão provisória e
por último a sucessão definitiva.
Nomeação do curador: o ausente pode ter declarado
um curador para cuidar dos seus bens na sua ausência.
Caso contrário o juiz nomeará um curador, deixando
claro seus direitos e obrigações de acordo com as
necessidades. O ART. 25 declara a preferência da
curadoria:
I – o cônjuge
II – Os pais (ascendentes)
III – os descendentes ( dos mais próximos aos mais
distantes)
Sucessão provisória: Art. 26. Decorrido um ano da
arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou
representante ou procurador, em se passando três anos,
poderão os interessados requerer que se declare a
ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Ou seja, se o ausente deixou um curador, a abertura da
sucessão provisória poderá ser requerida após 3 anos.
Caso contrário, a abertura poderá ser requerida após 1
ano da sua ausência.
Os interessados, segundo o Art. 27 são: o cônjuge não
separado judicialmente, os herdeiros e os credores. A
sentença da abertura da sucessão provisória só possuirá
valor após 180 dias da sua publicação no diário oficial.
Sucessão definitiva: Art. 37. Dez anos depois de
passada em julgado a sentença que concede a abertura
da sucessão provisória, poderão os interessados
requerer a sucessão definitiva e o levantamento das
cauções prestadas.
Isto é, após 10 anos do trânsito julgado da sentença que
permitiu a abertura da sucessão provisória, os
interessados poderão requerer a sucessão definitiva, na
qual o ausente passa a ser declarado morto.
Obs: a sucessão definitiva poderá ser requerida em 5
anos, após a ausência, se for comprovado que o ausente
possuía mais de 80 anos (ART. 38, c.c)