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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA JURIDICA

A CONQUISTA DO DIREITO DA MULHER AO VOTO.


Elisangela Darakjian
Ayrton Almeida Magalhães Junior
Anderson Barboza
Diego da Costa

ULBRA, RS

SÃO JERÔNIMO,13 DE SETEMBRO DE 2021


Elisangela Darakjian
Ayrton Almeida Magalhães Junior
Anderson Barboza
Diego da Costa

A CONQUISTA DO DIREITO DA MULHER AO VOTO.

Trabalho para a Disciplina de


Antropologia e Sociologia Jurídica apresentado à Universidade
Luterana do Brasil, Campus São Jerônimo, RS.

Professora Alessandra Mizuta de Brito

ULBRA, RS
A CONQUISTA DO DIREITO DA MULHER AO VOTO.

A LUTA DA MULHER PELO DIREITO AO VOTO.

O voto, na quase totalidade dos países, até meados do séc XX, era um direito exclusivo dos homens,
especialmente os mais ricos. Um grupo de mulheres, insatisfeitas com esta situação, se mobilizou na
luta pelo direito feminino à participação política e ficaram conhecidas como sufragistas. Deu-se então
um movimento chamado SUFRÁGIO que reivindicou os direitos políticos das mulheres, o direito de votar
e de ser votada, na Inglaterra, no século XIX, e na maioria dos demais países no século XX. Primeiro a
mulher conquistou o direito ao voto e após o de eleger-se.
Haviam diferenças na forma como o movimento se desenvolvia com relação à escolaridade, renda e
cor das ativistas, restrições que foram derrubadas anos depois da sanção do voto feminino. Na Europa
estavam ocorrendo mudanças políticas, culturais e sociais, no trabalho, consequência da Revolução
Francesa e pela Revolução Industrial. As ativistas feministas buscavam igualdade jurídica entre
mulheres e homens no campo da educação e das posses, o direito ao divórcio e o direito ao voto. o
movimento uniu diferentes grupos de mulheres, de diferentes classes sociais, diferentes graus de
instrução.
Um grupo era conhecido como feministas liberais, que eram mulheres da classe média alta, donas das
propriedades e que reivindicavam não serem oprimidas pelos homens de sua classe afim de acabar com
as diferenças entre elas e os homens que também possuíam propriedades. Outras eram as de classe
média, que queriam a igualdade de oportunidades no treinamento profissional e no mercado de trabalho
em relação aos homens de sua classe e as mulheres que trabalhavam nas fábricas em jornadas
exaustivas, condições precárias e baixíssimos salários, deixavam os filhos em casa, e cuidavam da
casa, tinham outra vivência e ponto de partida para lutarem por direitos.
O movimento sufragista incluía diversas atividades como publicações na imprensa, conferências,
reuniões políticas, tentativas de negociação nos parlamentos, manifestações pacíficas, desobediência
civil, disputas judiciais e até protestos violentos.
Em 1792, Mary Wallstone Craft publicou, o artigo “Reivindicação dos direitos da mulher” com diversos
textos advogando pela participação política feminina e acesso de mulheres à educação formal.
Em 1897, Millicent Fawcett, fundou a União Nacional Pelo Sufrágio e aliou-se à pauta do movimento
operário contra a exploração de trabalhadoras.
Em 1903, as suffragettes fundaram a agremiação “ Women’s Social and Political Union”,e a líder era
Emmeline Pankhurst. Esse grupo teve grande influência sobre outros movimentos de mulheres no
mundo ocidental. Com o lema “Ações, não palavras”, elas realizam atos de violência política e estavam
dispostas a serem presas e mortas pela causa.
Em 1913, na Inglaterra, a professora Emily Davison jogou-se na frente do cavalo do rei Jorge V
durante uma corrida, onde morreu, e tornou-se mártir do movimento sufragista. O movimento espalhou-
se por outros países da Europa e chegou também aos Estados Unidos. Em Washington,aconteceu a
primeira Marcha das Mulheres pelo direito ao voto, em 3 de março de 1913, marco histórico do
surgimento do movimento feminista nos Estados Unidos.
A luta durou por décadas e sofreu muita resistência da classe política e da sociedade da época pois
eles acreditavam que os direitos femininos abalariam a instituição da família.
Em 1910, no Brasil republicano houve a primeira associação feminina de busca por direitos políticos,no
Rio de Janeiro e sua líder era a professora e indigenista Leolinda de Figueiredo Daltro
Em 1920, foi fundada uma segunda associação, a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher,
Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) onde sua principal líder, Bertha Lutz, aliou-se ao
movimento feminista internacional. Desde 1917 chegavam ao Parlamento brasileiro algumas propostas
de lei e emendas constitucionais em favor do voto feminino
Em 1930, Getúlio Vargas designou uma subcomissão legislativa para propor a reforma da lei eleitoral.
Assim como a FBPF, liderada por Bertha Lutz, outras duas associações dissidentes dela, Associação
Feminina Batalhão João Pessoa (MG), liderada por Elvira Komel, e Aliança Nacional das Mulheres (RJ),
comandada por Nathércia da Cunha Silveira, atuaram para que o voto feminino fosse aprovado na
reforma. Elas promoveram dois congressos femininos em que discutiram a inserção feminina na política
e entregaram as deliberações dos encontros ao Governo Federal.
Em 1931 um primeiro esboço da nova lei eleitoral, foi proposto pela subcomissão que o voto feminino
fosse restrito a mulheres que tivessem renda, assim, solteiras dependentes financeiramente ou casadas
que fossem donas de casa estariam fora da proposta. As sufragistas protestaram e conseguiram a
aprovação da nova lei eleitoral em 1932, para que todas as mulheres brasileiras, maiores de 21 anos,
alfabetizadas e assalariadas, tivessem o direito ao voto. O sufrágio para todas as mulheres ocorreu em
1965, e para pessoas analfabetas, em 1985.
A França f foi um dos últimos países da Europa a instituir o sufrágio universal feminino, mas foi um
dos primeiros países onde iniciou a luta. A feminista francesa Olympe de Gouges elaborou, em 1791, a
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã como resposta ao primeiro documento, que excluía
mulheres dos direitos ocorreu nos séculos XIX e XX.
A CONQUISTA

