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GESTÃO TRIBUTÁRIA E

ORÇAMENTO MUNICIPAL Prof. Alvaro Jose Argemiro da Silva


INTRODUÇÃO
Um dos objetivos precípuos da Administração pública e a gestão com eficiência dos recursos públicos,
quer sejam, pessoas, finanças ou materiais, desta forma é fundamental que o gestor público entenda os
mecanismos e ferramentas que podem ser utilizados e até padronizar as ações que devem ser tomadas.
O presente módulo do curso, tem como objetivos disseminar o conhecimento sobre a importância do
planejamento municipal e como ele pode, desde que feito de maneira consciente e com visão de médio
prazo, auxiliar no desenvolvimento de uma localidade, de um município e/ou de uma região, buscando
sempre atender aos princípios da eficiência e eficácia, buscando a convergência com as políticas
disseminadas pelo gestor ao longo da campanha, auxiliando-o na execução.
Buscando ainda consolidar o conhecimento sobre a gestão pública, serão apresentados ainda que de
forma rasa os conceitos referentes ao Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a
Lei de Orçamento Anual - LOA, visto que os mesmos estão em constante mudança e são regulamentados
no artigo 165 da Constituição federal, sendo imprescindíveis para qualquer gestão do executivo em todo
o país, bem como fundamentais à fiscalização pelo poder legislativo. Sendo abordados os conceitos de
orçamentos participativos.
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 - GESTÃO DOS TRIBUTOS
1. IMPORTÂNCIA DOS IMPOSTOS
2. GESTÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL
Consulte também a
CAPÍTULO 2 - O ORÇAMENTO PÚBLICO
3. PLANO PLURIANUAL – PPA
Apostila da Disciplina
4. LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO e os outros materiais
5. LEI DO ORÇAMENTO ANUAL – LOA
6. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO que estão
CAPÍTULO 3 - FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
7. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
disponibilizados no
8. LEI DE CRIMES FISCAIS – LCF
9. LEI DO ACESSO A INFORMAÇÃO
portal.
POR QUE AUMENTAR IMPOSTOS
Figura 1 Aumento de Impostos - Diário de Pernambuco 14/09/2020

Muitas vezes enquanto gestores somos obrigados a


tomar algumas ações que nem sempre são tão
populares, às vezes há um desequilíbrio entre as
receitas e as despesas, o que faz com que um
governante, para colocar em prática uma política
estabelecida em seu plano de governo ele,
diminua ou elimine uma ação existente, ou caso não
tenha como reduzir algo, que ele busque aumentar
as receitas, o que somente ocorre a partir do
Fonte: aumento de Tributos.
https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2020/09/aumento-de-
impostos-passa-a-ser-cogitado-diante-do-orcamento-apertado.html
GESTÃO TRIBUTÁRIA
Ao se observar este tema sob a ótica da O Estado como entidade soberana para o estabelecimento
e arrecadação de tributos faz-se menção ao que foi
gestão pública, é mister entender que as definido pela Constituição Federal promulgada em 05 de
finanças públicas são oriundas de tributos e outubro de 1988, em seu artigo 30, inciso III “instituir e
arrecadar os tributos de sua competência, bem como
repasses realizados pelos governos federal aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de
e estadual, os quais possibilitam a prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em
lei” (BRASIL, 2020, p. 28), redação esta complementada
consecução das políticas públicas, desta posteriormente pelos artigos 145 a 149A, ao se definir
forma cabe ao(s) gestor(es) público a quais são os tipos de tributos que os poderes executivos
podem definir, bem como a forma de aplicação.
incumbência de buscar o equilíbrio entre os
gastos e as arrecadações, não sendo É importante destacar o disposto no artigo 3º. da lei
5172/1966, conhecida como Código Tributário Nacional –
portanto um luxo mas uma obrigação a CTN, atualizado para o biênio 2017 e 2018, “Tributo é
cobrança, permitindo assim a consecução toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
dos planos de governo ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”.
GESTÃO TRIBUTÁRIA
Tanto na Constituição Federal em seu artigo 145, Taxas: o conceito de taxas é apresentado de forma
quanto no artigo 5º da lei 5172/66, são definidos similar no artigo 145 da Constituição federal e no
o que se entende por tributos, ou seja, os impostos, artigo 77 do CTN, os quais relatam que podem ser
taxas e contribuições de melhoria.
cobradas “do exercício do poder de polícia ou pela
Contribuição de melhoria: [...] instituída para fazer utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
face ao custo de obras públicas de que decorra específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
valorização imobiliária, tendo como limite total a postos a sua disposição” (BRASIL, 2020, p. 81; BRASIL,
despesa realizada e como limite individual o
acréscimo de valor que da obra resultar para 2017, p. 26).
cada imóvel beneficiado. (BRASIL, 2017, p. 26)
É necessário destacar que o parágrafo único do artigo
Imposto: conforme preconiza o artigo 16 do CTN é 77 distingue os fatos geradores de impostos e taxas,
o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma ou seja, segundo o mesmo “A taxa não pode ter base
situação independente de qualquer atividade de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
estatal específica, relativa ao contribuinte,
ressaltando-se ainda o caráter do imposto que é correspondam a imposto nem ser calculada em
apresentado no parágrafo primeiro do artigo 145 função do capital das empresas”
da constituição federal da república
Princípios
constitucionais Finalidades Dispositivo
tributários
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei

