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Machismo Estrutural

Androcêntrico - Relativo ao androcentrismo, à tendência para assumir o masculino


como único modelo de representação coletiva, sendo os comportamentos, pensamentos
ou experiências, associados ao sexo masculinos, os que devem ser tidos como padrão.
[Popular] Refere-se à supervalorização do homem, e de suas experiências e
comportamentos, não assumindo os seres humanos como igualitários, geralmente
desvalorizando as experiências das mulheres ou a busca pelos seus direitos.

“Ela não merece (ser estuprada) porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia,
não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não
iria estuprar porque não merece.” Bolsonaro

“Sabe, eu sou automaticamente atraído pela beleza – eu só começo a beijá-las.


Parece um ímã. Eu só beijo. Eu nem espero. E quando você é famoso, elas te deixam
fazê-lo. Você pode fazer qualquer coisa. Agarre-as pela vagina.” Donald Trump

“Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode
ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro.” Jair Bolsonaro, 2019

Fico feliz que a Primeira-ministra de Bangladesh, apesar de ser uma mulher, tenha
declarado tolerância zero ao terrorismo.” Narendra Modi (Índia), 2015 Primeiro
Ministro da India

“Uma mulher que nega a maternidade e se recusa a cuidar da casa corre o perigo de
perder sua liberdade. Ela deixa a desejar e é apenas metade de uma pessoa, não
importa o quão bem-sucedida ela seja no mundo empresarial.” Recep Tayyip Erdogan
(Turquia), 2016

O presidente da Turquia fez essa declaração ao defender que as famílias turcas


devem ter pelo menos três filhos. No entanto, seus argumentos para incentivar o
crescimento populacional no país esbarraram diversas vezes no machismo e no
fundamentalismo religioso, preocupando setores da sociedade turca.

Preconceito expressado por opiniões e atitudes que são opostas a igualdade de


direitos entre homem e mulher...que sempre vem favorecendo o homem.

O Machismo Estrutural é cultural e inerete a diversos aspectos da sociedade, tendo


sido normalizado por muitas décadas.

O conceito nos traz a mensagem de que o masculino é superior ao feminino. O


Machismo Estrutural é a construção, a organização, a disposição e a ordem dos
elementos que compõem o corpo social, dando sustentação a dominação patriarcal.

Misoginia - Ódios as mulheres - origem grega - miseo 'odio' - gyne - 'mulher' -


Esta instalado em diversas sociedades e culturas através de comportamentos
agressivos, depreciações, violência sexual, objetivação do corpo feminino e morte
de mulheres (Feminicidio)

Misoginia nos remete e nos leva desde os primórdios da humanidade. Enquanto que no
Egito Antigo, algumas mulheres detinham prestígios, consideradas excelentes
administradoras, até mesmo no aspecto cultural religioso, as deusas estavam em pé
de igualdade com os deuses (homens), assim o consentimento da mãe era tão
importante quanto o consentimento do pai

A Situação e o status da mulher na grécia Antiga não era muito diferente. Elas não
podiam participar dos debates politicos e públicos da sociedade, não tinham acesso
a educação na infância e concentravam seus trabalhos no ambiente doméstico. Ao que
nos parece, vemos pouquissimos relatos de mulheres com destaque e posições
consideráveis. Uma dessas mulheres é Atermísia I (Comandante das tropas Persas)
vencendo várias batalhas com suas estratégias. Em 480 a.C. suas participações nas
guerras de forma estratégia derrotou os gregos duas vezes.

No berço da democracia cabia as mulheres servirem aos homens. Servir significava


tomar conta dos afazeres domésticos, gerar filho, nada mais do que isso. Até do
ambito educacional, o ensino e aprenidado era destinado apenas aos homens.
Raríssimo eram as filósofas. Sexo com mulheres, para a maioria da elite Grega e
Romana visava apenas para nascimento dos filhos.

Já em Esparta (Esparta foi uma das grandes cidades da Grécia Antiga e ficou famosa
por seus guerreiros. Essa cidade estava localizada em uma região chamada Lacônia ou
Lacedemônia, na Península do Peloponeso, atual sul do território grego) a condição
feminina era bem mais nobre. Ela era parteira dos futuros soldados, a educadora até
os cinco anos de idade de seus filhos e responsável pelas atividades econômicas ate
a aposentadoria ou morte do marido... 17 - 35... O tempo de vida e serviço de um
soldado Espartano.

