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27.02.2023
A sucessão legal
A sucessão legitimaria
A sucessão legitimaria decorre imperativamente da lei e por isso não pode ser
afastada por vontade do de cuius- 2026º 2027º e 2156º e ss.
Havendo herdeiros legitimários (cônjuge, descendentes e ascendentes) 2157º),
não poderá nunca o autor da sucessão dispor da parcela que esta
imperativamente reservada para o/os herdeiro/s legitimário/s que lhe sucedam
2158 a 2161º. Quer isto significar que havendo herdeiro/s legitimário/s há
sempre uma parcela da herança que o autor da sucessão não pode dispor. A
esta parcela chamamos quota indisponível. Será então quota disponível a
parcela de bens que não estiver reservada aos herdeiros legitimários. Não
tendo deixado herdeiros legitimários, o autor da sucessão pode dispor de toda
a sua herança.
Sucessão legitima
Tem previsão legal nos art. 2026. 2027 e 2131 e s. tal como a
sucessão legitimaria, esta resulta também da lei, mas neste caso,
pode ser afastada pelo autor da sucessão e diz respeito aos bens que
o autor da sucessão (por sucessão voluntaria) não dispôs, embora o
pudesse fazer. A norma da sucessão legitima são supletivas
exatamente porque dão destino aos bens do autor da sucessão
quando este por expressa vontade não o fez. Existe, portanto,
sucessão legitima quando não havendo herdeiros legitimários ou
havendo-os tenham sido compostas as quotas legitimarias de tais
herdeiros, o autor da sucessão não tenha disposto por morte no
todo ou em parte dos bens de que podia dispor.
06.03.2023
A Herança
Tal como a herança, também aqui e neste momento, importa reter breves
ideias. Assim, tem-se por legatário aquele que é chamado a suceder em bens
certos e determinados (ou determináveis) com exclusão de outros bens.
Maioritariamente, os legados são instituídos por vontade do autor da sucessão
e só residualmente pela lei.
É o caso do dto que o cônjuge sobrevivo tem no uso dos bens moveis da casa
de morada de família.
Por vezes, surgem problemas na interpretação da vontade do testador na
medida em que podem surgir legados não especificados, mas determináveis.
Este problema, surge quase sempre a propósito das universalidades de facto
nas quais o interessado é chamado a suceder em certa universalidade, mas não
são especificados em concreto quais os bens dessa universalidade que
preenchem o legado (ex., dos seus 7 bovinos o autor da sucessão, legou 4 ao
sobrinho. Embora não estejam identificados quais os 4, basta a possibilidade de
serem determinados para que seja legado e não herança.)
A designação sucessória
A sucessão legitimaria
2153º e 2157º
A designação legitimaria corresponde à determinação por força de lei
imperativa, isto é, inultrapassável pelo autor da sucessão de um conjunto de
sucessíveis. A designação sucessória inicia-se pela conjunção da existência física
do designado e do seu enquadramento nas classes legitimarias previstas pela
lei, tendo por base a expectativa jurídica de vir a adquirir a sua porção
legitimaria. O autor da sucessão não pode alterar o elenco dos herdeiros
legitimários nem a ordem pela qual são chamados. Não pode igualmente
modificar a porção da legitima nem definir as legitimas subjetivas ou sujeitá-las
a encargos -2163º
O mecanismo da deserdação -2166º- não traduz o pp de que o de cujus pode
afinal dispor do seu património hereditário, uma vez que a deserdação é o
resultado da incapacidade sucessória por parte do herdeiro visado. Contundo,
entre o momento inicial da designação sucessória legitimaria e o da abertura
da sucessão, podem surgir diversas alterações não resultantes da vontade do
autor da sucessão, mas que podem modificar a vocação sucessória (p.e.,
nascimento de filhos ou a sua morte)
Herdeiros legitimários
Quota indisponível
13/03/2023
A defesa da legitima
O autor da herança pode em vida faz dos seus bens o que entender e
teoricamente nada deixar de herança. É o caso de ter alienado onerosamente
todos os seus bens e gastar o produto dessa alineação. Deste modo, admite-se
que o autor da sucessão possa fazê-lo sem ter de atender às expectativas
sucessórias dos herdeiros legitimários.
Porem, quando essa alienação em vida resultar de doações, (negócios jurídicos
gratuitos), está com isso a afetar a legitima dos possíveis sucessíveis prioritários
uma vez que do ponto de vista da transmissibilidade gratuita, os herdeiros
legitimários são os escolhidos por lei ou por norma imperativa como
beneficiários privilegiados
Nesta última hipótese, vem a lei proteger os herdeiros legitimários através de
mecanismos de proteção da legitima
o A redução das liberalidades entre vivos ou por morte em valor superior
que impossibilite o preenchimento cabal da legitima podendo ser
reduzidas em tanto quanto seja necessário para que a legitima seja
acautelada. - 2168º e 2169º
o A proibição de no testamento serem impostos encargos sobre as
legitimas subjetivas ou até mesmo a imposição de determinados bens
comporem a legitima contra a vontade do herdeiro.
o Acautela sociniana, que significa que o se o testador deixar usufruto ou
constituir pensão vitalícia que atinga a legitima, podem os herdeiros
legitimários cumprir o legado ou entregar ao legatário tao só a quota
disponível. - 2164º
Legitima subjetiva
É a porção que cada um dos herdeiros legitimários, chamados a sucessão, tem
na legitima objetiva ou global.
Designação contratual
Como resulta de um contrato, estamos perante um acordo de vontades
contraditórias e divergentes entre si, mas tendentes a um resultado único. Os
efeitos da doação mortis causa para alem do seu caracter bilateral tem eficácia
reforçada pelo objetivo favor matrimonii em face do testamento que é nj
unilateral e livremente revogável pelo testador.
O favor matrimonii, corresponde à ideia de um tratamento favorável com vista
a fomentar ou proteger o casamento. A doação mortis causa, claramente não
teria lugar se não fosse a existência do casamento.
A regra, portanto, nesta vocação é da irrevogabilidade apos aceitação –
1701º/1 e 1705º/1
Excetua-se porem a revogação unilateral no caso de o autor da sucessão ter
reservado tal direito – 1705º/2 se se verificar ingratidão por parte do
donatário. – 970º e 975º/a)
Designação testamentaria
Estamos perante um nj unilateral no qual impera tao só a vontade única do
autor da sucessão quer no ato dispositivo de todos os bens ou parte deles, quer
no ato revogatório de testamentos anteriores – 2179º, 2311º e 2312º
A revogação testamentaria para alem de expressa, a lei admite a modalidade
tacita. Nem só de disposições de caracter patrimonial pode um testamento
conter como são os casos das disposições a favor da alma- 2224º, da
testamentaria- 2320º, do destino final do seu cadáver, da perfilhação, etc.
São exemplos de disposições a favor da alma, a realização de missas ou
colocações de velas. Quanto à testamentaria, corresponde à nomeação de
pessoa ou pessoas que ficam encarregadas de zelar pelo cumprimento do
testamento ou pela sua execução.
O testamento é um NJ unilateral e mortis causa uma vez que, os seus efeitos
são produzidos apos a morte do testador, não ficando este por ele limitado, já
que a todo o momento o pode revogar. (com exceção da perfilhação que é
irrevogável quando conste de testamento- 1858º)
É de referir ainda o chamado caracter pessoalíssimo do testamento 2182º, uma
vez que se trata de ato pessoal insuscetível de ser feito por meio de
representante ou de ficar dependente do arbítrio de outrem (exceção apenas
quanto à substituição pupilar- 2297º.)
para alem daquela característica, o testamento tem caracter individual ou
singular, pois o seu autor apenas pode ser pessoa isolada e não duas ou mais. -
2181º
Todavia, tal proibição não prejudica que duas ou mais pessoas, façam
testamentos recíprocos ou a favor do mesmo ou de diversos 3ºs, mas e sempre
em documentos diversos e separados ainda que no mesmo dia ou em ato
continuo. Proíbem-se assim os chamados testamentos de mão comum ou
coletivos que são nulos.
Deve, no entanto, ser esclarecido que a unipessoalidade do testamento em
nada fica beliscada pela autorização do cônjuge aquando da disposição da
meação de bens comuns – 1685º/3 b)
Mesmo nestes casos residuais, continuamos a ter um testamento de uma só
pessoa.
Quanto à forma, o testamento é um negócio formal- 2204º e 2210º e ss já que
a validade do testamento depende de uma das formas tipificadas na lei. Tal
exigência prende-se com a necessidade de proteger o testador de eventuais
precipitações obrigando-o mesmo à ponderação e tal só é possível se houver
redução a escrito.
Capacidade testamentaria
Nos termos do 2188º, podem testar todos os indivíduos que a lei não declare
incapazes de o fazer. No art subsequente é nos indicado que são incapazes de
testar os menores não emancipados e os maiores acompanhados quando da
sentença resulte expressamente essa incapacidade. A sanção prevista na lei
para testamento feito por incapaz é a nulidade. A capacidade do testador
determina-se pela data do testamento e nos termos do 2191º.
No caso do testamento publico, 2205º, e também nos testamentos especiais,
2210º e ss, a sua data é fácil de demonstrar, mas o mesmo já não e verdade
nos casos do testamento cerrado que possui duas datas, a data em que foi
escrito pelo seu autor e a da aprovação pelo notário- 2207º
Quando há capacidade testamentaria passiva falaremos mais adiante a
propósito das incapacidades sucessórias- 2034º
Embora não se confunda com a capacidade de testar, a lei prevê alguns casos
de indisponibilidade relativa, em virtude não de proibir que certa pessoa teste,
mas sim, proibir que o faça a favor de certa pessoa por entre eles existirem
laços especiais de relacionamento. 2192º e ss.