GESTÃO TRIBUTÁRIA Anterioridade


que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto
na alínea “b”;
Art. 150, inciso III,
alíneas "b" e "c"

Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão


graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
Capacidade facultado à administração tributária, especialmente para conferir
Art. 1 4 5 , § 1º
Contributiva efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os reitos
Princípios individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.

Constitucionais É vedado, instituir tratamento desigual entre contribuintes que se


encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em

para a criação e Igualdade razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
Art. 150, inciso II

títulos ou direitos;
alteração de Irretroatividade
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
Art. 150, inciso III,
alínea "a"
impostos Legalidade
[...]é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Art.150 , inciso I
É vedado, estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens,
Liberdade de por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
Art. 150, inciso V
Trânsito cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo
Poder Público
A lei determinará medidas para que os consumidores sejam
Transparência
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias Art. 150, §5º
Fiscal
e serviços.
De forma resumida está a vedação a cobrança de impostos
Uniformidade Art. 151, incisos I, II
federais de forma diferenciada entre os entes da federação, salvo
Geográfica e III
em caso de incentivos.
Vedação de
É vedado, utilizar tributo com efeito de confisco. Art. 150, inciso IV
Confisco

Fonte: adaptado da Constituição Federal/1988


COMPETÊNCIAS PARA ESTABELECER IMPOSTOS
Impostos Federais Impostos Estaduais

Sigla Imposto Contribuinte


II Imposto sobre Importações O Importador
IE Imposto sobre Exportações O exportador
IR Imposto de Renda O contribuinte (PF ou PJ)
IPI Imposto sobre Produtos O importador
Industrializados O industrial
O comerciante que forneça
os produtos industriais
IOF Imposto sobre operações Qualquer uma das partes
Financeiras tributadas Impostos Municipais
ITR Imposto sobre a propriedade Rural O proprietário da área
localizada fora da zona
urbana

