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A sucessão:
1- Sentido amplo: sucessão como transmissão latu sensu;
2- Sentido estrito: sucessão como transmissão ou aquisição mortis causa/transmissão
stricto sensu.
A sucessão em sentido amplo é o fenómeno pelo qual uma pessoa se substitui a outra, ou toma
o seu lugar, ficando investida num direito ou numa vinculação, que antes existiam na esfera
jurídica do substituído.
Dentro do conceito amplo de sucessão, pode haver sucessão inter vivos ou mortis causa (strictu
sensu), dependendo do que haja dado causa à sucessão.
1- A sucessão inter vivos opera por força de ato jurídico.
2- A sucessão mortis causa tem por causa a morte. Normalmente, a sucessão mortis causa
é a título universal, ao passo que a sucessão inter vivos é a título singular.
Meios/ tipos de sucessões
De acordo com o código civil no artigo 2026, são os meios de sucessão os seguintes:
A lei/ sucessões legitimas: A sucessão legitimária consiste no chamamento dos
herdeiros legitimários porque a lei lhes reserva parte da herança (quota legítima), não
podendo o autor da sucessão dispor desta quota. De acordo com o artigo 2156º do
código civil, entende-se por legitima a porção de bens de que o testador não pode
dispor, por ser legalmente destinada aos herdeiros legitimários.
O testamento/ sucessões voluntarias: é o negócio jurídico unilateral e revogável pelo
qual uma pessoa dispõe, para depois da sua morte, de todos os seus bens ou de parte
deles, de acordo com o código civil no artigo 2179.
O contrato/ sucessões voluntarias: Há sucessão contratual quando, por contrato,
alguém renuncia à sucessão de pessoa viva, ou dispõe da sua própria sucessão ou da
sucessão de terceiro ainda não aberta, isto de acordo com o código civil no artigo 2028.
O sujeito de Direito
Personalidade e Capacidade Jurídica
Os Sujeitos de Direito são os entes susceptíveis de serem titulares de direito e obrigações, de
serem titulares de relações jurídicas.
São sujeitos de direito as pessoas, singulares e colectivas.
Personalidade juridica
A Personalidade Jurídica traduz-se precisamente na susceptibilidade de ser titular de direitos e
se estar adstrito a vinculações, art. 66º/1 CC.
À Personalidade Jurídica é inerente a Capacidade Jurídica ou a Capacidade de Gozo de direitos
(art. 67º CC).
Fala-se pois, de personalidade para exprimir a qualidade ou condição jurídica do ente em causa
– ente que pode ter ou não ter personalidade. Fala-se de Capacidade Jurídica para exprimir a
aptidão para ser titular de um círculo, com mais ou menos restrições, de relações jurídicas –
pode por isso ter-se uma medida maior ou menor de capacidade, segundo certas condições ou
situações, sendo-se sempre pessoa, seja qual for a medida da capacidade.
Capacidade jurídica
É a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa é susceptível, art. 67º CC, traduzindo
esta inerência, estabelece que “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas,
salvo disposição legal em contrário: nisto consiste na sua Capacidade Jurídica”.
Incapacidade Jurídica
A Incapacidade Jurídica é a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa não é
susceptível. Há pessoas que são titulares da Capacidade de Gozo, mas não de exercício. Pode-
se ter Capacidade de Gozo genérica e não ter uma Capacidade de Exercício genérica, ex.
menores.
A assistência, situações em que certas pessoas são admitidas a exercer livremente os seus
direitos. Nestes casos, o incapaz, pode exigir mas não sozinho. Ou seja, o suprimento da
incapacidade impõe única e simplesmente que outra pessoa actue juntamente com o incapaz.
Para que os actos sejam válidos, é necessário que haja um concurso de vontade do incapaz e
do assistente. Há sempre um fenómeno de conjugação de vontades, isto porque o incapaz pode
agir pessoalmente mas não livremente.