Assim, são nulas as disposições testamentarias feitas pelo maior acompanhado
em relação a quem o represente; a favor do medico ou enfermeiro ou
sacerdote que lhe preste assistência física ou espiritual se o testamento foi
feito durante a doença e vier a morrer dela; a favor de alguém com quem o
testador casado cometeu adultério; do testador a favor do notário, etc.
Estas indisponibilidades relativas visam proteger o testador mais de si mesmo
do que de terceiros, em virtude de eventual dependência, fraqueza ou temor
reverencial
Vontade testamentaria
A vontade do testamento deve ser perfeita no sentido que deve ser
completamente declarada a vontade de testar e de que esta deve concordar
com a declaração expressa no texto testamentário.
O objeto testamentário
É nulo o testamento cujo objeto seja física ou legalmente impossível contraria a
lei, indeterminável, contrário à ordem publica ou ofensivo dos costumes- 280º.
Esta regra prevista para a generalidade dos NJ não é atendida quando existam
normas de natureza especial aplicáveis ao testamento e elas encontram-se nos
2186º, 2230º a 2233º, e 2245º
Forma do testamento
De acordo com o 220º se o testamento não tiver obedecido à forma exigida, é
nulo.
As formas legais admitidas no nosso ordenamento jurídico são na sua forma
comum, o testamento publico e o testamento cerrado- 2204º
Não são admitidos o testamento alógrafo (testamento escrito datado e
assinado pelo testador, mas não aprovado pelo notário) o testamento
nuscompativo (meramente verbal, ainda que perante testemunhas) e o
testamento «per relation» dependente de instruções ou recomendações feitas
secretamente a outrem, ou que se reporte a documento não autêntico.
O testamento publico
De acordo com o 2205º é publico o testamento escrito por notário no seu livro
de notas. A redação do testamento é confiada ao notário, na presença de duas
testemunhas com vista a garantir que com segurança se reproduz fielmente a
vontade do testador, livre de pressões ou de intimidações.
É publico porque e realizado por entidade dotada de fé publica ficando
arquivado embora só se torne publico apos a morte do testador facto esse que
tem de ser averbado ao próprio testamento.
Em vida do testador, só ele tem acesso ao testamento, a não ser que constitua
procurador, especialmente mandatado para o efeito.
O testamento cerrado
É manuscrito e assinado pelo testador que o terá de apresentar ao notário para
obter aprovação.
Não se exige que o testador saiba escrever, mas tem de saber ler pois terá ele
próprio de ter capacidade para se inteirar do conteúdo do testamento sem a
ajuda de terceiros.
São assim, inábeis para testar sob esta forma, os analfabetos, os cegos e as
pessoas que por doença não possam ler.
Dai que se admita que o testamento cerrado, seja escrito e até assinado por
outrem a pedido (rogo) do testador, mas só se ele não souber escrever nem
assinar.
A aprovação do testamento cerrado funciona como meio de evitar que este
seja invalido por falta de forma, assegurando-se assim que a última vontade do
testador fica manifestada.
Apesar de ter de ser aprovado por notário, o testamento cerrado pode ou não
ficar a guarda do notário uma vez que se trata de um documento particular
ainda que com caracter sigiloso.
O testamento cerrado apos a morte do testador, tem necessariamente que ser
apresentado para abertura formal.
Interpretação do testamento
O sentido e o alcance de qualquer disposição testamentaria deve procurar
encontrar um «acordo» com a vontade real do testador.
O interprete deve procurar o sentido mais ajustado à intenção do testador, o
que se justifica desde logo, porque o testamento é um NJ de última vontade.
Na interpretação do testamento, encontramos um desvio à teoria consagrada
para a interpretação dos NJ em geral (objetivismo ou teoria da impressão do
declaratório 236/1º) pois neste caso, essa teoria é substituída pelo subjetivismo
no termos do 2187º
Para uma atenta busca da vontade psicológica do testador, o interprete não
pode ter apenas em conta o texto do testamento, mas sim, a declaração
testamentaria na sua globalidade, pois a sua unidade tem um sentido próprio.
Contudo, esta visão subjetivista que quase atribui ao exercício interpretativo o
poder de «entrar postumamente na alma do testador», é limitada pelo número
2 do 2187º, não prevalecendo a vontade do testador que não tenha no
contexto um mínimo de correspondência, ainda que imperfeitamente expressa.
A interpretação do testamento pode levar-nos a mais do que um resultado.
Entre 2 sentidos possíveis, deve prevalecer aquele que for menos gravoso para
o testador e que simultaneamente torne exequível a disposição testamentaria.
Conteúdo do testamento
Usualmente, o testamento é composto por disposições de caracter patrimonial
pois em regra também são em muito maior nº as relações jurídicas
patrimoniais suscetíveis de serem transmitidas aos herdeiros.
A lei, contudo, prevê diversas disposições de caracter não patrimonial, que
podem ser inseridas no texto testamentário, admitindo-se até que o
testamento contenha apenas disposições dessa natureza- 2179º/2
Podem constar do testamento, as disposições sobre a publicação ou não das
suas cartas, memorias ou outros escritos, a divulgação do seu retrato físico ou
da sua imagem, a revelação de factos íntimos da sua vida privada, e da sua
identidade pessoal, etc.