Fonte: adaptado da Constituição Federal/1988


GESTÃO TRIBUTÁRIA
Fato Gerador o artigo 158 da Constituição Federal, estabelece como será realizada a divisão
percentual de valores de alguns impostos, como por exemplo o ITR, o inciso II do
Art. 114. Fato gerador da referido artigo informa que 50% do total arrecadado será da União e o restante
obrigação principal é a dos estados, fato idêntico ocorre com o IPVA, descrito no inciso III.
situação definida em lei como No caso específico do ICMS, visando uma distribuição mais justa o inciso IV
necessária e suficiente à sua preconiza:
ocorrência. IV – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado
Art. 115. Fato gerador da sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
obrigação acessória é qualquer serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
situação, que, na forma da Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas
legislação aplicável, impõe a no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
prática ou a abstenção de ato I – três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações
que não configure obrigação relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em
principal. (BRASIL, 2017, p. 37) seus territórios;
II – até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos
Territórios, lei federal. (BRASIL, 2020, p.88)
GESTÃO TRIBUTÁRIA
Observe-se que cabe a cada estado definir a forma como os É tácito que para a equalização das contas
25% do valor pertencente aos municípios será repassado, por públicas em razão de suas arrecadações é
exemplo no Paraná de acordo com a Lei Estadual n° 9491/90
de 21 de dezembro de 1990, anexo 02, a qual sofreu diversos necessário ao gestor público compreender os
ajustes por leis complementares, atualmente estabelece que o mecanismos, e utilizar com parcimônia e
valor repassado será assim dividido: prudência, visando não exaurir os recursos dos
• 75% do Valor Adicionado Fiscal (VAF); contribuintes, quer sejam pessoas físicas ou
jurídicas.
• 8% pela produção agropecuária;
• 6% pelo número de habitantes da zona rural do município em Nenhum imposto pode ser cobrado sem que
relação à população rural do Estado; haja uma lei previamente aprovada.
• 2% pelo número de propriedades rurais cadastradas;
• 2%, como fator de distribuição igualitária;
• 2% pelo fator área; e,
• 5% pelo fator ambiental
PLANO PLURIANUAL - PPA
É necessário ressaltar que o orçamento público segue O PPA conforme pode ser visto no caput do artigo 165
diversas etapas, e no Brasil, especificamente, com da constituição é uma lei orçamentária que é
vistas a estabelecer os critérios e sob quem repousa elaborado no primeiro ano do mandato do executivo
a responsabilidade, bem como será composto o e tem duração igual ao período de mandato
orçamento púbico, a Constituição Federal, traz em
seu artigo 165 a seguinte definição: presidencial (4 anos) e deve considerar o que o gestor
irá executar. Cabe ressaltar o que está descrito no
Art. 165 Leis de iniciativa do Poder Executivo parágrafo primeiro do artigo 165:
estabelecerão: § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá,
I - o plano plurianual; de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
da administração pública para as despesas de capital
II - as diretrizes orçamentárias; e outras delas decorrentes e para as relativas aos
III - os orçamentos anuais. (BRASIL, 2020, p.90) programas de duração continuada. (BRASIL, 2020,
p.90)
PLANO PLURIANUAL - PPA
Outros planos devem estar em consonância com os planos e programas Para evitar conflitos ou falta de interesse a doutrina
nacionais, regionais e setoriais, vejamos:
§ 4o Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
determina também o prazo para envio do PPA, para
nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano apreciação do Congresso Nacional conforme dispõe o
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. (BRASIL, 2020, p.91) artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais
Complementando Transitórias – ADCT:
§ 9o Cabe à lei complementar: § 2o Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a art. 165, § 9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do
orçamentárias e da lei orçamentária anual; primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente,
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
administração direta e indireta, bem como condições para a instituição
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
e funcionamento de fundos;
III – dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de encerramento da sessão legislativa; (BRASIL, 2020, p. 135)
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos De modo bastante sintético, pelo texto da lei fica
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das determinado que o PPA tem que ser enviado ao Congresso
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano do
nos §§ 11 e 12 do art. 166. (BRASIL, 2020, p.91)
governo.
PLANO PLURIANUAL - PPA
Figura 4: Dimensões, eixos estratégicos e metodologia do PPA 2020-2023 A dimensão estratégica, apresenta as visões de
futuro, ou seja, a visão de longo prazo, nela os
eixos estratégicos definirão as principais linhas de
atuação do governo, ao passo que as diretrizes
do PPA definem de que forma serão elaborados
os programas por temas.
Por sua vez a dimensão tática a partir da
dimensão estratégica apresenta os programas
para a sua execução, definindo os objetivos,
