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Primeira onda:
Algumas mulheres que se encontravam em posições de poder não ajudaram na libertação das
mulheres “suffragettes” que lutavam pelo direito ao voto e algumas fizeram greve de fome pela
causa.
A guerra de 1914 quebrou muitas visões tradicionais acerca das mulheres, sendo que elas
foram obrigadas a trabalhar por falta de mão de obra masculina. O fim da guerra trouxe
expectativas para a mudança em muitas esferas da vida feminina.
Kent apresenta duas potenciais causas para o declínio do feminismo como um movimento de
massas nos anos entre guerra.
Em Portugal:
Iniciado nos anos 1900
Associações: Liga portuguesa pela Paz (Alice Pestana, 1899); Liga Republicana de
Mulheres Portuguesas (Ana Castro Osório, 1908); Conselho Nacional das Mulheres
Portuguesas; Cruzada das Mulheres Portuguesas.
Pioneiras: Beatriz Ângelo, primeira mulher a votar. Virgínia Quaresma, primeira
mulher jornalista oficial. na primeira vaga, as mulheres eram de classes privilegiadas. -
As únicas dada voz.
Em Portugal:
Acontece mais tarde divido há ditadura.
Proibido pelo estado novo. Estudos de Género. Feminismo clandestino. → pioneiras:
Maria Lamas; Natália Correia; As 3 Marias. → com o 25 de Abril, surgem movimentos
de libertação da mulher, mas também contra.
Naomi Wolf interpreta a terceira vaga como o “victim feminism”, onde as mulheres são
supostamente encorajadas a serem passivas perante a opressão. Articula a sua perspetiva
como parte da alteração geracional, a resistência à “velha guarda”, comummente associado à
filha que tenta fugir da mãe feminista para definir a sua agenda.
Questão se a sexualidade deve ser vista como uma construção natural ou social,; se há
formas universais de sexualidade feminina e masculina; que sexualidade deve ser vista
como central ambos como opressão da mulher e expressão de arbítrio.
Análises feministas que viam a paixão e o romance hétero como opressivo. Perspetiva
bastante problemática. Ao identificar todas as mulheres em relações heterossexuais como
vítimas, as verdadeiras vítimas são desvalorizadas e um nível de vitimização excêntrico.
Usam a literatura de ficção e romance como argumento, as narrativas estereotipadas, a
mulher como donzela inocente que precisa de um homem para se defender trabalha para
oprimir as mulheres. Porém, outro ponto de vista é que as mulheres exploram o prazer ao
ler tais textos.
A teoria feminista não pode aceitar apenas a “tolerância” do lesbianismo como um estilo de
vida alternativo.
Esta frase implica que as mulheres héteros são mais maduras, que desenvolveram relações
para além da conexão mãe/filha. Chodorow conclui também que a heterossexualidade não é
uma escolha para as mulheres, fala em venderem as filhas às economias pós-industriais.
Fala-se que se o mundo fosse genuinamente igual, onde o homem não fosse opressor e
cuidadoso, que toda a gente seria bissexual – um salto liberal.
Assumir que a maioria das mulheres são “innately heterossexual”, protege um “cambalear” das
teorias políticas que bloqueiam muitas mulheres. A homossexualidade sempre foi escrita ao
longo da história como conceito existente e sinónimo de doença, foi tratado como excecional
invés de algo intrínseco e recorrente, as mulheres não tinham “preferência” pois desde sempre
foram impostas e forçadas à heterossexualidade. Isto impõe a questão: quanto nos
consideramos inaptamente e livremente como indivíduos héteros?
Lésbicas sempre foram privadas de atividade política, foram “incluídas” como versões
femininas da homossexualidade masculina. Comparar a existência lesbiana com
homossexualidade masculina é uma afronta para ambos os conceitos. Cada tem os seus
estigmas, pôr “tudo no mesmo saco”, é negar e apagar a realidade feminina. Separar mulheres
têm o estigma de gay ou homossexual no complexo contínuo da resistência feminina é
escravizar e enquadrá-las ao padrão masculino – falsificar a sua história. Parte dessa história é
de as lésbicas não terem uma comunidade lesbiana coerente, tendo compartilhado uma vida
social com os homens homossexuais. Apesar disto, as mulheres têm falta de privilégios
económicos e culturais relativamente aos homens, não partilham exatamente as mesmas lutas.
Os homens homo podem fingir a sua natureza que continuarão a ser tratados com supremacia
enquanto as mulheres não podem fugir à natureza de ser mulher e, portanto, duplamente
negligenciada.
Ser lésbica é uma experiência (tal como a maternidade) unicamente da mulher, com opressões
particulares que não são completamente iguais às outras existências sexuais estigmatizadas. Tal
como o termo parenting serve para dar significado à realidade de ser pai, apesar de ser mãe
solteira (por exemplo), a mulher é obrigada a usar esse verbo pois, pelo menos em inglês, não
há mais nenhum que melhor explique esta realidade.
Então, o termo “gay” utilizado para mulheres é uma forma de “desfocar” as idiossincrasias que
servem para distinguir entre conceitos e que são cruciais para o feminismo, para a libertação
da mulher como um grupo.
Há muitas mulheres que aceitam a sua vida submissa ao homem, recusam-se a produzir um
padrão de vida superior e dedicam-se ao prazer do homem.
Outras recusam ter filhos como forma de subversão ao poder masculino, sobre muitas críticas
de mulheres. Isto é chamado por Andrea Dworkin “an ineffectual rebellion, but… rebellion
nonetheless”.