A disposição testamentaria a título de herança
Nas disposições testamentarias a título de herança podem sê-lo na totalidade
do património do falecido ou numa quota-parte, ou no remanescente desse
património
A revogação testamentaria
O testamento é um nj livre e absolutamente revogável, dto ao qual o testador
não pode renunciar.
A revogação testamentaria, pode ser expressa, tacita e real. É expressa quando
o testador declara noutro testamento que revoga no todo ou em parte o
testamento anterior – 2312º
A revogação tacita consiste na produção de declarações testamentarias,
contida em testamento posterior que no todo ou em parte afastam outras
anteriores, por se mostrarem incompatíveis entre si.
A revogação real de um testamento, tem lugar quando o testador por mero ato
material ou jurídico, revela um comportamento que leva a admitir a presunção
de tal revogação. São exemplos a inutilização do testamento cerrado, a
alienação do objeto ou até a sua transformação em algo diverso do descrito no
testamento.
20.03.2023
Designação legitima
Esta modalidade de sucessão está condicionada pela sucessão legitimaria e
pela voluntaria que se impõe hierarquicamente. A designação legitima vem o
fim da lista das designações sucessórias por se entender que ela cumpre a ideia
ou solução de refúgio. O autor da sucessão que falece na impossibilidade ou
desinteresse em manifestar vontade sobre o destino dos seus bens tem
garantido pela lei esse destino. A lei escolhe os familiares que lhe são mais
próximos -2133º.
Do mesmo modo, a designação legitima assegura a transmissão dos bens
evitando que caiam em abandono, razão pela qual o estado surge no fim da
linha da designação legitima e não pode repudiar a herança- 2154º
Havendo sucessíveis legitimários, a sucessão legitima fica desde logo limitada a
quota-disponível. Não os havendo, pode abranger, toda a herança. Por outro
lado, se o de cujus dispôs da referida quota disponível ou da herança no seu
todo, não há lugar à sucessão legitima.
2º classe de sucessíveis –
3º classe de sucessíveis
Não havendo sucessíveis das 2 classes anteriores, ou seja, não existindo
cônjuge, descendentes nem ascendentes, são chamados à sucessão os irmãos e
seus descendentes (estes últimos só por dto de representação- 2146º). Ora, os
irmãos do autor da sucessão podem ser germanos ou unilaterais- 2146º e se o
forem, apenas de um tipo ou de outro, são designados sucessoriamente em
partes iguais sucedendo por cabeça. os irmãos germanos são filhos do mesmo
pai e da mesma mãe. Os irmãos unilaterais são filhos apenas de um dos
progenitores do autor da sucessão. Diz-se consanguíneos se for filho do mesmo
pai e uterinos de for filho da mesma mãe.
De forma diferente será, se forem chamados a suceder irmão germanos,
consanguíneos ou uterinos. Neste caso, cada um dos irmãos germanos ou seus
descendentes se houver dto de representação receberá o dobro de cada um
dos irmãos unilaterais. P.e., A deixa como sucessores B e C seus irmãos
germanos e D, irmão uterino. A herança tem o valor de 30.000€, B e C
enquanto irmãos germanos sucedem cada um em 12.000€ recebendo D
6.000€.
4º classe de sucessíveis
Na falta de herdeiros das classes anteriores, são chamados à sucessão os
restantes colaterais até ao 4º grau preferindo sempre os + próximos- 2147º, o
que vale por dizer que nesta classe, não há dto de representação.
5º Classe de sucessíveis
O estado é o último dos sucessíveis, depois de todos os parentes. 2152º. Assim
se evita que os bens sucessórios fiquem abandonados e paralelemente, reúne o
estado meios para a realização das suas funções sociais. De todos os
sucessíveis, o estado é o único que não necessita de aceitar a herança já que é
adquirida por mero efeito do dto (ipso iure). Também não pode repudiar a
herança por mais que ela seja «inapreciável». Acresce que o estado nestes
casos, intervém como sujeito de dto privado e como tal despido do seu ius
imperium.
Abertura da sucessão.
O fenómeno sucessório inicia-se com a morte de um sujeito. Essa morte faz
cessar a personalidade jurídica da pessoa singular. A morte física é um facto
jurídico em regra involuntário, mas para alem do aspeto jurídico, interessa
saber o que é a morte do ponto de vista científico para se apurar se estamos ou
não perante a morte e sobretudo quando ela ocorreu. Essa é, contudo, tarefa
da competência exclusiva dos médicos.
A abertura da sucessão, é o início do pcc complexo tendente à devolução
sucessória das relações jurídicas, transmissíveis do autor da sucessão e tem
como causa determinante a morte de um sujeito.
Quanto ao momento da abertura da sucessão, essa reporta-se sempre ao
momento da morte, e o lugar dessa abertura é o do último domicílio do de
cuius- 2031º.