metas e indicadores pelos quais serão avaliados
os resultados previamente definidos.
Na dimensão operacional é demonstrado de que
forma os programas serão desdobrados em ações
e qual orçamento terão para serem
Fonte: Sepla (2019, p. 35) implementados.
PLANO PLURIANUAL - PPA
PILARES METODOLÓGICOS Pilar 3: Integração entre planejamento e avaliação: refere-se a
“construção de mecanismos de acompanhamento da atuação
Pilar 1: Simplificação Metodológica: destacar que a governamental ao longo do período de 4 (quatro) anos. Nesse
simplificação já vem sendo trabalhada em edições anteriores, sentido, a gestão do plano pressupõe o desenho de processos
buscando sempre evidenciar a importância estratégica do eficientes de monitoramento e avaliação do gasto público”
instrumento, sendo desde as edições anteriores, que o PPA (SEPLA, 2019, p. 16). Este pilar requer o monitoramento de
deve conter o essencial, que deve-se buscar a redução de políticas governamentais;
categorias e atributos, deve ser Transparente e enquadra-se a Pilar 4: Visão estratégica e foco em resultados: “tornar o PPA um
uma nova arquitetura conceitual, na qual as estratégias são locus estratégico de decisão governamental, ou seja, um espaço
desenhadas por meio das diretrizes; de negociação entre atores (tanto do núcleo central de governo
Pilar 2: Realismo Social: “refere-se à importância de quando dos órgãos setoriais) para a realização das escolhas
compatibilizar o plano plurianual ao espaço fiscal disponível, alocativas, prioritárias e com maior impacto positivo na
na conjuntura atual do país. É uma forma de aumentar a sociedade” (SEPLA, 2019, p. 17).
capacidade de financiamento das políticas públicas no médio Tais pilares, tendem a promover um processo de melhoria
prazo” (SEPLA, 2019, p. 15). Esse pilar deve ser desdobrado continua no processo de elaboração do PPA, deixando claro,
considerando a atualização periódica do Plano Plurianual, o portanto que as diretrizes seguem uma lógica a partir do
novo regime fiscal e a visão do PPA como instrumento levantamento das necessidades da população.
orçamentário de médio prazo;
LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
A Lei das Diretrizes Orçamentárias é Neste parágrafo da lei é possível visualizar ao menos quatro funções da Lei de
elaborada pelo poder executivo, ficando a Diretrizes Orçamentárias – LDO de forma direta, ou seja:
1. É composta pelas metas e prioridades, neste ponto é demonstrado a interação
cargo dos órgãos de fazenda e
com o Plano Plurianual, visto que, nele encontramos as diretrizes e a definição do
planejamento, funcionando como um programas e metas de desempenho, também fica claro de que forma as ações
instrumento de ligação entre o PPA e a LOA, anteriormente definidas serão priorizadas;
sendo sua obrigatoriedade apresentada na 2. Orientar a lei orçamentária anual, uma vez definida as ações e as prioridades,
Constituição Federal, no artigo 165: deve-se buscar o equilíbrio entre as arrecadações e as despesas, e, caso uma
determinada necessidade ou ação não tenham sido definidas, a mesma só poderá
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias
ser inclusa, indicando a fonte das receitas, mediante lei complementar, conforme
compreenderá as metas e prioridades da definido no artigo 165 parágrafo 6º da Constituição Federal;
administração pública, incluindo as despesas de 3. Dispor sobre alterações na legislação tributária, neste ponto caso o governo
capital para o exercício financeiro subsequente, venha a oferecer algum tipo de benefício ou isenção tributária, deverá ser
orientará a elaboração da lei orçamentária expresso, bem como as renúncias de receita, no entanto é importante lembrar que
anual, disporá sobre as alterações na as cláusulas que forem inclusas deverão conter um prazo de validade, no máximo
de 5 anos;
legislação tributária e estabelecerá a política 4. Estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento,
de aplicação das agências financeiras oficiais sendo que as principais agências de fomento são os bancos oficiais como Caixa
de fomento. (BRASIL, 2020, p.90) Econômica Federal, Banco do Brasil e outros como por exemplo o BNDES.
LEI DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO
O parágrafo segundo traz ainda a necessidade de Receitas de Capital, são as provenientes de: realização de
entendimento de dois conceitos que são apresentados pela recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas;
portaria interministerial n. 163 de 04 de maio de 2001: conversão, em espécie, de bens e direitos; recebimento de
• Despesas de Capital: despesas que contribuem, recursos de outras pessoas de direito público ou privado,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de quando destinados a atender Despesas de Capital; e,
capital, como por exemplo, obras e instalações, máquinas e superávit do Orçamento Corrente; e,
equipamentos, aquisição de veículos ou bens móveis. Receitas Correntes, as receitas tributária, de contribuições,
• Despesas Correntes: Classificam-se nessa categoria todas patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras
as despesas decorrentes das despesas capital, como por e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos
exemplo, manutenção de máquinas e equipamentos, de outras pessoas de direito público ou privado, quando
diárias, aquisição de medicamentos, despesas de pessoal, destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas
etc. Correntes. (BRASIL, 1982)

