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FEMINIISMO

O Feminismo é um conceito que surge no século XIX, o qual se


desenvolveu como movimento filosófico, social e político.
Sua principal caraterística é a luta pela igualdade de gêneros, e
consequentemente pela participação da mulher na sociedade.
 HISTÓRIA
A história do “empoderamento” feminino não é tão antiga como deveria
ser.
Com a emergência de movimentos civis em busca de direitos remonta
à Revolução Francesa (1789), que foi influenciada pelos ideais do
Iluminismo. No entanto, embora nesse importante momento histórico os
direitos dos homens tenham sido ampliados na França, a mulher não foi
inicialmente alcançada pela mudança. Em geral, até o século XIX, a
mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não
possuíam os mesmos privilégios que eles, por exemplo, ler, escrever,
estudar, guerrear, enfim, escolher.
Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão”, escrito no ano da Revolução, foi combatida pela
“Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, escrito pela feminista
francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791.
No documento, ela criticava a Declaração da Revolução, pois era
somente aplicada aos homens. Além disso, alertava para a autoridade
masculina e a importância das mulheres e da igualdade de direitos.
Por esse motivo, a revolucionária foi executada em Paris, dia 3 de
novembro de 1793. No entanto, sua morte, considerada um marco do
feminismo no mundo, fez surgir diversos movimentos feministas
posteriores.
Posteriormente, Rosa Luxemburgo (1871-1919), filósofa marxista,
refletiu e escreveu especificamente sobre a mulher operária. É
importante observar que mesmo antes dessas pioneiras, em diversos
momentos da história mulheres confrontaram a opressão que sofriam e
refletiram sobre ela em escritos, todavia, enquanto movimento
organizado, o feminismo só surgiu no século XIX, no contexto que
ecoava mudanças advindas de outro marco reestruturador das
sociedades ocidentais: a Revolução industrial (século XVIII).
Sem dúvida, a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir
(1908-1986) foi uma das maiores teóricas e representantes do
feminismo mundial.
 IDEOLOGIA
Feminismo é um movimento social por direitos civis, protagonizado por
mulheres, que desde sua origem reivindica a igualdade política, jurídica
e social entre homens e mulheres. Sua atuação não é sexista, isto é,
não busca impor algum tipo de superioridade feminina, mas a igualdade
entre os sexos.
 ORGANIZAÇÃO
O movimento feminista brasileiro se compõe de associações e coletivos
de diferentes orientações e características, organizados de maneira
mais ou menos informal, muitos dos quais preferem utilizar como
referência a denominação “movimento de mulheres”, “movimento das
mulheres” ou ainda “movimento feminino”.
A SOF Sempreviva Organização Feminista é uma organização não
governamental com sede em São Paulo que faz parte do movimento de
mulheres no Brasil e em âmbito internacional. Uma das contribuições
centrais da SOF está no campo da formação que tem sido uma forte
campo de atuação desde os anos 1980.
 VERTENTES
os diferentes ideários políticos também implicam diferentes visões de
mundo e, portanto, diferentes reivindicações.
♦ Feminismo liberal: o primeiro tipo de feminismo tem como
perspectiva promover a igualdade entre homens e mulheres por
vias institucionais, inserindo as mulheres nas estruturas sem
destruí-las. O movimento sufragista é o melhor exemplo dessa
vertente. É centrado no indivíduo e procura assegurar suas
escolhas, o que depende de garantias legais, as quais só são
viabilizadas pela participação política em casas de leis.
♦ Feminismo marxista ou socialista: surgiu em crítica ao feminismo
liberal. Essa corrente inclui na equação da luta feminista as
desigualdades sociais que nem sempre se resolvem pela
equiparação jurídica. Parte da premissa de que a opressão sobre
a mulher não se deve somente ao machismo, mas também ao
capitalismo. As pautas dessa vertente vão desde o direito ao
trabalho, redivisão sexual do trabalho, inclusive o doméstico e o
reprodutivo, até a socialização dos meios de produção.
♦ Feminismo negro: aborda a dupla opressão de gênero e raça
sofrida por mulheres negras. Assim, a questão racial é também
colocada em primeiro plano. A grande referência de feminismo
negro no mundo é a ativista Angela Davis (1944 - até o presente),
que em 1981 publicou o livro “Mulheres, raça e classe”, uma
análise histórica do feminismo à luz desses importantes fatores.
No Brasil, a antropóloga Lélia Gonzalez (1935-1994), embora
pouco conhecida, é uma das lideranças do feminismo negro, tanto
em escritos quanto na participação de movimentos e coletivos.
♦ Feminismo interseccional: é em sua gênese uma oposição ao
feminismo branco. Ele se baseia na premissa de que a
intersecção de outros fatores à opressão de gênero gera
violências específicas, as quais devem ser consideradas na
formulação de reivindicações. O feminismo indígena, feminismo
lésbico e transfeminismo são exemplos de feminismos
interseccionais.
♦ Feminismo radical: prega a abolição da ideia de gênero. Para as
adeptas dessa vertente, o próprio conceito de gênero carrega as
iniquidades estruturais que recaem sobre o ser mulher. Desde
pequenas, meninas são ensinadas como devem se vestir, como
devem falar, que profissões devem desejar, quais brincadeiras
podem praticar. Sendo assim, a socialização conforme o gênero
traz embutidos em si todos os preconceitos, limitações e
opressões que estruturalmente são impostas a cada gênero. A
solução seria, então, abolir essa construção social para que as
genitálias sejam somente mais um órgão fisiológico não
determinante para as escolhas comportamentais.
 PAUSTAS
O período inicial do movimento feminista é chamado de protofeminismo.
Foi o início das reivindicações feministas no âmbito social.
A militância não se concentrava em questões políticas, nem de trabalho.
As principais bandeiras envolviam a liberdade do corpo feminino e a
liberação sexual.
As feministas posteriores usaram as protofeministas como base
para suas ideias. As pautas do movimento eram:
 liberdade sexual;
 direito ao divórcio.
 Incesto
 sexo grupal
 Primeira onda
 igualdade entre os sexos;
 direito ao voto;
 ingresso feminino no mercado de trabalho;
 igualdade jurídica;
 participação feminina na política.
 Segunda onda
 aprovação do divórcio nos EUA e no mundo;
 incentivo ao uso de pílulas e outros métodos
anticoncepcionais;
 envolvimento com o movimento hippie;
 desenvolvimento da revolução sexual.
 legalização do divórcio;
 luta pelo fim da família;
 defesa do sexo libertino;
 luta pelo fim da vida de “dona de casa”;
 legalização do aborto;
 apologia ao sexo casual.
 Teceira onda
 igualdade de gênero;
 direitos LGBT;
 igualdade salarial;
 liberdade de escolhas da mulher;
 anular a divisão bipolar entre homens e mulheres;
 incentivar a educação sexual nas escolas;

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