A vocação sucessória.
A vocação sucessória é o chamamento de herdeiros ou legatários à titularidade
das relações jurídicas transmissíveis do falecido.
Aberta a sucessão são chamados à titularidade das relações jurídicas do
falecido, aqueles que gozam de prioridade na hierarquia dos sucessíveis e deste
tenham a necessária capacidade (indignidade sucessória- 2034º, que leva a
deserdação 2166º são ex de falta de capacidade).
A capacidade ou incapacidade sucessória, para serem eficazes tem de existir no
momento da abertura da sucessão e basta que vigorem nesse momento para
que o sucessível seja ou noa chamado (exceção prevista no 2034º/d)).
Dto de representação
De acordo com o 2039º dá-se representação sucessória quando a lei chama os
descendentes de um herdeiro ou legatário a ocupar a posição daquele que não
pode ou não quis a herança ou o legado.
Neste caso, a representação sucessória resulta da lei e não por manifestação de
vontade do autor da sucessão.
Para haver lugar ao dto de representação em qualquer espécie de sucessão,
importa que se verifique uma impossibilidade de aceitação ou repudio da
herança ou do legado por parte do sucessível com designação prioritária e que
este tenha no momento da abertura da sucessão descendentes que o possam
representar. Ex: A viúvo, falece em 2008 deixando um filho sobrevivo, C casado
com D. Em 2007, havia falecido o seu outro filho B pai dos seus netos, F e G.
Por força do dto de representação, F e G, sucedem a A em quota igual a C
ocupando a posição jurídica de B.
Ainda com base no exemplo, diferente seria se tivesse havido dto de
transmissão. Na verdade, e ao contrário do dto de representação, dá-se dto de
transmissão quando um herdeiro morre depois do autor da sucessão sem ter
aceite tacita ou expressamente a herança ou ter repudiado a mesma. São os
seus herdeiros que vão exercer esse dto de aceitar ou de repudiar.
Assim, mais corretamente, devemos falar em dto de transmissão do dto de
aceitar ou repudiar a herança.
O dto de representação na sucessão legal, tem origem em pré falecimento,
repudio e indignidade. Requer-se que o representado tenha descendentes
qualquer que seja o grau de parentesco- 2042º, mas observando-se a regra da
preferência de grau mais próximo – 2135º
Na sucessão legal, chamam-se por dto de representação os descendentes do
filho ou do irmão do autor da sucessão, em caso pré-falecimento, indignidade
ou repudio.
Na sucessão testamentaria, é imprescindível que o sucessível designado no
testamento não possa ou não queira aceitar a herança ou o legado e que a
causa da não aceitação seja apenas uma das seguintes: pré-falecimento ou
repudio- 2041º/1, não se verificando dto de representação relativamente às
outras causas de não aceitação, mas tao só a aplicação da vontade
testamentaria substitutiva ou o regime supletivo da sucessão legitima.
Exige-se ainda que o sucessível testamentário tenha descendentes, qualquer
que seja o grau de parentesco, mas respeitando o grau + próximo.
Por fim, e em face da última parte do 2041º, para que haja dto de
representação na sucessão testamentaria é necessário que não haja outra
causa de caducidade sucessória (2317º) ou que o autor da sucessão não tenha
afastado esse dto de representação ao ter designado substituto do herdeiro ou
do legatário- 2041º/2.
O dto de representação tem lugar ainda que todos os membros das várias
estirpes estejam relativamente ao autor da sucessão no mesmo grau de
parentesco, ou exista uma só estirpe. Ex: tem-se por estirpe o grupo familiar
composto por um progenitor (filho ou irmão do de cujus) e pela respetiva
descendência.
Como esta descendência pode abranger vários graus, é possível acontecer que
num desses graus haja descendentes que sejam troncos de subestirpes. Por
força do nº2 do 2044º, também aos representantes numa subestirpe, cabe
aquilo em que sucederia o ascendente tronco da subestirpe. Imagine-se uma
herança com o valor de 80.000€. A faleceu em 2008 com uma herança no valor
de 80.000€ deixando sobrevivos o seu filho B, o neto D e os bisnetos F e G. por
dto de representação, e não por sucessão por cabeça, chamaremos os
descendentes dos que faleceram antes de A. Desta maneira, a B cabem
40.000€ e a outra metade cabe à estirpe do outro filho de A, C que é pré-
falecido. Ao herdeiro de D, por dto de representação serão entregues 20.000€
enquanto que a F e G também por dto de representação caberão os outros
20.000€ divididos em iguais partes.
O dto de acrescer
Podemos definir como o dto de certo ou certos sucessíveis chamados
simultaneamente com outros, de adquirir o objeto sucessório que outro ou
outros não puderam ou não quiseram aceitar e desde que se verifique um
conjunto de pressupostos negativos e positivos. Do ponto de vista do que não
se pode verificar:
o Substituição direta
o Vontade do autor da sucessão contraria ao acrescer
o Dto de representação
o Dto de transmissão de aceitar ou repudiar
o Pessoalidade do legado.