Resultado nominal, que corresponde ao que chamamos Resultado primário, reflete o resultado líquido total das
de necessidade de financiamento do setor público e é o receitas, ou seja, aquelas não financeiras
resultado entre as receitas totais e despesas totais.
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA
A principal finalidade da Por receitas podemos entender todas os recursos disponíveis para o governo, os
LOA, que efetivamente é o quais podem se provenientes de:
orçamento público, é • Tributos (impostos, taxas e contribuições);
estimar as receitas, com as • Oriundas de operações de crédito de financiamentos ou emissão de títulos;
quais o governo planeja • Transferências Legais, na qual devem ser cumpridas exigências legais, como por
ter ao longo do ano, exemplo o Fundo Nacional de Transporte Escolar;
partindo das metas e • Transferências Voluntárias, aquelas em que os municípios devem dar uma
objetivos estabelecidos no
contrapartida, normalmente por meio de convênios;
PPA e nas orientações que
• Transferências constitucionais ou obrigatórias.
fazem parte da LDO,
É necessário ressaltar que as três últimas fontes de receitas são repasses realizados
fixando as despesas,
lembrando que tanto a pelos governos federal ou estadual aos municípios, os quais são previstos em lei, no
LDO quanto a LOA devem caso específico das transferências voluntárias, existe uma maior flexibilidade, pois
ser aprovados elas existem para atender uma demanda específica.
anualmente.
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA
Com relação às transferências constitucionais ou obrigatórias referem- No caso específico da Educação foi
se aos repasses realizados por conta da arrecadação dos tributos, que instituída a Lei 11.494/2007 a qual
formam as receitas, para os estados, existe o Fundo de participação regulamenta o FUNDEB - Fundo de
dos estados - FPE, o qual segundo o artigo 159, I, alínea "a", Manutenção e Desenvolvimento da
determina que 21,5% da receita arrecadada com o Imposto Sobre a Educação Básica e de Valorização dos
Renda e Proventos de Qualquer Natureza e o Imposto Sobre Produtos Profissionais da Educação, que dispõe
Industrializados sejam repassados pela União aos Estados e Distrito sobre os valores que são repassados
Federal, e no caso dos municípios, segundo o mesmo artigo na alínea
mensalmente em conta específica do
“b” para o Fundo de Participação dos Municípios – FPM, é destinado o
Banco do Brasil, para os municípios e
percentual é de 22,5% dos mesmos impostos, sendo calculados em
estados, de forma concisa o contido no
ambos os casos a partir do número da habitantes e participação. Os
estados conforme artigo 159, II, art. 3º recebem ainda do Fundo de artigo 31 da referida lei prevê, que a
Exportações 10% dos valores arrecadados do IPI, proporcionalmente partir de 2019, 20% do valor deste fundo
aos valores das exportações, cabendo a cada estado repassar aos é proveniente do FPM e FPE e outros 20%
municípios da mesma forma. da arrecadação do IPVA, ITR e ITCD.
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA
O conteúdo da LOA está previamente descrito no Maximiano e Nohara (2017), destacam o conteúdo da lei 4.320 de 1964 a
artigo 165 da Constituição Federal, o qual qual institui os elementos que deverão compor a LOA.
determina: Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
§ 5o A lei orçamentária anual compreenderá: política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da § 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
União, seus fundos, órgãos e entidades da I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
administração direta e indireta, inclusive II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Anexo nº 1;
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
Público;
IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
II – o orçamento de investimento das empresas em § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
que a União, direta ou indiretamente, detenha a I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
maioria do capital social com direito a voto; II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos de 6 a 9;
III – o orçamento da seguridade social, III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização
de obras e de prestação de serviços.
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
vinculados, da administração direta ou indireta, autorizadas em lei.
bem como os fundos e fundações instituídos e Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
mantidos pelo Poder Público. (BRASIL, 2020, p. administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
91) no artigo 2°. (BRASIL, 1964, p.1; MAXIMINIANO e NOHARA, 2017 p. 179-180)
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA
O conteúdo da LOA está previamente descrito no Maximiano e Nohara (2017), destacam o conteúdo da lei 4.320 de 1964 a
artigo 165 da Constituição Federal, o qual qual institui os elementos que deverão compor a LOA.
determina: Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
§ 5o A lei orçamentária anual compreenderá: política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da § 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
União, seus fundos, órgãos e entidades da I - Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
administração direta e indireta, inclusive II - Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Anexo nº 1;
III - Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
Público;
IV - Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
II – o orçamento de investimento das empresas em § 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
que a União, direta ou indiretamente, detenha a I - Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
maioria do capital social com direito a voto; II - Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos de 6 a 9;
III – o orçamento da seguridade social, III - Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização
de obras e de prestação de serviços.
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
vinculados, da administração direta ou indireta, autorizadas em lei.
bem como os fundos e fundações instituídos e Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
mantidos pelo Poder Público. (BRASIL, 2020, p. administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
91) no artigo 2°. (BRASIL, 1964, p.1; MAXIMINIANO e NOHARA, 2017 p. 179-180)
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA

Princípios Orçamentários

Fonte: adaptado da Constituição Federal/1988


Outro conceito que deve ser observado quando da elaboração da LDO e LOA é o que a Constituição Federal
de 1988 em seu artigo 167, inciso III denominou como Regra de Ouro, na qual os dispositivos legais que vedam
que os ingressos financeiros oriundos do endividamento (operações de crédito) sejam superiores às despesas de
capital (investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida), sendo possível observar os limites por
mês no caso do governo federal do site tesouro transparente.
LEI DO ORÇAMENTO ANUAL - LOA
Artigo 165 CF/88: DESPESAS
§ 10. A administração tem o dever de executar as
programações orçamentárias, adotando os meios e as Obrigatórias, as quais se referem às despesas legais do
medidas necessários, com o propósito de garantir a governo, como por exemplo as despesas de pessoal; e,
efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. Discricionárias, conhecidas como não obrigatórias, ou
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da seja, aquelas que o governo decide se irá realizar ou
lei de diretrizes orçamentárias: não, como por exemplo a reforma do jardim de uma
I – subordina-se ao cumprimento de dispositivos praça pública.
constitucionais e legais que estabeleçam metas fiscais
ou limites de despesas e não impede o cancelamento
necessário à abertura de créditos adicionais;
II – não se aplica nos casos de impedimentos de ordem
técnica devidamente justificados;
III – aplica-se exclusivamente às despesas primárias
discricionárias. (BRASIL, 2020, p. 91)
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
Participação popular nas tomadas de decisão junto ao O disposto no capítulo IV da lei 10527/2001 conhecida como o
orçamento público, principalmente nas questões relativas aos Estatuto das Cidades, a qual no artigo 43 afirma:
investimentos, tal ação encontra guarida na constituição Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser
Federal de 1988, a qual conclama aos gestores públicos por utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:
meio do artigo 29 a buscar a participação popular, como I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional,
segue: estadual e municipal;
XII – cooperação das associações representativas no II – debates, audiências e consultas públicas;
planejamento municipal; III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico nacional, estadual e municipal;
do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e
de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; projetos de desenvolvimento urbano; (BRASIL, 2001)