A eleição é o caminho para escolhermos nossos representantes no legislativo e judiciário nos


próximos anos. O representante eleito tem o poder de fazer escolhas políticas em nosso nome. O
direito ao voto das mulheres é algo muito recente no nosso cotidiano nacional. Nísia Floresta Brasileira
Augusta (1810-1885) foi a primeira mulher a falar publicamente sobre o tema. Em 1978, Josefina
Álvares Azevedo fundou a revista “A família” e escreveu o artigo “O voto feminino”.

Por um grande período, mulheres buscaram, judicialmente e de forma individual, autorização


pelo Direito ao Voto, já que a Constituição da época não proibia de modo expresso. Com isso
mulheres com ensino superior conseguiram sucesso no pleito desta luta. No ano de 1910 Leolinda
Daltro fundou o Partido Republicano Feminino, que passou a adotar estratégias consistentes de
mobilização parlamentar e organizando passeatas públicas, conseguindo assim espaços públicos para
debater sobre o tema.

Já em 1919, Bertha Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher, que congregou
esforços de pressão aos parlamentares. Argumentando que não seriam abandonados o que eram
obrigações para mulheres na época (cuidar da casa e dos filhos) não seriam abandonados com esse
direito adquirido.

Foi apenas em 1932 que as mulheres passaram a poder votar no Brasil. Com a incorporação do
direito ao voto feminino pelo estado do Rio Grande do Norte, a estratégia de requerer título eleitoral
por meio de ação judicial voltou a ter força e isso deu luz a discussões sobre o tema nas mídias nesse
período.

As feministas pressionaram o presidente Getúlio Vargas, que acabou por aprovar o voto feminino
e secreto no Brasil em fevereiro do mesmo ano (Decreto 21.076, de 24 de fevereiro de 1932). Contudo
esse decreto ainda excluía analfabetos e pessoas em situação de mendicância. Além disso só
puderam votar para presidente em 1945.

Conquista esta pleiteada que durou pouco pois durante o período da Ditadura ditatorial (1964 até
1985) não houve eleições presidenciais. Foi com a Constituição Federal de 1988 que esse direito ficou
consolidado.

O primeiro país a garantir o direito ao voto para as mulheres foi a Nova Zelândia, em 1893.
O segundo país foi a Finlândia, em 1906, que teve as primeiras parlamentares eleitas no pleito
seguinte.
O terceiro foi a Inglaterra em 1918 após a 1° Guerra Mundial mas era apenas para as mulheres
donas de propriedade.)
Nos Estados Unidos, o voto feminino foi aprovado em 1920, embora mulheres pudessem candidatar-
se desde 1788. A conquista do direito ao voto por mulheres e homens negros só se concretizou em
todos os estados norte-americanos em 1960.
Em 1927, estendeu-se o direito ao voto às mulheres do Rio Grande do Norte, o primeiro estado do
Brasil a aprovar o voto feminino. Nesse estado foi eleita a primeira prefeita, Alzira Soriano, na cidade de
Lajes, em 1928. O Rio Grande do Norte é o único estado brasileiro que em 1985, elegeu três mulheres
como governadoras.
As francesas votaram pela primeira vez em 29 de abril de 1945, na primeira eleição após a Segunda
Guerra Mundial.
O último país a garantir o direito ao voto feminino foi a Arábia Saudita, em 2015.