Quanto as primeiras 2 alíneas, deve dizer-se que não são possíveis na sucessão
legitimaria. Na sucessão legitima ou na testamentaria, pode o autor da
sucessão determinar que na falta ou repudio de certo sucessível, seja
substituído por outrem, estranho ou não à sucessão.
Não há dto de acrescer se houver lugar ao dto de representação, caso em que
serão chamados os descendentes do que não quis ou não pode.
Também noa há dto de acrescer se o herdeiro chamado tiver falecido depois do
autor da sucessão, mas sem ter aceite ou repudiado a herança.
Por fim, e de acordo com o 2304º, não há lugar ao dto de acrescer se o legado
tiver natureza puramente pessoal. Se o legatário neste caso não puder ou não
quiser, não há dto de acrescer, mas sim, a extinção do legado.
Do lado positivo, para que haja dto de acrescer, tem de haver pré-falecimento
ou repudio dos herdeiros ou legatários e a existência de outros herdeiros ou
legatários chamados em simultâneo e a favor de quem acrescerá.
27.03.2023
Substituição Direta
Desde que não esteja em causa a sucessão legitima, pode o autor da sucessão
em todas as vocações traçar o destino dos seus bens. É o que acontece nesta
modalidade de vocação anómala ou indireta que quando operante prevalece
relativamente às 2 anteriormente faladas (Dto de representação e dto de
acrescer)
A substituição direta- 2281º a 2285º, traduz-se na nomeação por parte do
testador de um substituto para o herdeiro instituído ou para o legatário, para o
caso de estes não puderem ou não quererem aceitar a herança.
A substituição direta, pode valer apenas para o caso de os sucessíveis
substituídos não poderem aceitar a sucessão, ou apenas para o caso de tais
sucessíveis repudiarem a sucessão desde que o testador expressa ou
tacitamente declare que pretende essa exclusividade.
A substituição direta pode ser simples (quando há um único instituído e um
único substituto); plural (quando há vários substitutos para um instituído ou
vários instituídos para um só substituto); e recíproca (se os co-herdeiros por um
lado, ou os colegatários por outro se substituem entre si).
A herança
Em sentido amplo a herança comporta a totalidade da massa hereditária, ou
seja, o conjunto das rj de que uma pessoa singular é titular à data da sua morte,
aptas a serem transmitidas aos sucessores.
É uma universalidade de dto que abrange a herança em sentido restrito e os
legados. Diz-se jacente a herança não aceite nem repudiada ou declarada vaga
para o estado -2046º - pelo que a herança «nasce» no momento da abertura da
sucessão – 2031º - e finda tanto quando é aceite pelos herdeiros como quando
por falta deles é declarada vaga para o estado.
A situação de herança jacente é em si uma transição, em que a herança não
tem de titular e como tal não tem quem zele pelos bens razão pela qual, e com
vista assegurar os interesses dos sucessíveis a lei assegura a tomada de
medidas necessárias à conservação dos referidos bens. Assim, os sucessíveis
chamados à herança sem terem exercido ainda o dto de aceitar ou não podem
providenciar pela prática de atos urgentes de administração – 2047º/2 e 2079º
e ss, ou seja, aqueles que se mostrem necessários e adequados à preservação
dos bens da herança.
Diferente da herança jacente, é a herança indivisa, a herança deferida a um só
herdeiro e a herança partilhada.
Na indivisa, estamos sempre perante a existência de 2 ou + herdeiros que
perante a universalidade composta pelo património da herança não detêm dto
próprios sobre esse património (nem sequer são comproprietários deles) já que
existem apenas uma comunhão sem determinação de parte ou de dto.
A herança deferida a um só herdeiro, não se levanta o problema atras
mencionado já que ele é titular dessa universalidade de dto que é a herança
Na herança partilhada define-se para cada herdeiro em concreto, qual ou quais
os bens que da universalidade vão compor a quota parte a que tem dto. Passa
a haver tao simplesmente o dto de propriedade, sobre bens certos e
determinados.
A aceitação e repudio da herança
O nosso sistema de aquisição sucessória não se processa de modo automático
o que vale por dizer que ninguém é herdeiro ou legatário se o não quiser.
Sendo assim, havendo vocação sucessória, terão os sujeitos dessa mesma
vocação de manifestar a sua vontade, aceitando ou repudiando a herança.
A aceitação da herança, pode ser pura e simples ou a benefício de inventario
consistindo esta última na declaração de aceitação do herdeiro condicionada à
identificação do ativo e do passivo. Esta forma de aceitação, é feita através do
pcc de inventario.