Concerne ao PPA, a LDO e LOA, os artigos 44 e 45 não deixam margem para dúvidas quanto a necessidade da participação popular.
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III do art. 4o desta Lei incluirá a realização de debates,
audiências e consultas públicas sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória
para sua aprovação pela Câmara Municipal.
Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória e significativa participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir o controle direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania.
(BRASIL, 2001)
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
A Lei da Visa complementar os artigos 163 e 165 parágrafo 9º da Constituição Federal, destarte que ela
Responsabilidade Fiscal não veio para substituir a lei 4.320/64. Em seu artigo 1º ela esclarece a sua função:
Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
instituída pela Lei fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
Complementar nº 101, § 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem
de 04/05/2000, a riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas
qual tem como de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita,
geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações
finalidade estabelecer de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
parâmetros para os § 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
gastos públicos em § 3o Nas referências:
cada ente federativo I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
em todo o território Ministério Público;
Nacional, buscando a b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
sanidade financeira de II - a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;
cada um deles. III - a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e,
quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. (BRASIL, 2000)
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
Para instituir os parâmetros de gasto a LRF Também são fixados os limites que devem ser observados da dívida
toma como base a Receita Corrente líquida - pública no artigo 30, e posteriormente complementado pelas resoluções
40 / 2001 do Senado federal, na qual fica estabelecido que os estados e
RCL definida no artigo 2 da própria lei,
o distrito federal têm como limite 2 vezes a RCL ao passo que os
sendo que no caso das despesas de pessoal municípios o limite é de 1,2 vezes a RCL. No que tange a contratação de
os limites ficaram assim definidos: créditos para pagamento das dívidas o Senado Federal promulgou a
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do resolução 43/2001, a qual determina o limite de 16% da RCL para a
art. 169 da Constituição, a despesa total com obtenção de créditos, informando que as garantias não poderão ser
pessoal, em cada período de apuração e em superiores a 22% da RCL e que para o pagamento anual dos juros,
amortizações os mesmos não podem exceder 11,5% da RCL.
cada ente da Federação, não poderá A Lei de Responsabilidade Fiscal garantiu desta forma que caso o gestor
exceder os percentuais da receita corrente público venha a qualquer momento ferir um de seus preceitos o mesmo
líquida, a seguir discriminados: possa ser punido inclusive com a perda dos direitos políticos e do
I - União: 50% (cinquenta por cento); mandato.
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento). Na apostila da disciplina nas páginas de 32 a 36, você
(BRASIL, 2000) encontrará um rol de crimes e punições referentes ao
descumprimento da LRF.
LEI DOS CRIMES FISCAIS- LCF
A lei dos crimes contra as Artigos 359A até o 359H para os seguintes atos respectivamente:
finanças públicas foi 1. Contratação de operações de Crédito;
2. Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar;
revisitada e por meio da lei
3. Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura;
10.028/2000 a qual adita 4. Ordenação de despesa não autorizada;
ao Decreto Lei o Capítulo 5. Prestação de garantia graciosa;
IV o qual prevê as penas e 6. Não cancelamento de restos a pagar;
as tipificações. 7. Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura;
8. Oferta pública ou colocação de títulos no mercado.

