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Teses dualistas -consideram que a ordem internacional e a ordem interna são distintas uma da
outra , dois mundos separados apresenta uma separação radical.
Defendem que as normas internacional para vigorarem tem que ser convertidas em normas
internas pelo legislador ordinal.
A teoria dualista tem suas raízes na doutrina vontade coletiva ou voluntarista da vereinbarung.
Para os partidários, existira uma separação radical entre o ordenamento jurídico internacional
e as jurídicas internas, separação essa fundada numa tríplice diferença –
Quanto a origem do direito positivo, pois que no direito interno ela encontra-se-ia na
vontade singular do Estado, enquanto o direito internacional proviria da vontade
coletiva de vários Estados
Em matérias de sujeitos das relações jurídicas, que seriam os indivíduos e as pessoas
morais no direito interno e os Estados no direito Internacional
Tocante à natureza jurídica de ambos os ordenamentos , uma vez que o interno e os
Estados apresentaria uma estrutura de subordinação , ao passo que o internacional
seria essencialmente coordenador.
Consequência produzidas pela linha clara de separação entre as duas ordens jurídicas:
CRITICAS:
Esta tese, hoje de escasso relevo, assenta num voluntarismo extremo, sobrevalorizando a
ordem interna, apresenta o direito internacional como mero produto de uma autolimitação ou
autovinculação dos Estados, isto é, como uma espécie de direito estadual externo, que , no
limite, se reduziria a uma declaração de intenções sobre o comportamentos futuros com
incidência nas relações internacionais, nada sucedendo no plano da responsabilidade
internacional, caso tais comportamentos acabassem por não se concretizar.
A doutrina acaba por negar a existência do direito internacional enquanto disciplina autonoma
da ciência jurídica , esquecendo, nomeadamente, que há normas internacionais cuja vigência e
aplicação no plano interno não dependem da vontade do Estado.
Ex: acontece com aquelas que integram a noção de direito internacional geral ou comum, em
particular as que possuam a natureza de jus cogens , ou com as regras relativas a privilégios e
imunidades diplomáticas.
Por aqui se ve que esta variante das correntes monistas esbarra, na verdade, em obstáculos de
tomo, quer do ponto de vista doutrinal, quer no plano puramente pratico, que vivamente
aconselham a sua rejeição.
Duas raízes,hegelianismo :
1. O estado como tendo uma soberania absoluta, o estado não pode estar sujeito a
nenhum sistema jurídico que não tenha emanado de sua própria vontade, pois o
fundamento do direito internacional , segundo
Já na versão mais radical, KELSEN, a corrente em apreço aponta, com efeito, em qualquer caso,
para a nulidade da norma interna que contrarie a internacional.
Não é aceitável , a globalização que caracteriza os tempos atuais conduz a uma diluição
das prerrogativas tradicionalmente insitas no conceito soberania, é certo, mas dai a
prognosticar-se o fim do Estado nacional vai uma grande distancia. Não devemos sufragar a
versão mais radical.
Posição adotada
Uma coisa temos por sem duvida: na sua versão mais radical, nenhuma das correntes expostas
se poderá, verdadeiramente, acolher.
No essencial, convergem os mais moderados na ideia de que por opção pelo dualismo ou pelo
monismo, determinado, embora, diferentes modos de recepção das normas internacionais,
não contende, de modo significativo, com os resultados práticos da respetiva vigência no plano
interno. Assentou-se em que todos os Estados devem adequar o seu ordenamento interno às
obrigações internacionais que assumem, sendo certo que, no caso de incumprimento desse
dever, só excecionalmente, como se disse – e sem prejuízo do desencadeamento dos
mecanismos próprios da responsabilidade internacional-, a consequência jurídica de uma
contradição normativa entre uma norma internacional e uma norma interna será a invalidade
desta ultima .
A tese do monismo com o primado do direito internacional (na sua versão moderada) aquela
que se revela mais consentânea com o atual estádio de desenvolvimento das relações
internacionais?