Na aceitação pura e simples, o herdeiro aceita sem mais e independentemente
de pcc de inventario para a determinação do património. Caso apure que na
herança não existem bens suficientes para o cumprimento dos encargos que
possam existir, tem o herdeiro aceitante o ónus de o provar, embora saiba que
a sua responsabilidade civil esgota-se com o património da herança (não o seu)
Nos termos da 2050º/1 aceitação é o ato jurídico que tem um efeito a
aquisição do domínio e da posse do património hereditário embora, isto não
signifique o dto a apreender materialmente os bens. Para evitar lapsos de
tempo na titularidade das rj, objeto da sucessão, os efeitos atros mencionados
retrotraem.se ao momento abertura da sucessão 2050º/2
O repudio da herança tem regime jurídico particular nomeadamente quanto à
forma. Deve ser feito por escritura publico ou dpa se da herança fizerem parte
bens imoveis. Em termos de efeitos, o repudio, quer do herdeiro quer do
legatário, torna-os não chamados exceto para efeitos de representação 2062º,
sendo por isso, chamados os sucessíveis subsequentes- 2038º
Encargos da herança
Nos art., 2068º e 2070º/2 esta elencado o conjunto de encargos ordinários da
herança impostos pela lei sucessória e referentes a qualquer herdeiro. São os
seguintes os legalmente previstos
a) As despesas com o funeral e sufrágios
b) Encargos com a testamentaria, administração, e liquidação do património
hereditário
c) Dividas do falecido
d) Legados. Como os legados são pagos em último lugar, pode acontecer que os
bens da herança se mostrem insuficientes para os cumprir integralmente, caso
em que, serão pagos ratiadamente
Valor da herança
Saber qual o valor da herança é tarefa primordial para se puder proceder à
partilha dos bens. Para tal, muitos são os pormenores a que temos de atender
para cálculos valores do ativo e do passivo.
Nos termos do 2162º tao só quando haja o chamamento e aceitação de
herdeiro ou herdeiros legitimários e haja liberalidades em vida ou mortis causa,
é imperioso que se determine o valor da herança para calculo da legitima
objetiva ou global no caso concreto. De acordo com o nº1 daquela norma, para
o calculo desse valor atende-se:
a) Aos bens existentes no momento da morte do autor da sucessão (relictu)
b) Ao valor dos bens doados (donatum)
c) Ao valor das despesas sujeitas à colação
d) Ao passivo da herança
H = r +d -p
Como o valor ativo, temos o património existente à data da morte e as contas
disposições em vida, e como passivo as dividas da herança e o valor das
despesas sujeitas a colaçao.
Quanto as doações, há que esclarecer para este fim são tidas em conta todas,
menos a mortis causa. Quer isto dizer que compreendem as doações em vida
tenham sido elas feitas por conta da legitima ou por conta da quota disponível,
assim como, as que se mostrem sujeitas à colação, isto é, feitas a presuntivos
herdeiros legitimários descendentes com potencial vocação prioritária e que
aceitem suceder- 2104º
A casado com B têm dois filhos C e D. A morre em 2008, deixou bens de 5.000€
e fez uma doação de 40.000€ e deixou dividas de 1.500€ com base nisto,
determine o valor da herança.
5.000+40.000-1.5000 =43.500€
Calcular a legitima objetiva: 29.000@
QD: 14.500€
Colaçao
Previsto nos 2104º a 2118º, o instituto da colaçao é privativo da sucessão dos
descendentes.
A colaçao é dirigida à igualação da partilha dos descendentes consistindo na
restituição à herança dos bens que foram doados em vida ao descendente.
Nunca estão sujeitas à colação as doações mortis causa, nem as doações por
conta da quota disponível e para quem assim entenda, também não as doações
por conta da legitima.
Parece resultar da presunção legal de que às doações feitas pelo autor da
sucessão a descendentes, que na altura da doação eram presuntivos herdeiros
legitimários prioritários, envolveria apenas uma antecipação do preenchimento
do respetivo quinhão hereditário 2108º/1 num pressuposto que a intenção do
doador não era a de beneficiar aquele descendente face aos demais.
Há quem entenda que as doações por conta da legitima feitas aos
descendentes, estão sujeitas à colação.
17.04.2023
Quotas legitimarias
Para sabermos quais as frações da herança pertencentes a cada herdeiro,
temos de averiguar quais os tipos de vocação sucessória- 2026º a 2028º
assume particular relevância a questão de saber se no caso há ou não herdeiros
legitimários efetivamente chamados a suceder e que tenham aceite. No caso
de os haver, há que calcular a legitima global reservada imperativamente para
tais herdeiros- 2156º e por antítese qual a porção da herança que constitui a
quota disponível de que o autor da sucessão poderia dispor.
Noa havendo herdeiros legitimários significa que o autor da sucessão poderia
livremente dispor de quaisquer bens da sua massa herdável só se aplicando as
regras relativas à sucessão legitima no caso de o de cujus não ter disposto
valida e eficazmente no todo ou em parte da sua herança.
Existindo os referidos herdeiros legitimários, os poderes dispositivos do autor
da sucessão estão limitados em termos de eficácia – 2168º e ss – à quota
disponível aplicando-se quanto a essa quota s regras da sucessão legitima caso
o autor da sucessão não tenha dela disposto.
