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z Feminismo
§ Duas mulheres desse período tiveram seus escritos utilizados posteriormente como base
do movimento feminista: Olympe de Gouges (1748-1793), ativista francesa que escreveu
a “Declaração dos direitos da mulher e da cidadã” em 1791 e dois anos depois foi
condenada à morte; e Mary Wollstonecraft (1759-1797), educadora inglesa que publicou
em 1792 o artigo “Reivindicação dos direitos da mulher”, em que advogava que as
mulheres deveriam ter o mesmo acesso que os homens à educação formal.
§ Essa segunda onda aconteceu no âmbito da revolução sexual dos anos 1960,
período também da invenção da pílula anticoncepcional e da ressignificação do
sexo não somente como meio para a procriação, mas para o prazer. Outra
temática que foi objeto de reflexão e reivindicações nesse período foram
as questões relacionadas ao ambiente familiar, como violência doméstica,
trabalho doméstico não remunerado majoritariamente realizado por mulheres e o
planejamento familiar sobre quantidade de filhos e quando tê-los.
z Feminismo no Brasil
No Brasil, a primeira onda do feminismo também foi marcada pela luta pelo voto, direito conquistado
apenas em 1932, quando foi promulgado o Novo Código Eleitoral brasileiro. O primeiro nome ligado
a essa fase é o da escritora e educadora Nísia Floresta, que desafiou os limites do seu tempo ao
criar uma escola somente para meninas, com aulas de matemática, ciências sociais e línguas, por
exemplo. É dela o livro "Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens", considerado a primeira
publicação feminista do país.
Já nas décadas de 1960 e 1970, enquanto o feminismo e sua segunda onda ganhavam força em
todo mundo, por aqui vivia-se um momento de repressão total da luta política. Ainda assim, em meio
à forte repressão da ditadura brasileira, aconteceram as primeiras manifestações feministas no
Brasil. Organizadas por todo o país, elas protestaram e lutaram contra o governo ditatorial. Foi nesse
período, em 1977, que o divórcio passou a ser permitido por lei, garantindo às mulheres a liberdade
de não permanecer no casamento se não desejassem.
z
Dionísia Gonçalves Pinto tornou-se Nísia
Floresta (pseudônimo)
§ Uma nova onda do feminismo ainda não é uma unanimidade, mas é fato que, a partir dos
anos 2010, o movimento passou a ter espaço e voz cada vez mais amplificados pela internet,
especialmente com o uso das redes sociais. É o que chamam de ciberfeminismo, que
propiciou a popularização dos ideais feministas, a aproximação de mais mulheres, o destaque
do movimento em países latino-americanos, a organização de manifestações em níveis
mundial e nacional e a criação de campanhas online que ecoaram em mudanças concretas.
§ No Brasil, foram duas as principais e mais recentes conquistas: em 2015, a publicação da lei
nº 13.104 e, em 2018, da lei 13.718. A primeira alterou o Código Penal e classificou o
Feminicídio, quando a mulher é vítima justamente por ser mulher, como homicídio qualificado.
A segunda tornou crime a importunação sexual, ou seja, a realização de ato libidinoso na
presença de alguém e sem a sua anuência. O caso mais comum é o assédio sofrido por
mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô.
Mulheres
z
feministas e ativistas