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SUCESSÕES

Acadêmicos: Carolina, Rafael, Guilherme, Bernardo, Huberth


Momento da transmissão da Herança

● Sucessão: Ato pelo qual uma pessoa assume o lugar a outra, substituindo-a na
titularidade de determinados bens, direitos e obrigações;

● Herança: Segundo Carlos Roberto Gonçalves, é um somatório em que se


incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as
obrigações, as pretensões e as ações de que era titular o falecido, e as que
contra ele foram propostas, desde que transmissíveis.
Momento da transmissão da Herança

Artigo 1.784 do Código Civil:


“Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários”.

O MOMENTO DA TRANSMISSÃO DA HERANÇA É


IMEDIATAMENTE APÓS O FALECIMENTO
Momento da transmissão da Herança
Transmissão causa mortis

● O falecimento de alguém que tenha bens;


● A sobrevida de outras pessoas.

Mens Legis

A transmissão ocorre instantaneamente no momento da morte, pois a regra do


ordenamento jurídico brasileiro é a aceitação da herança, logo, a renúncia à herança é
tida como exceção. Além disso, busca-se evitar que o patrimônio fique desprotegido.
Da Comoriência

No caso da comoriência, como não se consegue identificar quem


faleceu primeiro, sendo os indivíduos considerados simultaneamente
mortos, não cabe direito sucessório entre comorientes, vale dizer,
comorientes não são herdeiros entre si.

Ensina Maria Berenice Dias:


“Não havendo a possibilidade de saber quem é herdeiro de quem, a
lei presume que as mortes foram concomitantes. Desaparece o
vínculo sucessório entre ambos. Com isso, um não herda do outro e
os bens de cada um passam aos seus respectivos herdeiros.”
Transmissão da posse

A saisine é conceituada com grande maestria por Maria Helena Diniz


ao lecionar que a morte é a pedra angular de todo o direito sucessório,
uma vez que esta determina a abertura da sucessão. Não se
compreende, neste quadrante, tal instituto sem o óbito do de cujus, dado
que não há herança de pessoa viva.

De acordo com a legislação a mesma está prevista no art 1.784 CC


e determina que o próprio defunto transmite ao sucessor a propriedade e
a posse da herança. E para que tal transmissão seja possível é
necessário que o herdeiro exista ao tempo da delação e que a esse
tempo não seja incapaz de herdar.
O Princípio da Saisine

O que vale dizer, que no instante da transmissão da posse e da


propriedade, o herdeiro recebe o patrimônio tal como se encontrava com
o de cujus. Logo, transmitem-se, também, além do ativo, todas as
dívidas, ações e pretensões contra ele existentes.

Neste sentido, o princípio de saisine aplica-se no momento do óbito


do de cujus, ato que abre a sucessão, transmitindo-se, sem solução de
continuidade, a propriedade e a posse dos bens do falecido aos seus
herdeiros sucessíveis, legítimos ou testamentários, que estejam vivos
naquele momento, independente de qualquer ato.
Efeitos da Saisine

De acordo com a doutrina de Caio Mário da Silva Pereira:

● Abre-se a herança com a morte do sujeito, e no mesmo instante os


herdeiros a adquirem. Verifica-se, portanto, imediata mutação
subjetiva;

● Não é o fato de estar próximo que atribui ao herdeiro a posse e


propriedade dos bens, mas sim a sucessão - a posse e a
propriedade advém do fato do óbito;
Efeitos da Saisine

● O herdeiro passa a ter legitimidade ad causam (envolvendo a


faculdade de proteger a herança contra a investida de terceiros);

● Com o falecimento do herdeiro após a abertura da sucessão,


transmite-se a posse e propriedade da herança aos seus
sucessores, mesmo sem manifesta aceitação;

● Mesmo que os bens não estejam individualizados e discriminados,


constitui a herança em si mesma um valor patrimonial, e, como tal,
pode ser transmitida inter vivos.
O Princípio da Saisine

A função da saisine como regra do direito hereditário, repousa na


defesa e na proteção do patrimônio nas mãos dos herdeiros do de cujus,
até efetiva materialização por intermédio do procedimento de inventário.

À respeito dos efeitos deste princípio, o Direito Civil só dá


legitimidade à suceder aos que eram nascidos ou concebidos na data da
abertura da sucessão. Disso decorre que o herdeiro deve estar vivo -
ainda que em vida intra – uterina- quando o autor da herança falecer,
porque não se reconhece direito sucessório aos herdeiros pré - mortos
do de cujus
Lugar da sucessão

Em regra o local de sucessão se dá diante o local de domicílio do falecido,


conforme o Art. 1.785 do Código Civil e Art. 48 do Código de Processo
Civil.Porém, deve se observar alguns pontos para definir o local de sucessão:

1. Se o falecido possuir imóveis em foros diferentes?: poderá sem em


qualquer um, conforme Art. 48, II do CPC;
2. Se o falecido possuir bens no Brasil, porém seu domicílio é fora de
tal?: a competência é do Brasil, não podendo outra jurisdição reconhecer
bens situados aqui, conforme Art. 23,II do CPC;
2.1. E se o falecido deixar cônjuge ou filho brasileiro?: Deve ser
aplicado a lei brasileira, quando a lei de domicio não for a mais
favorável, conforme Art. 5º, XXXI da CF.

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