Mulheres autosuficientes e idependentes de seus maridos, ou até mesmo solteiras,


eram tidas como prostitutas.

IDADE MÉDIA

As mulheres começaram a exercer novas e diferentes papéis nesse período histórico.


Alem dos afazeres domésticos e do artesanato, as mulheres da nobreza tambem
administravam propriedades como senhoras feudais. Na França no ano de 1152 - 1284
de 279 possuídores de terras, apenas 58 eram mulheres. Do ponto de visto jurídico
isso só acontecia com a permissão dos homens, enquanto que ainda as mulheres não
exerciam poderes políticos e deram dependentes dos homens para terem participação
na sociedade. As mulheres sofreram tambem muitas perseguições nesse período, quando
tinham uma opinião contraria com a estrutura religiosa eram consideradas hereges,
no período da inquisição, muitas que detinham algum conhecimento, seja medicinal,
ou outros tipos, diferentes dos ja impostos pela cultura imperante da igreja, eram
caracterizadas como bruxas e na maioria das vezes, eram queimadas vivas.

O comportamento sexual fora do matrimônio, seriam taxadas como desviantes de Deus e


eram acometidas de severas punições. Os direitos das mulheres não existiam,
praticamente nulos.

ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS DIRETOS DA MULHERES

Revolução Francesa - Marca o Inicio dessa nova empreitada que as mulheres tivem em
sua hístória - A Revolução Francesa é o nome dado ao ciclo revolucionário que
aconteceu na França entre 1789 e 1799 que marcou o fim do absolutismo nesse país.
Essa revolução, além de seu caráter burguês, teve uma grande participação popular e
atingiu um alto grau de radicalismo, uma vez que a situação do povo francês era
precária em virtude da crise que o país enfrentava. A Revolução Francesa foi um
marco na história da humanidade, porque inaugurou um processo que levou à
universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais a partir da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Trouxe um senso Social de Direitos Humanos, Direitos Civis, Politicas Humanitárias


a Serem Debatidas.

Em 1792 - May Wallstonecraft pública a sua obra Revindicação dos Direitos da


Mulher, como uma resposta a constituição grances eleborada em 1791, que excluía as
mulheres da categoria de cidadãs. O Documento denunciava a proibição das mulheres
os direitos básicos, como educação formal, e criticava a condição de opressão em
que as mulheres viviam na sociedade da época.
O Período tambem é marcado pelos ideais de sua contemporânea Olympe de Gouges, que
foi muito influenciada pelas ideias iluministas de luta por igualdade. Ambas as
personagens históricas e as suas lutas foram importantes para que as mulheres
tivessem voz política e exigissem seus direitos.

Foi somente em 1893, em uma colônia do Sul da Australia, (Atual Nova Zelândia), que
pela primeira vez na história as mulheres ganharam o direito de votar, por meio do
ato eleitoral de 1893.

Em Nova Iorque 15 mil mulheres organizaram uma marcha em 1908 exigindo melhorias
salariais e o direito ao voto, o que resultou na determinação do dia nacional da
mulher, a ser celebrado no dia 19 Março. Em 1911, mulheres Russas, como em outras
regiões da Europa, tais como Dinamarca, Austria e Alemanha, no dia 08 de Março
(Celebrado Atualmente) reinvidicaram melhores condições e direitos iguais.. Os
direitos das mulheres so ganharam força na segunda metade do seculo XX no pós
guerra.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial os direitos das mulheres finalmente tornaram-se
universalizados juntamente com os direitos humanos (1948).

Depois de Algumas décadas temos o primeiro tratado Internacional dos direitos das
mulheres, como uma ato de eliminação de todas as formas de discriminação contra a
mulher em 1979. Esse primeiro tratado foi responsável por determinar que os estados
membros da ONU devem tomar ações na promoção de igualdade de gênero e no combate de
violações dos direitos das mulheres, com o "OBJETIVO DE ELIMINAR A DISCRIMINAÇÃO E
PRÁTICAS QUE ESTEJMA BASEADAS NA IDÉIA DE INFERIORIDADE DE GÊNERO AO REDOR DO
MUNDO".

