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Sucessão inter vivos e causa mortis.

Prova da morte.
Abertura da Sucessão.
Componetens: Bianca Zambon, Diélin Silvestre, Giulia Andolhe, Oliver Vetorello e Scheila Cardoso.
Da sucessão em geral: Artigos 1.784 a 1828 do
Código Civil.

 De acordo com o artigo 1.784 do Código Civil, no momento da morte de


alguém ocorre o nascimento do direito dos herdeiros aos bens do falecido.

 A palavra sucessão, em sentido amplo, designa a substituição de uma


pessoa por outra na titularidade de certos bens.

 No direito das sucessões, a palavra significa a substituição decorrente


apenas de morte, ou seja, causa mortis.

 Em sentido estrito, a sucessão se subdivide em inter vivos e causa mortis.


Causa Mortis:

 Sucessão causa mortis é a transferência total ou parcial de herança


de uma pessoa falecida para uma ou mais pessoas vivas.

 É desse fenômeno que se encarrega o direito da sucessão;

 Transfere bens e dívidas.


Sucessão inter vivos

 A sucessão basicamente é um ato pelo qual um indivíduo toma o lugar de


outro, podendo ser representada também como a transmissão do
patrimônio de uma pessoa a uma terceira ou mais pessoas denominadas
de herdeiros.
 A sucessão possui duas espécies distintas, sendo elas: a sucessão “inter
vivos”, que decorre de um ato entre pessoas vivas, como um comprador
sucedendo um vendedor, ou a sucessão “causa mortis”, que decorre da
morte de um indivíduo autor de herança ou legado.
 Sucessão Inter Vivos - é a sucessão entre vivos, exemplo maior é o direito
obrigacional com a transmissão das obrigações, exemplos: cessão de
crédito, assunção de dívida, e outros.
Prova da Morte:

 O artigo 6º do Código Civil determina que a existência da pessoa natural


termina com a morte e essa presume-se quanto aos ausentes, nos casos em
que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.

 A morte se prova com o registro de óbito, conforme dispõe o art. 90, inciso I
do CC.

 Art. 9 o Serão registrados em registro público:

 I - os nascimentos, casamentos e óbitos;


Abertura da Sucessão:

 A sucessão hereditário, abre no momento da morte do de cujus (devidamente


comprovada), conforme anteriormente referido;

 Com a abertura da sucessão, os herdeiros legítimos ou testamentários,


adquirem, imediatamente, a propriedade e a posse dos bens que compõem o
espólio, sem a necessidade de praticar qualquer ato.
 a) Morte Civil;

 b) Morte Presumida;

 Ausência (art. 6, CC);

 Quando for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de


vida (art. 7, I, CC);

 E se alguém, desaparecido em campanha, ou feito prisioneiro, não for


encontrado até dois anos após o término da guerra (art. 7, II, CC);
Sucessão Legítima ou Ab Instetato:

 É aquela que ocorre na falta de testamento, com a distribuição dos bens


aos herdeiros, ou ainda, quando havendo testamento, na hipótese de
haver bens remanescentes.

Na sucessão legítima, é a Lei que determina como serão partilhados os
bens do de cujus, a teor do artigo 1.829, do Código Civil.
Conceitos:
 Herdeiros necessários: descendentes, ascendentes e cônjuge (dependendo
do regime de bens). Artigo 1.845 do Código Civil.

 Legítima: metade dos bens da herança, calculado sobre os existentes na


abertura da sucessão, abatidas as dívidas e despesas do funeral. Artigo
1.846 e 1.847 do Código Civil.

 Direito de representação: quando a lei chama certos parentes do falecido a


suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. Artigo
1.851 do Código Civil.

 Observação ao artigo 1.852 deste mesmo Código: O direito de representação


dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.
 Meação: instituto de Direito de família, decorrente do regime de bens.

 Herança: instituto de Direito das Sucessões, que decorre do falecimento.


 Artigo 1.829 do Código Civil:

 A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

 I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge (ou companheiro)


sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão
universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único);
ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;

 II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

 III - ao cônjuge sobrevivente;

 IV - aos colaterais.

