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Disciplina: História A
12º Ano/LH
Alunos: Docente:
Ocorre que o xá era autocrata, mas era um líder progressista e gostava da cultura
ocidental. Por isso, ele formou um programa de secularização para separar a figura do
Estado da religião, mas mesmo com as promessas da Revolução Branca, as mulheres ainda
estavam confinadas aos papéis tradicionais e embora houvesse mulheres no Parlamento,
elas não tinham grande participação na esfera política. Contudo, há de ter em consideração
o contexto e momento histórico da humanidade, uma vez que isso foi há quase meio século
e as mulheres de todo o mundo, naquele período, não tinham muito poder político.
As mulheres estavam começando a desempenhar um papel cada vez mais social e
elas tinham uma presença vibrante na sociedade.
Após 1971, Mohamed Reza Pahlevi, que havia se autodeclarado shahanshah, ou "Rei dos
Reis", não só era um dos homens mais ricos do mundo, mas também o líder absoluto do Irã. Seu
regime era cada vez mais repressivo contra os dissidentes políticos. E embora que as pessoas tinham
liberdades sociais, eles não possuíam nenhuma liberdade política, pois todos os partidos eram
controlados pelo rei, era uma sociedade vigiada, não havia liberdade de imprensa e
qualquer tipo de ativismo político poderia terminar em cadeia.
DECLIVE:
A Revolução Islâmica foi apoiada por muitos iranianos que não eram
necessariamente religiosos, uma vez que, muitos só clamavam por uma “verdadeira
democracia.” Esta revolução contou não só com grupos tradicionais e religiosos, mas
também com o apoio de todos os grupos, liberais e comunistas. Inclusive as mulheres,
independentemente do que quisessem vestir ou do seu grau de religiosidade, foram parte
dessa força que acabou provocando a queda do xá em 1979.Todas essas mulheres
caminharam ombro a ombro, esperando que a revolução trouxesse melhorias para a sua
posição econômica e social. E, sobretudo, melhorias para seu status legal.
Existem ideias opostas sobre a sensação de independência e empoderamento das
mulheres iranianas antes da Revolução Islâmica. As mulheres religiosas diriam que se
sentiam mais cômodas na hora de sair depois da revolução, mas as mulheres liberais não
estariam de acordo. É preciso não esquecer que uma parte da sociedade iraniana é muito
religiosa. E, por isso, existem mulheres que estão de acordo com alguns aspetos do sistema.
Os últimos anos foram um período bem difícil para a população do Irã. A situação
econômica se deteriorou drasticamente e milhões de pessoas estão sofrendo com uma
inflação galopante. A linha da pobreza está aumentando de forma drástica e a desigualdade
entre as classes é inimaginável. As corrupções da classe dominante, além das sanções,
afetaram a vida de milhões de pessoas das classes média e baixa. Então entendo que uma
explosão social é um futuro muito provável.
A República Islâmica alega operar com base na sharia e, portanto, qualquer voz que
se oponha às leis é considerada inimiga da religião. As pessoas que estão protestando se
recusam a aceitar essas alegações e exigem um sistema laico, em que todos os cidadãos e
todas as cidadãs, de qualquer fé, estejam igualmente representados. Querem um sistema
que separe a religião do Estado, do sistema judiciário e das normas e dos regulamentos
sociais. Obviamente isso começou com a questão do uso obrigatório do hijab, mas não
termina aí. A obrigatoriedade do hijab é a forma mais explícita de opressão contra as
mulheres, mas não é a única. A lei do estatuto pessoal, que interfere em todos os aspetos
da vida das mulheres, precisa mudar. Toda política que limita o acesso das mulheres a seus
direitos fundamentais precisa ser abolida. É por isso que vemos essas palavras de ordem
nas ruas passando, imediatamente em poucos dias, da obrigatoriedade do hijab para a
transformação de todo o sistema. Porque as pessoas que se manifestam acreditam de fato
que, neste sistema, não há transformação fundamental possível.
Feminismo:
Desde 2000 e até 2020, muitas formas de coletivos e organizações feministas
surgiram e atuavam em diferentes questões relacionadas aos direitos das mulheres. Por
exemplo, a Campanha por Um Milhão de Assinaturas começou em 2006 como um
movimento popular para enfrentar a lei do estatuto pessoal, que é discriminatória contra as
mulheres. Essa campanha conseguiu organizar muitas mulheres em diferentes cidades e
iniciou o debate público sobre direitos das mulheres no casamento, no divórcio, na
custódia, etc., ao lado de campanhas de sensibilização sobre diferentes formas de violência
contra as mulheres. Esse movimento lançou luz sobre a Constituição e a popularizou na
sociedade. Não foi um trabalho fácil, porque o regime continuou pressionando militantes
feministas, intimando-as a depor, prendendo-as nas ruas e em suas casas. Mas o
movimento não parou de crescer e aglutinar mais integrantes, apesar de todas as
dificuldades.
Curiosidades:
1. “A moeda do Irão é o Rial, mas também o Toman” : Atualmente, a moeda no Irão é o Rial, mas muitos
lugares ainda usam o Toman (antiga moeda Persa) para precificar as coisas.
Não é preciso trocar a moeda. Basicamente, 1 Toman = 10 Rial, então
multiplicar por 10 o valor lido em Toman e pagar em Rials normalmente.
O que pode acontecer, e é natural acontecer, é vermos só um
número nos cardápios (significado: menus) . Por exemplo:
“Naan 5 “- isso significa que o preço do Naan é 5000 Toman, que
significa 50000 Rial.
Naan: significa “pão”.
2. “Nome oficial do país”: Até o ano de 1935, o país era conhecido como Pérsia. A partir do 1935, o
Embaixador Persa na Alemanha, sugeriu a mudança do nome para Irão. A partir desdsa época, Irão era
conhecido como Estado Imperial do Irão, e o seu líder era Shah do Irão