O DIREITO AO VOTO FEMINIMO E SEU IMPACTO

O direito ao voto feminino é algo recente em nossa democracia. Nísia Floresta Brasileira Augusta
(1810-1885) foi a primeira mulher a falar sobre o tema publicamente. Depois, em 1978, Josefina Álvares
Azevedo fundou a revista “A família” e escreveu o artigo “O voto feminino”.
Por um longo tempo, mulheres buscaram, judicialmente e de forma individualizada, autorização
para votar, já que a Constituição da época não proibia expressamente. Com isso, algumas delas,
detentoras de diplomas superiores, conseguiram esse direito.
Leolinda Daltro em 1910, passou a adotar estratégias consistentes de mobilização parlamentar
e organizou passeatas públicas. Avançando paulatinamente e provocando efetiva mudança cultural,
essas mulheres foram conquistando espaço público para debater sobre o tema.
Desde o século XIX, inúmeros projetos de reformulação do sistema eleitoral foram
apresentados no Brasil por deputados que defendiam o sufrágio feminino, mas nenhum deles foi
aprovado.
O Código Eleitoral do Rio Grande do Norte, em 1927, deu fim às distinções de sexo nas
condições exigidas para ser eleitor. Cumprindo todos os critérios propostos pela nova lei, Celina
Guimarães Viana buscou e conseguiu autorização judicial para votar nas eleições de senadores em
1928. O seu ato inspirou outras mulheres do estado a fazerem o mesmo. No entanto, após as eleições,
todos os votos femininos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado. E na cidade de Lajes,
Alzira Soriano candidatou-se ao cargo de prefeita do município, venceu as eleições e tornou-se a
primeira mulher a ocupar um cargo político no Brasil.
No mesmo ano, a advogada mineira Mietta Santiago notou que a proibição do voto feminino
contrariava um artigo da Constituição brasileira de 1891, que estava em vigor. Mietta recorreu à justiça
e ganhou o direito de votar e se candidatar. Ela concorreu a um cargo de deputada federal e deu o seu
primeiro voto em si mesma.
O direito ao sufrágio para as mulheres brasileiras, alfabetizadas e assalariadas deu-se em
1932, no governo de Vargas. Mais tarde, com a Constituição de 1946, o voto tornou-se direito de todas
as pessoas alfabetizadas e maiores de 18 anos. Apenas a partir de 1985, homens e mulheres
analfabetos puderam votar.
MULHERES NA POLÍTICA DO BRASIL

Segundo o Inter-Parliamentary Union, o Brasil é um dos piores países em termos de


representatividade política feminina, ocupando o terceiro lugar na América Latina em menor
representação parlamentar de mulheres. No ranking, a nossa taxa é de aproximadamente 10 pontos
percentuais a menos que a média global e está praticamente estabilizada desde a década de 1940. Isso
indica que além de estarmos atrás de muitos países em relação à representatividade feminina, poucos
avanços têm se apresentado nas últimas décadas.
Esse cenário se observa em todas as esferas do
poder do Estado. Desde as câmaras dos vereadores até o
Senado Federal, essa taxa de representatividade ainda
permanece muito baixa, mesmo em um cenário no qual
51% dos eleitores são mulheres. O quadro ao lado, com
dados de 2016, mostra como o número de mulheres na
política é baixo no Brasil. Como você pode ver, naquele
ano, apenas um cargo de governo estadual era ocupado
por mulher, hoje a situação não é muito diferente, apenas
dois governos estaduais não são governados por homens.
Diante desse quadro, percebe-se que as
mulheres não têm alcançado as esferas de poder do
Estado de maneira igualitária, o que as deixa à margem
dos processos de elaboração das políticas públicas. Ou
seja, as mulheres não se encontram devidamente
representadas nesse sistema político vigente.
Embora existam cotas eleitorais (lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e
máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente) esse
mecanismo pouco tem contribuído para melhorar a atuação e a chegada das mulheres aos cargos do
governo brasileiro. Como citado anteriormente, o percentual de mulheres no poder permanece quase o
mesmo desde 1940 .
Além disso, muitas das candidatas que se inscrevem na lista de cotas partidárias são
consideradas candidatas laranjas, ou seja, são mulheres que não têm interesse em pleitear um cargo
político, estão ali só para cumprir o coeficiente necessário que os partidos devem ter para serem
considerados legais no processo eleitoral. Algumas nem chegam a fazer campanha política e também
não obtém votos qualificados.
Dessa forma, a aplicação das cotas vem sendo questionada em relação a sua eficácia no
Brasil, pois confere a responsabilidade dos partidos para a promoção da paridade de gênero, mas não
tem alcançado uma participação igualitária nos partidos.
AS CONSEQUÊNCIAS DA SUB-REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NA POLÍTICA