É necessário lembrar também que a lei 10.028/2000, faz uma revisão na legislação pertinente ao tema, desta
forma altera em seu artigo 3º o conteúdo da lei Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 que em seu artigo 10º a
partir do parágrafo 5º até o 12º. Com vistas a descrever os itens mencionados de 1 a 8. E acrescenta os crimes
referentes ao tema para o presidente do supremo, Art. 39A e para o Procurador geral da república 40ª. Fato
semelhante ocorre no Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, em suas alíneas de XVI a XXII
LEI DOS CRIMES FISCAIS- LCF
O artigo 5º da lei 10.028/2000 define que: Uma vez provada a ação do
Constitui infração administrativa contra as leis de finanças públicas: agente público, nos crimes e
I – deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório condições previstos na lei o
de gestão fiscal, nos prazos e condições estabelecidos em lei;
mesmo pode será punido com
II – propor lei de diretrizes orçamentárias anual que não contenha as metas fiscais na forma
da lei; a reclusão, portanto o gestor
III – deixar de expedir ato determinando limitação de empenho e movimentação financeira, deve estar atento as suas
nos casos e condições estabelecidos em lei; ações evitando desta forma
IV – deixar de ordenar ou de promover, na forma e nos prazos da lei, a execução de estar em desconformidade com
medida para a redução do montante da despesa total com pessoal que houver excedido a a lei.
repartição por Poder do limite máximo.
§ 1o A infração prevista neste artigo é punida com multa de trinta por cento dos vencimentos
anuais do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade
pessoal.
§ 2o A infração a que se refere este artigo será processada e julgada pelo Tribunal de
Contas a que competir a fiscalização contábil, financeira e orçamentária da pessoa jurídica
de direito público envolvida. (BRASIL, 2000)
LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO – LAI (TRANSPARÊNCIA)
Desde a promulgação da Constituição Federal de Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades
1985 em seu artigo 5º no inciso XIV é assegurado a privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de
todos os brasileiros o acesso à informação e no inciso interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou
XXXIII, no qual garante que todos tem direito a mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria,
receber informações de órgãos públicos, quer sejam convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
de seu interesse particular ou de interesse coletivo, no Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades
entanto com o intuito de garantir o acesso às citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à
sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam
informações foi promulgada a Lei 12.527/2011 a Lei
legalmente obrigadas. (BRASIL, 2011)
de Acesso a Informação – LAI, também conhecida
como a Lei da Transparência, a qual assevera que os A lei também define a forma de proteção dos chamados dados
agentes públicos devem agir de forma proativa na sigilosos. Para os demais dados é informado quais os
divulgação das informações sendo que artigo 1 são procedimentos para o acesso aos dados, formas de obtenção e
apresentados quais instituições devem observar a lei, prazos, distinguindo ainda o que são informações pessoais.
além dos entes públicos também devem dar
publicidade às ações
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Complementar nº 4.320, de 17 de março de 1964. Brasília: 1964. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm
______. Decreto-Lei nº 1.939, de 20 de maio de 1982. Brasília: 1982. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del1939.htm
______. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Brasília: 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm
______. Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000. Brasília: 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10028.htm.
______. Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-
anuais/orcamento-2015-2/arquivos%20portarias-sof/portaria-interm-163_2001_atualizada_2015_02set2015.pdf/
______. Lei nº 10.527 de 10 de Julho de 2001. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm
______. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007 - FUNDEB. Brasília: 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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______. Código tributário nacional. 3. ed. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
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Administração/UFSC. Brasília: CAPES/UAB, 2015.
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TEIXEIRA, Paulo Henrique. O que é Gestão Tributária. PORTAL DE AUDITORIA. 2010. Disponível em http://www.portaldeauditoria.com.br/artigos/O-
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