A lei reserva imperativamente para os herdeiros legitimários chamados à
sucessão as seguintes quotas da herança: 4
o 2/3 da herança se 1º: houver concurso do cônjuge sobrevivo com 1 ou
mais filhos ou uma ou mais estirpes de descendentes do autor da
sucessão – 2158º/1 e 2160º; 2º: não havendo cônjuge, sobrevivam ao
autor da sucessão, 2 ou + filhos ou 2 ou + estirpes de descendentes-
2160º; 3º: não havendo descendentes, concorram à sucessão o cônjuge
com 1 ou + ascendentes, qualquer que seja o grau de parentesco
2161º/1
o Metade da herança: se 1º: o único herdeiro legitimário for o cônjuge
sobrevivo 2158º, 2º: não havendo cônjuge sobrevivo, sobreviva ao
autor da sucessão um só filho ou uma só estirpe de descendentes-
2159º/1 e 2160º; 3º: não havendo cônjuge nem descendentes, forem
chamados 1 ou ambos os pais do autor da sucessão- 2161º/2 1º parte
o 1/3 da herança se: na falta de cônjuge, descendentes e pais do autor da
sucessão, forem chamados 1 ou vários dos seus ascendentes do 2º grau
e ss – 2161º/2 2º parte
As quotas da legitima global atras referidas, fixam-se no momento da abertura
da sucessão relevando para a determinação da sua porção todos os sucessíveis
prioritários independentemente de tais sucessíveis não poderem ou não
quererem aceitar a sucessão. Uma vez determinadas as variantes da legitima
global, as quotas disponíveis corresponderam à parte restante.
Regras de imputação
Havendo herdeiros legitimários, encontraremos os valores abstratos da quota
indisponível (legitima objetiva) e a quota disponível pelo que importa saber que
valores são imputados a cada uma delas já que os bens que entram para o
computo da herança têm proveniências de natureza diferente e com regras
distintas- 2114º/1 e 2 e 2165º/4
Há imputação na quota indisponível:
o Do valor das doações sujeitas à colação
o Do valor da doação sujeita à colação, mas em que o donatário sem ter
descendentes que o representem, repudia a herança não trazendo
assim a doação à colação.
o Do legado em substituição da legitima
Há imputação na quota disponível:
o O valor das doações não sujeitas a colação
o O valor da doação que exceda a legitima subjetiva do beneficiário e que
não seja redutível por inoficiosidade
o O valor do legado em substituição da legitima que exceda a legitima
subjetiva do legatário
Estas regras enunciadas partem sempre do pp de que o beneficiário da
liberalidade é em simultâneo destinatário de uma legitima subjetiva, ou seja, é
herdeiro legitimário. Quanto às liberalidades que o de cujus haja feito a
terceiros e, portanto, não legitimários, são sempre obviamente, integráveis na
quota disponível
A casado com B.
A morre em 2019 deixou 3 filhos C D e E,
C casado com F e
C tem filho G
D tem 2 filhos H e I
E filho J
E morreu em 2018 e C repudiou
Deixou ainda vivos W e Z pais de A
Deixou bens 65.000€
Passivo 0€
2012 doou 30.000€ a M
2014 a V 10.000€
2015 a D por conta da sua quota disponível o valor de 15.000€
1. António casou com Berta em 1947 sobre o regime da comunhão geral de bens.
Do casamento nasceram 5 filhos, Pedro casado com Paula no regime de
adquiridos; Paulino casado com Teresa no regime da separação de bens;
Dionisio e Eduardo ambos solteiros e maiores e Carlos divorciado tendo sido
casado no regime de adquiridos com Idalina.
a. António faleceu em 1995 no estado casado com Berta. Antes da morte
de António, morreu Paulino em 1994 que para alem do cônjuge
sobrevivo deixou filhos Jorge e Gabriel ambos solteiros e maiores
b. Fez testamento no qual disse deixar ficar 1/3 da quota disponível a
Pedro, bens comuns 125.000€, dividas comuns 12.300€, doação a
dionísio de 22.500€
i. Abertura da sucessão em 1995- 2031º
ii. 2163º/a) cônjuge e descendentes
2. Aníbal faleceu em 1980 casado com Joana, deixou 2 filhos Pedro e Vera, ambos
casados com Violeta e Paulo. Pedro repudiou a herança e sem descendentes.
Vera morreu em 1978. Joana foi, entretanto, condenada pelo crime de
homicídio doloso do seu marido. Aníbal deixou testamento no qual dispôs
«deixo toda a minha herança ao meu medico que certamente me acompanhara
até ao fim dos meus dias e que me tem auxiliado na minha doença
prolongada». Dispôs ainda que «caso o meu medico não queira ou não possa,
deixo todos os bens ao CCP»
i. 2034º casos de indignidade sucessória
ii. 2039º
iii.
24.04.2023
1. 2039º - Verdadeira
2. 2031º - Falsa
3. c)
4. correta
5. c)
Grupo 2
2039º
2042º
2132º
08.05.2023
15.05.2023