1. Por causa do Numero cada vez maior de normas de direito internacional que são
validas no plano interno independentemente da vontade dos Estados. Enquadram-se
nesta categoria as que fazem parte do direito internacional geral ou comum,
constituindo autentica reserva de direito internacional e, de entre estas, sobretudo,
aquelas que visam tutelar os dois valores primaciais da comunidade internacional- paz
e a dignidade da pessoa humana. Mas dela fazem parte, igualmente, as que emanam
de organizações internacionais do tipo da União Europeia e sejam dotadas de
aplicabilidade direta.
2. Pela circunstancia de a globalização de hoje em dia determinar uma redução no leque
de matérias que fazem parte do chamado domínio reservado dos Estados
SOLUÇÕES POSITIVAS
Tecnicas de incorporação
Na esteira da generalidade dos autores, portugueses ou estrangeiros, pode afirmar-se que são
três os sistemas configuráveis de recepção do direito internacional na ordem interna dos
Estados:
Direito internacional geral ou comum , art.8 n1-vincula todos os sujeitos internacionais porque
são conjunto de princípios fundamentais, jus cogens, estão acima da própria constituição e
legislação (supralegais e supraconstitucionais). Desacautelada a possibilidade de em causa
estarem Normas convencionais , universais ou para-universais.
Direito internacional particular, art.8 n2- apresentam um valor supralegal, ou seja, estão acima
da lei e os decretos de lei mas abaixo da constituição. Art.119 da CRP. Desconsiderou-se a
hipótese de o direito internacional particular poder ter origem na fonte costumeira, costumes
regionais e locais, havendo-se , erradamente , partido do principio de que é convencional.
Um duplo significado
Por um lado, só poderá uma convenção internacional iniciar a sua vigência na ordem interna a
partir do momento em que entre em vigor na ordem internacional. O simples facto de um
tratado haver sido aprovado, ratificado e publicado em Portugal não constitui garantia bastante
da sua vigência interna, pois pode muito bem suceder que não tenha sido ainda atingido o
numero mínimo de ratificações que esse tratado exige para a respetiva entrada em vigor no
ordenamento jurídico internacional.
Direito Europeu originado- direito dos tratados que instituíram as comunidades europeias
(tratado roma, paris) e por também os tratados que modificaram (tratado lisboa, nice).
Direito Europeu derivado- direito que emana os órgãos da U.E parlamento europeu
O preceito do nº3 , de que agora curamos, estabelece duas condições para que o direito
internacionais de que Portugal seja membro beneficie dessa aplicabilidade direta:
Por um lado , que as normas em causa hajam sido adotadas pelos órgãos competentes dessas
organizações e por outro , que se encontre estabelecido nos respetivos tratados constitutivos o
mencionado regime de vigência ( aplicação) automática.
Segunda condição
Feita uma analise global do modo de inserção das normas internacionais na ordem jurídica
portuguesa, pode, em resumo, afirmar-se que a nossa constituição, partindo de uma
concepção monista, se mostra francamente aberta ao direito internacional e aos princípios
fundamentais , que assume como seus.
Mas, no quadro das relações entre o direito internacional e o direito interno, sobeja ainda o
problema, alias de suma importância, do valor hierárquico das normas internacionais recebidas
face às diversas fontes do direito português.
ESTADO
Noção- É constituído por um agrupamento de pessoas(população), ser dotado de uma
base territorial(território) e dispor de órgãos governativos(governo) que o representam
e exprimem a sua vontade(coletiva), o Estado exibe ainda uma característica
fundamental que, verdadeiramente o singulariza que é a soberania ou independencia.
É o único sujeito de direito que beneficia desse tal atributo.
O estado é um fenómeno histórico, sociológico e politico.
Principal sujeito de dip.
O estado é uma entidade dotada, de população, território e governo, é o único que
possui a característica de soberania ou independência
3 elementos :
POPULAÇÃO-O Estado é uma coletividade de pessoas não podendo existir sem população.
Nação ou Povo- conjunto de pessoas que estão ligadas por varias afinidades, étnicas, históricas,
culturais, linguísticas, religiosas etc, que manifestam predisposição e vontade de viver em
comum(conceito sociológico)
Nenhum principio de direito internacional impõe que cada estado, enquanto entidade jurídica,
deva corresponder uma e uma so nação.
