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significa, como surgiu e qual sua
importância

Sufrágio universal
– O que significa,
como surgiu e qual
sua importância
O sufrágio universal é o resultado de muita
luta popular em busca do direito para cada
cidadão poder escolher seu representante
político.

 20 de janeiro de 2023  Gabi Noronha


Atualizado em 20 de janeiro de 2023

Se você nunca ouviu falar do termo sufrágio


universal, talvez esteja na hora de conhecê-
lo. Assim sendo, antes de tudo, vamos
começar com o básico, o conceito.

O sufrágio universal garante o direito de


todo cidadão ao voto e à sua participação na
política de uma sociedade. Por lei, ele
estabelece ao povo o direito de
manifestação política, de escolha e, claro, ao
voto, seja ele direto ou indireto.

Por conseguinte, podemos dizer que o


sufrágio universal é a amplificação do direito
ao voto de cada indivíduo presente na
sociedade, sem importar a credo, condição
financeira, cor, gênero ou sexualidade.

A história do sufrágio
universal
Se hoje boa parte do mundo usufrui do
sufrágio universal, ele deve isso ao
Iluminismo. Este, por sua vez, foi um dos
mais influentes movimentos intelectuais e
político do ocidente.

Tendo como ponto de partida o século XVIII,


o Iluminismo contou com teóricos que
dissiparam a ideia do fim de um governo
monárquico, o qual dava amplos privilégios
às famílias nobres que viviam a custa de
impostos do povo.

Revolução Francesa.

Dessa maneira, foram esses filósofos que


alertaram o resto dos cidadãos de que eles
precisavam e mereciam de direitos iguais. A
almejada e desejada liberdade e igualdade
seria alcançada apenas se cada indivíduo
fizesse parte da política de sua respectiva
sociedade.

Assim sendo, a melhor solução seria seguir


os passos da civilização grega e tentar
separar o poder Legislativo, isto é,
implementar a troca de líderes
governamentais eleitos somente pelo voto
popular. Desse modo, o fato histórico que
marcou tal transição foi a Revolução
Francesa.

A influência da
Revolução Francesa e
da Independência dos
Estados Unidos
Quando a Revolução Francesa e a
Independência dos Estados Unidos
aconteceram, o sufrágio ainda não era
universal. No entanto, eles foram de grande
influência para chegar até lá.

Independência dos Estados Unidos.

Isso porque, apesar de em ambos os casos a


política defendida ser a liberal, ela não
previa a participação de todos na política. De
fato, a nobreza deixava de ser tão
privilegiada, contudo, a restrição do povo se
estendia às mulheres e aos negros.

Portanto, embora tenha havido mudanças


no sistema, apenas uma parcela dos
cidadãos usufruiria desse direito. Dessa
forma, a evolução aconteceu, mas não foi o
suficiente para ser universal.

O feminismo na luta
pelo sufrágio
universal
O direito do voto feminino é uma história
bastante recente, especialmente no Brasil.
Os primeiros movimentos no ocidente
começaram no século XIX, quando várias
mulheres iniciaram a luta pela igualdade
social de gênero.

Mulheres lutaram pelo direito ao voto.

Assim sendo, a Nova Zelândia foi o primeiro


país a reconhecer as mulheres como
votantes, em 1893, num período onde boa
parte do mundo ainda tinha restrições de
gênero, classe econômica.

Somente em 1915 que os Estados Unidos


reconheceram os direitos do voto feminino,
algo que chegou três anos depois na
Inglaterra, em 1918, depois de muita luta e,
até mesmo, morte de mulheres que
marcaram o movimento.

No Brasil, essa conquista é tão recente que


alguns avós são mais velhos que ela. Foi
apenas em 1932, com a reforma política
implantada no país por Getúlio Vargas, que
as brasileiras, enfim, tiveram o direito de
eleger governantes.

Lembrando que, não eram só as mulheres o


grupo restrito ao voto, analfabetos e
militares de patente inferior, também eram
barrados, por exemplo. Uma mudança que
levou mais alguns anos para acontecer,
vinda com a Constituição de 1988.

Dentre os países mais influentes do


ocidente, a França foi a última à adesão, em
1945.

Os diferentes tipos de
eleição
Podemos dizer que o sufrágio universal é o
ponto máximo da luta de uma população
pelo direito ao voto político. No entanto,
existiram, e ainda existem, outros tipos de
sufrágio, ou seja, formas de eleição
adotadas por determinados Estados. Nesse
caso, eles são conhecidos como sufrágio
restrito.

Já existiram diferentes tipos de sufrágio.

– Sufrágio direto: a pessoa decide qual


candidato melhor te representa e segue
para o voto. Ele é individual e tem o mesmo
peso para todos os eleitores. Este, por
exemplo, é o atual sistema do Brasil,
implementado depois da redemocratização.

– Sufrágio indireto: esse é a infame votação


colegiada. Isso significa que os
representantes governamentais são eleitos
por meio de colégios eleitorais e não pelo
voto direto de cada cidadão. No período da
Ditadura Militar no Brasil, esse era o sistema
vigente. Atualmente, podemos encontrá-lo
na democracia dos Estados Unidos.

– Sufrágio racial ou aristocrático: como o


nome sugere, o voto político aqui é restrito
por questões étnicas. Por exemplo, na época
do imperialismo no Brasil, os índios eram
proibidos de exercer o voto, bem como as
mulheres. Eles conquistaram o direito
apenas com a Constituição de 1988.

– Sufrágio capacitário: nesse caso, a


limitação do voto ocorre por barreiras
intelectuais. Ou seja, analfabetos não
podiam escolher seus representantes. Algo
que acontecia no Brasil, mudando somente
em 1985.

– Sufrágio censitário ou pecuniário: este


está ligado ao poder aquisitivo, sendo as
pessoas mais pobres impedidas de realizar
sua escolha para representante político.

Sufrágio universal e
sua importância
social
O sufrágio universal se transformou em um
símbolo da democracia. Entretanto, há de se
lembrar de toda luta que fez parte dessa
conquista.

Para alcançar tamanha posição, ele marcou


todo um trabalho social e político, deixou
marcas na história e na vida de centenas de
ativistas mundo afora.

O direito ao voto conquistado com muita luta.

O termo se tornou um conceito básico da


democracia. Hoje, todo cidadão tem o
direito de eleger seus representantes, assim
como se eleger também, consequência de
pouco mais de um século e meio de
batalhas e revoltas em prol da mudança
social.

Apesar do atraso, a Constituição Federal, por


exemplo, prevê a soberania do povo
garantida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos,
independentemente de quaisquer atributos,
como credo, classe econômica ou gênero.

Fontes: Mundo Educação, Toda Política,


Brasil Escola.

Imagens: Achei USA, UneMat, History Now,


Formação, História de Tudo, Portal Correio.

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