 *Observância ao RExt 878.694/MG

 (Equiparação do companheiro a cônjuge)


Da Sucessão Testamentária: Artigos 1.857 a 1.990 do
Código Civil

 A sucessão testamentária é a transferência da propriedade do patrimônio de


uma pessoa para outra após o seu falecimento. Essa distribuição de bens
ocorre de acordo com as diretrizes presentes no testamento deixado pelo
testador em momento anterior ao seu falecimento.

 Herdeiro Testamentário – beneficiário do Testamento

 É importante ressaltar que é obrigatório 50% da herança ser mantida com os


herdeiros legítimos (filhos, netos, bisnetos, pais, avós, bisavós e cônjuge).
Do inventário e da partilha – Artigos 1.991 a 2.027 do
Código Civil:
 INVENTÁRIO é um procedimento relacionado à transmissão sucessória. Quando
há o falecimento de uma pessoa, ocorre também a sucessão do seu patrimônio
para os herdeiros. Isso abrange tanto os bens como os direitos e obrigações
daquele que faleceu.

 Enquanto o inventário não for finalizado, o espólio, ou seja, o conjunto de bens


deixados pelo falecido, será tratado como um só e não poderá ser dividido.

 A abertura deverá ocorrer no prazo de dois meses – sessenta dias – a contar do


falecimento do de cujus, a ser encerrado dentro do prazo dos doze meses
subsequentes, nos termos do art. 611 do CPC
Existem duas modalidades de inventário, inventário judicial e inventário
extrajudicial.
Sonegação:

 A sonegação que é ação de ocultar bens que deveriam ser inventariados,


prevê punições nos art. 1.992 e 1.993, ambos do CC/02.

 A ação de sonegação deve ser promovida pelos herdeiros ou pelos credores


da herança, nos termos do art. 1.994 do CC/02.

 A sonegação de bens no inventário gera punição em casos que forem


comprovadas má-fé.
Partilha:

 É a efetiva divisão do patrimônio do falecido depois que todo o procedimento


de inventário é feito. É por meio dela que os herdeiros recebem a sua parte
nos bens que foram inventariados.

 Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2017) após o inventário partilham-se os


bens entre os herdeiros e cessionários, excluindo-se a meação do cônjuge. A
partir da partilha encerra-se o caráter transitório da indivisão dos bens
caracterizado com a abertura da sucessão.
 A partilha amigável está prevista no art. 2.015 do CC/02, depende da vontade
de todos os herdeiros. Trata-se de negócio solene, efetivado apenas após a
morte do autor da herança, eis que conforme previsão do art. 426 do CC/02

 A partilha judicial está prevista no artigo 2016 do CC/02 , e será obrigatória


para os casos de divergência entre os herdeiros ou na hipótese de algum
deles ser incapaz.

 Partilha em vida pode ser feita desde que respeitada a legítima dos herdeiros
necessários, conforme o art. 2018 do CC/02.
Quem não dispõe de capacidade sucessória?
 Não é suficiente que o herdeiro invoque a sua vocação hereditária ou o seu direito

de herdar por testamento, pois para tanto será imprescindível que seja capaz e

não excluído da sucessão.

 DISTINÇÃO ENTRE INCAPACIDADE SUCESSÓRIA E INDIGNIDADE:

 A incapacidade sucessória impede que nasça o direito à sucessão; a indignidade

obsta a conservação da herança;

 A incapacidade é um fato oriundo do enfraquecimento da personalidade do

herdeiro, enquanto a indignidade é uma pena civil;


 O incapaz não adquire a herança em momento algum; o indigno a adquire quando

da abertura da sucessão, vindo a perdê-la com o trânsito em julgado da sentença

declaratória de sua indignidade;

 O incapaz, como nunca foi herdeiro, nada transmite a seus sucessores, ao passo

que o indigno, ante o caráter personalíssimo da pena, transmite sua parte na

herança, como se morto fosse, aos seus herdeiros;


DISTINÇÃO ENTRE INDIGNIDADE E DESERÇÃO:
Conclusão:

 O ser humano deve transmitir a futuras gerações seus valores e, entre esses
valores, está o direito a propriedade. Tudo o que conquistou ao longo da sua
vida deve ser transmitido, o Direito das Sucessões é o conjunto de normas
que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de sua
morte, em virtude de lei ou testamento, cujas normas regulam a transferência
do patrimônio do morto ao herdeiro.
Obrigado(a) pela sua atenção!

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