O documento discute o feminismo, definido como um movimento social e político pela igualdade de gêneros que surgiu no século XIX. Ele descreve a história do movimento feminino desde a Revolução Francesa, menciona teóricas feministas importantes como Olympe de Gouges e Simone de Beauvoir, e discute vertentes do feminismo como o liberal, marxista, negro e radical.
O documento discute o feminismo, definido como um movimento social e político pela igualdade de gêneros que surgiu no século XIX. Ele descreve a história do movimento feminino desde a Revolução Francesa, menciona teóricas feministas importantes como Olympe de Gouges e Simone de Beauvoir, e discute vertentes do feminismo como o liberal, marxista, negro e radical.
O documento discute o feminismo, definido como um movimento social e político pela igualdade de gêneros que surgiu no século XIX. Ele descreve a história do movimento feminino desde a Revolução Francesa, menciona teóricas feministas importantes como Olympe de Gouges e Simone de Beauvoir, e discute vertentes do feminismo como o liberal, marxista, negro e radical.
O Feminismo é um conceito que surge no século XIX, o qual se
desenvolveu como movimento filosófico, social e político. Sua principal caraterística é a luta pela igualdade de gêneros, e consequentemente pela participação da mulher na sociedade. HISTÓRIA A história do “empoderamento” feminino não é tão antiga como deveria ser. Com a emergência de movimentos civis em busca de direitos remonta à Revolução Francesa (1789), que foi influenciada pelos ideais do Iluminismo. No entanto, embora nesse importante momento histórico os direitos dos homens tenham sido ampliados na França, a mulher não foi inicialmente alcançada pela mudança. Em geral, até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmos privilégios que eles, por exemplo, ler, escrever, estudar, guerrear, enfim, escolher. Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, escrito no ano da Revolução, foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, escrito pela feminista francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791. No documento, ela criticava a Declaração da Revolução, pois era somente aplicada aos homens. Além disso, alertava para a autoridade masculina e a importância das mulheres e da igualdade de direitos. Por esse motivo, a revolucionária foi executada em Paris, dia 3 de novembro de 1793. No entanto, sua morte, considerada um marco do feminismo no mundo, fez surgir diversos movimentos feministas posteriores. Posteriormente, Rosa Luxemburgo (1871-1919), filósofa marxista, refletiu e escreveu especificamente sobre a mulher operária. É importante observar que mesmo antes dessas pioneiras, em diversos momentos da história mulheres confrontaram a opressão que sofriam e refletiram sobre ela em escritos, todavia, enquanto movimento organizado, o feminismo só surgiu no século XIX, no contexto que ecoava mudanças advindas de outro marco reestruturador das sociedades ocidentais: a Revolução industrial (século XVIII). Sem dúvida, a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1908-1986) foi uma das maiores teóricas e representantes do feminismo mundial. IDEOLOGIA Feminismo é um movimento social por direitos civis, protagonizado por mulheres, que desde sua origem reivindica a igualdade política, jurídica e social entre homens e mulheres. Sua atuação não é sexista, isto é, não busca impor algum tipo de superioridade feminina, mas a igualdade entre os sexos. ORGANIZAÇÃO O movimento feminista brasileiro se compõe de associações e coletivos de diferentes orientações e características, organizados de maneira mais ou menos informal, muitos dos quais preferem utilizar como referência a denominação “movimento de mulheres”, “movimento das mulheres” ou ainda “movimento feminino”. A SOF Sempreviva Organização Feminista é uma organização não governamental com sede em São Paulo que faz parte do movimento de mulheres no Brasil e em âmbito internacional. Uma das contribuições centrais da SOF está no campo da formação que tem sido uma forte campo de atuação desde os anos 1980. VERTENTES os diferentes ideários políticos também implicam diferentes visões de mundo e, portanto, diferentes reivindicações. ♦ Feminismo liberal: o primeiro tipo de feminismo tem como perspectiva promover a igualdade entre homens e mulheres por vias institucionais, inserindo as mulheres nas estruturas sem destruí-las. O movimento sufragista é o melhor exemplo dessa vertente. É centrado no indivíduo e procura assegurar suas escolhas, o que depende de garantias legais, as quais só são viabilizadas pela participação política em casas de leis. ♦ Feminismo marxista ou socialista: surgiu em crítica ao feminismo liberal. Essa corrente inclui na equação da luta feminista as desigualdades sociais que nem sempre se resolvem pela equiparação jurídica. Parte da premissa de que a opressão sobre a mulher não se deve somente ao machismo, mas também ao capitalismo. As pautas dessa vertente vão desde o direito ao trabalho, redivisão sexual do trabalho, inclusive o doméstico e o reprodutivo, até a socialização dos meios de produção. ♦ Feminismo negro: aborda a dupla opressão de gênero e raça sofrida por mulheres negras. Assim, a questão racial é também colocada em primeiro plano. A grande referência de feminismo negro no mundo é a ativista Angela Davis (1944 - até o presente), que em 1981 publicou o livro “Mulheres, raça e classe”, uma análise histórica do feminismo à luz desses importantes fatores. No Brasil, a antropóloga Lélia Gonzalez (1935-1994), embora pouco conhecida, é uma das lideranças do feminismo negro, tanto em escritos quanto na participação de movimentos e coletivos. ♦ Feminismo interseccional: é em sua gênese uma oposição ao feminismo branco. Ele se baseia na premissa de que a intersecção de outros fatores à opressão de gênero gera violências específicas, as quais devem ser consideradas na formulação de reivindicações. O feminismo indígena, feminismo lésbico e transfeminismo são exemplos de feminismos interseccionais. ♦ Feminismo radical: prega a abolição da ideia de gênero. Para as adeptas dessa vertente, o próprio conceito de gênero carrega as iniquidades estruturais que recaem sobre o ser mulher. Desde pequenas, meninas são ensinadas como devem se vestir, como devem falar, que profissões devem desejar, quais brincadeiras podem praticar. Sendo assim, a socialização conforme o gênero traz embutidos em si todos os preconceitos, limitações e opressões que estruturalmente são impostas a cada gênero. A solução seria, então, abolir essa construção social para que as genitálias sejam somente mais um órgão fisiológico não determinante para as escolhas comportamentais. PAUSTAS O período inicial do movimento feminista é chamado de protofeminismo. Foi o início das reivindicações feministas no âmbito social. A militância não se concentrava em questões políticas, nem de trabalho. As principais bandeiras envolviam a liberdade do corpo feminino e a liberação sexual. As feministas posteriores usaram as protofeministas como base para suas ideias. As pautas do movimento eram: liberdade sexual; direito ao divórcio. Incesto sexo grupal Primeira onda igualdade entre os sexos; direito ao voto; ingresso feminino no mercado de trabalho; igualdade jurídica; participação feminina na política. Segunda onda aprovação do divórcio nos EUA e no mundo; incentivo ao uso de pílulas e outros métodos anticoncepcionais; envolvimento com o movimento hippie; desenvolvimento da revolução sexual. legalização do divórcio; luta pelo fim da família; defesa do sexo libertino; luta pelo fim da vida de “dona de casa”; legalização do aborto; apologia ao sexo casual. Teceira onda igualdade de gênero; direitos LGBT; igualdade salarial; liberdade de escolhas da mulher; anular a divisão bipolar entre homens e mulheres; incentivar a educação sexual nas escolas;
FEMINISMO, HISTÓRIA E PODER Recebido em 13 de Julho de 2009. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, v. 18, N. 36, P. 15-23, Jun. 2010 Aprovado em 10 de Dezembro de 2009. Céli Regina Jardim Pinto
Os engenheiros do caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições