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HERDEIROS NECESSÁRIOS:
- Aquele (s) que não pode ser afastado da sucessão por simples vontade do falecido (ex. filho).
São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Os herdeiros
necessários são aqueles que têm direito a parte legítima da herança: os descendentes (filho,
neto, bisneto) os ascendentes (pai, avô, bisavô) e o cônjuge (ou convivente, por equiparação).
- O falecido só pode dispor de 50% dos seus bens para outras finalidades, os outros 50% são
para os herdeiros necessários.
Quem herda por cabeça herda por direito próprio (sua vez de herdar e herdou)
A situação muda de figura quando um desses filhos já estava morto antes do pai (pré-morto),
mas deixou um filho, esse neto não herda por cabeça ou direito próprio, ele é um herdeiro
que recebe uma herança por estirpe ou por direito hereditário de representação (herdando
no lugar do seu pai).
1. Linha reta descente (não há em linha reta ascendente); 2. Linha colateral: em linha colateral,
mas apenas em favor de filhos de irmão que é pré-morto do falecido, quando irmãos do
falecido concorrem (ou seja, a pessoa não tem filhos, nem cônjuges, mas tem irmão e
sobrinhos, seus irmãos são herdeiros naturais, caso um irmão esteja morto, o sobrinho herda
por estirpe).
Meação: matéria de direito de família e é a parte que cada cônjuge ou companheiro tem
direito quando é feito o divórcio ou a dissolução da união estável (e é estabelecido pelo regime
de bens). Já a herança: é o conjunto de bens a que o herdeiro tem direito quando uma pessoa
morre.
- Há a possibilidade de a pessoa ser meeira e herdeira (50% da meação e concorre aos outros
50% com os filhos do falecido, por exemplo).
Obs.: não há taxação de grandes fortunas, no entanto, há a taxação de heranças quando da
transmissão por meio do imposto ITCMD, que varia de estado para estado (variam entre 1,5 e
8% do valor venal dos bens).
AULA 06/04
ASSUNTOS DA AULA: ABERTURA, TRANSMISSÃO, CARACTERISTICAS GERAIS, ORDEM
HEREDITARIA, ACEITAÇÃO E RENUNCIA DA HERANÇA.
MOMENTO DA TRANSMISSÃO DA HERANÇA
Ficção jurídica
Não é possível que ocorra um vazio na titularidade de qualquer bem que componha
agpra – por força da morte – o acervo hereditário a ser distribuído.
A transmissão se dá por força de lei, ainda que o herdeiro não tenha conhecimento da
situação.
A transmissão JAMAIS se dá antes do falecimento, uma vez que a disposição de
herança de pessoa viva é vedada em nosso sistema jurídico (art. 1089 CC).
ATÉ A MORTE OS HERDEIROS POSSUEM MERA EXPECTATIVA DE DIREITO.
O tempo da morte do autor da herança se denomina ABERTURA DA SUCESSÃO que é
diferente da ABERTURA DO INVENTÁRIO
A morte é o ANTECEDENTE LÓGICO, é o pressuposto, é a causa. Já a TRANSMISSÃO é a
CONSEQUENCIA, é o efeito da morte.
INDIVISIBILIDADE DA HERANÇA
A herança é tida como IMÓVEL, independentemente dos bens que a compõem (art.
44, III, CC), ou seja, mesmo sendo um celular, escova de dentes, etc... e ainda é sempre
tida como uma UNIVERSALIDADE (art. 57, CC), ou seja, como uma coisa só.
O conjunto de bens e direitos que compõem a herança também é tido como
INDIVISÍVEL, se existirem dois ou mais herdeiros, até a partilha, por expressa
disposição contida no art. 1.791, CC.
SUCESSÃO LEGÍTIMA E A ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado
este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória
de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor
da herança não houver deixado bens particulares;
a) Da comunhão universal | comunhão universal exclui a concorrência
sucessória do cônjuge com descendentes, ou
b) Da separação obrigatória de bens, ou
c) Da comunhão parcial, caso o autor da herança não houver deixado bens
particulares.
EX.: O cônjuge não é meeiro de bem particular, somente herdeiro.
OBS: Só sobrou a separação convencional (não obrigatória por lei), a comunhão
parcial quando o autor da herança deixou bens particulares (sobre estes bens incidirá
a concorrência sucessória) e a participação final nos aquestos!
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais (irmãos, tios, sobrinhos, primos, tios avós e sobrinhos netos).
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
a) Princípio constitucional da liberdade ou de autodeterminação – pessoas podem
renunciar à herança.
b) Vedação total a qualquer ato que tenha por objeto a herança de pessoa viva
c) Efeito meramente declaratório de confirmação da transmissão das
titularidades, que já havia se operado desde a abertura da sucessão.
d) A aceitação e a renuncia só podem ser feitas juridicamente após a morte do
autor da herança.
e) O CC não exige manifestação expressa de aceitação – reputa-se existentes a
aceitação se o herdeiro não manifestar expressamente a renúncia.
f) A lei não determina prazo para que ocorra a aceitação, mas o juiz estabelecerá
prazo razoável, se e quando necessário – vencido o prazo, tem-se aceita a
herança, de modo IRREVOGÁVEL.
Obs.: é VEDADO no Direito Civil Brasileiro, a aceitação parcial de uma herança. Assim
como a aceitação sobre uma condição ou a termo (aceito desde que, quando isso
acontecer, ou aceito só uma parte da herança). Exceção a isso é a hipótese do herdeiro
que receba uma herança e um legado, nesse caso ele pode aceitar um e renunciar o
outro e vice versa.
RENÚNCIA À HERANÇA:
- Declaração unilateral do beneficiário
- Só se renuncia a direito já nascido e incorporado ao patrimônio do renunciante (ou
seja, somente após a morte do autor da herança).
- Tem efeito retroativo e deve ser interpretada restritivamente.
FORMA É INDISPENSÁVEL: por escritura pública, lavrada por tabelião ou por termo nos
autos do processo.
- A herança ou legado não se disponibilizam para os sucessores do renunciante:
“ninguém pode suceder representando herdeiro renunciante”.
- A renúncia é IRREVOGÁVEL – EXCEÇÃO: ação de anulação de renúncia em caso de
gravames declarados nulos (ex. determinadas pessoas em vida, impõem determinados
gravames, obrigações, sobre determinados bens, e o herdeiro renúncia, se o juiz
declara nulo esse gravame, esse herdeiro pode ajuizar uma ação de anulação dessa
renúncia dela sob bem que não há mais gravame).
- A renúncia pode ser feita por procurador, mas com poderes específicos e bem
definidos para tanto.
ESPÉCIES DE RENÚNCIA:
a) Abdicativa: Renúncia pura e simples da herança e o quinhão que se renunciou
volta para a distribuição igual de todos os demais herdeiros (não se pode
beneficiar determinado herdeiro apenas).
b) Translativa: não se aplica no direito civil brasileiro – Renunciar em favor de
determinada pessoa (em favor de um irmão, por exemplo).
Obs.: É possível que um credor aceite a herança em nome daquele que renuncia, para
pagar um débito devido a si, o que sobra do quinhão é objeto de renúncia e será
dividido entre os outros herdeiros de forma igualitária.