Elemento Território
Varias dimensões:
Território terrestre- abrange o solo e o subsolo que se situam no interior das fronteiras
Domínio fluvial- compreende ele os cursos de agua doce que atravessam o estado ou o
separam de outro. (Ex:douro,goa, guadiana) Rios nacionais, rios internacionais ,…
Domínio lacustre- diz respeito aos lagos, que são superfícies de agua doce totalmente
circundadas por terra. São aplicadas as normas que vigoram para esses mares.
Domínio aéreo- entende-se por soberania de cada estado ao espaço aéreo suprajacente aos
domínios terrestre, fluvial, marítimo e lacustre.
Elemento Governo
SOBERANIA
Constitui a fonte das competências estaduais, não pode deixar de concluir-se que a soberania
de cada estado é limitada por idêntico atributo ou qualidade de todos os outros que lhe são
iguais juridicamente , sendo as necessidades de coexistência entre os sujeitos primários de
direito internacional a determinar a compressão daquela majestas.
Quanto a sua natureza intrínseca a soberania como poder parece, ter cedido o passo à
soberania como responsabilidade.
Normas primarias – são aquelas que impõem determinadas obrigações de conduta aos
destinatários respetivos, sujeitos de dip.
Responsabilidade do estado :
Requisitos:
O ato tem que ser internacional e ilícito- violação por ação ou omissão de uma norma
de direito internacional ou obrigação , a cuja estaja vinculada num estado. Orçamento
estadual determina a licitude do ato.
Nexo de imputação ao estado- que o ato ilícito tenha sido cometido por um
representante do estado. Determinado comportamento será imputável ao estado caso
haja sido adotado por órgãos que o representem( imputação direta)
Pode advir das situações de excesso de poder, de atuação contraria a instruções ou
ultra vires.
Ocorrências de danos- que podem ser morais ou matérias. O dever de reparação dos
danos, materiais ou morais, causados ao estado vitima.
Nexo de causalidade- tem que haver um efeito de causa- efeito entre o ato ilícito e o
dano. Demonstrar que os danos causados foram consequência do ato praticado pelo
estado autor.
Crime internacional- violação do direito internacional geral ou comum e particular , jus cogen.
CONSEQUENCIAS
Surgimento de uma relação jurídica nova entre o estado autor e o estado vitima. O estado
vitima tem o direito subjetivo de invocar a reparação dos danos que foram causados , e o
estado autor tem o dever correlativo de proceder a reparação dos danos.
3 tipos de reparação:
Consequências acessórias:
1- Um dever que dai por diante ira cumprir a obrigação internacional que violou
2- Dever de cessar a pratica do ato ilícito se ele for continuado
3- Preste ao estado vitima as necessárias garantias de não repetição desse
comportamento ilícito.
Classificações:
ONU
de territórios colonizados.
OBJETIVOS DA ONU
São muito extensas e ambiciosas as atribuições da ONU como podemos ver acima.
PRINCIPIOS DA ONU
Principio da igualdade soberana dos estados- art.2 nº1 da CNU- goza de plena
aplicação no funcionamento dos órgãos da ONU, designadamente no seu órgão
plenário , assembleia geral. Numa tentativa de não abrir caminho aquilo que se revelou
uma das principais debilidades estruturais da SDN.
Principio da boa-fé- art.2 nº2 da CNU- bem do adequado funcionamento da
organização, aos estados membros incumbira observar no cumprimento das
obrigações emergentes das suas relações reciprocas.
Principio da solução pacifica dos conflitos- sempre que um conflito internacional
ecloda ou se manifeste, implicara o acatamento deste principio que os estados
membros se socorram dos diversos métodos indicados no art.33 da CNU.
Proibição de recurso de força – que impede sobre os membros das Nações Unidas nas
suas relações internacionais, nomeadamente contra integridade territorial ou a
independência politica de qualquer estado.
Aquando da constituição da ONU, o numero de estados membros era de 51. Em 1955 fruto de
um certo apaziguamento da tensão entre estados ocidentais e os bloco socialista , entraram 16
estados incluindo Portugal.
No decurso dos anos 80 o crescimento prosseguiu a bom ritmo , a ONU contava com 154
estados membros.
Nas décadas de 90 deu-se um novo salto quantitativo passando para 185 estados membros.