A sub-representação feminina na política gera consequências que se refletem, principalmente,


mas não unicamente, na idealização, construção e execução de políticas públicas que considerem as
questões do ser mulher. Porém, existem divergências quanto o modo que essas consequências são
percebidas.
Por um lado, acredita-se que a ausência de mulheres nos cargos de poder não propicia um
debate adequado em torno de questões fundamentais, como saúde e segurança pública. Entende-se
que a presença de mulheres na política proporcionará um maior diálogo e um pensar mais abrangente
em torno de questões que estejam relacionadas às pautas femininas.
Como exemplo, podemos mencionar o caso do decreto parlamentar que regulamenta vagões
de trens e metrôs exclusivos para mulheres, implementados em virtude dos casos de assédio. Tal
medida só foi possível porque a deputada Martha Rocha (PDT-RJ) pensou na questão da segurança
enquanto mulher que usa o transporte público e, portanto, com uma necessidade de política pública
diferenciada. Isso quer dizer que, como são as mulheres que sentem na pele determinados preconceitos
ou dificuldades, são elas que devem participar na proposição de políticas que visam contribuir para a
melhoria desses cenários.
Por outro lado, há quem alegue que a presença da mulher na política não implica,
necessariamente, no avanço das questões femininas. Para a pesquisadora norte-americana Merike
Blofield esse progresso não seria automático. Sua pesquisa revela que em alguns países, como Uruguai,
no qual a representação feminina também é baixa, a agenda feminina é bastante evoluída, por outro
lado, em outro países, como Estados Unidos no qual as mulheres tem grande presença na vida pública,
a agenda feminina continua bastante conservadora.

COMO MELHORAR A REPRESENTAÇÃO DAS MULHERES NA POLÍTICA?

Diante desse cenário, algumas ações foram tomadas com a finalidade de contribuir para a
inclusão e a representatividade das mulheres no meio público. Uma das ações que merece destaque é
a Plataforma 50-50 lançada pelo Instituto Patrícia Galvão (IPG) e o Grupo de Pesquisa sobre
Democracia e Desigualdades da Universidade de Brasília (Demode/UnB) para as eleições municipais.
O principal objetivo do projeto é contribuir para uma maior igualdade entre homens e mulheres no
processo eleitoral. Para isso, os candidatos e candidatas assumem compromissos com a igualdade de
gênero. A iniciativa conta com a parceria do Tribunal Superior Eleitoral e da ONU Mulheres.
A Agenda 50-50 é um projeto que entende que as políticas públicas são primordiais para o
exercício da igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. Por isso, é imprescindível que
homens e mulheres possam participar e contribuir para a elaboração dessas políticas, e assim, construir
uma cidade melhor, com mais representatividade para todos.
Embora nos últimos anos tenhamos progredido em alguns aspectos em relação às questões
dos direitos das mulheres, percebemos que na atuação política, muito ainda precisa ser feito. A desejada
igualdade de gênero está em progresso e ações afirmativas como a Plataforma 50-50 estimulam o
debate e contribuem para que possamos reparar essa desigualdade construída historicamente.
Vale destacar ainda, que mesmo com a importância das iniciativas de ações afirmativas,
essas não se configuram como meio e fins únicos para a viabilização de mais mulheres na política. Para
isso, é necessário que os políticos, os partidos e o Estado se comprometam com uma agenda mais
igualitária e que a sociedade civil consiga estimular e exigir uma mudança nesse cenário.
Historicamente, as mulheres estão sendo sub-representadas nas sociedades em comparação aos
homens. Muitas mulheres, no entanto, são eleitas politicamente para serem chefes de Estado e de
governo. A desigualdade entre a presença de homens e mulheres na política é grande, avançando
lentamente. Segundo a Agência Senado, nas eleições 2020, houve registro recorde de candidaturas de
mulheres na disputa pelas prefeituras e câmaras municipais. No entanto, ainda há poucas eleitas. A
importância da mulher na política é no sentido da pluralidade do pensamento, dos pontos de vista, das
prioridades e da sensibilidade. A mulher tem um comprometimento, disciplina e organização que faz
bem à política.
Alguns exemplos de líderes do sexo feminino que podemos citar:
Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido,
Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil,
Indira Gandhi, ex-primeira-ministra da Índia,
Golda Meir, ex-primeira-ministra de Israel,
Angela Merkel, chanceler da Alemanha,
Jiang Qing, ex-primeira-dama da China,
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina.
A primeira mulher Chefe de Estado na História do Brasil, foi D. Maria I, Rainha Reinante do Reino
Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822).
A segunda mulher Chefe de Estado na história do Brasil foi D. Leopoldina que atuou
como Regente em 1822, grande foi sua influência no processo de Independência do Brasil.
A terceira mulher Chefe de Estado na história do Brasil foi D. Isabel que foi Regente do Brasil em
vários períodos (1870-1871, 1876-1877 e 1887-1888) durante o período em que ela regeu o Brasil ela
sancionou em 13 de maio de 1888 a Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353) foi a lei que extinguiu a escravidão
no Brasil, considerada um grande marco na História do Brasil, e que a eternizou como a Redentora.
Durante grande parte da História do Brasil República, as mulheres foram excluídas de qualquer
participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo,
votar e ser votado. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram
o direito de voto e puderam se candidatar a cargos políticos.
Em 1929, Alzira Soriano conquistou 60% dos votos e em 1º de janeiro do ano seguinte foi
empossada prefeita de Lajes, no Rio Grande do Norte. Foi a primeira mulher da América Latina a
assumir o governo de uma cidade.
A presidente do STF, ministra Ellen Gracie assumiu a presidência da República interinamente
durante algumas viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é a 4.ª Chefe de
Estado da história do Brasil.

Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT) venceu as eleições presidenciais no segundo


turno, tornando-se a primeira mulher a ser eleita presidente da República Federativa do Brasil. Ela é a
5.ª Chefe de Estado da história do Brasil.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia assumiu a presidência da República interinamente


por diversas vezes durante as viagens do ex-presidente Michel Temer. Ela foi a 6° mulher a ocupar a
chefia de Estado do Brasil.

Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões
femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade e carreira, vem sendo discutidos amplamente na
sociedade e ganhando espaço no cenário político. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não
só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas últimas décadas, como
o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na
política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.
Muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz
ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na
política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo. A
ampliação dos direitos políticos ocorreu em diversas partes do mundo, porém ainda hoje há sub-
representação das mulheres nos parlamentos e no poder Executivo, o que demonstra um longo caminho
a ser percorrido.

REFERÊNCIAS

ALVES, Branca Moreira. “A luta das sufragistas” in HOLLANDA, Heloísa Buarque (org). Pensamento
feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro, Bazar do tempo, 2019, p.49-63.
DUARTE, Constância Lima. “Feminismo: uma história a ser contada” in HOLLANDA, Heloísa Buarque
(org). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro, Bazar do tempo, 2019, p.38.
VINÍCIUS, Márcio. História do voto no Brasil. Politize, 2017. Disponível em:
<https://www.politize.com.br/historia-do-voto-no-brasil/>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2021.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. 1. ed. São Paulo:
Boitempo, 2016.
MARQUES, Teresa Cristina de Novaes. O voto feminino no Brasil. 2. ed. Brasília: Câmara dos
Deputados. Edições Câmara, 2019.
MIGUEL, Sônia Malheiros. A política de cotas por sexo: Um estudo das primeiras experiências no
Legislativo brasileiro: Brasília. CFEMEA, 2000.
BUENO, Juliana Moura. Ainda precisamos falar sobre as mulheres na política. 2017.
REZENDE, Daniela Leandro. Desafios à representação política de mulheres na Câmara dos Deputados.
Estudos Feministas, Florianópolis, v. 23, n. 3, p. 1199-1218, set. 2017
ROSSI, M. Brasil, a lanterna no ranking de participação de mulheres na política.
SENADO FEDERAL. + Mulheres na Política. Brasília: Procuradoria Especial da Mulheres.
Senado Federal – Tabela
BRASIL. Constituição (1891). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Brasília, DF,
out. 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm. Acesso
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BRASIL. Constituição (1934). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Brasília, DF,
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BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, out. 2019

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DF, nov. 2019

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