Os resultados apontam que, com a chamada Primavera Árabe, quando várias revoltas se
estabeleceram na região, os atos de desrespeito e violência contra as mulheres
aumentaram exponencialmente, o que deflagra a necessidade de uma maior reflexão
sobre essa questão.

É claro que esse tema não é um problema exclusivo desses países. Um relatório da
Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que um terço de todas as mulheres do
mundo foi vítima de violência doméstica. O problema é que nos países de língua
árabe, muitas vezes, essas ocorrências são estimuladas por políticas públicas que
restringem a liberdade e os direitos femininos, com proibições que vão desde o
impedimento no direito de dirigir até sanções para aquelas que desejam cursar o
ensino superior.

De acordo com a pesquisa divulgada pela Reuters, o Egito é considerado o país no


mundo árabe mais perigoso para as mulheres, ao contrário das Ilhas Comores, que
apresentam as melhores condições de vida para elas. O documento foi elaborado com
base em entrevistas de 336 especialistas dos 21 países que integram a Liga Árabe
mais a Síria. Confira o ranking dos dez piores:

No Egito, estima-se que 99,3% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio
sexual. É frequente também a ocorrência de casos de estupros no país, um problema
que se agrava com demais ações de violência – domésticas ou não – e pela reduzida
(ou quase nula) participação feminina na economia e na política.

A contradição revela-se no fato de que as mulheres exerceram um papel importante


durante as recentes revoltas que marcaram as respectivas deposições de Hosni
Mubarak e Mohammed Morsi. Por esse motivo, acreditou-se que elas seriam as
principais beneficiárias das transformações políticas no país, o que, ao menos até
o momento, não ocorreu. O Iraque, que ocupa a segunda colocação do ranking, também
apresenta muitos problemas nesse sentido. Desde a invasão dos Estados Unidos, em
2003, os direitos das mulheres vêm retrocedendo cada vez mais. Além disso, as ondas
de violência, assédios e estupros foram se elevando. A taxa de analfabetismo entre
as mulheres cresceu 10% nos últimos dez anos.

Já o problema da Arábia Saudita, terceira colocada no ranking, encontra-se em maior


parte relacionado ao direito que as mulheres não possuem. Elas são proibidas de
dirigir veículos, viajar para o exterior, conseguir emprego, abrir conta bancária
e, se quiserem fazer um curso superior, precisam da autorização de um parente do
sexo masculino.

As situações acima apontadas vão se repetindo nos demais países do ranking. O


problema, segundo os que foram ouvidos pela pesquisa, está principalmente
relacionado com o sistema patriarcal que predomina nas sociedades dos países
listados. A emergência de governos islâmicos nos países árabes também é vista como
um problema. Assim, mesmo onde as discussões a respeito da presença da mulher na
política estão mais avançadas, o papel delas ainda é muito reduzido.

Segundo os analistas, apesar de todos os problemas, existem alguns pontos


positivos, como a crescente participação das mulheres nas questões políticas e as
lutas realizadas por elas em busca de maiores e melhores direitos. No mesmo mês da
realização da pesquisa da Fundação Thompson Reuters, uma iemenita e duas liberianas
ganharam o Nobel da Paz pela luta que empreenderam em prol dos direitos femininos.
Na Turquia (que não fez parte da pesquisa), mulheres fazem sucessivos protestos por
direitos como o de dirigir veículos e maior liberdade política.

Primavera Árabe é uma expressão criada para designar a onda de protestos que marcou
os países árabes a partir do final do ano de 2010.

A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do


ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política
mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas
no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para
derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida.

Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El


Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No
total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções,
somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria,
Jordânia e Omã. Veja abaixo as principais informações a respeito de cada uma dessas
revoluções.

A MULHER DA AMÉRICA LATINA - AINDA PERSISTE A PREDOMINÂNCIA PATRIARCAL QUE COLOCA A


MULHER EM CONDIÇÃO DE SUBERSERVIENCIA.
513 PARLAMENTARES - 77 MULHERES EM BRASILIA.
DEPUTADAS ESTUDAIS EM SÃO PAULO - 18 MULHERES

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