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SUCESSÓRIOS
INTRODUÇÃO
Ainda que seja considerado um tabu, a morte faz parte da vida e é considerada um fato
jurídico, gerando efeitos no campo do Direito.
Termo ou condição?
Em regra, não pode ser considerada condição, uma vez que se nasce já com a certeza de
que um dia irá morrer. Logo, é um termo com data incerta.
É possível estabelecer situação em que a morte será usada como termo. Por exemplo: Doarei
R$100.000,00 para determinada escola, quando meu avô falecer. Excepcionalmente, também
poderá ser utilizada como condição. Por exemplo: Doarei R$100.000,00 para determinada escola,
se meu avô falecer dentro de um ano.
Direitos da personalidade
Mesmo após o falecimento, certos direitos permanecem e devem ser preservados, como por
exemplo o direito à memória, imagem, honra, sepultura, etc. Vale lembrar que esses direitos são
garantidos inclusive ao natimorto:
Morte real:
Art. 6º, CC: A existência da pessoa natural termina com a morte; [...]
Art. 6º, CC: [...] presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autoriza a abertura de sucessão definitiva (art. 22 e seguintes).
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Art. 7º, CC: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de
ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for
encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo
a sentença fixar a data provável do falecimento.
Comoriência
É uma presunção legal e relativa quanto ao momento da morte, quando não for possível
atestar quem faleceu primeiro. Diz respeito à morte simultânea de pessoas da mesma família, com
direitos sucessórios entre si.
Art. 8º, CC: Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-
se-ão simultaneamente mortos.
Direitos das Sucessões nada mais é que o conjunto de normas que regulamenta, em função
da morte, a transferência patrimonial de uma pessoa. É fundada, portanto, na modificação da
titularidade de bens.
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Vale lembrar que a transmissão de patrimônio pode ocorrer de duas formas: por ato
inter vivos, a título singular (compra e venda, cessão, usucapião, etc.), ou causa mortis, a
título universal (herança).
O direito sucessório está intimamente ligado ao direito à propriedade privada, sendo uma
projeção deste para além da morte. Destaca-se que o direito à herança possui garantia
constitucional (art. 5º, XXX, CF).
Todavia, essa garantia constitucional possui restrições. De acordo com o art. 426 do Código
Civil, não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (proibição do pacta corvina). Isto
porque, até a abertura da sucessão, os sucessores possuem apenas expectativa de direito.
Suceder significa substituir, transmitir. Mas como essa “apropriação” do bem alheio pode
acontecer? Pela força? Pelos laços sanguíneos? Por disposição de vontade do autor da herança?
SISTEMAS SUCESSÓRIOS
Pela leitura dos arts. 1.845 e 1.846 do Código Civil, bem como do art. 5º, XXX da
?
Constituição Federal, qual o sistema adotado pelo Brasil?
?
HERANÇA E PATRIMÔNIO
Art. 1.784, CC: Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.
De acordo com o art. 80 do Código Civil, o direito à sucessão aberta (herança) tem natureza
imobiliária.
Pela leitura do art. 1.793 do Código Civil, por qual motivo a herança é considerada
? imóvel?
?
CLASSIFICAÇÃO DA SUCESSÃO
b) Sucessão hereditária singular (arts. 1.912 a 1940, CC): legatário sucede mediante
recebimento de determinado bem ou direito.
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